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ANA CECÍLIA
EDUARDA CAMILY
INGRID EMANUELE SILVA
JÚLIA SOUZA
LETÍCIA FELIX
NICOLE SILVA
VALÉRIA SOUZA
Manaus
2024
QUESTÕES PARA TODOS OS GRUPOS – A IDEOLOGIA ALEMÃ
porque eles basearam sua análise na relação entre forças opostas e contraditórias na
sociedade. A dialética marxista é influenciada pela filosofia de Hegel, que postula que
o desenvolvimento histórico é impulsionado por contradições que levam a mudanças
sociais.
Explique o argumento de Marx e Engels: “Toda vida social é essencialmente prática. Todos os
mistérios que induzem a teoria ao misticismo encontram sua solução racional na prática humana e na
compreensão dessa prática” (MARX; ENGELS, 2007, p. 534 e 539).
O materialismo dialético, ao colocar a prática humana no centro da análise social,
oferece uma ferramenta poderosa para compreender as contradições da sociedade e as
possibilidades de transformá-la. Através da práxis consciente e da compreensão crítica
da realidade, podemos construir um mundo mais justo e humano.
A citação de Marx e Engels, "Toda vida social é essencialmente prática. Todos os
mistérios que induzem a teoria ao misticismo encontram sua solução racional na
prática humana e na compreensão dessa prática", resume a essência do materialismo
dialético, um dos pilares do pensamento marxista. Essa perspectiva revolucionária
propõe que:
As ideias, crenças e valores não surgem no vácuo, mas são produtos da prática humana
em suas condições materiais específicas.
Ao invés de ideias predefinidas determinarem a realidade, a ação humana molda o
mundo e, por consequência, as concepções sobre ele.
3. A transformação da realidade se dá através da práxis:
Análise das classes sociais: A luta de classes, motor da história na visão marxista, se
manifesta na práxis dos trabalhadores explorados em busca de melhores condições de
vida.
Crítica à religião: A religião, para Marx, é um produto da alienação humana em uma
sociedade desigual, e sua superação se dá através da transformação material das
condições de vida.
Revolução social: A práxis revolucionária é a chave para a superação do capitalismo e
a construção de uma sociedade socialista, onde a exploração e as desigualdades sejam
erradicadas.
Explique o argumento de Marx e Engels: “Ao produzir seus meios de vida, as pessoas produzem,
indiretamente, sua própria vida material. O modo peloqual as pessoas produzem seus meios de
vida depende, antes de tudo, da própria constituição dos meios de vida já encontrados e que eles
têm de reproduzir.” (MARX; ENGELS, 2007, p. 87).
Explique o argumento de Marx e Engels: Marx e Engels enfatizam que “tal como os indivíduos
exteriorizam sua vida, assim são eles. O que eles são coincide, pois, com a sua produção, tanto
com o que produzem como também com o modo como produzem. O que os indivíduos são,
portanto, depende das condições materiais de sua produção” (MARX; ENGELS, 2007, p. 87). No
mesmo sentido, “a produção de ideias, de representações, da consciência, está, em princípio,
imediatamente entrelaçada com a atividade material e com o intercâmbio material das pessoas,
com a linguagem da vida real.” (MARX; ENGELS, 2007, p. 93). O ser das pessoas é o seu
processo de vida real. Por isso, os autores de A ideologia alemã afirmam que: “[…] não se parte
daquilo que as pessoas dizem, imaginam ou representam, tampouco das pessoas pensadas,
imaginadas e representadas para, a partir daí, chegar às pessoas de carne e osso; parte-se das
pessoas realmente ativas e, a partir de seu processo de vida real, expõe-se também o
desenvolvimento dos reflexos ideológicos e dos ecos desse processo de vida. […] As pessoas, ao
desenvolverem sua produção e seu intercâmbio materiais, transformam também, com esta sua
realidade, seu pensar e os produtos de seu pensar. Não é a consciência que determina a vida, mas
a vida que determina a consciência.” (MARX; ENGELS, 2007, p. 94).
Primeiramente, eles apontam que a atividade produtiva das pessoas não é apenas uma
forma de sustento, mas também uma forma de autoexpressão. Ao exteriorizarem sua
vida por meio da produção material, as pessoas não só criam bens tangíveis, mas
também moldam sua própria identidade e modo de vida. O que elas são, portanto, está
diretamente relacionado ao que produzem e ao modo como produzem. Isso significa
que as condições materiais de produção influenciam não apenas o que as pessoas têm,
mas também quem elas são e como se percebem.
Essa visão é resumida na frase "não é a consciência que determina a vida, mas a vida
que determina a consciência". Isso significa que, em vez de serem guiadas por ideias
ou concepções abstratas, as pessoas são moldadas pelas condições materiais e pelas
relações sociais em que vivem. Assim, ao entender o processo real de vida das pessoas,
é possível compreender como suas ideias e consciência se desenvolvem como reflexos
dessa realidade.
Explique o argumento de Marx e Engels: “Só é possível conquistar a libertação real [wirkliche
Befreiung] no mundo real e pelo emprego de meios reais. […] … não é possível libertar as
pessoas enquanto estas forem incapazes de obter alimentação e bebida, habitação e vestimenta,
em qualidade e quantidade adequadas. A ‘libertação’ é um ato histórico e não um ato de
pensamento, e é ocasionada por condições históricas, pelas condições da indústria, do comércio,
da agricultura, do intercâmbio. (MARX; ENGELS, 2007, p. 29). Quais são os “meios reais” e
porque “A ‘libertação’ é um ato histórico e não um ato de pensamento”?
Marx e Engels definem os "meios reais" para a libertação como ações concretas que
transformam as condições materiais da vida social. Isso inclui:
Ação política: Luta por reformas e mudanças sociais através de canais institucionais ou
movimentos sociais.
Revolução social: Transformação radical das estruturas de poder e das relações de
produção, geralmente através de um processo revolucionário.
Luta de classes: Mobilização dos trabalhadores para reivindicar seus direitos e desafiar a
exploração capitalista.
Educação e conscientização: Difusão de conhecimento e compreensão crítica da realidade
social para promover a emancipação humana.
Organização social: Criação de coletivos e movimentos sociais que lutam por objetivos
comuns.
2. A Libertação como Ato Histórico:
Para Marx e Engels, a "libertação" não se limita a um ato individual de pensamento ou
vontade, mas sim é um processo histórico resultante de:
Desenvolvimento das forças produtivas: Avanço da tecnologia e da capacidade de
produção da sociedade.
Conflitos sociais: Luta entre classes sociais com interesses antagônicos, como a burguesia
e o proletariado.
Mudanças nas relações de produção: Transformação na forma como a riqueza é gerida e
distribuída na sociedade.
Consciência de classe: Percepção dos trabalhadores de sua posição na sociedade e da
necessidade de mudança.
3. A Primazia da Realidade Material:
Marx e Engels argumentam que a "consciência" (pensamentos, ideias) não determina a
"vida" (condições materiais). Em vez disso, a vida material, moldada pelas relações
sociais e pelas condições de produção, determina a consciência. Isso significa que:
As ideias e crenças são produtos das condições materiais da vida em um determinado
contexto histórico.
A mudança social e a libertação humana dependem da transformação da realidade
material, não apenas da mudança de pensamentos.
4. Exemplos da Aplicação da Teoria da Libertação:
Revolução Francesa: A luta do povo francês contra a monarquia absolutista e o
feudalismo.
Revolução Russa: A ascensão do proletariado ao poder e a criação da União Soviética.
Movimento dos Direitos Civis: A luta por igualdade racial nos Estados Unidos.
Movimento Feminista: A luta por igualdade de gênero e direitos das mulheres.
Compare a “Teses contra Feuerbach” de Marx e Engels com as “Teses sobre o conceito/filosofia
da história” de Walter Benjamin e responda:
As Teses de Benjamin sobre o conceito de história podem ser consideradas uma revisão do
materialismo histórico de Marx, mas não uma ruptura total. Benjamin incorpora elementos da
filosofia judaica, da teologia e da estética à análise marxista, buscando uma compreensão mais
complexa da história e da relação entre passado, presente e futuro.
A metáfora do "anjo da história" é ambígua. Por um lado, pode ser vista como uma crítica à
visão linear e progressista da história presente no materialismo ortodoxo. O anjo, preso ao
passado e incapaz de agir, representa a impossibilidade de escapar das contradições e da
violência da história. Por outro lado, a imagem do anjo também pode ser interpretada como
uma metáfora para a memória e a tradição, elementos essenciais para a construção de um
futuro melhor.
Análise Detalhada:
Teses de Marx e Engels:
Ênfase na materialidade: A história é resultado da luta de classes e das relações de produção.
Visão progressista: A história caminha para um futuro comunista através da revolução
proletária.
Crítica à religião: A religião é uma ideologia que aliena os trabalhadores e impede a
emancipação humana.
Teses de Walter Benjamin:
Influência da filosofia judaica e da teologia: A história é marcada pela messianismo e pela
redenção.
Crítica ao progresso linear: A história é marcada por rupturas e descontinuidades.
Importância da memória e da tradição: O passado precisa ser revisitado para construir um
futuro melhor.
Anjo da História:
Crítica à visão progressista da história: O anjo é incapaz de progredir, pois está preso ao
passado.Memória e tradição: O anjo representa a importância de lembrar do passado para
evitar repeti-lo.
Metáfora ambígua: A interpretação do anjo depende da perspectiva do leitor.
Máxima de Hegel:
Reconhecimento da primazia das necessidades materiais: A alimentação e o vestuário são
essenciais para a vida humana.
Influência do idealismo: A referência ao "reino de Deus" revela a crença na primazia da ideia.
Interpretação complexa: A máxima pode ser interpretada como materialista ou idealista,
dependendo da ênfase dada aos diferentes elementos.
O título original do livro “A Ideologia Alemã”, de Marx e Engels, é: ‘A Ideologia Alemã: crítica
da mais recente Filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, Bruno Bauer e Stirner, e do
socialismo alemão em seus diferentes profetas (1845-1846).
Neste sentido, por meio deste livro, Marx não somente critica a “ideologia burguesa” alemã
presente em Ludwig Feuerbach e Bruno Bauer, mas também tece críticas aos “socialistas
utópicos”, aos “liberais-anarquistas” (Max Stirner). Marx e Engels julgavam que o a sua teoria
comunista poderia ser chamada de “ “socialismo científico”.
QUESTÃO: Explique em que sentido podemos afirmar que o socialismo utópico e a social-
democracia fazem parte, segundo Marx e Engels, da “ideologia burguesa”. Use somente o que
leu em “A Ideologia Alemã”.
Em A Ideologia Alemã, Marx e Engels chamam tanto o socialismo utópico quanto a social-
democracia de “ideologia burguesa”, porque essas correntes políticas, de acordo com os
autores, não representam uma ruptura real com a estrutura fundamental da sociedade
capitalista.
Para Marx e Engels, o socialismo utópico, cujos pensadores mais representativos são Saint-
Simon, Fourier e Owen, propunha reformas sociais dentro do sistema capitalista, com vistas à
criação de comunidades cooperativas e harmoniosas, sem no entanto desafiar a base
econômica e as relações de produção capitalistas. Essas propostas, argumentam,
“não reconhecem a necessidade de um fim efetivo, de uma transformação radical das relações
sociais existentes e, assim, a conservação do antigo modo de produção, por outro nome, e,
ademais, o encontro com uma situação na qual o velho modo de produção vem a partida um
obstáculo para as forças produtivas, ao qual ele já não mais corresponde, ele se torna
supérfluo, já e é substituído por um novo”. Ainda, Marx, teorizando sobre a necessidade de
derrubar os governos capitalistas, critica a social-democracia que “é uma variante reformista
do socialismo” e “há uns 150 anos, Marx e Engels criticaram a social-democracia, que disse
explicitamente que sua estratégia é um projeto