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O Conceito de Personalidade nas

diferentes teorias psicológicas -


Fundamentos Teóricos. Aplicação,
Correção e Uso de instrumentos
O que é personalidade?
• Conjunto único de características
pessoais (Weinberg & Gould,
1999)
• Está relacionada à maneira com
que as pessoas se comportam
habitualmente, experimentam e
vivenciam a relação consigo
mesmo, com seus pares e com o
mundo (Neri,2005)
Como a personalidade se constrói?
• Hereditariedade x Ambiente

Reflexo dos fatores hereditários e do ambiente que fornecem a matéria


prima da personalidade podendo ser moldada, aumentada ou reduzida pelas
condições do ambiente.

Nós terapeutas investimentos no AMBIENTE, pois o ambiente


oportuniza que a carga genética seja OTIMIZADA ou mobilizada
em suas FRAGILIDADES.
A PERSONALIDADE é o conjunto único e singular de características de uma pessoa,
notáveis em padrões comportamentais razoavelmente consistentes e previsíveis
ao longo do tempo e situações de vida.

A personalidade tem características específicas em relação


à cultura, tempo histórico e gênero.

O estudo da personalidade é interdisciplinar, envolve


muitas áreas: emoção, influências biológicas,
aprendizagem, inteligência e saúde mental, entre outras.
A personalidade é estagnada?
• Amadurece ou Regride, se torna mais rígido ... Se ganha ou se perde
competências, autoconhecimento , aprende com as experiências da
vida.

É MENOS ESTÁVEL NA CRIANÇA E MAIS ESTÁVEL AO LONGO


DOS 50 ANOS SEGUINTES.

MAIS IDADE = MENOS NEUROTICAS, MENOS EXTROVERTIDAS,


MENOS ABERTAS A NOVAS EXPERIENCIAS

OS INTERESSES PESSOAIS QUE SE MODIFICAM MAIS =, ALÉM


DOS MITOS E SENTIDOS, CONFORME A HISTÓRIA E NARRATIVA
DE VIDA
Até que ponto os traços de personalidade são adaptativos
ou até onde interferem no funcionamento e provocam
angústia?

Você querer algo do


seu jeito, é sua
personalidade te
ajudando ou te
prejudicando?
Como pegar os traços de personalidade?
• Entrevista Psicológica – É soberana.
• Testagem Psicológica
• Genograma (papéis e funções de cada indivíduo na família)
Passo a passo
• História da criança ou adulto (investigar passado) – Temperamento na infância
• Investigar o motivo da consulta - esclarecer sintomas;
• Fantasia de enfermidade e cura: COMO VOCÊ ENTENDE ESTE PROBLEMA?
• Funcionamento Familiar reconhecimento dos Papéis e Funções de cada indivíduo
na família, como exercem
• Regras: características comuns que definem quem participa de cada subsistema:
• ocultas,
• implícitas,
• conhecidas,
• discutidas
• Fronteiras: barreiras invisíveis que demarcam os indivíduos :
• nítidas,
• difusas (emaranhadas)
• rígidas (desligadas).
• BATERIA DE TESTES= não se basear em um único instrumento (use no mínimo
dois instrumentos = dois projetivos, pelo menos).
• ENTREVISTAS DEVOLUTIVAS = ao paciente e outros solicitantes (e/ou aos pais)
como encerramento do processo
• RELATÓRIO PSICOLÓGICO = e outros informes escritos.
Testagem psicológica
Expressivos
Palográfico e PMK

Testes Psicométricos Objetivos Testes Projetivos

• TAT
• IFP • CAT
• BFP • TRO
• QUATI • Pirâmide de Pfister
• Neo Pi R • Questionário Desiderativo (não aprovado)
• Neo Fi R • HTP
• Human Guide • Desenho na chuva (não aprovado)

• E-trap (entrevista de transt. de pers.) • Desenho História (não aprovado)

• IPHEXA (Big five + 1) • Zulliger


• Rorscha
O processos psicológicos básicos e complexos fazem parte da personalidade.

Como a personalidade é o funcionamento GLOBAL do indivíduo; contempla


todos os aspectos do desenvolvimento e estruturas cognitivas.
Funções cognitivas

Memória Raciocínio
Atenção Tomada de decisão
Linguagem
Funções Executivas
• Controle Inibitório • Raciocínio aritmético
• Resolução de• problemas
Memória Operacional Raciocínio crítico
• Flexibilidade • Julgamento
Percepção • Iniciativa • Abstração

PPB
• Atenção • Linguagem
• Memória • Aprendizagem
•• Motivação
Planejamento
• Emoção
• Percepção
PPC • Pensamento
• Pensamento crítico • Autorregulação • Cognição e Inteligência
• Resolução de Problemas • Comunicação Efetiva • Consciência
• Tomada de Decisão • Negociação/Mediação
• Criatividade
Per
s on a
lida
d e
• Autoconceito
Mas como medir tudo isso?
• São muitos quesitos, e eles se repetem em alguns pontos.

• Se eles interagem uns com os outros, qual saber onde está o problema, ou qual deles está se
sobressaindo em relação ao outro?

Diferentes indivíduos, frente a uma mesma situação vital, a experimentam cada um


a seu modo, de acordo com sua perspectiva pessoal.

Com isso, cada pessoa revela a atitude e a estrutura do indivíduo frente à realidade
experimentada
Já ouviu falar na teoria BIG FIVE?
História
Os modelos dos cgf
Têm origem em um grande conjunto de pesquisas na área da personalidade, envolvendo as teorias fatoriais e as de traço.

Começou com Mc Dougall em 1932 – Apresentou a explicação teórica da personalidade a


partir de cinco fatores. Acredita que a personalidade poderia ser reduzida à poucos
aspectos

Louis Thurstone em 1934 – viu o trabalho de Mcdougall e desenvolveu pesquisas para


verificar a adequação do modelo e constatou que fazia sentido.

Demorou mais 50 anos para outros pesquisadores se interessarem pelos conceitos, e


continuarem a pesquisa.

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História

O modelo do Big Five resultou das contribuições de muitos pesquisadores


independentes

Gordon Allport e Henry Odbert formaram pela primeira vez uma lista de 4.500
termos relacionados a traços de personalidade em 1936.

Esse trabalho forneceu a base para outros psicólogos começarem a determinar as dimensões básicas da personalidade.
Na década de 1940, Raymond Cattell e seus colegas
usaram a análise fatorial (um método estatístico) para
reduzir a lista de Allport a dezesseis características.

Para seus estudos, como técnicas de coleta de dados, foram


empregadas três fontes:
•Q (questionários).
•L (qualificações ou entrevistas).
•T (testes objetivos).

Vamos conhecer
essa lista.
16 traços de Cattell

1.Expressividade emocional (alta-baixa).


2.Inteligência (alta-baixa).
3.Estabilidade (força do Eu-fraqueza do Eu).
4.Dominância (dominância-submissão).
5.Impulsividade (urgência/impulsividade-não-urgente).
Para ele, a 6.Conformidade grupal (superego forte-superego fraco).
personalidade podia 7.Atrevimento (atrevimento/timidez)
ser resumida nestas 8.Sensibilidade (sensibilidade/dureza).
16 características 9.Desconfiança (confiança/desconfiança).
10.Imaginação (pragmatismo/imaginação).
11.Astúcia (sutileza/ingenuidade).
12.Culpabilidade (consciência-impassibilidade).
13.Rebeldia (radicalismo-conservadorismo).
14.Autossuficiência (autossuficiência/dependência).
15.Autocontrole (autoestima/indiferença).
16.Tensão (tensão-tranquilidade).
Ele estava certo?

Vários psicólogos examinaram a lista de Cattell e descobriram que


ela poderia ser reduzida a cinco características.

Entre esses psicólogos estavam Donald Fiske, Norman, Smith,


Goldberg e McCrae & Costa

Lewis Goldberg defendeu fortemente


cinco fatores primários de personalidade

Seu trabalho foi expandido por McCrae & Costa, que confirmaram a
validade do modelo e forneceram o modelo usado hoje
BIG FIVE hoje
O modelo ficou conhecido como “Big Five” (termo inglês para
“Grandes Cinco”) e tem recebido muita atenção desde então. Esse
modelo foi pesquisado em muitas populações e culturas.

E continua a ser a teoria de personalidade mais aceita hoje

Cada um dos cinco fatores do Big Five representa categorias extremamente


amplas, que abrangem muitos termos relacionados à personalidade.

OU SEJA - Cada característica contém uma infinidade de outras facetas.


PORTANTO

O BIG FIVE é um modelo que contém 5 grandes facetas da


personalidade

E cada uma dessas facetas, engloba vários outros conceitos


importantes
Por que cinco fatores?
A descoberta foi acidental.

Como o modelo não foi desenvolvido a partir de uma só teoria, não há, uma explicação teórica e satisfatória dos
motivos que levariam a organização da personalidade em apenas cinco, e não quatro ou seis dimensões básicas.

Mc Adams (1992) observa que estes cinco fatores se referem às informações fundamentais que
geralmente queremos ter sobre as pessoas que iremos interagir.

Aparentemente, pelo menos nas sociedades estudadas pelas pesquisas, as pessoas parecem
querer saber se o estranho é:

1. Ativo e dominante, ou passivo e submisso


2. Socialmente agradável ou desagradável, amigável ou frio, distante
3. Responsável ou negligente
4. Louco, imprevisível ou normal, estável
5. Aberto a novas experiências ou desinteressado por tudo aquilo que não diz respeito à
experiência do cotidiano.
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BIG FIVE Quais são esses conceitos?

O Modelo dos Cinco Grandes (em inglês, “Big Five”), também conhecido
como Modelo dos Cinco Fatores (MCF) ou fatores globais de
personalidade, é a teoria da personalidade mais amplamente
aceita pelos psicólogos nos dias de hoje

A teoria afirma que a personalidade pode ser “reduzida”


a cinco fatores principais, conhecidos pela
sigla OCEAN (“oceano”):
VEJAMOS

O – openness to Experience (Abertura à


Experiência)
C – conscientiousness (conscienciosidade)
E – extraversion (Extroversão)
A – agreeableness (Agradabilidade/Amabilidade)
N – neuroticism (Neuroticismo)

O que significa?
Não preciso saber de toda a
personalidade, mas para uma
empresa, essa estrutura é a
que me importa.
Vamos analisar cada um destes conceitos
Conscienciosidade
A consciência descreve a capacidade de uma pessoa de regular seu
controle de impulso a fim de se envolver em comportamentos
direcionados a um objetivo (Grohol, 2019).

Ele mede elementos como controle, inibição e persistência de


Vejamos alguns comportamento.
pontos
importantes
Consciência vs. Falta de Direção

Aqueles que pontuam alto em conscienciosidade podem ser descritos


como organizados, disciplinados, detalhistas, atenciosos e cuidadosos.
Eles também têm um bom controle de impulso, o que lhes permite
completar tarefas e atingir objetivos.

Aqueles que têm pontuação baixa em termos de conscienciosidade podem


ter dificuldades para controlar os impulsos, dificultando a realização de
tarefas e objetivos.

Eles tendem a ser mais desorganizados e podem não gostar de muitas


estruturas.

Eles também podem se envolver em um comportamento mais impulsivo e


descuidado.
Agradabilidade
(amabilidade)
Amabilidade se refere a como as pessoas tendem a tratar os relacionamentos com
outras pessoas. Ao contrário da extroversão, que consiste na busca de
relacionamentos, a amabilidade se concentra na orientação das pessoas e nas
interações com outras (Ackerman, 2017)

Vejamos alguns
pontos
importantes
Amabilidade vs. Antagonismo

Aqueles que são muito agradáveis podem ser descritos como de coração mole,
confiantes e queridos. Eles são sensíveis às necessidades dos outros e são prestativos
e cooperativos. As pessoas os consideram confiáveis e altruístas.

Aqueles com baixa agradabilidade podem ser percebidos como suspeitos,


manipuladores e não cooperativos.

Eles podem ser antagônicos ao interagir com outras pessoas, o que os torna menos
propensos a serem queridos e confiáveis.
Extroversão
A extroversão reflete a tendência e intensidade com que alguém busca a interação
com seu ambiente, principalmente socialmente. Abrange os níveis de conforto e
assertividade das pessoas em situações sociais. Além disso, também reflete as
fontes das quais alguém retira energia.

Vejamos alguns
pontos
importantes
Extroversão vs. Introversão

Aqueles que estão no alto da extroversão são geralmente assertivos, sociáveis,


amantes da diversão e extrovertidos. Eles prosperam em situações sociais e se
sentem confortáveis para expressar suas opiniões. Eles tendem a ganhar energia e
ficar animados por estarem perto de outras pessoas.

Aqueles com pontuação baixa em extroversão são frequentemente chamados de


introvertidos. Essas pessoas tendem a ser mais reservadas e mais caladas. Eles
preferem ouvir os outros em vez de precisar ser ouvidos.

Os introvertidos geralmente precisam de períodos de solidão para recuperar as


energias, pois participar de eventos sociais pode ser muito cansativo para eles. É
importante notar que os introvertidos não necessariamente não gostam de eventos
sociais, mas os consideram cansativos.
Abertura à Experiência
A abertura para a experiência refere-se à vontade de tentar coisas novas, bem como
de se envolver em atividades imaginativas e intelectuais. Inclui a capacidade de
“pensar fora da caixa”.

Vejamos alguns
pontos
importantes
Abertura vs. Fechamento para a Experiência

Aqueles que pontuam alto em abertura à experiência são vistos como criativos e
artísticos. Eles preferem variedade e valorizam a independência. Eles são curiosos
sobre o que os rodeia e gostam de viajar e aprender coisas novas.

Pessoas com baixa pontuação em abertura à experiência preferem a rotina. Eles se


sentem desconfortáveis com mudanças e tentando coisas novas, então preferem o
familiar ao desconhecido.

Como são pessoas práticas, muitas vezes têm dificuldade em pensar de forma criativa
ou abstrata.
Neuroticismo
O neuroticismo descreve a estabilidade emocional geral de um indivíduo por meio de
como eles percebem o mundo. Ele leva em consideração a probabilidade de uma
pessoa interpretar os eventos como ameaçadores ou difíceis. Também inclui a
propensão de experimentar emoções negativas.

Vejamos alguns
pontos
importantes
Neuroticismo vs. Estabilidade Emocional

Aqueles que têm pontuação alta em neuroticismo geralmente se sentem ansiosos,


inseguros e com pena de si mesmos.

Frequentemente, são vistos como temperamentais e irritáveis.

Eles são propensos a certa tristeza e baixa autoestima. Aqueles com pontuação baixa
em neuroticismo são mais propensos a se acalmar, se sentir seguros e satisfeitos.

É menos provável que sejam percebidos como ansiosos ou mal-humorados. Eles são
mais propensos a ter boa autoestima e permanecer resilientes.
Por que utilizar a teoria do BIG FIVE?

Neste contexto, a teoria dos cinco fatores ou BIG FIVE mostra-se como um
instrumento adequado para analisar a personalidade.

Pois sua amostra apresenta-se como transcultural,ou seja diversificada em


validar outras culturas com isso o modelo do cinco fatores ganhar espaço na
psicologia brasileira.

E ganha relevância. Outro fator que valorizar a utilização da teoria BIG FIVE
apresenta-se através da aplicação de outros testes de personalidades, a qual
seus resultados de maneira geral mostram os cincos traços evidenciados na
teoria BIG FIVE afirmando assim a sua consistência fidedigna
Big Five e os subfatores

• Neuroticismo (N1 vulnerabilidade, N2 instabilidade emocional, N3 passividade, N4 falta de energia e N5


depressão)

• Extroversão (E1 comunicação, E2 Altivez, E3 Dinamismo, E4 Interações sociais)

• Socialização (S1 Amabilidade, S2 Pró Sociabilidade, S3 Confiança nas pessoas)

• Realização (R1 Competência, R2 Ponderação/Prudência, R3 Empenho/Comprometimento)

• Abertura (A1 Abertura de ideias, A2 Liberalismo, A3 Busca por novidades)


O que influencia nossa personalidade?

Genética

Estudos com gêmeos descobriram que a herdabilidade


(a quantidade de variância que pode ser atribuída aos
genes) das cinco características principais é de 40-
60%.
Foi conduzido um estudo com 123 pares de gêmeos idênticos e
127 pares de gêmeos fraternos. Eles estimaram a herdabilidade
de conscienciosidade, afabilidade, neuroticismo, abertura à
experiência e extroversão em 44%, 41%, 41%, 61% e 53%,
respectivamente.
O que influencia nossa personalidade?

Diferenças de gênero

Foram observadas diferenças nos cinco fatores do Big Five entre os


gêneros, mas essas diferenças são pequenas em comparação com
as diferenças entre indivíduos do mesmo gênero.

Costa et al. (2001) reuniram dados de mais de 23 mil homens e


mulheres em 26 países. Eles descobriram que “as diferenças de
gênero são modestas em magnitude, consistentes com os
estereótipos de gênero e replicáveis ​entre as culturas”.

As mulheres relataram ser mais elevadas em Neuroticismo, Amabilidade, Calor (uma faceta da
Extroversão) e Abertura aos Sentimentos em comparação com os homens. Os homens relataram
ser mais elevados em Assertividade (uma faceta da Extroversão) e Abertura às Ideias.
Testes
Psicológicos
de
personalidade
Só pra não dizer que não falei!!!

Outras teorias de personalidades:


Teoria que
Introvertidos ou dá base ao
Extrovertido teste
Pensamento x Sentimento QUATI
Sensação x Intuição
Teoria que dá
base para
muitos testes
Objetivos

A personalidade é moldada Teoria que dá


de acordo com as interações base para
que temos através de reforços muitos testes
e punições projetivos

A personalidade é uma soma do ID,


EGO e Superego

Big Five afirma que cada traço de personalidade é um espectro, com muitas nuances
Henry Alexander Murray foi um psicólogo norte-americano.
Dirigiu por aproximadamente 30 anos a Universidade de
Harvard. Foi diretor da Clínica Psicológica de Harvard na Escola
de Artes e Ciências após 1930

A teoria da Personologia de Murray

Mapea-se as NECESSIDADES (Angústias básicas da personalidade e


vetores que orientam o comportamento, levando a uma tensão que conduzirá a ação)

Analista as PRESSÕES (que são os determinantes do meio externo que podem facilitar ou
impedir a satisfação das necessidades, representando a forma como o sujeito vê ou
interpreta seu meio)

Verifica o ESTILO DE ENFRENTAMENTO ou mecanismo defensivo.


Força do Ego: possibilidade de ativar defesas que não neguem a REALIDADE e
nem que seja sucumbido à ela, e que permita manter sua coesão.
Necessidades listadas por Murray

AGRESSÃO: emocional, verbal, física, social ou antisocial


AUTOAGRESSÃO: sentimentos de inferioridade, culpa, remorso.
SUBMISSÃO PASSIVA/DEGRADAÇÃO: submeter-se à injúria sem oposição.
PROCURA DE AJUDA: necessidade de proteção, consolo.
DESVELO/ EMPATIA: identificação empática com o outro.
DOMINÂNCIA: liderar, gerir, impor-se.
PASSIVIDADE: preferência por contemplação passiva, apatia, inércia;
REALIZAÇÃO: demonstrando energia, persistência;
AUTONOMIA: precisar ser independente;
DEFERÊNCIA: respeitar e à autoridade;
EXIBIÇÃO: busca por ser o centro das atenções;
BUSCA DE RECONHECIMENTO: procurar ser considerado em seus valores pelos outros.
MELANCOLIA: dominado por sentimentos de tristeza, abatimento. Conflito, por incerteza, indecisão, perplexidade.
INSTABILIDADE EMOCIONAL: estar em dúvida, ambivalência, ser vacilante, com humor instável, escolhas inconsistentes.
ANSIEDADE
CIÚME,
RIVALIDADE
DESCONFIANÇA, Teste TAT
PERSECUTORIEDADE
EXALTAÇÃO,
MANIA
Na análise de personalidade, é importante notar como a pessoa
entende e enfrenta o mundo.

Os objetivos específicos da avaliação


Psicológicada Personalidade
• Devolver ao paciente o que é dele

1. Compreender o mais profundamente possível o funcionamento emocional e social do paciente. Esclarecer sutilezas
nas vivências psicológicas e evolução e apontar quais casos demandam intervenções mais amplas e urgentes;

2. Descobrir as diferenças estáveis que caracterizam tipos de indivíduos e compreender como essas diferenças
interferem no comportamento humano.

3. Investigar as forças e fraquezas do funcionamento psicológico e a verificação da existência de traços psicopatológicos;

4. FUNÇÃO DIAGNÓSTICA (funcionamento atual e aspectos adaptativos), e FUNÇÃO PROGNÓSTICA (capacidade de


crescimento emocional relacionada a evolução e planejamento terapêutico)
Unindo as teorias, o que temos como componentes da personalidade pela Neuropsicologia hoje?
A primeira
parte de nossa
personalidade

Temperamento
•Comportamentos que tem origens biológicas e genéticas.

Bom dia, Posso confirmar•Surgem


atendimento de amanhã?
no início da vida, em geral, durante o primeiro ano e
tendem a permanecer estáveis através do tempo e das
circunstancias (Wachs,1994);

•O temperamento oferece um componente emocional a


personalidade;

•Influencia a interação da criança com seu mundo (estilo de


abordagem e reatividade)
9 dimensões que ajudam a
analisar o temperamento
da criança:
• nível de atividade
• regularidade
• ritmo fisiológico
• aproximação ou retraimento
• adaptabilidade
• sensibilidade / responsividade
• intensidade de reação
• qualidade de humor
• distratibilidade e
• persistência.
Três tipos de temperamentos (Thomas e Chess)

As crianças fáceis são geralmente felizes (afeto positivo), crianças ativas desde o nascimento e ajustam-se
facilmente a novas situações e ambientes.
“É muito dado”, “Vai com todas”, “É muito fácil de levar”

As crianças de adaptação lenta são geralmente amenas, menos ativas desde o nascimento, e podem ter
alguma dificuldade de adaptação a novas situações e ambientes.

As crianças difíceis têm hábitos irregulares e rotinas biológicas (por exemplo, comer, dormir), têm
dificuldade em adaptar-se a novas situações, e muitas vezes expressam estados de espírito negativos de
forma muito intensa. São as mais difíceis de satisfazer e de manter a energia e a alegria de cuidar
diariamente.
Gênero

O papel de gênero refere-se a um conjunto de padrões comportamentais que são aprendidos pela
sociedade e atribuídos como os correspondentes gêneros (homem, mulher, feminino e masculino).

Esse padrão é aprendido pelo indivíduo ao longo da vida, pelos meios sociais e está relacionado ao
comportamento que a sociedade espera dele que ele adote, podendo ser alterado no decorrer do
tempo

A identidade de gênero é determinada pela maneira que a pessoa se sente e se percebe em relação ao
seu gênero, assim como a forma, que deseja ser reconhecida pelas outras pessoas, independente do
seu sexo biológico (Saadeh, A., 2019)

Com 3 ou 4 anos, a criança demonstra o gênero Por volta dos 6 anos, ela descobre que o gênero não muda, de
que a que a descreve de diversas maneiras. Com acordo com a roupa que usa.
essa idade , ela é capaz de nomear seu gênero
Identidade

A identidade possui características intrapsíquicas e pessoais.

Erickson (1959) a definiu como... “uma consciência por parte do indivíduo da


constância de si mesmo e continuidade do tempo” (p.23) e também do
reconhecimento pelo outro desta mesma constância e continuidade do indivíduo

o processo de formação da identidade, é aquele pelo qual o


adolescente sintetiza e armazena identificações e introjeções prévias, Personalidade = única, individual
de forma que resulte em UMA IDENTIDADE PESSOAL INTEGRADA.
Identidade = em interação com a sociedade =
identidade profissional, identidade de
gênero, identidade familiar, ...
Ambiente :
Fatores de risco e proteção
Ambiente :
Fatores de risco e proteção
ESTÁGIOS PSICOSSOCIAIS DE E. ERICSON

0-1 ano CONFIANÇA BÁSICA X DESCONFIANÇA


2-3 anos AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA
4-5 anos INICIATIVA X CULPA
6-12 anos DILIGÊNCIA x INFERIORIDADE
13-18 anos IDENTIDADE x CONFUSÃO DE PAPÉIS
19-25 anos INTIMIDADE x ISOLAMENTO
26-40 anos GENERATIVIDADE x ESTAGNAÇÃO
Mais de 41 anos INTEGRIDADE DO EGO X DESESPERO
Sabendo que a personalidade possui um traço de
hereditariedade, podemos dizer que ela é fixa? Muda? Se
muda, como acontece essa mudança?
Sabendo que a personalidade possui um traço de
hereditariedade, podemos dizer que ela é fixa? Muda? Se
muda, como acontece essa mudança?

A personalidade amadurece. Ela pode se tornar mais


rígida, ou se torna mais flexível.

Quanto MAIS RÍGIDOS E MENOS FLEXIVEIS SÃO OS TRAÇOS,


mais causam desajustes ou transtornos, e não adaptação.
Como podemos descrever a maturidade ou o enfrentamento da personalidade
frente às diversas situações?

SUPRESSÃO: atitude intencional e adaptativa de deixar de lado um pensamento ou


sentimento particular até o momento em que possa ser tomada uma atitude construtiva

ANTECIPAÇÃO: planejamento antecipado como forma de lidar com situações


potencialmente estressantes

ALTRUÍSMO: obtenção de satisfação pessoal através da ajuda aos outros

Mecanismos HUMOR: capacidade de ver os aspectos cômicos de uma situação estressante, como
de defesa forma de reduzir o desconforto e criar uma distância útil de eventos imediatos

SUBLIMAÇÃO: redirecionamento construtivo e criativo das motivações conflitantes para


áreas de funcionamento não conflitantes
Como podemos descrever a maturidade ou o enfrentamento da
personalidade frente às diversas situações?

REPRESSÃO: a ideia é reprimida, ex esquecimento ou desprezo motivado.

REGRESSÃO: criança retrocede aos hábitos de um estágio anterior ao amadurecimento quando cansada ou ameaçada.

FORMAÇÃO REATIVA: o afeto e a ideia são banidos e substituídos pelos seus opostos (medo em atração por ex)(ama o
irmãozinho e abraça muitooo forte)

PROJEÇÃO: conexão entre o sujeito, seus motivos e sentimentos é projetada no outro

DESLOCAMENTO: conexão entre um motivo ou sentimento e um objeto em particular é deslocada (grita com a mulher
depois de uma briga com o chefe (cheira histeria)

ISOLAMENTO DO AFETO: o afeto é reprimido, isolar o sentimento do conhecimento (relata que não tem o sentimento)

RACIONALIZAÇÃO: o afeto é reprimido, enquanto o indivíduo se detém a ideias abstratas, explica um sentimento com
muita racionalidade. (relata de forma insensível o sentimento) (cheira obsessivos)
Como podemos descrever a maturidade ou o enfrentamento da personalidade
frente às diversas situações?

NEGAÇÃO: “isto não está acontecendo”, (Mania: negam nec de limitações, fraquezas e riscos X Depressão onde é impossível
negar fatos dolorosos)

CISÃO/DIVISÃO DO EGO: tendência a compartimentalizar as experiências do self e dos outros que se encontram em conflito

IDEALIZAÇÃO : envolve ver os outros como totalmente bons, com o objetivo de evitar ansiedades com sentimentos negativos

DESVALORIZAÇÃO (oposto de idealização): envolve ver os outros como totalmente ruins

IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA: cisão de aspectos da experiência interna e sua projeção para o interior da outra pessoa, faço o outro
sentir o que estou sentindo.

CONTROLE ONIPOTENTE: grandiosidade, controle mágico (pode influenciar o contexto de alguém X fantasia que controla o
mundo)

SOMATIZAÇÃO: estados emocionais se expressam no físico, única linguagem para comunicar estados de ativação emocional) (não
é simulação, é uma reação somática aos estresse)

ACTING OUT ou encenação do conflito : expressão de atitudes de transferência do qual o paciente não está seguro o bastante.
Afetos

São adequados ao conteúdo e são bem definidos. Refere-se


espontaneamente aos estados afetivos das outras pessoas
assim como seus próprios sentimentos.

Como você lida com seus


sentimentos e vontades?

Você faz o que quer, ou dispõe


de regras para fazer ou deixar
de fazer?
O neurótico

O neurótico sabe que possui problema, e tente criar meios para resolver o seu problema através de
regras, rituais e atitudes consistentes
O Neurótico possui
contato com a realidade.

Sabem dos problema, sabem que os possui, convivem com eles, e sabem
lidar com essa falta por meio de seus comportamentos controlados.
Perverso ou Fronteiriço Acredita que descobriu o
segredo para conseguir o
Busca a satisfação plena que quer. Burlando alguma
regra, mas tem seu
objetivo.
Nem que precise burlar regras pra isso.
Não aceita as regras sociais, mas sabe
fingir segui-las

Freud chama o perverso de


“Criminosos sem consequência de Geralmente chamados de
culpa” Psicopatas

Psicopata é diferente de Psicótico


Perverso Psicose A primeira vez que Freud
fala sobre Perverso é no
Agressivo – O prazer está na submissão dos outros livro: Três Ensaios Sobre a
Teoria de Sexualidade
Narcisista – O prazer está nele mesmo e na sua superioridade

Sociopatia – O prazer está na destruição completa do outro

Fetiches – O prazer está na saciação de especificidades sexuais


Psicose Tem falta? Não precisa
lidar com essa falta,
pois ela não existe.

Como ele não possui contato com a realidade, ele vive no mundo da psicose, e não sabe que há falta, ou que
está fora deste mundo. Para ele, a vivência dele é real, e não faz parte da nossa lógica real.

Enquanto o neurótico possui conflito com o mundo


interno, o psicótico possui conflito com o mundo
externo que não faz sentido pra ele.

Esquizofrênica – afasta a si mesmo da realidade, e não se reconhece. Pode ter


alucinações e delírios.

Alterações de Humor – Mudanças de humor, depressão e bipolaridade, pode ter


alucinações e sentir cheiros estranhos

Paranoia – Delírio de perseguição, ciúmes obsessivo e mania de grandeza e narcisismo.


Estruturas Psicológicas

Neurótico
Razão Emoção

Regras / Leis Vontades / Desejos


Estruturas Psicológicas

Neurótico Perverso/Fronteiriço
Razão Emoção

Regras / Leis Vontades / Desejos


Estruturas Psicológicas

Perverso/Fronteiriço
Neurótico Psicótico
Razão Emoção

Regras / Leis Vontades / Desejos


Não somos um ou outro. Somos os
todos, um pouco.

Razão Filias Emoção


Generalizadas
Depressão Paranóia
Auto
Histeria Agressividade Fobia Narcisismo Mult.
Personalidade
Toc Social
Dupla
Trans. Comp. Esquizóide
Personalidade Agressividade Social
Esquizofrenia
Não somos um ou outro. Somos os
todos, um pouco.
Linha da “normalidade”

Razão Filias Emoção


Generalizadas
Depressão Paranóia
Auto
Histeria Agressividade Fobia Narcisista Mult.
Personalidade
Toc Social
Dupla
Personalidade Trans. Comp. Esquizóide
Agressividade Social
Esquizofrenia
Nos testes
• Neuróticos – Tentam encontrar regras, controlar a produção,
encontrar deslizes, falhas e mostrar que são os melhores
• Perversos/Fronteiriços – Tentam burlar regras, tirar vantagens,
mostrar que são melhores, maiores e diferentes. São grandes,
protetivos, e com agressividade
• Psicóticos – Finais com fantasia, extravagantes, produção
incompreensível, sem lógica ou sem conexão
Psicótico

Neurótico Perverso
Normal

Perverso
Psicótico

Neurótico
Psicótico

Neurótico

Perverso
HTP para crianças

Victor, 7 anos – Sofreu abuso sexual


desde os 4 anos de idade por seu pai.
Agora está com um tutor. Ele desenha
o que o seu pai pedia para que fizesse
– neste caso, sexo oral.
Andreu, 8 anos – Sofria abusos desde os 4 anos de seu
padrasto. Ele desenha a si mesmo com cara de pânico e
marcando os botões da camisa e o zíper da calça
Isabel, 8 anos – Ela se desenhou em
cima de uma cadeira, local em que o
abusador a colocava para conseguir
manter relações sexuais. No alto é o
seu irmão, que via tudo que estava
acontecendo.
Javier, 6 anos – Sofre abusos desde os 4
anos e agora vive em um centro de
menores. Seus pais são separados e têm
sempre conflitos. O pai cumpriu um ano
de prisão por violência contra a mãe. A
mãe toma medicamentos e está
recebendo tratamento por problemas de
saúde mental. Os pais já fizeram
acusações mútuas e ambos prestaram
denúncias de abuso sexual à Javier na
casa do outro. O menino se desenha em
um dia de chuva. Acrescenta no desenho
um carro que parece que o está
atropelando, o carro está sendo dirigido
pelos pais. Ao lado desenha uma casa sem
janelas onde disse que vive seu pai, sua
mãe e ele.
Irene, 5 anos – Ela e seus irmãos sofreram
de maus-tratos emocionais e negligência
familiar.

No seu desenho, Irene expressa as relações


amorosas caóticas que existem entre os
membros da família.

As primeiras figuras (irmã de 10 anos e a


mãe) mantém uma relação muito ruim,
porque a mãe obriga a irmã a cuidar dos
irmãos. Nesta família há suspeitas de
abusos sexuais à filha maior.
Marina, 5 anos – Abusada
sexualmente desde os 4 anos por
seu pai. Ela desenha os filmes
pornográficos que via com ele.
Marina disse que os personagens
que via estavam pelados e faziam
coisas erradas. A linha circular
representa a tela da televisão.
Elena, 6 anos – Sofria abusos e
maus-tratos de seu pai. Agora vive
com sua avó. No desenho
representa o seu pai em um
desenho pequeno e tendo relações
sexuais com ela. Elena descreve:
ele se comportou muito mal. A
figura grande do desenho,
sorridente, representa a avó
acolhedora, com quem se sente
protegida.
O teste de personalidade

Nos ajuda a descobrir a personalidade daquele que está sofrendo e das


pessoas à sua volta.

Analisar a emotividade, o passado, aquilo que está latente e o que está


inconsciente faz parte da nossa função de psicólogos.

Ofertar o diagnóstico, é o primeiro passo.

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