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2. Em sendo possível, qual a rubrica que deve ser usada pela Câmara para o
seu pagamento?
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Processo: 08146e23 - Doc. 28 - Documento Assinado Digitalmente por: FLAVIA SCOLESE RIBEIRO - 29/06/2023 17:04:41
de que tais verbas, “(…) quando a Administração Pública for vencedora, pertencem ao
próprio Poder Público e não aos procuradores que fizeram a defesa da Administração”
(Parecer nº 00363-15).
(…)
Com efeito, tal verba não se confunde com a remuneração fixa, certa e invariável, paga
pela Administração aos seus Procuradores, pelo exercício do cargo, a título de subsídio
ou vencimento. Os honorários sucumbenciais decorrem diretamente de disposição da lei
processual civil e o seu respectivo pagamento é eventual, incerto e variável, além de ser
obrigação atribuída à parte vencida no processo judicial.
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Fixada tal premissa e adentrando especificamente no objeto da pergunta sob enfoque,
insta perquirir se os Procuradores do Poder Legislativo Municipal enquadram-se, ou não,
no conceito de Advogados Públicos, para fins de recebimento de honorários de
sucumbência, na forma do artigo 85, § 19, do NCPC.
A resposta pode ser positiva, desde que preenchidos determinados requisitos; se não,
vejamos.
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este
artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.
Nesse sentido, o Exmo. Ministro Luiz Fux, nos autos do Recurso Extraordinário 663.696,
em que figurou como Relator, assentou que:
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“De fato, nos Municípios em que existem Procuradorias organizadas, os
advogados públicos municipais desempenham idênticas atribuições às de seus
congêneres no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal.
Em vista disso, sendo tais atividades identificadas pela Constituição como funções
essenciais à Justiça, é imperativo que todas as disposições pertinentes à
Advocacia Pública sejam aplicadas às Procuradorias Municipais, sob pena de se
incorrer em grave violação à organicidade da Carta Maior.” (grifos aditados)
“De fato, muito embora não exista uma obrigatoriedade constitucional aos
Municípios para a instituição de Procuradorias Municipais organizadas nos
mesmos moldes das Procuradorias dos Estados, certo também é que esta é uma
realidade presente em todas as Capitais brasileiras e nas maiores cidades dos
Estados, a fim de fazer frente às complexas questões jurídicas que envolvem a
administração dos interesses locais.
“Por essa razão e tomando por base o que foi expendido pelo Ministro-Relator, eu
o acompanho - apenas cuido de especificar que quando se menciona
procuradoria, refere-se a procuradores integrantes de uma carreira e não a uma
outra pessoa que possa ser designada, nomeada, comissionada, sem parâmetro
algum - tanto na tese, quanto no caso subjetivamente posto à apreciação.” (grifos
aditados)
Seguindo a mesma linha de raciocínio, o Exmo. Ministro Gilmar Mendes pontuou que:
“(…) Nessa esteira, destaco que apesar de a Constituição Federal não fazer
menção expressa aos procuradores municipais, há que se reconhecer que,
quando organizados em carreira, também exercem o munus de advogados
públicos, realizando atividades congeneres àquelas desempenhadas pelos
advogados da União (incluídos os procuradores), dos Estados e do Distrito
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Federal, prestando consultoria jurídica e representando judicial e
extrajudicialmente a municipalidade.” (grifos aditados)
Do mesmo modo, o Exmo. Ministro Marco Aurélio, nos autos da Ação Direta de
Inconstitucionalidade 6.053, ao relatar o seu Voto, assim discorreu sobre os membros da
Advocacia Pública:
Ou seja, assim como ocorre, por exemplo, com os Advogados da União, os Procuradores
da Fazenda Nacional, os Procuradores Federais e os Procuradores dos Estados e do
Distrito Federal, os Procuradores Municipais, inclusive os que atuam vinculados ao Poder
Legislativo, podem ser considerados Advogados Públicos, desde que organizados em
carreira, com ingresso mediante concurso público de provas e títulos.
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Observe-se, porque oportuno, que servidores exclusivamente comissionados da Câmara
de Vereadores, por exemplo, ainda que exerçam atividades de consultoria e assessoria
jurídicas da Edilidade, não podem ser enquadrados como membros da Advocacia
Pública, porque não admitidos mediante concurso público de provas e títulos para
integrar a carreira organizada da Procuradoria do Poder Legislativo Municipal.
Aqui, vale chamar atenção para o fato de que é assente na jurisprudência pátria o
entendimento de que “A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica,
apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os
seus direitos institucionais” (Súmula nº 525 Superior Tribunal de Justiça).
É claro que esta busca ao judiciário deve ser feita na exclusiva satisfação dos
interesses concedidos constitucionalmente. Assim, não há margem de vontade
para as câmaras de vereadores proporem medidas que busquem interesses
políticos. Todas as ações devem estar revestidas de uma clara demonstração de
interesse de agir. Ou seja, a relação entre a finalidade do procedimento e as
razões previstas nas competências constitucionais deve ficar patente. (…)” (grifos
aditados)
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Nesses termos, são considerados Advogados Públicos os Procuradores do Poder
Legislativo, desde que organizados em carreira, com ingresso mediante concurso público
de provas e títulos, e, na forma do artigo 85, § 19, do Novo Código de Processo Civil,
podem ser beneficiários de honorários sucumbenciais, nas demandas judiciais para
defesa dos direitos institucionais da Câmara de Vereadores.
É o que se observa, por exemplo, da leitura da Lei Federal nº 13.327/2016, que, dentre
outras matérias, dispõe sobre o pagamento de honorários advocatícios de sucumbência
aos ocupantes dos seguintes cargos: Advogado da União; Procurador da Fazenda
Nacional; Procurador Federal; Procurador do Banco Central do Brasil; e dos quadros
suplementares em extinção previstos no artigo 46 da Medida Provisória nº 2.229-43/2001.
Parágrafo único. Os honorários não integram o subsídio e não servirão como base
de cálculo para adicional, gratificação ou qualquer outra vantagem pecuniária.
II - até 75% (setenta e cinco por cento) do produto do encargo legal acrescido aos
débitos inscritos na dívida ativa da União, previsto no art. 1º do Decreto-Lei nº
1.025, de 21 de outubro de 1969;
III - o total do produto do encargo legal acrescido aos créditos das autarquias e das
fundações públicas federais inscritos na dívida ativa da União, nos termos do § 1º
do art. 37-A da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002.
Art. 31. Os valores dos honorários devidos serão calculados segundo o tempo de
efetivo exercício no cargo, para os ativos, e pelo tempo de aposentadoria, para os
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inativos, com efeitos financeiros a contar da publicação desta Lei, obtidos pelo
rateio nas seguintes proporções:
I - para os ativos, 50% (cinquenta por cento) de uma cota-parte após o primeiro
ano de efetivo exercício, crescente na proporção de 25 (vinte e cinco) pontos
percentuais após completar cada um dos 2 (dois) anos seguintes;
II - para os inativos, 100% (cem por cento) de uma cota-parte durante o primeiro
ano de aposentadoria, decrescente à proporção de 7 (sete) pontos percentuais a
cada um dos 9 (nove) anos seguintes, mantendo-se o percentual fixo e
permanente até a data de cessação da aposentadoria.
§ 2º Para os fins deste artigo, o tempo de exercício efetivo será contado como o
tempo decorrido em qualquer um dos cargos de que trata este Capítulo, desde que
não haja quebra de continuidade com a mudança de cargo.
I - pensionistas;
No que diz respeito à segunda questão , observa-se que a mesma não apresenta
contornos jurídicos a serem enfrentados por esta Assessoria Jurídica, na medida em que
envolve matéria eminentemente contábil/técnica.
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Portanto, esta Unidade, em manifestação anterior, sugeriu o direcionamento do presente
opinativo à Superintendência de Controle Externo - SCE, para fins de ciência e de
complementação, se entender pertinente.
De acordo com o Parecer emitido pela DAM, com relação ao questionamento 2, registrou
que (página 8 do documento nº 23):
Com relação ao terceiro questionamento apresentado , vale anotar que o E. STF, nos
autos do citado RE 663.696, decidiu que:
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA, E NÃO DO PREFEITO. FUNÇÕES ESSENCIAIS À
JUSTIÇA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO.
1. Os procuradores municipais integram a categoria da Advocacia Pública inserida
pela Constituição da República dentre as cognominadas funções essenciais à
Justiça, na medida em que também atuam para a preservação dos direitos
fundamentais e do Estado de Direito.
2. O teto de remuneração fixado no texto constitucional teve como escopo, no que
se refere ao thema decidendum, preservar as funções essenciais à Justiça de
qualquer contingência política a que o Chefe do Poder Executivo está sujeito,
razão que orientou a aproximação dessas carreiras do teto de remuneração
previsto para o Poder Judiciário.
3. Os Procuradores do Município, consectariamente, devem se submeter, no que
concerne ao teto remuneratório, ao subsídio dos desembargadores dos Tribunais
de Justiça estaduais, como impõe a parte final do art. 37, XI, da Constituição da
República.
4. A hermenêutica que exclua da categoria “Procuradores” – prevista no art. 37, XI,
parte final, da CRFB/88 – os defensores dos Municípios é inconstitucional, haja
vista que ubi lex non distinguit, nec interpres distinguere debet.
5. O termo “Procuradores”, na axiologia desta Corte, compreende os procuradores
autárquicos, além dos procuradores da Administração Direta, o que conduz que a
mesma ratio legitima, por seu turno, a compreensão de que os procuradores
municipais, também, estão abrangidos pela referida locução. Precedentes de
ambas as Turmas desta Corte: RE 562.238 AgR, Rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 17.04.2013; RE 558.258, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Primeira Turma, DJe 18.03.2011.
6. O texto constitucional não compele os Prefeitos a assegurarem aos
Procuradores municipais vencimentos que superem o seu subsídio, porquanto a lei
de subsídio dos procuradores é de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo
municipal, ex vi do art. 61, §1º, II, “c”, da Carta Magna.
7. O Prefeito é a autoridade com atribuição para avaliar politicamente, diante do
cenário orçamentário e da sua gestão de recursos humanos, a conveniência de
permitir que um Procurador do Município receba efetivamente mais do que o Chefe
do Executivo municipal.
8. As premissas da presente conclusão não impõem que os procuradores
municipais recebam o mesmo que um Desembargador estadual, e, nem mesmo,
que tenham, necessariamente, subsídios superiores aos do Prefeito.
9. O Chefe do Executivo municipal está, apenas, autorizado a implementar, no seu
respectivo âmbito, a mesma política remuneratória já adotada na esfera estadual,
em que os vencimentos dos Procuradores dos Estados têm, como regra, superado
o subsídio dos governadores.
10. In casu, (a) o Tribunal de Justiça de Minas Gerais reformou a sentença
favorável à associação autora para julgar improcedentes os pedidos, considerando
que o art. 37, XI, da Constituição da República, na redação conferida pela Emenda
Constitucional 41/03, fixaria a impossibilidade de superação do subsídio do
Prefeito no âmbito do Município; (b) adaptando-se o acórdão recorrido
integralmente à tese fixada neste Recurso Extraordinário, resta inequívoco o direito
da Recorrente de ver confirmada a garantia de seus associados de terem, como
teto remuneratório, noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
11. Recurso extraordinário PROVIDO.” (destaques no original e aditados)
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De tal sorte, na linha do entendimento sedimentado pelo E. STF, nos autos do RE
663.696, com repercussão geral reconhecida, aplica-se aos mesmos, no que concerne
ao teto remuneratório, o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça do
Estado, como impõe a parte final do artigo 37, XI, da Constituição da República, transcrito
a seguir:
(…)
Ressalve-se, porque oportuno que, como explanou o Exmo. Redator da ADI 6.053,
Ministro Alexandre de Moraes, o teto remuneratório em questão incide sobre o somatório
do subsídio com os honorários de sucumbência porventura percebidos mensalmente
pelos Advogados Públicos, vejamos:
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agentes públicos, pois são valores percebidos por agentes públicos em função
mesmo do exercício de cargo estritamente público. Por essa razão, nada obstante
compatível com o regime de subsídio, sobretudo quando estruturado como um
modelo de remuneração por performance, com vistas à eficiência do serviço
público, a possibilidade de advogados públicos perceberem verbas honorárias
sucumbenciais não afasta a incidência do teto remuneratório estabelecido pelo art.
37, XI, da Constituição Federal.
Não é por outra razão, a propósito, que, no âmbito federal, o art. 102-A da Lei
13.898/2019 (Lei de Diretrizes Orçamentárias da União para 2020), acrescido pela
Lei 13.957/20019, introduziu no ordenamento infraconstitucional regra segundo a
qual “para fins de incidência do limite de que trata o inciso XI do art. 37 da
Constituição, serão considerados os pagamentos efetuados a título de honorários
advocatícios de sucumbência”.
Após a referida Emenda, que acrescentou o artigo 29-A à Constituição Federal, bem
como a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, a execução das despesas
do Poder Legislativo, obrigatoriamente, passou a ser efetivada de forma direta.
Veja-se que o Poder Executivo apenas arrecada receitas públicas e, de acordo com o
artigo 168 da CF, repassa, até o dia 20 de cada mês, valores necessários à manutenção
e funcionamento dos outros Poderes, que, por não terem receita própria, contam apenas
com tais recursos. Eis o teor do citado artigo 168 da CF:
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“Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-
lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei
complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
(...)”
Importante pontuar que a sistemática introduzida pelo artigo 29-A da Carta Magna,
alterada pela Emenda Constitucional nº 58/2009, trata da limitação do total da despesa
do Poder Legislativo, representada por percentuais, variáveis de acordo com a faixa
populacional, a serem aplicados sobre o somatório da receita tributária e transferências
constitucionais efetivamente arrecadadas pela Municipalidade no exercício anterior.
Confira-se:
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil)
habitantes;
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e
300.000 (trezentos mil) habitantes;
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos
mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com
população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de
habitantes;
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três
milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população
acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de 70% (setenta por cento) de sua
receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus
Vereadores.
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Processo: 08146e23 - Doc. 28 - Documento Assinado Digitalmente por: FLAVIA SCOLESE RIBEIRO - 29/06/2023 17:04:41
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
Desta feita, o Prefeito deverá transferir para a Câmara o valor dos duodécimos mensais,
conforme vaticina o artigo 168 da CF, acima transcrito.
A Constituição do Estado da Bahia, de igual forma, em seu artigo 163, disciplina que:
Extrai-se, pois, que, conquanto o Poder Legislativo não detenha competência para
arrecadar receitas públicas, a Constituição Federal garante recursos necessários para o
seu devido funcionamento, estabelecendo data para repasse do seu duodécimo, que
representa o recurso para cobertura das suas respectivas despesas.
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Acrescente-se, por oportuno, que a elaboração do orçamento a ser executado pela
Câmara Municipal é de competência do próprio Legislativo, que deve encaminhá-lo ao
Poder Executivo para ser inserido na Proposta Orçamentária do Município.
Isso porque, em obediência ao princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, ou seja,
cada ente governamental deve elaborar um único orçamento. Tal princípio é mencionado
no caput do artigo 2º da Lei nº 4.320/1964 e visa evitar múltiplos orçamentos dentro da
mesma pessoa política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em
cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada nível
federativo – a Lei Orçamentária Anual.
Com efeito, o aludido dispositivo constitucional não cuida de repasse de duodécimo para
as Câmaras Municipais. Fixa limites para as despesas totais do Poder Legislativo
Municipal.
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Com base nos argumentos dispostos acima, esta Corte de Contas, há muito, sustenta o
entendimento de que a única fonte de recursos da Câmara Municipal prov ém do
duodécimo repassado pelo Executivo, não lhe cabendo o recolhimento ou a
movimentação de qualquer numerário estranho àquele.
2) De acordo com a área técnica desta Corte, “(…) as verbas devidas aos
advogados públicos devem, necessariamente, transitar pelo orçamento do Poder
Executivo com a rubrica “Receita de Ônus de Sucumbência”, a quem compete
realizar a movimentação orçamentária necessária ao repasse para o Poder
Legislativo. Para operacionalizar a movimentação, caso exista dotação prevista, o
Executivo poderá se valer da descentralização de crédito orçamentário, por meio
da operação “destaque de crédito” (…). A outra possibilidade consiste na
movimentação orçamentária através da abertura de crédito adicional especial (…)”.
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devem ser perquiridos à luz da legislação local que ampara tal direito, ressalvando-
se que a única fonte de recursos da Câmara Municipal provém do duodécimo
repassado pelo Executivo, não lhe cabendo o recolhimento ou a movimentação de
qualquer numerário estranho àquele.
Salvo melhor juízo, essa é a orientação da Assessoria Jurídica do Tribunal de Contas dos
Municípios do Estado da Bahia, formulada de acordo com as normas vigentes à época
deste Parecer.
À consideração superior.
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