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Perspetivas dos traços de

personalidade
O estudo da personalidade
Abordagens ao estudo da personalidade

• Perspetiva idiográfica
– Centra-se nas características individuais únicas.

– Basear uma teoria da personalidade na abordagem idiográfica gera


problemas de generalização.
– É uma perspetiva útil para terapeutas.

• Perspetiva nomotética
– Busca a identificação de leis gerais relativas à personalidade enquanto
construto – algo que podemos descrever mas não ver.
– É essencialmente abstrato e não permite contemplar a singularidade

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individual.
A personalidade (segundo Allport)

“Organização dinâmica dentro do indivíduo


de sistemas psicofísicos que determinam o
comportamento e pensamento
característicos”

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A personalidade (segundo Allport)

• Organização dinâmica: existe dinâmica – crescimento e


mudança – mas esta é organizada.

• Psicofísicos: vê a mente e corpo como unos.

• Determinam: a personalidade como determinante para a


explicação de pensamentos e comportamentos.
• Pensamentos e comportamentos característicos:
definidores da nossa identidade.

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A personalidade (segundo Allport)

• Hereditariedade vs ambiente
– As nossas características genéticas tornam-nos
únicos.

– A nossa interação com o ambiente é única


(mesmo em indivíduos que partilham as
características genéticas).

– Assim, Allport defende ainda uma abordagem

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idiográfica.
A personalidade (segundo Allport)

• Consciente vs inconsciente.

• Passado, presente e futuro.

• Idiográfica vs nomotética.

• Normal vs Patológico.

Considera que existe uma disrupção entre a

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personalidade na infância e na idade adulta.
Traços de personalidade

Traços de personalidade
– padrões de comportamento, emoções e
pensamentos, que se manifestam num vasto
leque de ocasiões.
1. Relativa estabilidade ao longo do tempo;
2. Diferentes graus de expressão em diferentes
indivíduos;

3. Influenciam os comportamentos.
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Traços de personalidade

• Traços são características distintivas que regem os


nossos comportamentos. São medidos/manifestam-
se num contínuo, estando sujeitos a influências
sociais, ambientais e culturais.

• Predispõem-nos a responder de maneira


semelhante a um conjunto diverso de estímulos.

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Traços de personalidade

• Allport considera 5 características dos traços:


– São reais e não meros construtos teóricos;

– Apresentam relação causal com os comportamentos;

– São observáveis empiricamente;


– Os diferentes traços relacionam-se entre si e podem
sobrepor-se;

– Os traços variam com a situação.

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Traços de personalidade

Traços Individuais Disposições


pessoais

Comuns

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Traços comuns
• Refere-se a comportamentos e rituais
que adquirimos por pertença a uma
comunidade, país ou cultura.
– Exemplos: forma como nos
cumprimentamos; forma como
celebramos um casamento; utensílios que
11 usamos para comer; funerais.
Traços de personalidade

• Disposições cardinais: não conseguimos esconder.


Seremos, aliás, conhecidos por esta característica.
Personalidades com disposições cardinais são raras.

• Disposições centrais: entre 5 a 10 características


que descrevem muito bem o nosso comportamento.

• Disposições secundárias: características menos


influentes, que se manifestam com menor
consistência.
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Hábitos e atitudes
• São distintos dos traços e das disposições.
– Hábitos: têm impacto limitado no
comportamento. São respostas específicas e
inflexíveis a estímulos determinados.

– Atitudes: a atitude (positiva ou negativa)


manifesta-se face a / no confronto com algo.

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Personalidade e motivação
• Para Allport o passado é passado.

• É central o conceito de autonomia


funcional, isto é,

...as razões, os motivos subjacentes à ação


humana (em adultos saudáveis) são
independentes das experiências da infância.

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Personalidade e motivação
A autonomia funcional é um princípio geral de motivação que
afirma que, durante a realização de um comportamento
intencional e orientado para um objetivo, vários impulsos
derivados emergem como unidades independentes do impulso
original que inspirou o comportamento.

(Allport, 1973)

Exemplo: o estudo motivado pelo desejo de obter notas altas


pode ser gradualmente substituído pelo desejo de conhecimento

15 por si só.
Personalidade e motivação

Autonomia Funcional

Perseverante
/ persistente Do próprio

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Personalidade e motivação
• Autonomia funcional persistente: revela-se em
comportamentos rotineiros de baixo nível, que
ocorrem mesmo na ausência de reforços.

• Autonomia funcional do próprio: refere-se aos


valores, autoimagem, estilo de vida.

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Personalidade e motivação
• Princípios da autonomia funcional
– O funcionamento do proprium é um processo de
organização que determina a nossa perceção do
mundo, recordações e direção do pensamento.

– Percecionamos, seletivamente, aquilo que é


congruente com o nosso proprium.

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Personalidade e motivação
• Princípios da autonomia funcional
1. Nível de energia.

2. Domínio e competência.
3. Estabelecimento de padrões / estrutura.

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Personalidade e motivação
• Princípios da autonomia funcional
1. Nível de energia.

– Refere-se à aquisição de novos motivos. Existe


uma necessidade de utilizar energia de forma
funcional e não destrutiva.

– Este princípio explica porque dedicamos o


tempo livre a hobbies, porque adquirimos esses

20
interesses.
Personalidade e motivação
• Princípios da autonomia funcional
2. Domínio e competência.

– Refere-se ao nível a que satisfazemos os nossos


motivos.

– Temos necessidades de crescimento e


autorrealização.

– Não é suficiente, para o adulto saudável, “fazer


21 por fazer”.
Personalidade e motivação
• Princípios da autonomia funcional
3. Estabelecimento de padrões / estrutura.

– Os motivos dependem da estrutura / padrão do


proprium.

– Nos nossos processos percetivos e cognitivos,


mantemos o que realça a nossa autoimagem,
autoestima, o que é coerente com os nossos

22
valores.
Quantos traços existem?
• Allport considerava que as características
de personalidade estariam já descritas no
nosso léxico.

• Encontrou dicionarizadas 18,000


características, que posteriormente reduziu
a 200.

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24
Exercício Teórico-prático
• Pesquisa nas bases de dados sobre o tema traços de
personalidade.

• Devem relatar, num documento, o processo


utilizado para chegar ao artigo.

• Breve resumo do artigo e do que justifica a sua


inclusão.

• Devem apresentar a referência completa, em


formato APA.
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Desenvolvimento do proprium
• Allport considera a existência de sete fases de
desenvolvimento
1. Eu corporal – consciência da própria existência,
incluindo a distinção entre o corpo e os objetos
envolventes.

2. Identidade de si mesmo – a identidade mantém-se


intacta apesar das mudanças que vão ocorrendo.

3. Autoestima – começam a ter orgulho nos seus feitos.

As fases 1 a 3 ocorrem nos 3 primeiros anos de vida.


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Desenvolvimento do proprium
• Allport considera a existência de sete fases de
desenvolvimento
4. Extensão de si mesmo – reconhecem objetos e pessoas
que fazem parte do seu próprio mundo.

5. Autoimagem – desenvolvemos uma imagem (real e


idealizada) de nós e dos nossos comportamentos.
Ganhamos consciência acerca do cumprimento das
expectativas parentais.

As fases 4 e 5 ocorrem dos 4 aos 6 anos de vida.


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Desenvolvimento do proprium
• Allport considera a existência de sete fases de
desenvolvimento
6. O Eu como agente racional – aplicamos a razão e a
lógica à resolução de problemas do dia-a-dia.

7. Esforço do proprium – formulação de planos e metas


para o futuro.

A fase 6 ocorre dos 6 aos 12 anos.


A fase 7 ocorre durante a adolescência.
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Como avaliar a personalidade?

• Allport considerou 11 métodos para a


avaliação da personalidade, com destaque
para dois deles:
1. Registos pessoais;

2. Avaliação dos valores.

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Como avaliar a personalidade?

1. Registos pessoais
– Diários, autobiografias, cartas, textos literários e outros
registos falados / escritos como fontes de informação para
conhecermos disposições / traços de personalidade.

– Observou um acordo inter-avaliadores na análise destes


materiais.

– Analisando correspondência de um sujeito chegou a 200


traços / disposições, que agregou em 8 categorias /
fatores.
30
Como avaliar a personalidade?

2. Avaliação dos valores


– Os valores representam interesses e motivações sólidas.

– Seis categorias de valores são considerados:

1. Teóricos (relacionados com a descoberta da verdade,


racionalidade)
2. Económicos (questões úteis, práticas)

3. Estéticos (forma, harmonia, belo)

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Como avaliar a personalidade?

2. Avaliação dos valores


– Seis categorias de valores são considerados:

4. Sociais (relações humanas, altruísmo, filantropia)

5. Políticos (poder pessoal, influencia, prestígio)


6. Religiosos (interesse pela espiritualidade, compreensão
do universo)

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Investigação
• Comportamento expresso (espontâneo)
– São comportamentos que se expressam de forma
espontânea, sem que tenhamos consciência
destes (movimentos, inflexões na voz)

– Allport acredita que estes comportamentos


transparecem traços de personalidade (e.g.,
introversão, extroversão).

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Investigação
• Comportamento expresso (espontâneo)
– Esta abordagem de Allport é precursora dos
estudos de Paul Eckman sobre o estudo das
expressões faciais.

– Sete grupos de emoções: alegria, desprezo,


nojo, raiva, tristeza, medo e surpresa.

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Investigação
• Comportamento de confronto (planeado)
– É o comportamento consciente, determinado
pelas necessidades da situação e com objetivo
específico (tem como objetivo provocar uma
mudança no ambiente).

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Raymon Cattell
• É contemporâneo de Allport e Spearman.

• Distingue-se de Allport pela sua abordagem


científica rigorosa, com base na análise de
grandes volumes de dados.

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Teoria da Personalidade

• A personalidade para Cattell é o que nos permite


antecipar o comportamento de alguém perante
uma situação ou estímulo. R = f(S, P)

• Foco nos indivíduos saudáveis (quer estudar a


personalidade, não tratar a personalidade).

• Usa a análise fatorial para chegar aos traços de


personalidade.

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Teoria da Personalidade
• Os traços são elementos mentais da personalidade e é o seu
conhecimento que possibilita a compreensão do
comportamento humano.

• Traço como um conjunto de reações ou respostas ligadas por


algum tipo de unidade, permitindo que as respostas sejam
abrangidas por um único termo e tratadas de forma
semelhante na maioria das situações.

• Cattell considera diferentes tipos de traços de personalidade.

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Teoria da Personalidade

Traços comuns
• Partilhados por todos devido a questões culturais e
hereditárias.
• Todos apresentamos estes traços, embora em grau variável.

Traços únicos
• Relacionados com interesses e atitudes.
• Não são partilhados da mesma forma que os comuns,
podendo estar totalmente ausentes.

39
Teoria da Personalidade

Traços superficiais
• São traços mais instáveis e menos importantes.
• São compostos por vários elementos correlacionados entre si
mas que não constituem um fator.

Traços originais / primários


• São os fatores (resultantes da análise fatorial).
• Dependendo da sua origem, são constitucionais (dependem
das características fisiológicas) ou ambientais (são
modelados pelo ambiente e interações sociais).
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Teoria da Personalidade

Traços de capacidade
• Determinam a eficiência com que podemos trabalhar para
alcançar uma meta.
• e.g., inteligência

Traços de temperamento
• Revelam o estilo geral e tom emocional do comportamento
• e.g., assertivo, intempestivo

Traços dinâmicos
• Referem-se ao elemento motivacional do comportamento
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humano.
Traços dinâmicos
• Existem três forças motivacionais para
Cattell: Atitudes, erg e sentimentos

• As atitudes representam os nossos


interesses, emoções e comportamentos face
a uma pessoa, objeto ou acontecimento.

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Traços dinâmicos
• Erg (unidade de medida de trabalho,
energia e quantidade de calor).

• Os Ergs incluem impulsos de base biológica.


Cattell considerou 11 Ergs (e.g., fome,
sexo, proteção parental, curiosidade, ira
(medo), combatividade, autoafirmação.

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Traços dinâmicos
• Os sentimentos são estruturas motivacionais que
se desenvolvem através da aprendizagem acerca
de características ambientais tais como objetos,
ações, pessoas, instituições e mesmo ideias
simbólicas (e.g., religiões), com que os indivíduos
se deparam durante o seu desenvolvimento
psicológico.

• Como são aprendidos, podem desaprender-se.


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Traços dinâmicos
• Cattell começou por listar um conjunto de
interesses, procurando posteriormente um
dimensões básicas de interesses através da AF.

• Exemplos de sentimentos incluem:


– Profissão – Animais domésticos
– Desporto e atividade – Notícias / comunicação
física – Economia / negócios
– Interesse científico – Família / interesses
– Política parentais
– Viagens – Religião
45
– Educação
Avaliação da Personalidade

• Foco psicométrico.

• Considera a necessidade de 3 tipos de


dados (L, Q, T)
– L (life)

– Q (questionários)

– T (testes)
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Avaliação da Personalidade
• L (life)
– Dados acerca da vida da pessoa. E.g., notas escolares,
multas, registo criminal, atividade cívica.
• Q (questionários)
– Dados provenientes da resposta a questionários. Problema
da desejabilidade social.
• T (testes)
– Dados obtidos através da aplicação de testes objetivos.
– Os comportamentos ou pensamentos específicos de um
indivíduo são medidos de forma direta e precisa.
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Exercício Teórico-prático
• Identifique o conhecido instrumento de
avaliação da personalidade desenvolvido
por Raymond Cattell.

• Caracterize o instrumento quanto ao/à:


– Número de itens; número de dimensões/fatores;
população alvo; contextos de utilização.

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16PF
Níveis baixos Traço / Fator Níveis elevados
Reservado Afabilidade Sociável
- Inteligente Raciocínio + inteligente
Emocionalmente instável Estabilidade Emocionalmente estável
Submisso Dominância Dominante
Sério Animação Despreocupado
Oportuno Atenção às normas Escrupuloso
Tímido Atrevimento Ousado
Duro/frio Sensibilidade Sensível
Confiante Vigilância Desconfiado
Prático Abstração Imaginativo
Genuíno / Sincero Privacidade Discreto / reservado
Seguro de si mesmo Apreensão Apreensivo
Conservador Abertura à mudança Experimentador
Dependente do grupo Autossuficiência Autossuficiente
Sem controlo Perfecionismo Controlador
49 Relaxado Tensão Tenso
Eysenck

• Dá continuidade aos trabalhos de Allport e Cattell,


considerando a personalidade como o produto de
uma componente genética e ambiental.

• Considera 24 dimensões da personalidade,


organizadas em 3 traços / fatores.
– Extroversão (introversão)
– Neuroticismo (estabilidade emocional)

– Psicoticismo (controlo de impulsos)


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Extroversão

• Traço que caracteriza pessoas sociáveis,


animadas, audazes, dominadoras, ativas,
despreocupadas, assertivas.

• Eysenck propôs que o níveis de ativação cortical


explicavam a diferença entre extrovertidos e
introvertidos.

51
Extroversão

• Os extrovertidos têm menor ativação cortical, daí


buscarem ativamente estímulos / excitação.

• Os introvertidos têm maior ativação cortical, pelo


que se afastam de situação de elevada
estimulação.

• Verificou ainda que os introvertidos são mais


reativos à estimulação sensorial.

52
Neuroticismo

• Traço que caracteriza pessoas ansiosas,


depressivas, dadas a sentimentos de culpa e
baixa autoestima, tensas, tímidas, mal
humoradas, irracionais.

• Eysenck apresentou uma explicação biológica,


associada à reatividade (excessiva) do SNS
(Sistema Nervoso Simpático)

53
Neuroticismo

• SNS é responsável pelos níveis de adrenalina,


aceleração da frequência cardíaca e respiratória
(respostas fight or flight).

• Para Eysenck, a pessoa com elevado neuroticismo


está numa situação de hipersensibilidade,
apresentando uma resposta emocional mais
extrema perante situações difíceis (como as
situações geradoras de stress).
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Psicoticismo

• Traço que caracteriza pessoas agressivas, frias,


egocêntricas, impessoais, impulsivas,
antissociais, criativas.

• O modo como direcionamos e controlamos estas


dimensões da personalidade pode levar a um
desajustamento social (e.g., comportamentos
criminais) ou a um ajustamento (e.g., através da
criatividade).
55
O papel da genética

Ambiente Genética

Estudos com
crianças
adotadas

Impacto da
sociedade Estudos com
gémeos

56
O papel da genética

• A genética / hereditariedade tem um papel


predominante nas dimensões e traços de
personalidade.

• O ambiente tem um papel limitado (e.g.,


interações familiares na infância).

• A relativa universalidade das dimensões e fatores


de personalidade são um argumento a favor do
papel da hereditariedade.
57
McCrae e Costa

• Identificaram 5 fatores de personalidade


– Neuroticismo
O peness
– Extroversão
C onscioutiouness
– Abertura à Experiência E xtroversion
A greeableness
– Amabilidade
N euroticism
– Conscienciosidade

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McCrae e Costa
• Neuroticismo
– Preocupado, inseguro, tenso.

• Extroversão
– Sociável, afetuoso, divertido.

• Abertura à Experiência
– Criativo, ousado, independente.

• Amabilidade
– Bondoso, compassivo, cortês.

• Conscienciosidade
59 – Organizado, esforçado, confiável.
O inventário NEO-PI-R
ü O NEO PI-R é constituído por 240 itens que
permitem avaliar um total de 30 facetas:

• Neuroticismo: Ansiedade, Hostilidade, Depressão,


Autoconsciência, Impulsividade, Vulnerabilidade.

• Extroversão: Acolhimento Caloroso, Gregariedade,


Assertividade, Atividade, Procura de Excitação
Emoções Positivas.

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O inventário NEO-PI-R
• Abertura à Experiência: Fantasia, Estética,
Sentimentos, Ações, Ideias, Valores.

• Amabilidade: Confiança, Retidão, Altruísmo,


Complacência, Modéstia Sensibilidade.

• Conscienciosidade: Competência, Ordem, Dever,


Esforço de Realização, Autodisciplina, Deliberação.

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O modelo BIG 5

• Dos 5 fatores, a amabilidade é a que tem maior


componente ambiental / social.

• NEO C têm forte componente hereditária.

A importância dada a estes traços será constante


em diferentes culturas?

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O modelo BIG 5

• Extroversão e amabilidade

• Conscienciosidade

• Extroversão

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Estabilidade dos fatores de
personalidade
• Os fatores apresentam estabilidade
temporal (demonstrada em estudos
longitudinais).
– Em particular, do traços N e E.

Saindo do argumento genético, qua o papel


desempenhado pelas expectativas dos outros nos
64 traços de personalidade?
BIG 5, saúde e bem-estar

• Neuroticismo: é um preditor significativo de menor


bem-estar emocional.

• Extroversão: têm mais amigos, apaixonam-se com


maior frequência.

• Abertura: realizam mais mudanças de emprego e


carreira.

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BIG 5, saúde e bem-estar

• Amabilidade: são mais cooperativos, honestos e


altruístas.

• Conscienciosidade
– Estabelecem metas mais ambiciosas e dedicam maior
esforço para o seu alcance.

– Vivem mais tempo.

– Mantêm contacto mais frequente com a família.

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Teoria do temperamento
• Traços de temperamento
– O que é o temperamento?
– Disposições básicas relativamente consistentes, inerentes à
pessoa, que estão subjacentes e moldam a expressão da
atividade, reatividade, emocionalidade e sociabilidade.
– Os principais elementos do temperamento estão presentes no
início da vida e é provável que esses elementos sejam
fortemente influenciados por fatores biológicos. As influências
ambientais aumentam com o desenvolvimento.

67
Teoria do temperamento
• Traços de temperamento
– Buss e Plomin consideram a existência de 3
traços de temperamento
• Emocionalidade

• Atividade

• Sociabilidade

68
Teoria do temperamento
• Emocionalidade
– Refere-se ao nosso nível de ativação.
• Angústia; Temor; Ira.

• Caracteriza-se num contínuo entre imperturbáveis e


facilmente irritáveis.

• Abrange as emoções negativas, mais do que as


positivas.

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Teoria do temperamento
• Atividade

– Energia e vigor físico.

– Característico em alguém irrequieto, face a alguém calmo.

• Sociabilidade

– Preferência pelo contacto e interação com os outros.

– A baixa sociabilidade é visível em comportamentos sociais

inibitórios.

– É uma característica vital na adaptação ao meio.


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Teoria do temperamento
• Impulsividade
– Adicionada por Gagne e Saudino (2010).

– Refere-se ao extremo inferior de uma caraterística que inclui o controlo

emocional e comportamental, a persistência e o planeamento.

Emocionalidade, atividade, sociabilidade e impulsividade podem


ser considerados como traços temperamentais (herdados), que
progressivamente vão sendo substituídos pelos fatores de

71 personalidade na idade adulta.


Bibliografia

Schultz, D. P. & Schultz, S. E. (2010). Teorías


de la personalidad (9th Ed.), Capítulos 7 e
8 (parte 4). Cengage Learning

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