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Direito e

Moral

Raissa Scarabeli – RA: 23017799

Carolina Camargo– RA: 23003191

Iasmin Vitória L. da Silva– RA: 23029290


SUMÁRIO

01 02
As normas morais A Moral como
como normas sociais regulamentação da
conduta interior

03 04
A Moral como ordem O Direito como parte da
positiva sem caráter Moral
coercitivo
SUMÁRIO

05 06
Relatividade do valor Separação do Direito e
moral da Moral

07
04
Justificação do Direito
pela Moral
01
As normas morais
como normas sociais
A conduta de um homem em face
de outro
● Distinção entre Direito e Moral: A diferenciação entre Direito,
entendido como norma jurídica, e Moral, que abrange normas
sociais mais amplas. Essa distinção é crucial para delimitar o
campo da ciência jurídica em relação à ciência moral.

● Relação entre Justiça e Direito: A justiça é apresentada como


uma exigência moral, o que implica uma relação entre a Moral e
o Direito.
● Caráter social da Moral: A natureza social da Moral,
argumentando que mesmo as normas morais que parecem
aplicar-se apenas ao indivíduo têm implicações sociais.
02
A Moral como
regulamentação da
conduta interior
A Natureza da Coragem: Mais que um Estado de
Alma
● Similaridade entre Moral e Direito: A argumentação contra a ideia de que
a Moral prescreve apenas uma conduta interna e o Direito apenas uma
conduta externa. Ele destaca que ambas as ordens sociais podem
prescrever tanto condutas internas quanto externas, como a proibição do
suicídio tanto pelo Direito quanto pela Moral.

● Natureza das normas sociais: A exploração da interseção entre


inclinações individuais e normas sociais, argumentando que as normas
sociais, sejam morais ou jurídicas, muitas vezes exigem que os indivíduos
ajam contra suas inclinações ou interesses egoísticos em benefício da
sociedade.

● Valor moral da conduta: Muito se discute a concepção de que apenas as


ações realizadas contra inclinações ou interesses egoísticos têm valor
moral. Ele questiona essa ideia, destacando que a conduta moralmente
valorosa não é apenas determinada pelos motivos internos, mas também
pela conformidade com normas morais externas.
Nenhuma ordem
social
pode precludir as inclinações dos homens, os
seus interesses egoísticos, como motivos das
suas ações e omissões. Ela apenas pode, se
quer ser eficaz, criar para o indivíduo a
inclinação ou interesse de se conduzir em
harmonia com a ordem social e se opor às
inclinações ou interesses egoísticos que, na
ausência daquela, atuariam
03
A Moral como ordem
positiva sem caráter
coercitivo
Distinções na Prescrição e Aplicação das
Normas
● Natureza positiva do Direito e da Moral: Uma argumentação que tanto o
Direito quanto a Moral são formas de ordem social positiva, criadas pelo
costume ou pela elaboração consciente, como pela intervenção de
profetas ou fundadores religiosos. Isso implica que ambas as esferas são
objeto de interesse para disciplinas científicas, como a Ética e a teoria do
Direito.

● Distinção entre Direito e Moral na forma de prescrição e aplicação: A


distinção essencial entre Direito e Moral não reside no conteúdo das
normas que prescrevem ou proíbem determinadas condutas, mas sim na
maneira como essas ordens sociais as impõem. Enquanto o Direito é
caracterizado pela coação e pela aplicação de sanções organizadas
socialmente, a Moral não emprega esse tipo de coerção e suas sanções
baseiam-se principalmente na aprovação ou desaprovação das condutas
de acordo com as normas.
04
O Direito como parte da
Moral
Direito é uma parte constitutiva da ordem moral
● Dualidade das questões sobre as relações entre Direito e Moral: O texto
destaca a distinção entre duas abordagens ao problema das relações
entre Direito e Moral: a investigação sobre a relação efetiva entre esses
sistemas normativos e a busca pela relação ideal que deveria existir entre
eles.

● Argumentos sobre a natureza moral do Direito: Existem diferentes


pontos de vista sobre se o Direito é intrinsecamente moral. Alguns
argumentam que o Direito, por sua própria essência, é moral, o que
implica que as normas jurídicas devem refletir os padrões morais da
sociedade. Por outro lado, há quem defenda que o Direito pode ser
moral, mas não necessariamente o é, sugerindo que uma ordem legal
pode existir mesmo sem ser justa, embora se reconheça a aspiração de
que o Direito deva ser moralmente justo.
Na medida em que uma tal tese vise uma
justificação do Direito - e é este o seu sentido
próprio -,tem de pressupor que apenas uma
Moral que é a única válida, ou seja, uma Moral
absoluta, fornece um valor moral absoluto e
que só as normas que correspondam a esta
Moral absoluta e, portanto, constituam o valor
moral absoluto, podem ser consideradas
“Direito”. Quer dizer: parte-se de uma
definição do Direito que o determina como
parte da Moral, que identifica Direito e Justiça.

05
Relatividade do valor
moral
Relatividade Moral e a Natureza do Direito
● Rejeição de valores morais absolutos: A existência de valores morais
absolutos, destacando que a moralidade varia conforme diferentes
culturas, épocas e contextos sociais. Isso implica que não há um conjunto
universal de valores morais que se aplique em todas as circunstâncias.

● Natureza relativa da moralidade: É defendido que a moralidade é relativa


e depende das normas sociais estabelecidas em uma determinada
comunidade. O que é considerado moralmente bom ou mau é
determinado pelas normas sociais que regulam o comportamento
humano em relação aos outros membros da sociedade.

● Identificação do Direito como norma social: O Direito é concebido como


uma forma de norma social que estabelece como devendo ser uma
determinada conduta humana. Nesse sentido, todo o Direito tem um
caráter moral relativo, pois constitui um valor moral baseado nas normas
sociais vigentes em uma comunidade.
Uma tal
afirmação só tem sentido pressupondo-se um
valor divino absoluto. Com efeito, o Direito
constitui um valor precisamente pelo fato de
ser norma: constitui o valor jurídico que, ao
mesmo tempo, é um valor moral (relativo).
Ora, com isto mais se não diz senão que o
Direito é norma.
06
Separação do Direito e
da Moral
Absolutismo Moral e Defesa do Relativismo Ético
● Crítica à noção de Direito intrinsecamente moral: O texto argumenta
contra a ideia de que o Direito possui necessariamente um caráter moral,
destacando que essa concepção só faria sentido se existissem valores
morais absolutos, o que é contestado pela teoria dos valores relativos.
Portanto, a exigência de que o Direito seja moral não é justificada sob
essa perspectiva..

● Distinção entre Direito e Moral: A discussão aborda a separação entre


Direito e Moral, argumentando que o Direito não deve ser
necessariamente subjugado a uma moralidade absoluta, mas sim estar
em conformidade com um sistema moral específico, entre os vários
sistemas possíveis. Essa distinção visa a garantir a independência do
Direito em relação a uma única Moral absoluta.

● Relativismo moral e julgamento de valores: O texto defende a ideia de


que não existem valores absolutos, apenas valores relativos, o que
implica que a avaliação moral de uma ordem jurídica é relativa ao
sistema moral adotado
A validade
de uma ordem jurídica positiva é independente
da sua concordância ou discordância com
qualquer sistema de Moral.
Conclusão
07
Justificação do Direito
pela Moral
Absolutismo Moral e Defesa do Relativismo Ético
● A justificação do Direito positivo pela Moral é possível apenas quando
houver a possibilidade de contraposição entre as normas da Moral e as
do Direito, permitindo a existência de um Direito moralmente bom e um
Direito moralmente mau.

● A separação entre Direito e Moral, bem como entre ciência jurídica e


Ética, é fundamental para o entendimento do Direito positivo de forma
independente da Moral absoluta, reconhecendo a diversidade e
mutabilidade das concepções morais ao longo do tempo e entre
diferentes grupos sociais.

● A noção de que o Direito deve ser necessariamente moral pressupõe a


existência de uma Moral absoluta, válida em todos os tempos e lugares, o
que é rejeitado pela Teoria Pura do Direito devido à sua aplicação
seletiva e à legitimação acrítica da ordem coercitiva estadual.
FIM

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