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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................1

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................2

TESES E TEORIAS.............................................................................................................5

PRECURSORES .................................................................................................................6

3. CONCLUSÃO .................................................................................................................8

4. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA .....................................................................................9

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1. INTRODUÇÃO

A Escola Neoclássica surge no final do século XVIII e início do século XIX como resposta às
críticas ao mercantilismo. Seus principais precursores defendem a liberdade individual e a
mínima intervenção estatal na economia. Este trabalho tem como objectivo apresentar as
principais teses, teorias e precursores da Escola Neoclássica.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Precursores Rejeitamos na introdução deste trabalho o criacionismo intelectual, segundo


o qual economistas talentosos teriam criado praticamente ex nihilo teorias originais, em favor do
evolucionismo intelectual, que acredita que a originalidade consiste em recombinar material já
existente na obra de outros autores com o propósito de tratar de novos problemas. Nesse espírito,
o preconceito segundo o qual os economistas da escola clássica francesa seriam meros
popularizadores de Adam Smith é combatido, na medida em que a obra deste último não é
autónoma, mas também dependente de conjunto de precursores, muitas vezes os mesmos que
influenciam os franceses. Sabe-se que o autor escocês visitou o continente antes da publicação de
sua obra, travando contacto com Quesnay e Turgot.

Assim, os economistas da vertente francesa da escola clássica sofrem influência directa


dos precursores, via conhecimento de suas obras, mas também indirecta, via influência que estes
exerceram sobre a obra de Smith, que por sua vez é vista como a principal arma utilizada pelos
economistas franceses no combate à ortodoxia fisiocrata prevalecente no final do século dezoito.
Na tarefa de mapeamento de influências, ou historiografia da gradual evolução das ideias, alguns
limites devem ser estabelecidos. Em primeiro lugar, não cabe aqui análise detalhado das
contribuições teóricas desses precursores ou da literatura secundária dedicada a eles. Contentar-
nos-emos em seleccionar os principais autores e salientar aqueles aspectos teóricos de suas obras
que ajudaram a moldar as teorias dos economistas franceses que estudaremos neste trabalho.

Em segundo lugar, de forma consistente com nosso evolucionismo, devemos tornar


explícita a existência de um elemento arbitrário na escolha dos precursores, já que em nossa
genealogia intelectual esses economistas são influenciados por ainda outros autores e assim
sucessivamente até que cada conceito económico se perca na obra de escritores dedicados a
outros ramos do saber, nas tradições orais provenientes de ambientes académicos e não
académicos do período ou mesmo nos escritos de outras épocas e locais. Mas, assim como ocorre
com os organismos do passado, observamos apenas alguns conjuntos de ideias que “fossilizam”
em livros de certos escritores, de forma que muitas influências são impossíveis ou pelo menos
difíceis de rastrear.

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Este é o caso de Gournay, que embora não tenha publicado nada, influenciou de forma
significativa o pensamento dos autores que estudaremos. Outras influências, como as opiniões de
Locke sobre moeda e justificação da propriedade privada, embora importantes para o nosso
trabalho, serão apenas reconhecidas, sem que nos detenhamos para examinar textos particulares.
Em terceiro lugar, seria fora de propósito dedicar espaço significativo aos autores amplamente
conhecidos, como o próprio Adam Smith. Dessa maneira, focaremos nossa atenção em
precursores diretamente associados ao cenário intelectual francês, a saber, Cantillon, Quesnay,
Turgot e Condillac, que influenciaram de uma maneira significativa os economistas da escola
clássica francesa.

2.1. Cantillon: o alicerce da teoria econômica

A comunidade intelectual parisiense atraia intelectuais de diversas origens e


acompanhava novidades surgidas em outras partes da Europa. Desse modo, nosso estudo da
formação da escola clássica francesa não se limita efetivamente a autores dessa nacionalidade. O
abade italiano Ferdinando Galiani (1728-1787), por exemplo, passa parte de sua vida intelectual
em Paris, participando das discussões sobre o principal problema económico percebido nessa
capital, relativo ao elevado preço do pão, problema esse que trataremos mais adiante. Não seria,
portanto, de forma alguma implausível que o emprego simultâneo que Galiani (2000) faz, em um
mesmo livro, das teorias do valor trabalho e valor utilidade com escassez tenha influenciado no
convívio dessas duas teorias na obra de alguns autores da escola clássica francesa.

Richard Cantillon (168?-1734), por sua vez, embora nascido na Irlanda, faz parte de sua
fortuna na França, durante a vigência do esquema de John Law (1971-1729) de financiamento do
estado francês com títulos da Companhia do Mississipi. Também nesse país que é publicado
postumamente, em francês, seu Ensaios sobre a Natureza do Comércio em Geral [1755], um dos
primeiros tratados sistemáticos de teoria económica. Embora tal obra tenha sido de fato
negligenciada ao longo do século dezenove, até sua redescoberta por Jevons, o exame de seu
conteúdo revela sua importância fundamental para o desenvolvimento inicial da Economia.
Porém, em vez de apresentarmos um retrato sistemático desse livro e suas contribuições,
salientaremos aquelas que são importantes para o estudo da escola clássica francesa.

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O primeiro aspecto a ser salientado é a presença no livro da estrutura analítica que
identificamos na introdução deste trabalho, a plutologia. Nessa concepção a Economia tem como
objecto o estudo da riqueza, sendo o exame dos determinantes de sua produção anterior ao
estudo da sua distribuição entre classes, quando moeda e trocas são contempladas. Esse padrão
produção-distribuição de riqueza está presente nas obras e até mesmo em títulos ou subtítulos
dos trabalhos de Cantillon, Quesnay, Turgot e Smith, até ser sistematizado por JeanBaptiste Say
na forma mais extensa produção-distribuição-consumo de riqueza que se reproduz anualmente.
Say organiza seu livro em torno dessa sequência de conceitos, também usada em sua definição
de Economia.

2.2. Condillac: pioneiro da cataláxia

Étienne Bonnot, Abade de Condillac (1714– 1780), foi um dos filósofos iluministas
franceses. Sua filosofia, como mencionamos na introdução deste trabalho, baseada no empirismo
lockeano, procura explicar os fenômenos mentais em termos de reacções a estímulos sensoriais.
Provavelmente um dos fatores que tenha levado um filósofo de reputação a escrever sobre temas
económicos tenha sido sua experiência entre 1758 e 1768 como tutor do príncipe de Parma, Don
Philippe, filho do rei Bourbon da Espanha e marido da filha mais velha de Luiz XV, pois a
instrução de um futuro monarca naturalmente envolve assuntos económicos. Aliado ao objectivo
de defender as reformas de Turgot, essa experiência resultou na publicação do Comércio e
Governo Considerados em Relação Um ao Outro, no mesmo ano que a veio à luz a Riqueza das
Nações de Smith. Uma das diferenças marcantes entre essas duas obras diz respeito ao carácter
sistemático da primeira, que expõe princípios dos quais resultados são deduzidos e ilustrados na
sequência.

O livro de Condillac (1997) é divido em duas partes, a primeira dedicada ao


funcionamento dos mercados supondo liberdade do comércio e a segunda introduzindo o
governo. No início da obra são expostos os princípios analíticos fundamentais utilizados pelo
autor; a saber, uma teoria do valor subjetivo aplicada a um modelo de trocas, de modo que todo
fenômeno econômico é avaliado em termos de realização ou não dos ganhos mútuos gerados
pela diferença de apreciação da utilidade dos bens por parte de diferentes pessoas. Condillac
adota desse modo uma perspectiva catalática em vez de plutológica, a despeito da influência do

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pensamento fisiocrata em sua obra. Depois de expor o referencial analítico, este é utilizado para
explicar fenômenos como formação de preços em competição, moeda, especialização na
produção, monopólio, bancos, mercados de fundos emprestáveis e comércio exterior. Na
segunda parte são discutidas restrições ao comércio de diferentes naturezas, como protecionismo,
guerra ou concessão de privilégios monopolísticos, sempre sob o ponto de vista de variações nos
ganhos de troca.

Teses e Teorias

1. Teoria da Utilidade Marginal:

Afirma que o valor de um bem ou serviço é determinado pela utilidade adicional que ele
proporciona ao consumidor.

A utilidade marginal decresce à medida que se consomem mais unidades de um mesmo bem.

Os consumidores maximizam sua utilidade quando a utilidade marginal do último bem


consumido é igual ao preço pago por ele.

2. Lei de Say:

Afirma que a oferta cria sua própria demanda.

Toda produção gera renda, que pode ser utilizada para comprar a própria produção.

O excesso de oferta não é um problema permanente, pois a renda gerada pela produção irá gerar
demanda para absorver o excesso.

3. Teoria da Vantagem Comparativa:

Afirma que os países devem se especializar na produção de bens e serviços que produzem com
menor custo comparativo.

O livre comércio entre os países gera ganhos de bem-estar para todos os envolvidos.

4. Teoria da Concorrência Perfeita:

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Afirma que um mercado é considerado perfeito quando há um grande número de compradores e
vendedores, e nenhum deles tem poder para influenciar o preço.

O preço de um bem em um mercado perfeito é determinado pela oferta e demanda.

5. Teoria da Elasticidade-Preço da Demanda:

Afirma que a demanda por um bem ou serviço é sensível ao seu preço.

A elasticidade-preço da demanda mede a porcentagem que a quantidade demandada de um bem


varia em resposta a uma mudança de 1% no seu preço.

Precursores

1. Adam Smith (1723-1790):

Considerado o pai da economia moderna.

Defendeu a liberdade individual e o livre mercado em sua obra "A Riqueza das Nações".

Argumenta que o "mercado invisível" guia os indivíduos a buscarem seus próprios interesses, o
que beneficia a sociedade como um todo.

2. David Ricardo (1772-1823):

Desenvolveu a teoria da vantagem comparativa e a teoria da distribuição da renda.

Argumentou que o livre comércio gera ganhos de bem-estar para todos os países envolvidos.

3. Jean-Baptiste Say (1767-1832):

Defendeu a Lei de Say, que afirma que a oferta cria sua própria demanda.

Argumentou que o excesso de oferta não é um problema permanente.

4. John Stuart Mill (1806-1873):

Defendeu a liberdade individual e a igualdade de oportunidades.

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Argumentou que o governo deve intervir na economia para corrigir falhas de mercado.

5. William Jevons (1835-1882):

Desenvolveu a teoria da utilidade marginal.

Argumentou que o valor de um bem ou serviço é determinado pela utilidade adicional que ele
proporciona ao consumidor.

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3. CONCLUSÃO

A Escola Neoclássica teve um impacto significativo no desenvolvimento da economia. As teses e


teorias neoclássicas são utilizadas para explicar o funcionamento dos mercados, determinar
preços e analisar as políticas econômicas. Os precursores da Escola Neoclássica foram
pensadores visionários que contribuíram para a compreensão do funcionamento da economia e
para a defesa da liberdade individual e do livre mercado.

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4. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA

 Mankiw, N. Gregory. Principles of Economics. Cengage Learning,


2020.: https://www.amazon.com/Principles-Economics-N-Gregory-Mankiw/dp/1305585127
 Samuelson, Paul A., and William D. Nordhaus. Economics. McGraw-Hill Education,
2018.: https://www.amazon.com/Economics-Paul-Samuelson/dp/0073511293
 Stiglitz, Joseph E. Economics. W. W. Norton & Company,
2018.: https://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Stiglitz

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