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“Que fez o mundo”.

Aqui o apóstolo faz a identificação suprema do Deus a quem ele se


refere: Ele é o Criador. Isso O distinguia de todos os falsos deuses. A criação por um Deus
pessoal era um pensamento oposto às filosofias epicurista e estoica. Todavia, Paulo a
apresenta de uma forma que desperta o deslumbramento e o interesse dos ouvintes.

·
“O Deus”. Ao falar do
“E tudo o que -

Deus verdadeiro,
nele existe”. O Paulo deixa de lado a
intrépido Paulo forma neutra do v.
não deixou 23 e usa o gênero
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Deus não só -

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criou o universo,
“Sendo Ele
como também
Senhor”. Ou, “Ele,
formou todas as
sendo Senhor”. Isto
coisas que nele
existem. Tal coloca o Deus de
ensino era uma Paulo muito acima
sentença de de todas as outras
morte à supostas
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mitologia pagã. divindades,
transformando-O
“Não habita em
no dono e
santuários”. Ao falar de
“santuários”, Paulo
governante do
provavelmente universo inteiro.
apontava para os
· Teria sido muito mais
exemplos magníficos da fácil pregar ao povo
perícia arquitetônica de sua cultura. Mas o
grega pela qual estava grande teólogo e
cercado em Atenas. Seu pastor Paulo quis
ensino da onipresença e falar de Deus a
pessoas que não
transcendência de Deus
conheciam o Deus da
fez a adoração pagã Bíblia. Ele quis
parecer inútil e apresentar Deus a
distanciada das quem entendia o
grandes qualidades Senhor de modo
espirituais que ele muito diferente, ou
proclamava.
PR Adolfo Sunrez
.
que rejeitava Deus.
Assim fazendo, Paulo
se coloca como o
"Apesar de Paulo em Atenas pregar aos judeus e religiosos nas suas precursor evangelista
sinagogas e nas praças, a sua principal obra era levar as boas novas de entre os pagãos.
Temos muito a
salvação aos que não tinham clara concepção de Deus e de Seu
aprender com ele!
propósito em favor da raça caída" (Atos dos Apóstolos, p. 235).
ATENAS. A tradição remonta sua história a 1581 a.C., mas a cidade se tornou preeminente por volta de
600 a.C. Durante os 200 anos seguintes, Atenas chegou ao ápice de seu poder e alcançou sua fase
áurea sob o governo de Péricles (461-430 a.C.). Seus filhos ilustres incluem Sófocles, Sócrates, Platão,
Aristóteles e Demóstenes. Contudo, em 338 a.C., a cidade foi subjugada pelo poder em ascensão da
Macedônia e, no 2o século a.C., incluída na província romana de Acaia. Nos dias de Paulo, Atenas não
possuía mais poder político efetivo, mas continuava a ser o centro intelectual reconhecido do mundo e
considerada a cidade universitária do império romano. E provável que sua população girasse em torno
de 250 mil habitantes na época.
~ “Idolatria dominante”. Ou,
“cheia de ídolos”. Josefo
“Revoltado”. descreve os atenienses como
“Indignado”. Atos “os mais piedosos dentre os
17:16. Irritar”, gregos”. Segundo um antigo
“provocar”, relato, havia mais de três mil
“despertar a ira”. Ocorreu um tumulto em Bereia. Estando em estátuas em Atenas nos dias
de Paulo. Uma de suas ruas
Parece que Paulo não Atenas, Paulo ficou indignado ao ver a cidade era adornada com um busto
tinha intenção de dominada pelos ídolos. do deus-mensageiro Hermes
pregar em Atenas, em frente a cada casa.
mas aquilo que viu o Templos, pórticos, fileiras de
colunas e pátios eram repletos
provocou a agir, e ele de obras de arte esculpidas,
se sentiu impelido a que anunciavam em profusão
falar mesmo antes de o amor grego à beleza. Seria
Timóteo e Silas difícil que Paulo, com seus
antecedentes helenistas,
chegarem. permanecesse indiferente ao
apelo estético de tamanha
Para um judeu, tal riqueza artística, mas todo
ostentação seria um
E
prazer que porventura sentiu
desprezo aberto aos foi obscurecido pelas
dois primeiros implicações espirituais daquilo
mandamentos. Para um que presenciou. A maior parte
cristão, tal visão das estátuas estava ligada à
proporcionaria tristeza adoração pagã e poderia ser
ainda maior, ao revelar muito bem classificada como
o abismo existente “ídolos”.
entre o paganismo
grego e a revelação
redentora de Deus em
Cristo. Todavia, Paulo A ira justa de Paulo
compartilhava tão
plenamente do desejo
contra a idolatria
do Salvador de redimir gritante não se
a humanidade de suas manifestou
loucuras que sua reação simplesmente em
final foi evangelística. condenações, mas o
Ele não podia
negligenciar a
levou à tentativa de
evangelizar a cidade
Pr Adolfo Suárez
oportunidade de
anunciar o evangelho .
pagã. Não basta
aos atenienses. indignar-se contra os
“Paulo ia à Sinagoga”. Atos 17:17. Não há evidências de que existisse uma grande colônia conceitos e costumes
de judeus em Atenas, mas inscrições judaicas antigas foram encontradas na cidade. Paulo, errados; é necessário
seguindo seu costume (ver At 9:15; 13:5, 14), se dirigiu primeiro aos judeus, naturalmente fazer algo para
esperando apoio deles em sua luta contra a idolatria. A narrativa bíblica não dá pistas de mudar a situação.
como foi a recepção do apóstolo em meio a seus compatriotas e também não registra
resultados tangíveis de seu trabalho com eles.
Que desafio!
Areópago. Do gr. Areios Pagos, “colina de Ares”, sendo Ares o equivalente grego ao latino Marte, o deus da guerra.
O local era um famoso ponto de encontro do conselho ateniense do Areópago, que assumiu este nome por causa da
colina onde se reunia. Esse conselho, que atribuía sua origem a Atena, a deusa patrona da cidade, era o tribunal
mais antigo e venerado de Atenas. Incluía entre seus membros os homens da mais elevada posição oficial.
Originalmente, era formando somente por aqueles que haviam servido no alto cargo de arconte e atingido 60 anos
de idade.
Epicureus. As duas escolas Estoicos. Eles ensinavam
filosóficas, os epicureus e que a verdadeira
os estoicos, eram, na sabedoria consistia em ser
época, os maiores mestre, e não escravo, das
representantes do circunstâncias. As coisas
pensamento grego. O que não se encontram em
nosso poder não devem
epicurismo derivou o nome
ser cobiçadas, nem
de seu fundador, Epicuro,
evitadas, mas aceitas com
que teve uma vida longa e placidez. Aquele que
tranquila em Atenas, de buscava sabedoria era
cerca de 342 a 270 a.C. ensinado a ser indiferente
Ensinava que a felicidade As pessoas reagiram de maneiras diferentes. Alguns o tanto ao prazer quanto à
consiste de emoções desprezaram e outros ficaram curiosos a respeito do que dor, e a manter
prazerosas. Considerava Paulo falava sobre seus deuses e ficaram interessados em neutralidade intelectual.
as leis humanas meros conhecer sobre a nova doutrina pregada pelo apóstolo. A teologia estoica era
arranjos convencionais, mais nobre que a dos
sem encontrar lugar para epicureus. Os estoicos
uma lei moral superior. Ele concebiam uma mente
excluía tanto a ideia da divina por trás do
criação quanto de controle. universo e ordenando
Ensinava que a matéria suas questões. Eles
existe desde a eternidade. reconheciam sua
autoridade sobre as
Paulo ficou face a face nações e a vida das
com esta filosofia. Nos pessoas, ao mesmo tempo
v. 22 a 31, descobrimos em que defendiam uma
como ele lidou com ela crença prática na
Declarou a liberdade da vontade
personalidade do Deus humana.
vivo como criador,
governante e pai; a
força unificadora da lei Com certeza, havia
divina escrita no diversos pontos de
coração; a nobreza de contato entre os melhores
uma vida superior à representantes desta
busca frenética por escola de pensamento e o
prazer, dedicada não a apóstolo Paulo. Todavia,
si, mas aos outros e a até mesmo para eles, os
Deus. Por fim, declarou princípios básicos do que
a responsabilidade o apóstolo representava
moral do ser humano à pareceriam um sonho vão.
luz da ressurreição e Quando Paulo falou sobre
do juízo. Tais ensinos Jesus e a ressurreição, e
separavam o apóstolo do juízo vindouro, os
dos professores pagãos estoicos resistiram à ideia
da mais elevada de que necessitariam de
filosolia. perdão ou redenção.

“Ao observar a beleza e grandeza que o rodeavam, e ver a cidade toda entregue à idolatria, o
espírito de Paulo se encheu de zelo por Deus à quem haviam desonrado por toda parte. Seu
coração se comoveu de piedade pelo povo de Atenas, que, apesar da sua cultura intelectual, era
ignorante em relação ao verdadeiro Deus”. (Atos dos apóstolos, 148).
O apóstolo Paulo estudou sua audiência, verificou sua linguagem, observou seus hábitos, caminhou entre as pessoas. Como
notamos, fez tudo o possível para estabelecer canais de diálogo, mesmo os atenienses sendo tão diferentes dele. Aqui há um
princípio fundamental: os evangelistas e missionários precisam conhecer as pessoas a quem pretendem falar do amor de
Deus; não basta ter o conteúdo do discurso a ser apresentado; é necessário conhecer a audiência que receberá a mensagem.

“Senhores atenienses!”.
“Percebo”. O apóstolo
Embora esta seja uma
saudação respeitosa, o Paulo era observador
discurso que se segue não é atento, e seu
o de um homem no tribunal, comentário está
mas de um defensor baseado naquilo que ele
apaixonado de crenças viu. Ao evangelizar as
peculiares e estimadas. pessoas, devemos estar
Paulo adota o vocabulário atentos ao modo de
dos oradores atenienses, em vida delas, e partir
harmonia com seu costume
disso podemos fazer
de se adaptar ao público Paulo elogiou os pontos positivos da religiosidade dos
(ver 1Co 9:19-22). O fato de atenienses e, dessa forma, encontrou um tema comum entre um ponto de contato.
Paulo ser capaz de fazer eles para começar o diálogo e apresentar o evangelho.
isso revela muito sobre sua “Vocês são bastante
habilidade. Lucas resume o religiosos”. Paulo fez
discurso do apóstolo em dez um comentário sobre o
versículos (At 17:22-31), modo escrupuloso dos
mas é provável que Paulo atenienses de tentar
tenha falado muito mais,
sobretudo diante de uma
prestar o devido
audiência tão distinta. reconhecimento a todas
as formas de divindade.
“Os objetos de vosso Tal introdução lhe
culto”. Paulo vira e granjearia a atenção
estudara muitas das dos filósofos e dos
numerosas estátuas e atenienses de modo
suas inscrições. Ele as geral.
identifica como as “É precisamente Aquele que eu
divindades dos lhes anuncio”. Do gr. kataggellõ,
atenienses, seus objetos “anunciar”, “proclamar”.
de culto. Assim, procurou
despertar boa vontade
desde o princípio para
continuar a ser ouvido.
Seu objetivo era No v. 18, os filósofos haviam usado
conquistar o público, não praticamente a mesma palavra
(kataggeleus, “anunciador”,
espantá-lo. Ao falar com “proclamador”) paradescrever
as pessoas, criemos Paulo como um “apresentador de
proximidade, e não estranhos deuses”. Paulo não se
deu ao trabalho de negar a
repulsa. acusação; em vez disso,
apropriou-se da palavra
(kataggellõ) e a usou para
justificar o próprio procedimento.
Desta forma, conseguiu
apresentar o Deus verdadeiro, a
quem amava e servia. É isso que
um cristão é: anunciador do Deus
do Céu.

“AO DEUS DESCONHECIDO”. A presença desse altar estaria em conformidade com o que se sabe sobre a filosofia religiosa
de Atenas. Os habitantes da cidade eram ávidos por reconhecer todas as divindades e erguiam altares a um deus
desconhecido ou a deuses desconhecidos, a fim de que nenhum fosse negligenciado. Tal prática representa a suprema
confissão da impotência do ser humano para resolver os problemas do universo, semelhante à que se ouve, às vezes, dos
lábios de cientistas atuais. De fato, nem a ciência - tão endeusada por alguns em nossos dias - é capaz de explicar o
resolver profundos dilemas existenciais. Essa resposta plena cabe, unicamente, ao Deus do Céu.
“Como se de alguma coisa precisasse”. As religiões pagãs apresentavam seus deuses como
dependentes e invejosos dos presentes humanos. Paulo explica que o Deus verdadeiro é
diferente. As pessoas devem pensar em Deus como o supremo doador, que nada exige
além de justiça, misericórdia e humildade (Mq 6:8).

“O Deus” (v. 24). Ao ~ “Sendo Ele


falar do Deus Senhor”. Ou, “Ele,
verdadeiro, Paulo sendo Senhor”. Isto
deixa de lado a coloca o Deus de
forma neutra do v. Paulo muito acima
23 e usa o gênero de todas as outras
masculino, colocando supostas
aquele a quem Paulo falou de um Deus Criador, que os amava e divindades,
adorava num plano queria ser conhecido deles. Apresentou o Deus do transformando-O
superior ao dos Céu como o Deus por eles cultuado. no dono e
deuses dos governante do
atenienses. universo inteiro.
“Que fez o mundo”. “Não habita em
Aqui o apóstolo faz a santuários”. Ao falar
identificação suprema de “santuários”,
do Deus a quem ele se Paulo
refere: Ele é o Criador. provavelmente
Isso O distinguia de apontava para os
todos os falsos deuses. exemplos
A criação por um magníficos da
Deus pessoal era um perícia
pensamento oposto às arquitetônica grega
íilosofias epicurista e
pela qual estava
estoica. Todavia,
cercado em Atenas.
Paulo a apresenta de
Seu ensino da
uma forma que
desperta o onipresença e
deslumbramento e o transcendência de
interesse dos Deus fez a adoração
ouvintes, recebendo pagã parecer inútil e
permissão para distanciada das
continuar. A palavra grandes qualidades
traduzida por espirituais que ele
“mundo” (cosmos) proclamava.
era usada pelos
gregos em referência
ao universo ordenado
e pode abranger tanto
o céu quanto a Terra.
O apóstolo Paulo julgou necessário usar a linguagem dos atenienses, usar um método
apropriado para alcançá-los, usar recursos literários familiares a eles, apresentar o
Evangelho de maneira resumida e poderosa. Ele se esforçou para tocar corações e mentes
e levá-los a se decidirem em favor da Verdade. Assim deve ser: o evangelista precisa fazer
o seu melhor como instrumento de Deus.

“Vossos poetas”. As “Arrependam”. Deus


palavras “pois nEle havia apontado para a
vivemos, e nos movemos, e situação de pecado do ser
existimos” são uma citação humano, mas Sua rica
quase exata de uma estrofe misericórdia torna
que parece ter sido possível o encontro do
composta pelo cretense Paulo falou da ressurreição de Jesus Cristo e da perdão, sob a condição do
Epimênides (6o século a.C.). esperança que ela oferecia a todos eles. arrependimento. Neste
A segunda frase, “porque momento do discurso de
dele também somos Paulo, a reação tanto dos
geração” é uma citação estoicos quanto dos
clara de um poeta grego, epicureus, que haviam
usada por Paulo com seguido a linha de
reconhecimento da fonte. raciocínio do apóstolo,
Vem de Arato (c. 270 a.C.), começou a mudar. E
amigo de Zenão, o fundador
possível que os epicureus
do estoicismo.
lamentassem os erros
Assim como Paulo, Arato
era da Cilícia.
que eles cometeram em
sua busca por prazer.
A citação chamaria a atenção Mas o arrependimento
dos ouvintes de Paulo subentendia uma
imediatamente. Ao citar a
mudança de opinião, a
literatura dos gregos, ele
ilustrou sua prática de se
renúncia ao passado e a
fazer “tudo para com todos” resolução de viver de
(ICo 9:22). Eles maneira mais elevada no
reconheceriam que não futuro, algo contrário à
estavam lidando com um filosofia deles.
judeu sem instrução, como os
comerciantes e exorcistas tão
presentes nas cidades gregas,
mas com um homem de
cultura semelhante à deles,
familiarizado com os
Os estoicos, por sua vez,
pensamentos de seus poetas. aceitavam as
Não há necessidade de consequências de suas
exagerar a educação clássica ações com apatia
de Paulo, mas está claro, com serena. Agradeciam por
base nas referências não serem como os
mencionadas e na citação de
1 Coríntios 15:32, que o
outros homens, por
apóstolo conhecia os autores terem conseguido,
gregos e era capaz de fazer mediante os próprios
citações adequadas de suas esforços, alcançar a
obras quando a situação perfeição ética. Mas a
exigia. Ao fazê-lo, não está “Há de julgar”. O cristianismo não deixa os seres humanos
ideia de
necessariamente apoiando os ignorantes quanto ao que os espera; em vez disso, apresenta uma
sentimentos revelados no explicação abrangente e, ao mesmo tempo, breve dos eventos que arrependimento ainda
contexto das palavras que virão. Mas o pensamento de juízo dificilmente é bem aceito pelas não lhes havia ocorrido.
utilizava, mas tão somente pessoas. Ninguém gosta da expectativa de comparecer diante do
usando escritos gregos a fim tribunal de julgamento divino. Os gregos não eram exceção e é
de ilustrar o ensino mais provável que, deste momento em diante, os epicureus e estoicos
elevado que apresentava. tenham resistido com toda força à exposição de Paulo.
PRINCÍPIOS QUE APRENDEMOS COM O
APÓSTOLO PAULO PARA TRABALHAR COM
OS NÃO ALCANÇADOS
1.. Estudemos a 2.. Tenhamos
vida das pessoas confiança
a quem inabalável, e
queremos falar
coragem na
do amor de Deus.
adversidade.

3.. Não
irritemos os 4.. Não
nossos ataquemos
ouvintes, e nem seus “deuses”
os coloquemos e seus hábitos
em
religiosos.
dificuldades.

5.. 6..
Tenhamos Demonstremos
contato respeito pela
direto com devoção
as pessoas, espiritual das
estudando pessoas.
sua cultura
e religião.

Pela graça de Deus, sejamos instrumentos sábios, preparados


e dispostos para falar de Seu amor àquelas pessoas que ainda
não O conhecem e que tem grandes dificuldades e preconceitos
em aceitá-Lo.

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