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Avaliação Psicológica da Personalidade (Cap 3)

Autoras: Marcela Mansur-Alves e Renata Saldanha


Silva

Professora: Joana Brasileiro Barroso


Disciplina: Avaliação PsicológicaII
Introdução
• Desde os primeiros anos as pessoas tem
diferentes comportamentos

• As diferenças se mantem ao longo da vida

• É estável ou não?
Conceitos de personalidade
• Diferenças individuais observadas na forma
como as pessoas sentem, pensam e se
comportam. (Pervim & John, 2004)

• Sistema no qual as características inatas da


pessoa interagem com o ambiente social para
produzir as ações e as experiências de um
indivíduo. (Mc Crae, 2006)
DIFERENTES PARADIGMAS NA PSICOLOGIA
DAPERSONALIDADE
Psicologia Diferencial ou Psicologia do
Traço
• Mais ativa e promissora
• Deu origem as Teorias Fatoriais da Personalidade
(Funder, 2001)

• Traços: unidades principais da personalidade


humana

• Conjunto de padrões estáveis das dimensões afetivas,


cognitivas e comportamentais do ser humano
• Se estrutura do particular para o geral
Teorias fatoriais
• Objetiva
• Todo ciclo vital
• Parcimoniosa
• Facilita a avaliação da personalidade
• Vários contextos

• Mais estudadas: BIG FIVE E MODELO PEN


VISÕES HIERARQUICAS
• Nível específico da resposta
• Nível habitual de resposta
• Nível da faceta ou subfator
• Nível do superfator
1º nível: respostas específicas
• Respostas concretas
• É o próprio comportamento como:

• Ex: Conversar com amigos


2º nível: resposta habitual
• Encontrar hábitos
• Comportamentos recorrentes
• Que se repetem

• Ex: Tem costume de conversar com amigos


3º nível: facetas
Facetas ou subfator
• Conjunto interrelacionado de hábitos

• Agrupa os hábitos descritos nos itens do teste


4º nível: Superfatores
• São dimensões da personalidade

• Ex: Extroversão → conjunto de facetas


2 trabalhos de pesquisa
• Psicolexical

• Fatorial
Modelo PEN
De Hans Eysenck
Modelo PEN
• Não tem na linguagem o ponto de partida

• Mas na Psicologia Diferencial e na Genética

• Uso da Análise fatorial e busca por uma


Taxonomia

• Traço: semipermanentes
• Estado: Condições internas temporárias, na
interação do traço com uma situação
Hans Eysenck e primeiros traços

• Hospital psiq britânico


• Neuroticismo
• Extroversão

• Buscando explicação para as psicoses,


acrescentou o fator Psicoticismo: desapego,
baixa temeridade, agressividade e egocentrismo
Super três fatores
• Observado em estudos de várias culturas

• Evidências de comportamento hereditários em


cada um dos fatores

• Questionários
• Déc de 50 com Questionário Médico de
Maudsley até chegar ao Questionário de
Personalidade de Eysenck
Bases biológicas da personalidade

• Atividade cerebral

• Taxa cardíaca

• Níveis hormonais
Big Five

Cinco Grandes Fatores


Big five
• Fortaleceu-se na últimas 3 décadas
• Mas vem surgindo desde a década de 40
• Psicólogos se voltaram para uso da linguagem
natural como finte de atributos→taxonomia
científica
• Listas de descritores: úteis para distinguir traços de
estados, de juízo de valor, de características físicas

• No início da década de 80, com Robert Mc crea se


consolidou na aval da personalidade de adultos
Porque Big Five cresceu tanto?
• Replicabilidade
• Países diversos
• Correlação com instrumentos
• Diferentes pessoas
• Preditivo em diferente contextos (org, op,
competência, hosp)
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO DA
PERSONALIDADE
Instrumentos

• Diferentes faixas etárias


• Diagnóstico
• Atenção primária
• Avaliação da eficácia do tratamento utilizado
Como medir?
• Heterorrelato
• Autorrelato
• Técnicas Projetivas
• Entrevistas
• Observações naturalísticas
• Observações estruturadas
Vantagens e desvantagens dos métodos
• O. naturalística: ótima validade ecológica, mas
precisa de muito tempo, nem sempre eticamente
possível

• O. estruturada: bastante objetiva, mas limitada na


quantidade de comportamentos observáveis

• Autorrelato é melhor para avaliar adolescentes e


adultos
• Observação é muito útil na avaliação de crianças
Questionários de personalidade
• Conjunto de itens: questões ou afirmativas
• Tem sentimentos ou comportamentos sobre os
quais a pessoa concorda ou discorda

• Várias características: BFP


• Característica específica: EFN
Problemas na construção

• Ìtens simples
• Resumidos
• Dificulta entendimento
• Ambiguo
• Significado de algumas palavras gera dívidas
Conclusão
• O terapeuta deve constantemente refletir sobre
suas atitudes na sessão e pensar sobre aquelas
que são essenciais, aquelas que não são e até
mesmo aquelas que são prejudiciais
Outros problemas dos
questionários
Aquiescência
• Tendência a concordar com os itens
independente do conteúdo
Desejabilidade
• Tendência a responder conforme o considerado
adequado pela sociedade
Tendência central
• Optar pela categorias intermediárias, denotando
incerteza
• Ex: neutro, as vezes, mais ou menos
Técnicas Projetivas
• Apresenta-se estímulos ambíguos:

• Manchas de tinta

• Solicita-se a geração de uma resposta


• Ex: desenhe uma árvore da forma como você
imagina.

• Flexibilidade na natureza e no número de


respostas
Hipótese projetiva
• Examinando projeta aspectos de sua
personalidade no processa de clarear o estímulo
não estruturado do teste

• Desse modo as necessidades, as características e


as expectativas influenciam em sua interpretação
dos estímulos do teste.
Aspectos positivos
• Desvia as defesas conscientes do indivíduo
• Acessa os aspectos dinâmico do funcionamento da
personalidade
• Fornece informações únicas

• Com crianças: são atrativos, tem partes coloridas,


histórias, desenhos, aumentando interesse e
motivação
• Não exigem leitura, mas exige certa habilidade
motora
Falhas
• Aconteciam no passado

1. Algumas técnicas não tem padronização da


instrução
2. Normas ausentes
3. Interpretação variada
4. Diversos sistemas: positivo ou negativo
5. Técnicas gráficas usadas em contextos sem
validade
Testes situacionais
• Técnicas de observação
• Kagan: estudou bebês inibidos e bebês não
inibidos

• Dados observados estáveis e de boa correlação


com o autorrelato deles já adolescentes
Observação naturalística
• No domicílio
• Na escola

• No ambiente natural, por um determinado


tempo, usando diferentes técnicas (Cozby, 2003)
Observação estruturada: testes
situacionais
• Observação objetiva, de comportamentos específicos, em
ambiente particular, com situações controladas pelo
pesquisador

• Mais usada na avaliação de bebês

• Lab-TAP,na década de 80, para avalia temperamento de


crianças

• No Brasil, não temos esse tipo de medida


• Errata da prof: hoje temos o PROTEA-R para avl do Autismo
Como se decidir pelo método?
• Menos oneroso
• Mais acessível
• Mais disseminado (pesquisas)
• Menos tempo
• Menos riscos
• Relatos de múltiplos informantes
• Métodos diversos: não usar só um método

• Usar técnicas complementares e se atualizar em


Psicologia do desenvolvimento e da personalidade
Aplicações dos modelos
• Escolha de carreira
• Seleção
• Desempenho no trabalho
• Prevenção de adoecimento no trabalho
• Avaliação da qualidade de vida
• Resposta a tratamentos
Caso ilustrativo
• Tiago, 9 anos
• 4º ano fund
• Mãe dona de casa e pai vendedor de êxito
• Tem irmã mais nova
• Professor da escola (pub) disse que desempenho
es colar e comportamento vem piorando, pediu
um psicodiagnóstico
Caso ilustrativo
• Professores o descrevem como simpático e
obediente, mas interrompe a aula com perguntas
sem sentido, primeiro a responder as perguntas,
mesmo errando e murmura a aula toda.
Turbilhão de energia, desperta gargalhadas nos
colegas, mantendo poucos colegas por perto.
Difícil de terminar as tarefas, mesmo em casa,
porque se levanta para correr, e se distrai com
qualquer barulho. Fica entretido só com video-
game, não gosta de tabuleiro.
Caso
• Técnicas: entrevistas, testes cognitivos, jogos,
testes de personalidade, para investigar TDAH

• Perfil de personalidade encontrado:


• Sociabilidade média, alta extroversão,
psicoticismo médio, alto neuroticismo
• Obrigada por sua atenção!!!!
• Att,
• Joana Barroso

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