Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FOEJCy^
mi
r íííí ^ •'
11
fe>' :f
•í^^yi-^Vz-Pí
NS
t •
I I
/'
CEM ANOS DE
REPÚBLICA
P472c Pesavento, Sandra Jatahy
Cem anos de República/Sandra Jatahy Pesa
vento. — Porto Alegre: L&PM: EDEL, 1989.
128p.: il. 21x28 cm.
CDD 981.05
CDU 981" 1889/1989"
CEM ANOS DE
REPÚBLICA
BANCO FINANCIL
FOMENTO COMERCIAL
pNgT~^ tfSfi
ISBN: 85-254-0262-1
©EDEL, 1989
Todos os direitos reservados.
Impresso no Brasil
Primavera de 1989
Ê Proclamação da Republica
em 1889 atendeu a um desejo
de mudanças nas estruturas
políticas, sociais e econômicas vigentes a
época da Monarquia.
Em cem anos de República,
o Brasil evoluiu em todos os aspectos, sem
contudo consolidar as bases necessárias
à obtenção de um desenvolvimento que
o coloque entre os mais avançados países
do mundo.
O status de país desenvolvido não é
adquirido exclusivamente pela detenção
de altas tecnologias e elevado PIB (Produ
— .. to Interno Bruto), mas também, e princi
palmente, pela estabilidade política, eco
nômica e o atendimento das necessidades
sociais da população. Para atingirmos es
se estágio, muito teremos de mudar. Estas
mudanças, como as pretendidas há cem
anos, exigem consciência, trabalho e sa
crifício de toda Nação.
Há mais de 20 anos a EDEL - EMPRE
SA DE ENGENHARIA S/A acredita no Bra
sil e vem contribuindo no esforço das ne
cessárias transformações, tanto com seu
trabalho, propiciando empregos e criação
de riquezas, como por seu apoio a educa
ção, a arte e a cultura.
Esta obra, pela sua oportunidade e
por seu valor histórico e literário, é parte
deste esforço.
dl
BRASIL, m 00SÉCULO
AlUPLAmAÇÃO DA REPÚBLICA
Entre A Cartola
EAEspãdã
AREPÚBLICA OLIGÁRQUICA
OProgresso
Dentro Da Ordem
ACRISE DOS ANOS VINTE
A Sociedãde
Se Agiu
AREVOLUÇÃO DE TRINTA
Os Anos
De Trãnsiçào
O ESTADO NOVO
A Ditãdurã
POPULISMO, INDÚSTRIA EINFLAÇÃO
Ascensão EQuedã
De Umã Democrãeiã
os MILITARES NO PODER
Os Milãgre
Dã Grãnde Potênciã
nh
Em Aberto
I
E o regime do privilégio está
abolido!
A República está proclamada!
A unidade da Pátria está salva!
Tudo em plena paz.
:f"
i. •
w
1
p
2roclamadahácemanos, a
República brasileira
^
apresentou-se para os seus
contemporâneos como o regime que via
bilizaria a modernidade no país e que
faria o Brasil acertar o passo com a
história.
A meta do progresso técnico
associava-se à idéia da obtenção de uma
ordem estável que consolidaria a socie
dade do bem-estar. Extinguido o regime
dosprivilégios, ampliando o voto e esten
dendo a participação política ao 'po
vo", a República deixaria no ar uma
promessa de democracia.
Abandonando para trás os velhos
tempos do escravismo, a República trou
xe consigo uma repontuaçãopositiva do
trabalho como atividade digJtificante e
aportou na harmonia social como for
ma de realização do progresso.
Passado um século de implantação
do novo regime, cabe repensara trajetó
ria dopaís e remontar, criticamente, as
vicissitudes da realização dos ideais
de 89.
w
Brasil, fim do século
vA :! 1,1 i
Desenho de
Debret. Cena de
li
ratSlggiiiirii
it'
%
f-fi
0S%
'à •>'«*
Brasil, fim do século
0 alinhamento com o
liberalismo internacional
V
Brasil, fim do século
rm w
En
construção e
armazéns. Rio de
Janeiro, 1865-70.
A solução encontrada para a "crise
de braços" que se abatia Sobre o Brasil
foi a vinda de trabalhadores livres estran
geiros para a lavoura do café. A entrada
renovada de imigrantes, primeiro às cus
tas dos fazendeiros paulistas e após sub
vencionada pelo governo da província
de São Paulo, garantiu a continuidade da
expansão cafeicultora. A partir da segun
da metade do século XIX, principalmen
te os italianos, mas também os alemães,
os espanhóis e os portugueses, se torna
ram a força de trabalho preferencial nas
lavouras do oeste paulista. Na verdade,
não se constituíram de imediato em tra
balhadores assalariados, vigorando ou
tras formas de pagamento não moneta
rias, tais como o direito à moradia ou ao
Imigrantes
trabaíhando em
fazenda de café
em São Paulo.
Brasil, fim do século
Carro com
cultivo da terra para subsistência das fa ção de mão-de-obra, como no sistema máquina a vapor
mílias. Todavia, a entrada de homens li escravista, o fazendeiro pagava após a da Companhia de
Carris de Ferro
vres, substituindo progressivamente os realização do trabalho e, mesmo assim,
de São Paulo.
escravos, foi um elemento nuclear no muitas vezes com pouco desembolso de 20/03/1900.
processo de transformação vivenciado salário monetário, conforme já se disse.
pelo país. Abandonando o trabalho es O custo de reposição da força-trabalho
cravo, agora mercadoria escassa e rara, ficava agora por conta do próprio traba
o fazendeiro do café não apenas resol lhador, que deveria prover a sua subsis
veu problemas imediatos e prementes — tência. Tais fatores, associados aos bons
substituiu a mão-de-obra servil pela livre preços do café no mercado internacio
—, mas potencializou as suas condições nal e à produtividade diferencial de ter
de acumulação. Na medida em que o go ras do oeste paulista, liberaram para o fa
verno iniciou a subsidiar a vinda de imi zendeiro um capital dinheiro disponível
grantes, o custo da mão-de-obra passou para ser reaplicado na própria unidade
a ser mínimo para o proprietário de ter produtiva, através de recursos técnicos
ras. Não mais tendo de desembolsar an ou para diversificação de seus negócios.
tecipadamente o dinheiro para a aquisi Desta forma, o complexo cafeeiro se en-
4' V-
Rio oí Jakeiho 1»07 K? +r,o
^ a*- ---'ir
1
conrm
ie»i
fUBLICADA POR AHCEIO AGOSTINI, PROVIHCIA»
2OÍ0OC
AOOrr»fpond»f!Ci» t r«C(«Tuco»i «or dirigida» SiiRiSfvc
A Rua oi CoNÇAiyt} Oiai R' 50.Sobrado A ViPKtO
Caricatura t.i H(í>. Sí'tthor. t' .íiiMJ, doíiití' n sniin <!,i Knlií*'r<*it^i». í)s íoriutis
criticando a 'ii,Híi.i/riii n\ íÍt'Hinain!(licsta paict í-*!!! j>ríxlu/ir cii
indiferença do Su.t Sf.i!i*sta<ic 11 {-(i ifi) (if (iin iiart olu i>
imperador frente
aos problemas da
•i:U
Caricatura alusiva
contra associado a um movimento glo des transformações do país. Todavia, se à "questão
bal de renovação da infra-estrutura ma a vinda dos imigrantes solucionava o militar" entre
terial do país, à expansão do setor ban problema dos cafeicultores, e particular oficiais do
Exército e
cário e creditício, à urbanização, ao sur mente dos paulistas, fração responsável pol í ticos civis
gimento de indústrias. Por outro lado, por um produto em expansão, não cor do Império.
tratando-se de trabalhadores livres, a ro respondia às necessidades dos demais
tação de mão-de-obra fazenda-fazenda e proprietários de terra que não se acha
campo-cidade era também intensa, com vam ligados ao maior produto de expor
o que progressivamente se constituiu um tação brasileira.
mercado de trabalho livre no país, com Neste sentido, os chamados "imi-
um contingente populacional que de grantistas" posicionavam-se com muita
sempenhava uma ampla gama de ativi cautela em relação ao movimento abo
dades. licionista que se processava paralelamen
te no país. Os promotores das leis abo
Cresce o movimento licionistas foram os próprios fazendeiros
abolicionista e republicano escravistas que, convencidos paulatina
mente de que o regime servil estava com
Os patrocinadores da imigração fo seus dias contados e não dispondo do
ram os representantes de uma verdadeira "élan" cafeicultor para promover a vin
burguesia agrária, sediada em São Paulo da dos imigrantes, optaram pela estraté
e que se colocava no epicentro das gran gia de uma emancipação progressiva. Ou
seja, era preciso prolongar ao máximo
o sistema escravista e garantir ao senhor
de escravos o controle sobre os cativos
que se libertassem. Desta forma, as leis
abolicionistas, que na verdade protela
vam ao máximo uma solução final, fo
ram complementadas com uma série de
dispositivos instrumentais-legais, como
os códigos de posturas dos municípios,
que regulavam o acesso dos libertos ao
mercado de trabalho, estabelecendo me
canismos de vigilância sobre a sua con
duta.
Abolicionistas foram também as ca
madas médias urbanas emergentes, des-
compromissadas em termos objetivos
com o regime servil, mas que, sob o in
fluxo da onda romântica chegada ao Bra
sil, foram responsáveis pela formação de
uma consciência nacional favorável à
emancipação dos escravos.
Todo este processo, que teve o seu
núcleo fundamental de ação na zona ca
feicultora paulista, foi acornpanhada pela
difusão de novos valores e concepções.
Na transição do sistema escravista para
aquele baseado na força de trabalho li
vre, propagava-se a ideologia do progres
so, da mobilidade social e da riqueza. O
trabalho braçal não era mais encarado
como atividade pertinente aos negros e,
como tal, degradado pelo estigma da es
cravidão. Era agora visto como enobre-
cedor, construtor da riqueza e associa
fl do ao progresso. Proclamava-se o prin
cípio de solidariedade entre as classes,
tão caro ã sociedade burguesa, afirman
do que os homens são iguais perante a
lei, mas ocultando a evidência de que são
desiguais frente à distribuição da rique
za.
,
Neste contexto, os conceitos dç
progresso e civilização, ligados à nova
moral do trabalho, ajustados aos interes-
Caricatura alusiva
ao avanço do
abolicionismo e a
reação dos
escravocratas.
-í
Brasil, fim do século
ã
%
CJjrna das últimãs econômico-sociais ocorridas no país em A idéia da República seria empolga
fotos da Famíliz
Imperial, no Paço
função da dinâmica do complexo cafei- da também por um grupo de pressão que
de São Cristóvão. cultor, não se viam representados poli surgia na sociedade brasileira: o Exérci
ticamente na monarquia. to. Esta instituição vinha se desenvolven
do, após a Guerra do Paraguai, termina
Os oficiais do Exército tornam-se os da em 1870, a formação de um "espíri
principais críticos da Monarquia to de corpo", que foi essencial para sua
revalorização perante seus próprios
Mostraram-se pois cativados pelo membros e o conjunto da sociedade. Ao
conteúdo democrático da proposta re contrário da Marinha, cujos membros
publicana, que lhes abria a chance de eram recrutados entre a aristocracia, o
participação política. Além disso, como Exército não era uma organização com
a visão da República vinha associada a posta pela elite, surgindo como alterna
um conteúdo inequivocamente progres tiva para aqueles que não gozavam de fa
sista, o novo regime acenava com opor vores do sistema. A Monarquia contava
tunidades de emprego e possibilidades com o seu corpo de defesa paralelo,
de melhoria das condições de vida constituído pela Guarda Nacional, que
era objeto de mais atenção por parte da
Coroa. Dentro deste contexto, a Guer
ra do Paraguai foi fundamental para a
identificação do Exército como grupo e
para sua valorização como instituição
dotada de valores próprios no conjun
to da sociedade brasileira. Os oficiais do
Exército tornaram-se os principais críti
cos do regime, denunciando não apenas
a sua inserção subordinada na ordem vi
gente, mas a Monarquia como um todo.
Os oficiais defendiam o seu direito de ex
pressar abertamente suas críticas ao re
gime, o que não era permitido.
Defendendo a postura de que além
de soldados eram também "cidadãos",
os oficiais criaram uma série de inciden
tes — as "questões militares" — nas
quais o Exército como instituição se con
siderava atacado toda vez que um mem
bro seu era punido. Tais incidentes fo
ram habilmente explorados pelos polí
ticos civis, e a aproximação entre os dois
grupos, realizada a partir de 1887, fez
com que a queda do regime, ocorrida a
15 de novembro, se desse através de um
golpe militar.
JÉiVlL.1
A implantação da república
W proclamação da República
F se coloca, pois, como uma
B das facetas — a política-ins-
titucional — de um processo mais am
plo que percorria a sociedade brasileira
a partir da segunda metade do século
XIX. Assentavam-se no país as bases ma
teriais e as estruturas jurídicas e adminis
trativas de consolidação de uma ordem
burguesa, processo este no qual a ado
te j ^
ção do novo regime configurou-se co
.vVtáta mo a dimensão política mais evidente.
Tal alteração, expressa em nível da
mudança nas instituições, expressava a
emergência de novos atores sociais e de
uma também nova correlação de forças.
O movimento republicano ganhava
força, com a convergência de vários in
"" *. ourt^P*^''" / teresses sociais: uma burguesia agrária
' ..^.o . vor;ou «»« >- que se consolidava e que via na refor
mulação do sistema político uma forma
« I i •* *" " .. M.!. a «*'- de melhor encaminhamento institucio
nal de seus interesses; camadas médias
urbanas emergentes que visualizavam na
V
Embarque da
Família. Real para
o exílio em
17/11/1889.
Para a burguesia cafeicultora paulis
ta, tratava-se de uma República liberal e
federativa, na qual se propunha autono
mia para as partes, livre gestão dos ne
gócios e garantia do controle do proces
so político pelas elites proprietárias.
Tratava-se, pois, de um liberalismo po
lítico excludente, no qual o povo se
mantinha à margem do processo das de
cisões, mas era envolvido, a "cabresto",
no jogo político eleitoral. Com a Repú
blica, desapareceram os privilégios de
nascimento e caíra o critério econômi-
28.
A implantação da república
ARepública das
oligarquias:
ordem e progresso
wLLmmmami
VIVI o EXERCltO-Vm URIUDII
WA O' fõroaa^ftiia® i
PROCLÃMACk
11%
tf
•
tão de constitucionalização urgente. Era essenciais para a consolidação do regi
preciso, pois, que se legitimasse o novo me, mas a ordem que se instalara era es
regime, com o que ganhava força a cor sencialmente civil. Assim, quando se ins
rente da República liberal-democrática, talaram os trabalhos da Constituinte, a
que propunha a convocação da Consti partir de 1891, e tiveram início os deba
tuinte. tes sobre a organização político-
Tendo os militares assumido provi administrativa a ser implantada (centra-
soriamente o governo do país, na pes lismo X federalismo), consagraram-se vi
soa de Deodoro da Fonseca, toriosas as propostas da oligarquia agrá
identificavam-se com a proposição de ria pela República liberal.
que deveria ser prorrogado o regime de
exceção, até que se consolidasse o no Os republicanos gaúchos defendem
vo regime, tornando-se irreversível. o federalismo, sem abdicar
De 15 de novembro de 1889 a 24 do centralismo estadual
de fevereiro de 1891, manteve-se o Go
verno Provisório, que agiu através de Na Constituinte, os militares conse
decretos-leis e tomou as primeiras me guiam fazer passar a escolha indireta, pe
didas administrativas e políticas para a lo Congresso, do primeiro presidenté
Caricatura, sobre instalação da República. constitucional do Brasil (manteve-se
a vitória de Na verdade, processava-se no país Deodoro) e a aprovação do artigo 6?,
Deodoro e
Floriano no
uma rearticulação do sistema de domi mediante o qual se estabelecia que o
Congresso. nação. Reconhecia-se serem os militares Executivo central poderia intervir nos es-
A implantação da república
tados sempre que nestes se manifestas lítico eleitoral no país. Quanto ã distri
se uma agitação contrária aos interesses buição das rendas, competia à União a
da União. Em contrapartida, os grupos fixação dos impostos de importação e o
agrários obtiveram a aprovação de prin do selo, cabendo aos estados recolher a
cípios que beneficiaram os grandes es tributação sobre a exportação, os bens
tados, num sentido federativo: às unida móveis, indústrias e profissões.
des da federação foi permitido contrair Revelava-se, portanto, a preeminência
empréstimos externos, constituir forças dos estados mais ricos, apoiados na eco
militares, organizar uma justiça estadual nomia agro-exportadora, como o paulis
e uma cartilha constitucional própria. A ta.
representação na Câmara de Deputados A posição dos republicanos gaúchos
de cada estado dava-se proporcional merece uma nota à parte: se postulavam
mente ao número de habitantes, o que uma República autoritária, a sua defesa
configurava a presença dos "grandes do centralismo e unitarismo de mando
eleitores" no Congresso Nacional, que se referia apenas ao âmbito local. Na ar
acabariam por controlar a política ticulação entre os estados e a União, a Homenagem a
econômico-financeira e o processo po posição dos gaúchos era de defesa de um Floríano. 1895-
x\' \
federalismo extremado, em propostas
orçamentárias-que previam uma maior
arrecadação para os estados e impediam
'<?: -*:• - t . .r^-?.
uma tributação cumulativa (União e es
•r^aa
tados). Portanto, o republicanismo dos
ativos e radicais castilhistas do Rio Gran
de combinava a defesa de uma postura
V V*
autoritária de governo em nível federal
e estadual com um federalismo amplo
N
S^ik.
\t
Al que regulamentasse as relações entre as
unidades regionais e a região. No con
^y-
V
*^7
texto interno do estado, advogava-se o
centralismo de mando, tal como ele se
exerceu no Rio Grande ao longo dos 40
anos de República Velha.
O regime republicano iniciou-se sob
o signo da inflação e da instabilidade po
lítica.
Revolução
Federalista nas
trincheiras na
cidade de
Bagé, RS.
J í.
r
mM
-r m
*1
A implantação da república
O Encilhamento no jogo
de interesses sociais
V
importação de tecnologia e proliferaram
as pequenas empresas, que operavam
com instrumentos de trabalho simples,
com caráter artesanal.
Favorecidos pela política encilha-
mentista foram ainda os setores repre
sentativos do capital financeiro e as com
panhias ferroviárias e de navegação. Afe
tados negativamente pela inflação que
acompanhou o período estiveram os
consumidores urbanos e os grupos eco
nômicos voltados para o abastecimento
do mercado interno.
A política econômico-financeira dos
Prudente de
Moraes e seus
auxiliares.
0
L'«
li»:
* *
w
A repúblicã oligârquica
o Progresso
Dentro Da Ordem
O
k
L
período coberto pela cha-
mada República Velha, que
se estendeu de 1889 até a
revolução de Trinta, corres
ponde a uma fase de afirmação do capi
talismo no Brasil. Ao longo destas déca
das, o país evoluiu do agrarismo para a
consolidação de uma ordem urbano-in-
dustrial, a sociedade diversificou-se, o
Estado se tornou mais complexo. Toda
via, a constatação de tais transformações
não invalida o fator fundamental de que
a economia agro-exportadora capitalista
do café fosse o setor de ponta do desen
volvimento capitalista brasileiro e que es
te processo se desse sob a dominação do
capital mercantil. Nesta fase, a indústria
não era dominante no processo de acu
mulação e o seu desenvolvimento se da
va sob um duplo condicionamento: da
dominação externa do capital monopo
lista e da subordinação interna ao setor
agro-exportador.
O Brasil detinha o monopólio mun
dial do fornecimento do capital, situação
esta proporcionada pela produção em
Embarque de café
massa, a baixo custo e a baixo preço, de no porto de
um produto cujo consumo se encontra- Santos.
f,
Porto de Santos,
por onde passava
dois terços da
exportação de
café.
Caricatura do
presidente
Campos Sales
com seu ministro
Joaquim
Murtinho,
pagando a dívida
va em expansão no mundo na segunda Campos Salles, teve início a política de externa brasileira.
metade do século XIX. Responsável pe saneamento das finanças brasileiras, a si
la maioria da entrada de divisas no país, tuação se alterou. Os grupos financeiros Operários de
fábrica de
o café fornecera o lastro para as impor ferraduras
tações brasileiras. A lucratividade da ca- Martins Ferreira,
feicultura promovera a expansão desor São Paulo.'
fs
k
"mm.
nmnu I
f/i.m
ím
STBTflllfi
ROa PfratiQioga No. 17 t 19
5AO PAUbO
mm Cmãn t
'•"£:'£-'-rr,
f.íA0\00 CattB'"*
t lorizadora do café: mediante a realização
de um empréstimo externo com a casa
bancária inglesa dos Rothschild, obter-
se-iam os recursos para a compra e es
tocagem do café excedente às necessi
dades do mercado, sendo colocada pa
•paWas. ra venda só a quantidade que pudesse
I "í'L«.»—'f ser comprada a bom preço. A iniciativa
C3.s®^«-'vL\as, f.LeOR^
A 1:45*
Propaganda das
várias empresas
pertencentes ao
mesmo grupo
familiar. Rio
Grande do Sul.
Operários com
máquinas da
Fiação e Tecidos
Pelotense, Rio
Grande do Sul.
A republica oligarquica
% Greve de 191'
Porto Alegre.
w
S\V^^ . '<e>rcS-o^^ ^^v. >
. „ ApS
O
_^ Ao .
i.r^r\U
telí>='
V^°AeS^^lec»^°'°o
t«\ece
c°"°
v>a\^°*
\ „
Passeata dos
grevistas
sapateiros na Av.
Rio Branco. Rio
de Janeiro, 1910.
.44,
A república oligárquica
15
Grande stock de Cofres á prova de fôgo
e roubo, Camas metallicas, Prensas,
Fogões economicos para lenha ou coke etc.
5=23)
•gmniintUiUtlPIU
m 1
•
'™À /l KüiiJS-iksli
ffliuni
ÚNICO DEPOSITÁRIO
MOREIRA LEaO
RIO DE JANEIRO
Propaganda de
Cofres Berta.
A república oligárquica
mhsiM:
Caricatura sobre
a situação
marginal do povo
frente ao
processo político.
A republica, oligarquica
Caricatura sobre
Pinheiro
Machado e sua
influência na
política nacional.
50
leiçoes
o o pr
Lva à n
m do
Caricatura sobre
possív^eis
pretensões de
Pinheiro
Machado á
presidência da
República.
'.s^aesvs^'-
Caricatura da Tais praticas do liberalismo políti lar o conflito. A defesa de tal postura
ascendência de
co das elites eram complementadas pe pressupõe, da parte das classes dominan
Pinheiro
Machado sobre los princípios do liberalismo econômi tes, a idéia de que era possível contro
Hermes da co, entendido não apenas como liberda lar o conflito. Os empresários contraba
Fonseca.
de de iniciativa, mas, principalmente, pe lançavam sua ação coercitiva, no nível
la não intervenção do Estado no merca das empresas, com práticas assistenciais,
do de trabalho. Pressupunha-se a priva tais como a construção de escolas e vi
tização das relações entre o capital e o las operárias junto às fábricas ou o esta
trabalho, sendo as questões entre patrões belecimento de caixas de socorros. Nu
e empregados resolvidas no nível das ma fase em que inexistiam a legislação
próprias empresas. social e a intervenção do Estado no mer
Competia ao Estado, zelando pela cado de trabalho, tais práticas eram re
ordem, intervir quando fosse necessário, cebidas como vantagens para os operá
por solicitação dos empresários, nas oca rios e constituíam um chamariz para
siões em que não fosse possível contro- atrair trabalhadores para esta ou aquela
empresa. Todavia, o conteúdo assisten-
cial da prática patronal não foi suficien
te para atenuar as duras condições de tra
balho, os maus tratos impostos pela dis
ciplina da fábrica, os baixos salários e as
f i
longas jornadas, motivos principais das
greves freqüentes que eclodiam na Pri
meira República.
As greves recrudesceram particular
4 mente a partir da Primeira Guerra Mun
'C-/ dial, quando aumentou a carestia, afetan
-/N. 'i do o já precário padrão de vida das clas
ses subalternas. A intensificação do mo
vimento operário levou parte da classe
dominante nacional a repensar a práti
ca da não intervenção no mercado de
trabalho. No Congresso Nacional, partiu
^ V" - '
da bancada paulista a proposta de uma
V L ^
legislação social. Sintomaticamente, es
ta iniciativa vinha apoiada por aquela
unidade da federação que concentrava
o maior parque industrial do país e on
de a "questão social" se apresentava de
\ forma mais alarmante.
•í ^ Se os trabalhadores do campo se en
contravam sob a sólida tutela dos coro
néis, na cidade os trabalhadores das fá
bricas ameaçavam a ordem e o progres
so da República burguesa.
í^tsleíw*»-'
ISSaMÉHSÉ
A crise dos anos vinte
Caricatura sobre
o cãfé e a posição
dos Estados
O decorrer da década de Unidos como
maior comprador
vinte, desestruturava-se
do café brasileiro.
^ progressivamente o sistema
sobre o qual repousavam as estruturas Caricatura
criticando a
da Reptíblica Velha. O padrão de desen
política de defesa
volvimento capitalista baseado na
O MALHO do café.
agro-exportação de um só produto
inviabilizou-se enquanto forma de acu
mulação e desfez-se o consenso oligár-
quico que sustentava o predomínio dos
interesses cafeicultores sobre a nação.
Denunciavam-se os vícios do sistema
eleitoral e a inconformidade, e as dentin-
cias contra o regime percorreram a so
5 . ' i r-i ciedade brasileira de ponta a ponta.
A superprodução cafeeira tendeu a
aumentar cada vez mais, amparada por
uma política de "salvação" que realiza
va a contração artificial da oferta por
meio da compra dos estoques. Entretan
to, os mecanismos criados pela dinâmi
ca do sistema — a intermediação comer
MENINA DO CAF: cial e financeira externa, as renovadas
emissões — consumiam o excedente
econômico produzido. Criou-se um cír
O MALHO culo vicioso; cada vez o Brasil produzia
.3 ér JiufirB, K dt Ovfitâro dr 1!'^
•A
;jf>'.J 1 11E. !•'B'
^P# * •!> W J ^
*è '*
' y
t ]l BE Hp^jV 1 l'l'>'^' •;*•
li;.' V'
^ A '•*lr •
w
F
y^c
'-
:9^' •'
• •' *. •
í
ni-
dial de café... Por outro lado, neste ano Caricatura sobre
A .,v V'
V';V'
' 'fí
Levante tenentista
de 1922 no Forte
de Copacabana.
•3i'
'li
I
A crise dos anos vinte
grande discussão, tais leis encontravam bora o movimento tivesse características Coluna Prestes
que se
grande dificuldade para serem aceitas pe próprias, corporativas e não se apresen
interiorizou no
los industriais e não chegaram a ser apli tasse como um representante ou um Brasil, tendo à
cadas no decorrer da República Velha. substitutivo, ante a incapacidade de or frente Miguel
A esta gama de insatisfações veio se ganização das camadas médias urbanas. Costa e Luís
Carlos Prestes.
acrescentar a postura da jovem oficiali Problemas econômicos e insatisfa
dade do Exército. Os tenentes represen ções sociais iriam se exteriorizar em con
taram, por um lado, um movimento de testações políticas, notadamente naque
quebra de hierarquia e disciplina no seio les momentos de escolha de um novo
das Forças Armadas, criticando a insti presidente, quando a máquina eleitoral
tuição e seu papel frente à sociedade. Por se punha em ação para legitimar a frau
outro lado, os tenentes posicionaram-se de, a estrutura coronelística e a política
como críticos da realidade brasileira, de dos governadores.
nunciando os vícios do regime político Embora a regra normal fosse a con
e as distorções da estrutura econômica sagração do "delfim do regime", hou
do país. Os levantes tenentistas de 1922, ve momentos em que se verificaram ci-
1924 e 1926 tiveram grande repercussão sões entre as oligarquias, oportunizan-
na sociedade brasileira. Particularmente do a que a sociedade se mobilizasse e po
as classes médias identificavam-se em larizasse no confronto. O primeiro des
parte com algumas de suas idéias, em tes movimentos havia se confirmado em
.f'V
fe. íÊ
1910, na campanha civilista, onde o baia
no Ruy Barbosa, apoiado por São Pau
lo, se opusera e fora vencido pelo mili
tar Hermes da Fonseca, candidato que
contava com o apoio do Exército, de Mi
nas e do Rio Grande do Sul. Note-se, no
caso, que oligarquias não-exportadoras,
como o Rio Grande, juntaram-se ao
Exército frente a uma cisão das oligar
Cartaz de
propaganda da
Aliança Liberal
nas eleições de
m quias hegemônicas de São Paulo e Minas
e que na sua plataforma figurava a orto
doxia financeira, cara aos grupos interes
1929 para a sados na defesa do poder aquisitivo do
presidência da consumidor nacional.
República.
,58
Charge sobre a candidato oficial
' 'Reação Artur Bernardes,
Republicana", apoiado por São
bloco de Paulo e Minas
oposição que Gerais. /'"""
tentou sem êxito
eleger Nilo
Peçanha contra o RfpüBlICw
C e f u i i O V cz r Q €x s e João 3? €1 s s ò a
. Míraas
eetulio Matgai. - Pessoa
LEMDR A--VE «^X)Eí 4 OS-
SU
PADE V€UTO^Ob
vouMÃ-
mM
ímm
'*
iií •.
iS '
Frente linica
Gaúcha.
Pedi a vossos maridos que cumpram o seu
ESPOSAS dever de cidadão VOTANDO EM
RIO-ORANDENSES HONRADOS!
Confiae na vicíoria da ÀLLIÀNCA LIBERAL:
Os Anos
De Trãnsição
m Getúlio Vargas de
Porto Alegre para
o Rio de Janeiro.
í-il
.tKvm
Chegada de
••4 Getúlio Vargas ao
Rio de Janeiro.
ÍEi
Paralelamente e ao mesmo tempo
imbricados com tais questões nacionais,
achavam-se os interesses regionais e se
toriais das várias frações da burguesia
brasileira. Da mesma forma, havia alian
ças com o Exército e expectativas das ca
madas médias urbanas, sem contar a ne
'jí ÍJ cessidade de incorporação, de forma tu
4.
telada, da massa popular das cidades.
•'«'ÍSlíí
A Revolução de Trinta constituiu-se
em mais uma etapa da revolução burgue
sa que se desenvolvia no país, construin
do progressivamente um modo capita
lista de produção e solidificando as es
truturas políticas e administrativas de
constituição do poder burguês no Brasil.
«♦1
tXT»;
fri t t' •.
^ >lr.-
í^' S nV-
^ '''í
í-J
íi""
PI rH*-i
[♦AMs
A revolução de trinta
«CICTI "
ít
tf
o ministro do
Tmbãlho Lindolfo
Collor participa,
de uma reunião
de líderes
sindicais.
r "-''AÉ2
N
ITI^lfTT
'*v '5^
O ministro da
Educação
Gustavo
Capanema.
A revolução de trinta
Getúlio Vargas
assistindo a uma
solenidade
de dominação sobre a classe trabalhado
ra, contendo o conflito, quanto de ga
rantir as condições de reposição da
força-trabalho, estabelecendo condições
mínimas para o operariado. Por outro la
do, não estavam ausentes das iniciativas
trabalhistas as próprias necessidades eco
nômicas do governo, identificando-se no
fundo previdenciário instalado a coias-
tituição de uma reserva para o financia
mento de setores prioritários como a in
dústria de base.
Ambas as questões — uma saída pa
Cartaz de
convocação aos
ra o capitalismo e novas formas de con
paulistas para a trole social — estavam relacionadas com
Revolução a redefinição do Estado brasileiro.
Constitucíonalista
de 1932.
Operíodo de 30a 37- entre a abertura
Queima do café política e o autoritarismo
em Santos, 1931.
W
A revolução de trinta
111 «\ •
'^msrr^o
•m classes seriam melhor viabilizadas atra
vés de um governo liberal-democrático
ou autoritário? Ou ainda, o Brasil pós-
Revolução de Trinta enveredaria pela
maior abertura política ou pelo
fechamento?
Na verdade, o período que se esten
deu de 1930 até 1937 oscilou entre as
duas propostas. De 1930 a 1934, o Bra
Sede da Aliança sil vivenciou o Governo Provisório on
Nacional
de, na ausência de um Legislativo, o Exe
Libertadora no
Rio de Janeiro. cutivo governou através de decretos-leis.
Em suma, tratou-se de uma etapa discri
Conflito entre
comunistas e
cionária e foi somente por pressões de
integralistas na tmt* grupos regionais de poder — São Paulo
Avenida Paulista. e parte da oligarquia gaúcha —, articu
lados na Revolução Constitucionalista de
1932, que foram convocadas eleições e
instalou-se a Assembléia Constituinte em
1934. De 1934 a 1937, o Brasil atraves
sou um período constitucional, sendo
Getúlio Vargas, chefe do Governo Pro
visório, eleito indiretamente pelo Con
gresso como primeiro presidente cons
titucional do pós-30.
Pela nova lei eleitoral de 1932,
estabeleceu-se o voto secreto e foram in
cluídas as mulheres como eleitoras.
Parte das oligarquias reorganizou-se
nos estados, sob a liderança de alguns
nomes, como Flores da Cunha no Rio
Grande do Sul, que com a reconstitucio-
nalização passara de interventor a gover
nador eleito.
Nos anos que decorreram até 1937,
A revolução de trinta
radicalizou-se a política brasileira, com rie de princípios caros a pgrte significa Rebeldes da
a emergência de agremiações de direita tiva dos setores médios brasileiros qui Intentona
Comunista de
e de esquerda que contribuíram para de- viam no esvaziamento do seu pode novembro de
sestabilizar a sociedade brasileira. aquisitivo o risco de se proletarizarem 1935 , deflagrada
A Ação Integralista Brasileira, che Palavras de ordem eomo propriedade pelo 3°
Regimento de
fiada por Plínio Salgado, e a Aliança Na família e tradição calavam fundo junte
Infantaria do Rio
cional Libertadora, tendo por presiden à pequena burguesia e particularmente de Janeiro,
te de honra Luís Carlos Prestes, corres entre o colonato alemão e italiano qu< desfilam a
caminho da
ponderam à orientação de caráter fascis não se encontrava alheio aos sucesso,
prisão.
ta, por um lado, e comunista, por outro. políticos do fascismo na terra de origen
Mais do que meras organizações que ex de seus pais. Por outro lado, a Alianç:
pressavam tendências ideológicas, o in- Nacional Libertadora correspondeu i
tegralismo e a ANL configuraram a ex orientação da Internacional Comunistí
teriorização de inconformidades sociais, de formação de frentes únicas na Amé
temor de proletarização e agravamento rica Latina que congregassem trabalha
das condições de vida das camadas po dores e classes médias. O enfrentamen
pulares urbanas e dos pequenos proprie to de ambos os grupos, causando intran
tários rurais. qüilidade social, vinha ao encontro dos
O movimento integralista, forma de interesses do grupo que apostava no fe
fascismo indígena, apoiava-se numa sé chamento da política brasileira como s
&
Plano Cohen. CORREIO DA »AXHA — Beio-leirm, I <• Oalabn «• ItX!
Correio da
Manhã, Às instrucções do Komintern para a acção
1FI10I1937. dos seus agentes contra o BraaO
o tncÈrao pían foi appr^aidids pelo Ectodo-Uuor io Exercbo
É om o apoio do Exército,
Getúlio Vargas instalou a di-
tadura no Brasil, sendo sau
dado entusiasticamente pelos "camisas-
verdes" integralistas, que viam na mar
cha do país para a direita uma solidifica
ção de suas posições. Todavia, suas pre
tensões foram frustradas, pois o Estado
Novo proclamou de imediato a extinção
dos partidos políticos no Brasil e não in
cluíra os "camisas-verdes" na poderosa
e burocratizada estrutura de poder que
se montou. Inconformados, tentaram
derrubar o governo recém instalado na
fracassada tentativa integralista de 1938.
O Estado Novo implantou no Bra
sil um anti-liberalismo doutrinário, alar
deando a falência dos regimes democrá
ticos no mundo, para o que recolhia
NOVEMBRO exemplos da realidade européia, onde os
governos de caráter fascista se encontra
TI IfíMlOIT)
vam em ascensão.
A instalação da ditadura represen
tou, pois, a vitória da corrente autoritá
ria enquanto forma de viabilizar o desen
volvimento capitalista no Brasil associa
da a rígidas formas de controle social. O
Estado apresentava-se como o "Leviatã
protetor", que outorgava a legislação so
cial, intervinba e protegia, dirigia e coor
denava a sociedade, pairando acima dos
grupos sociais. Alijava-se do vocabulário
a noção de "classe" e em seu lugar
divulgava-se a idéia de povo, identifica
SECUMIA FEKA da com a nação. A nação brasileira era,
Olh-. Geiuilo va'Qas pois, o conjunto do povo, onde as dife
renças sociais eram desconsideradas para
creou o Estado Novo ceder lugar às diferenças de etnia e cul
1937 tura, às quais se somavam as variações
geográficas de clima, vegetação, solo e
V
o Estado Novo Cerimonia, de
queima das
bandeiras dos
estados em
4/12/1937, na
Esplanada do
Russel, Rio de
Janeiro.
GetúJio Vargas
discursando
a bordo do Minas
Gerais, 1939.
w
Povo assistindo
no Rio de Janeiro
a discurso de
Getúlio Vargas,
1940.
^^^85 c®!!l|;r?L'í%íí
Getúlio Vargas
ouvindo as
manifestações
populares contra
o torpedeamento
dos navios
mercantes
brasileiros, 1942.
"C-^ã
w"':â7
o Estado Novo
Entrevista
coletiva de
Vargas, 1945-
GetúUo Vargas
com o general
Mascarenhas de
Moraes na Escola
Superior de
Guerra. 1939.
w
Cartaz pro-
Siderúrgica
Nacional.
Desfile da FEB
(Força
Expedicionária
Brasileira). t
•/ tv
j'
f iSiíiS
, 'í, -jri
« • • ''Tk
k
W:' i"!L
^ •• y
do desde 1930, teve condições de me^
Ihor realização no Estado Novo, quan
do foi suprimido o Legislativo. Ao mes
mo tempo que haviam sido criados tam
bém nos estados institutos e órgãos téc
nicos, a figura de um interventor asse
gurava a presença e o elo de ligação com
o chefe supremo da nação.
Complemento ideológico:
r
MECeDIP
\J
Comício do PCB
no campo do
Vasco.
o Estado Novo
W
Populismo, indústria e inflação
Ascensão EQueda
De Uma Demoeracia
ftWt* juires. hivemoit éí realizar ms 2 ée deiemkr» praÚM nn tkitM idissa i# iw*s WasilíV»"--
jir rm rarla aos sros antigos colegas do Tribunal Snperior Eleitoral o «ovo Chete do Governo
LIBERTADO
O BRASIL
ADpOS^ÇAO DO GETULIO VARGAS
Queda de Getúlio
Vargas em
29/10/1945.
r" 4
General Eurico
Gaspar Dutra,
presidente do
Brasil eleito após
a queda de
Getúlio Vargas.
•r.
••'í»'.'.j
•>
N
• • \ • ./t'
,/JI
pi: •
r t:,.
' •- '
L^'.í • •
• -Vi''
É
1.^' -N'
i
Populismo, indústria e inflação
Getúlio Vargas no
Rio Grande do
Sul, 1950.
%
Populismo, indústria e inflação
'1
min
t povo li
• ' K •***' " *
ililU
..M
'•'V' •••'JB
A volta de Getulio Vargas
Getúlio Vargas em seu governo
constitucional.
Getulio Vargas
sob a proteção de
seu guarda-costas
Gregório
Furtado, o "an;o
I
negro" do
presidente. 1950,
campanha
presidencial.
f A
Populismo, industria e inflação
niência de três ordens de fatores: a pres Sob o influxo de uma nova Consti
são externa do capital monopolista so tuição, a consolidação da democracia era
bre o Estado brasileiro e a economia ca a grande meta, mas o PCB, que disputa
pitalista nacional, como um todo; as ci- va com o PTB a adesão das massas, teve
sões no interior da burguesia, que de na o seu registro cassado em 1947 e foi no
cional optou progressivamente pela in vamente relegado à clandestinidade.
ternacionalização; as pressões desde bai A ilegalidade do PC e as medidas de
xo, da sociedade civil, a partir do mo liberalização das importações, facilitan
mento em que a política de massas po do a entrada dos produtos industrializa
pulista abriu caminho para uma ação efe dos norte-americanos, são sem dúvida
tiva das classes sociais, ameaçando a or reorientações que encontram sua lógica
dem instituída. no alinhamento do Brasil com os Esta
dos Unidos.
Industrialização, inflação e instabilidade No plano político militar, o Brasil
social: a crise se instala alinhava-se junto à nação norte-
americana na incipiente Guerra Fria,
Já no governo de Dutra, sob o in rompendo relações com a União Sovié
fluxo da coligação PTB/PSD, houve uma tica. Complementando este alinhamen
oscilação entre urna postura mais nacio to, o Brasil sediou, em 1947, a Confe
nalista e uma tendência de abertura ao rência Interamericana de Manutenção de
capital estrangeiro. Paz e Segurança, que finalizou com a as-
Discurso ,de
Getúlio Vargas,
Solenidade na
Escola Superior
de Guerra. À
esquerda de
Getúlio Vargas, o
chefe do Estado-
Maior do
Exército, Pedro
Aurélio de Góis
Monteiro. 1952.
Petrobrás,
símbolo do
nacionalismo
econômico do
Governo Getúlio
Vargas. f
Campanha "O
Petróleo é ¥
nosso".
Populismo, indústria, e inflação
sinatura do Tratado de Assistência Recí A eleição de Getúlio Vargas para a Sobre o incidente
da Rua Toneleiros
proca, o qual permitia a interferência dos presidência da República, em 3. de ou
(Tribuna da
Estados Unidos nos países da América tubro de 1950, veio reencaminhar o de Imprensa).
onde se revelasse uma situação atenta senvolvimento econômico brasileiro pa
tória à manutenção da paz e da seguran ra os rumos do nacionalismo e da indus Sobre o suicídio
de Getúlio Vargas
ça no continente. trialização. (Última Hora).
No plano econômico, um passo po Trazido de volta ao Catete "nos bra
deroso para a aproximação com os Es ços do povo", o ex-ditador fizera uma Oswaldo Aranha
discursando no
tados Unidos foi dado pela constituição série de acordos políticos. Lançado can enterro de
da Comissão Técnica Mista BrasiT didato do PTB, tivera o apoio do Parti Getúlio Vargas. À
Estados Unidos, conhecida como Missão do Social Progressista (PSP) em troca da sua esquerdaJoão
Goulart e
Abbink, alcunha tirada do nome do re promessa de apoiar seu líder Ademar de
Tancredo Neves.
presentante norte-americano John Ab Barros nas próximas eleições presiden
bink. Os resultados dos trabalhos da Co ciais. O próprio PSD, que tinha candi
missão recomendavam que fosse conti- dato próprio (Cristiano Machado),
-da a inflação e que o desenvolvimento apoiou-o em vários estados. Além do
da indústria petrolífera era indispensável PSD, a UDN apresentou seu candidato
para o crescimento econômico do país. ã presidência, insistindo novamente no
Para atingir tais firís, a Comissão apon nome do Brigadeiro Eduardo Gomes. A
tava para a compressão salarial como me composição da aliança política para a vi
dida antiinflacionária de efeito e o recur tória de Vargas refletiu-se na composi
TRIBI^V RIJMmiiSÁS
so ao capital estrangeiro para suprir a fal- ção do ministério, sendo as diversas pas
ta.de recursos nacionais para a prospec- tas divididas entre o PTB, o PSD e o PSP,
ção do petróleo. cabendo até o Ministério da Agricultura
i V V. Mm.y >•liMÊt"
1 '
TLiwnns'.
aiiniiiiiiii
Inauguração de
Brasília,
21/4/1960.
Linha de
montagem da
Vblkswagen em
São Bernardo do
Campo, São
Paulo, 1958.
Diários
Associados;
edição
comemorativa da
transferência de
capital para
Brasília.
t-©iarios â.S35onahas
Populismo, indústria, e inflação
i£ t. « «
Juscelino
Kubitschek e
João Goulart a
caminho do
Catete, após a
solenidade de
posse no Palácio
Tiradentes. Rio
de Janeiro,
l?1211956.
Jânio Quadros
em campanha
presidencial. São
Paulo, 1959.
rv
Posse de Jânio
Quadros. Brasília,
1961.
Jânio deixa o
Palácio da
Alvorada, 1961.
Populismo, indústria e inflação
m fA.
g'
'i-V
IV fíl
á'
i f*.
r»!
Populismo, indústria e inflação
1
Populismo, indústria e inflação
vr- I pipjpii
íãüiâte;,iiíf
.yt
Congresso dos
Trabalhadores
Agrícolas. Minas
Gerais, 1961.
Julião, Tancredo
Neves, Goulart,
Arnaldo Cerdeira
e Magalhães
Pinto.
to índice de investimentos no programa
de industrialização com medidas de con
trole à inflação, tais como o congelamen
to salarial e o fim dos subsídios à impor
tação de certos artigos. No plano exter
no, proclamou realizar uma política in
dependente entre os blocos. Se, por um
lado, condecorou "Che" Guevara com
a insígnia da Ordem do Cruzeiro do Sul,
por outro, foi no seu governo que o país
assinou com os Estados Unidos as bases
para o acordo sobre a garantia dos inves
timentos norte-americanos no Brasil,
preparando a posterior Aliança para o
Progresso. Na política interna, Jânio
notabilizou-se pelo ataque à corrupção,
pela prática de governar através de "bi-
Ihetinhos" e por atitudes esdrúxulas, co
mo a proibição do biquini nas praias, das
rinhas de galo ou do lança-perfume no
carnaval...
Sua intempestiva renúncia, em agos-
'V
V
A conspiração IM
civil-militãT.
General Murici,
general Mourão W
Filho e Magalhães
Pinto. Em 2P
plano, ao centro,
José Maria de r
Alkmin.
4/4/1964. k>- \
Populismo, indústria e inflação
-.-AaSHIBBSaBT'
Os militares no poder
K
ICAS
Cobertura completa
m ESHVA
Capa da revista
Fatos e Fotos.
APOSSE
Costa e Silva, a
posse da
DA ESPERANÇA
esperança.
\ : \/ ' y
j i;. / X -v
'//,
n \
' i C. W C' (
: £
r%,
'~r* • í"
V
>4.
• 'O'
1.
w,
i,'ns
freiiie
7dteS€ternbro
DlADAPAtRIA
Ig JORNAL DO BRASlE^l •J VI
Govârno baixa Ato Institucional e co/oow
Congraso cm recesso por tempo HimitadoJ
AME-O OU DEIXE-O
Os militares no poder
^1^
Tsm
^ .Vi
Transamazônica.
Os militares no poder
dia intervir nos estados, suspender os di pela indústria. Tais medidas foram com
reitos políticos de qualquer cidadão, de plementadas pela eliminação das barrei
cretar estado de sítio, suspender garan ras para a importação de tecnologia e pe
tias e direitos em geral, impedir o exer las facilidades de crédito criadas para a
cício de funções, demitir, aposentar e re compra de bens de consumo duráveis
mover funcionários, confiscar os bens de produzidos. Ao "boom" industrial
todos que haviam enriquecido de forma seguiu-se o da construção, através da uti
ilícita, suspender o direito de "habeas lização dos recursos do FGTS (Fundo de
corpus", etc. Garantia por Tempo de Serviço), criado
No campo econômico, o governo pós-64 para o BNH (Banco Nacional de
Costa e Silva iria herdar as diretrizes tra Habitação). Na política cambial, o gover
çadas pelo PAEG. Reduziu os gastos pii- no manteve minidesvalorizaçôes da
blicos, cortando programas de investi moeda nacional com o fito de amparar •
mento, apertou o crédito e arrochou os as exportações. Com os recursos da re
salários. Considerando que o Brasil in cém criada ORTN (Obrigações Reajustá-
gressava na estagnação pela continuida veis do Tesouro Nacional) e de um di
de de uma política deflacionária segui nâmico sistema de open market, o go
da pelo PAEG, os setores empresariais verno retomou os investimentos. O ca
passaram a reivindicar a retomada do de pitalismo brasileiro na sua fase do desen
senvolvimento econômico. volvimento associada revelava apoiar-se
Com o PED (Programa Estratégico sobre o tripé Estado-grandes empresas
de Desenvolvimento) houve a retoma nacionais-capital multinacional.
da daquela preocupação expansionista. Um Executivo dotado de instru
Ampliando o crédito, tabelando os juros mentos poderosos no controle da socie
e controlando os preços, o governo ini dade civil e a retomada do desenvolvi
ciava uma nova fase que obteve resulta mento econômico foram o legado do
dos no crescimento econômico puxado Gen. Costa e Silva a seu sucessor. Em
. ?•
• ' "7 v •
Wr
Terroristas
mortos (Carlos
Lamarca e José
Campos Barreto).
ir9v\
r- 'tfrfilij'
\0
•;yc5'k^
•4
^í^lBa^s
•^íiÂk^LV: <• '. . W - • •«»'<.'
Companhia
Petroquímica, do
Nordeste,
Conjuntos
construídos pelo
BNH.
Os militares no poder
,í^
,M/
mm
VI, ' :',-v " ti ^
í:b •, - • 'W
1' • ''^^íhr^^jí-':' . >• *•
P\v '-1^' '"'. ' r'.- i* f
:>.f-: it:'.tá> -UJkt'' i2yÉ>f<.<Sit/}í'HiJ
'W. «*'i
• . ?';:?• v-5, ,
r ' ,'J, 'v:,..
V
r^': -
'V-
1'V-
. .i • ',
lipr
Os militares no poder
'^''/
í
^:Vl,
•t ' , •/
•/''f
^,»'h
s .'V -• ' 1
.. ,V'!|
tentando garantir o encaminhamento da
redemocratização sem perder as rédeas
do processo. Assim, o crescimento do
MDB nas eleições parlamentares de 1974
precisava ser controlado. Para tanto, o
governo fechou o Congresso para reali
zar a reforma do Judiciário, pela qual se
pretendia assegurar o controle da ARE
NA no processo político: mantinham-se
as eleições indiretas para governador e
vice, criava-se a figura do "senador biô
nico", também escolhido indiretamen
te, e se estabelecia que o quórum para
a aprovação de medidas no Legislativo
passava a ser de maioria absoluta. Para
lelamente, a Lei Falcão limitava o aces
so dos candidatos à televisão e ao rádio,
reduzindo a sua participação à mostra-
gem de uma foto com pequeno curricu-
lum.
Apesar de tais medidas, o MBD con
tinuou crescendo e nas eleições parla
mentares de 1978 obteve vitórias signi
ficativas.
Usando o AI-5, o governo definia
que era preciso defender o regime em
épocas de crise através das "salvaguar
das constitucionais".
O ano de 1978, porém, seria defi
nitivo nos rumos da abertura. No fórum
da Gazeta Mercantil, os empresários bra
sileiros passaram a criticar os efeitos es-
tatizantes do II PND, bem como a cen
tralização excessiva do poder decisório
nas mãos do Executivo. Por trás destas
acusações, revelava-se que a burocracia % r
civil-militar que controlava o poder
afastava-se progressivamente das bases 'Pr
MDB.
Diretas já
mmm
Em Aberto
ntensa mobilização da so
ciedade civil, sucessões de
planos de governo para
Vt r
controlar a inflação, greves renovadas,
^ tl avanços e recuos de coligações partidá
. r rias para os governos dos estados e es
cândalos financeiros, são dados objeti
vos da realidade que demonstram quão
difícil tem sido (re)construir a democra
cia no Brasil.
Quando em 1989 se cumprem cem
anos da vivência republicana no país, ca
be relembrar se as promessas de um sé
culo atrás foram realmente cumpridas:
ordem e progresso, democratização do
voto, cidadania, civilização, acertar o
passo com a história...
Refletir sobre isso, repensar trajetó
rias, avaliar resultados, reviver velhos so
nhos, contrastar o discurso com a práti
ca — este sim, é um caminho em aber-
.126.
FontesDssikstnçõcs
AQUINO, Edgar Levenroth. Apud: PINHEI SEGATTO, José Antônio et allii. PCB:
RO, Paulo Sérgio e Hall. A classe Operária no 1922-1982. São Paulo. Brasiliense, 1982.
Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1981. TÁVORA, Araken. D. Pedro 11e o seu Mim-
BEIGUELMANN, Paula. A Crise do Escra- do. Rio de Janeiro, Documentário, 1976.
vismo e a Grande Imigração. São Paulo, Brasi
liense, 1981. PERIÓDICOS
BONIFÁCIO, Antoine. Histoire - Le Mon Careta -Riodejaneiro. 14/06/1919. n.° 573.
de Contemporaln. Paris, LibraireHachette, 1966. -Riodejaneiro. 06/05/1922. n.° 724.
CARELLl, Mário. Brésil, épopée métisse. -Riodejaneiro. 11/09/1926. n? 951.
Paris, Ed. Gallimard, 1987. Correio do Povo - Rio dejaneiro. 16/11/1889,
Conhecer o Brasil (v.ll). São Paulo, Abril Ano 1, nP 118.
Cultural, 1982. Diários Associados - Edição Comemorativa
FELIZARDO,Joaquim. A Legalidade. Por de Transferência de Capital para Brasília.
to Alegre, Editora da Universidade, 1988. 21/04/1960.
FERREZ, Gilberto. O Rio Antigo do Fotó Diário Carioca - Rio dejaneiro. 01/04/1964,
grafo Marc Ferrez - Paisagens e Tipos Huma n? 11.054.
nos do Rio de Janeiro - 1865-1918. Rio de Folha Carioca - Rio dejaneiro. 18/09/1946,
Janeiro. n? 835.
Grandes Personagens da Nossa História História & Energia. São Paulo, Departamen
(v. 111 e V. IV). São Paulo, Abril Cultural, 1969. to de Patrimônio Histórico/Eletropaulo, maio/86,
GUIMARÃES, Rafael, ed. et alli. Legalida n? 1.
de - a Resistência Popular que LevouJango ao novembro/86, nP3.
Poder. Porto Alegre, Ed. Redactor, 1986. Jornal do Brasil - Rio dejaneiro. 14/12/1968.
História do Brasil (v. 111). Rio de Janeiro, Ano LXXVlll, n? 213.
Bloch Editores S.A., 1972. O Globo - Rio dejaneiro. 01/09/1947, .
História do Século XX -1900-1914 (v.I)- nP 6.539.
São Paulo, Abril Cultural, 1968. O Rio Grande do Sul em Revista -1930. Edi
LABAKl, Amir. 1961: a Crise da Renúncia ção Especial . Porto Alegre, Barcellos, Bertaso e
e a Solução Parlamentarista. SãoPaulo, Brasi Cia/Livr. do Globo, 1930.
liense, 1986. Revista do Globo. Revolução de Outubro de
MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da 1930, Edição Especial. Porto Alegre, Barcellos,
Terra. São Paulo, Ciências Humanas, 1979. Bertaso & Cia/Livr. do Globo, 1931.
Nosso Século -1900-1910 (v.1). São Paulo, ÚltimaHora-Rio dejaneiro. 27/03/1964,n?
Abril Cultural, 1980. 1.266.
-1910-1930 (v. 11). São Paulo,
Abril Cultural, 1980.
-1930-1945 (v. lll).São Pau
lo, Abril Cultural, 1980.
-1945-1960 (v. IV).São Pau
lo, Abril Cultural, 1980.
-1960-1980 (v. V). São Pau
lo, Abril Cultural, 1980.
PESAVENTO, SandraJatahy. História da In
dústria Sul-Riograndense. Guaíba, Riocell,
MPM, 1985.
RBS. Rio Grande do Sul Histórico - Série
Raízes Gaúchas (V. 1). PortoAlegre, Painel Editora.
Retrato do Brasil. São Paulo, Ed. Política;
n?^ 18, 36e43.
SCHNEIDER, Regina Portella. Flores da
Cunha, o Último Gaúcho Legendário. Porto
Alegre, Martins Livreiro, 1981.
w
Impressão e Acabamento
V>
V»/
n
|"jV \V.
W
Rf'
\'\{*'
&í;
M
ílíW-'X"íí '•" y-^'^ /-,. m
:• ^ -'m mm
• .Jl;'!
I« \\
íi
' í"
•éi^-. '--f^kíASjSSliSíl