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CGCFN-102

MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE
FUZILEIROS NAVAIS OSTENSIVO

NORMAS DO PROGRAMA DE OTIMIZAÇÃO

DE DESEMPENHO E EMPREGO DE

RECURSOS HUMANOS DO

CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS (PODERH-CFN)

1ª Edição

2022
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

NORMAS DO PROGRAMA DE OTIMIZAÇÃO DE DESEMPENHO E EMPREGO DE RECURSOS


HUMANOS DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
(PODERH-CFN)

MARINHA DO BRASIL

COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS

2022

TIPO: MANUAL

FINALIDADE: NORMATIVA

ORIGINAL
AUTENTICADO PELO ORC

Em _____/______/______ . RUBRICA
CARIMBO DO ORC
OSTENSIVO CGCFN-102

ÍNDICE

ÍNDICE.......................................................................................................................... II
INTRODUÇÃO............................................................................................................... VII

CAPÍTULO 1. O PODERH-CFN E O PROGRAMA COMPROMETIMENTO

1.1. APRESENTAÇÃO DO PODERH-CFN..................................................................... 1-1


1.2. PROGRAMAS E PROJETOS DO PODERH-CFN...................................................... 1-3
1.3. PROPÓSITO DO PROGRAMA COMPROMETIMENTO.......................................... 1-4
1.4. CONCEITUAÇÃO TEÓRICA.................................................................................. 1-4
1.5. VALORES ESSENCIAIS DO CFN............................................................................ 1-8
1.6. CONTRATO PSICOLÓGICO................................................................................. 1-10
1.7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ORGANIZACIONAL................................................... 1-11
1.8. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE COMPROMETIMENTO DO CFN.................... 1-12
1.9. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE VALORES ORGANIZACIONAIS DO CFN.......... 1-13

CAPÍTULO 2. PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO À CARREIRA DOS


OFICIAIS DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS (PROA-CFN)

2.1. PROPÓSITO....................................................................................................... 2-1


2.2. CONCEITO DO PROA-CFN.................................................................................. 2-1
2.3. DISPOSIÇÕES GERAIS........................................................................................ 2-2
2.4. O PROA-CFN, FASE DE ORIENTAÇÃO................................................................. 2-2
2.5. O PROA-CFN, FASE DE ACOMPANHAMENTO..................................................... 2-6
2.6. DEFINIÇÕES, COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES....................................... 2-8
2.7. SELEÇÃO DO OFICIAL ORIENTADOR................................................................... 2-10

OSTENSIVO - II - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 3. PROGRAMA DA UNIDADE DE MONITORES E ORIENTAÇÃO DE PRAÇAS DO


CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS (PRUMO-CFN)

3.1. PROPÓSITO....................................................................................................... 3-1


3.2. CONCEITO DO PRUMO-CFN .............................................................................. 3-1
3.3. OBJETIVO DO PRUMO-CFN ............................................................................... 3-1
3.4. DESIGNAÇÃO DOS PARTICIPANTES DO PRUMO-CFN......................................... 3-2
3.5. DEFINIÇÕES, COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES ....................................... 3-3
3.6. DISPOSIÇÕES GERAIS........................................................................................ 3-9

CAPÍTULO 4. PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN

4.1. PROPÓSITO....................................................................................................... 4-1


4.2. CONCEITO DO PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN.......................... 4-1
4.3. OBJETIVOS DO PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN......................... 4-1
4.4. O PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN.............................................. 4-2
4.5. A SEMANA DA LEITURA DA OM......................................................................... 4-3
4.6. O FÓRUM DE LEITURA DO CFN.......................................................................... 4-4
4.7. RESPONSABILIDADES........................................................................................ 4-4
4.8. ELABORAÇÃO DA RESENHA CRÍTICA.................................................................. 4-6
4.9. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS................................................................................... 4-6

CAPÍTULO 5. PROGRAMA LIDERAR

5.1. PROPÓSITO ...................................................................................................... 5-1


5.2. CONCEITUAÇÃO TEÓRICA.................................................................................. 5-1
5.3. PROGRAMA LIDERAR DO PODERH-CFN............................................................. 5-2
5.4. PROJETO LIDERAR É PRECISO ........................................................................... 5-3
5.5. PROJETO RUMO À CIDADANIA.......................................................................... 5-4
5.6. DEFINIÇÕES, COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES....................................... 5-5

OSTENSIVO - III - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 6. PROGRAMA DE RECOLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO CORPO DE FUZILEIROS


NAVAIS (PREP-CFN)

6.1. PROPÓSITO....................................................................................................... 6-1


6.2. CONCEITO DO PREP-CFN................................................................................... 6-1
6.3. PROPÓSITO E OBJETIVOS DO PREP-CFN............................................................ 6-1
6.4. PÚBLICO ALVO DO PREP-CFN............................................................................ 6-3
6.5. INSCRIÇÃO NO PROGRAMA E PROCESSO SELETIVO........................................... 6-3
6.6. DESENVOLVIMENTO......................................................................................... 6-4
6.7 . COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES............................................................ 6-4
6.8. INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS DE INTERESSE.......................................... 6-6
6.9. ASPECTOS GERAIS............................................................................................. 6-8

CAPÍTULO 7. PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DA MARINHA DO CORPO DE FUZILEIROS


NAVAIS (PRISMA-CFN)

7.1. PROPÓSITO....................................................................................................... 7-1


7.2. CONCEITO DO PRISMA-CFN............................................................................... 7-1
7.3. JUSTIFICATIVA DO PRISMA-CFN........................................................................ 7-2
7.4. OBJETIVOS DO PRISMA-CFN.............................................................................. 7-3
7.5. PÚBLICO ALVO.................................................................................................. 7-4
7.6. O PRISMA-CFN.................................................................................................. 7-4
7.7. A VERTENTE UM DIA DE FUZILEIRO E MARINHEIRO........................................... 7-4
7.8. RESPONSABILIDADES........................................................................................ 7-12

CAPÍTULO 8. PROJETO SITUAÇÕES, ENSINAMENTOS E RESULTADOS DOS FUZILEIROS


NAVAIS (SER-FN)

8.1. PROPÓSITO....................................................................................................... 8-1


8.2. CONCEITO DO SER-FN....................................................................................... 8-1
8.3. OBJETIVOS DO SER-FN...................................................................................... 8-2

OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

8.4. METODOLOGIA DO SER-FN............................................................................... 8-2


8.5. INSCRIÇÃO NO PROJETO, PROCESSO SELETIVO E DESENVOLVIMENTO.............. 8-2
8.6. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES............................................................ 8-3

ANEXOS

ANEXO A - PROA-CFN - ESCALA DE INTENÇÕES COMPORTAMENTAIS DE


COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL (EICCO) ....................................................... A-1
ANEXO B - PROA-CFN - INVENTÁRIO DE VALORES ORGANIZACIONAIS (IVO)................. B-1
ANEXO C - PROA-CFN - QUESTIONÁRIO INICIAL DO ORIENTADOR................................ C-1
ANEXO D - PROA-CFN - MODELO DE PORTARIA DA COMISSÃO DE ORIENTADORES...... D-1
ANEXO E - PROA-CFN - QUESTIONÁRIO INICIAL DO ORIENTADO.................................. E-1
ANEXO F - PROA-CFN - MODELO DE CARTA DE APRESENTAÇÃO................................... F-1
ANEXO G - PROA-CFN - RELATÓRIO ANUAL DO ORIENTADOR....................................... G-1
ANEXO H - PROA-CFN - RELATÓRIO ANUAL DO ORIENTADO......................................... H-1
ANEXO I - PROA-CFN - CÓDIGO DE ÉTICA DO ORIENTADOR.......................................... I-1
ANEXO J - PROA-CFN - CÓDIGO DE ÉTICA DO ORIENTADO............................................ J-1
ANEXO K - PROA-CFN - ENTREVISTA DE DESLIGAMENTO.............................................. K-1
ANEXO L - PROA-CFN - MODELO DE PRÉ-PROJETO PPGEM........................................... L-1
ANEXO M - PROA-CFN - MODELO DE PORTARIA DA COMISSÃO TÉCNICA DO
PODERH-CFN................................................................................................................ M-1
ANEXO N - PRUMO-CFN - FICHA CADASTRO INICIAL..................................................... N-1
ANEXO O - PRUMO-CFN - RELATÓRIO CONSOLIDADO DOS MONITORES......................…O-1
ANEXO P - PRUMO-CFN - RELATÓRIO DE CONTATOS SEMESTRAIS................................… P-1
ANEXO Q - PRUMO-CFN - CÓDIGO DE ÉTICA DO MONITOR.......................................... Q-1
ANEXO R - PRUMO-CFN - CÓDIGO ÉTICA DO SOLDADO-FN........................................... R-1
ANEXO S - PRUMO-CFN - ROTEIRO PARA MONITORES.................................................… S-1
ANEXO T - PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA - INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA
RESENHA CRÍTICA......................................................................................................... T-1
ANEXO U - PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA - MODELO DE DECLARAÇÃO DE
RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS.................................. U-1

OSTENSIVO -V- ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO V - PREP-CFN - MODELO DE CURRICULUM VITAE.............................................. V-1


ANEXO W - PREP-CFN - MODELO DE FOLHA DE EVOLUÇÃO.......................................... W-1
ANEXO X - PROJETO SITUAÇÕES, ENSINAMENTOS E RESULTADOS DOS FUZILEIROS NAVAIS-
INSTRUÇÕES E METODOLOGIA..................................................................................... X-1

OSTENSIVO - VI - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

INTRODUÇÃO
1. PROPÓSITO
Normatizar o Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos
Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH-CFN) que, utilizando modernas práticas de
gestão de recursos humanos, fortalece crenças, vínculos de comprometimento e o
sentimento de pertencimento dos militares com o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).
2. DESCRIÇÃO
Esta publicação divide-se em oito capítulos e vinte e quatro anexos: o Capítulo 1
apresenta o PODERH-CFN e seu propósito, bem como estabelece conceitos e definições do
Programa Comprometimento, que abarca os Programas descritos nos Capítulos 4, 6, 7 e 8.
Tal abordagem permitirá detalhar a ferramenta científica utilizada para identificação da
natureza dos vínculos de comprometimento dos Oficiais do CFN. A primeira ferramenta
científica analisará, por intermédio da Escala de Intenções Comportamentais de
Comprometimento Organizacional (EICCO), a preponderância do vínculo instrumental e/ou
afetivo que o militar possui. A segunda ferramenta utilizada refere-se a aplicação do
Inventário de Valores Organizacionais (IVO), estruturado dentro das dimensões dos Valores
Essenciais do CFN: Honra, Competência, Determinação e Profissionalismo, os quais são
apresentados como dimensões que abarcam atributos de liderança da Rosa das Virtudes
(EMA 137), que balizarão o trabalho desenvolvido pelo PODERH-CFN; o Capítulo 2 apresenta
as orientações básicas necessárias para o gerenciamento e controle do Programa de
Orientação e Acompanhamento à Carreira dos Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais (PROA-
CFN). Tal Programa, implementado no CFN em 2008, encontra-se consolidado e se apresenta
como instrumento fundamental para que seja atendido o “Contrato Psicológico”
estabelecido entre a Instituição e os jovens Oficiais. Dessa forma, atua como vetor de
transmissão dos Valores Essenciais do CFN. Outrossim, cabe destacar o aprimoramento do
PROA-CFN, cuja ampliação passou a contemplar duas fases: a primeira, de orientação nos
sete primeiros anos da carreira dos Oficiais, nos postos de 2º e 1º Tenentes, onde ocorre a
qualificação, quantificação e avaliação dos vínculos desses Oficiais com o CFN; e a segunda
fase, onde o acompanhamento da carreira dos Oficiais se percebe no direcionamento e

OSTENSIVO -VII- ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

capacitação destes militares para áreas de interesse dos próprios e da Instituição, com o
objetivo de formar o “Capital Humano do CFN”; o Capítulo 3 apresenta as orientações
básicas necessárias para o gerenciamento e controle do Programa da Unidade de Monitores
e Orientação de Praças do Corpo de Fuzileiros Navais (PRUMO-CFN), inserido no PODERH-
CFN subordinado à Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do CGCFN, que tem por
finalidade contribuir para a continuação da formação básica, fortalecendo a hierarquia e
disciplina e o aprimoramento técnico-profissional em proveito da carreira; o Capítulo 4
apresenta as orientações básicas necessárias para o incentivo à leitura por todos os Oficiais
(FN, QC-FN e AFN), Suboficiais, concludentes do C-ASEMSO-FN e 2º Sargentos (FN),
concludentes do Curso de Aperfeiçoamento do Corpo de Fuzileiros Navais, fomentando a
elaboração de resenhas críticas com vistas ao aprimoramento do conhecimento e das
competências individuais, bem como o desenvolvimento da capacidade de análise, síntese e
raciocínio lógico e sistematizado, voltado para a obtenção de conclusões próprias; o Capítulo
5 discorre acerca do Programa Liderar, o qual foi desenvolvido a partir das diretrizes
preconizadas pelo Estado-Maior da Armada, na Doutrina de Liderança da Marinha
(EMA-137) e tem como propósito disseminar os Valores Organizacionais da Marinha do
Brasil, distribuídos nas dimensões dos Valores Essenciais do CFN: Honra Competência,
Determinação e Profissionalismo, que abarcam os atributos de Liderança apresentados na
Rosa das Virtudes do EMA 137. Tal Programa possui duas vertentes: a primeira, Projeto
Liderar é Preciso, está voltada para o público interno do CFN, fundamentada nos seus
Valores Essenciais, incentivando-os a adotar o Comportamento de Cidadania Organizacional
(CCO) como prática diária, que somado às práticas de liderança transformacional resultará
no conceito moderno “liderança autêntica”. A segunda é focada no público externo, por
meio do Projeto Rumo à Cidadania, responsável por ministrar palestras sobre os Valores
Organizacionais da Marinha do Brasil para alunos das escolas públicas e privadas de ensino
fundamental e médio e crianças participantes do Programa Força no Esporte (PROFESP); o
Capítulo 6 estabelece novas diretrizes para o Programa de Recolocação Profissional
(PReP-CFN), que após dez anos de sua criação, foi incorporado ao PODERH-CFN, a fim de
ampliar os efeitos de recolocação do militar da reserva ao ambiente civil e ao mercado de
trabalho; o Capítulo 7 apresenta orientações básicas necessárias para o gerenciamento e

OSTENSIVO -VIII- ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

controle do Programa de Inclusão Social da Marinha - Corpo de Fuzileiros Navais. O


Programa, que se insere em diversas atividades de inclusão social desenvolvidas pela
Marinha do Brasil, no âmbito do Comando-Geral do CFN, visa o fortalecimento de vínculos
entre o CFN e a sociedade brasileira e entre o CFN e os seus militares/servidores civis, nesse
caso incrementando o sentimento de pertencimento; o Capítulo 8 apresenta as orientações
básicas necessárias para o gerenciamento e controle do Projeto Situações, Ensinamentos e
Resultados dos Fuzileiros Navais (SER-FN). Por meio de mídias sociais da Marinha do Brasil,
em formato de podcast, se propõe a compartilhar conhecimentos. Tal Projeto é executado
por intermédio de entrevistas, estruturadas ou livres, com temas que envolvam situações
vividas pelos Fuzileiros Navais e que contribuam com ensinamentos e resultados concretos
que colaborem para o fortalecimento do comprometimento, das crenças e do sentimento de
pertencimento ao CFN. Por outro lado, o SER-FN possibilita a divulgação do “ethos” dos
Fuzileiros Navais para o público externo. Os anexos complementam os Capítulos.
Para possibilitar uma visão sistêmica do Programa, é apresentado, no artigo 1.2 do
Capítulo 1, um Organograma do PODERH-CFN, o qual permite uma rápida visualização de
suas subdivisões e dos capítulos que delas tratam. De igual modo, no artigo 1.4 do mesmo
Capítulo, é apresentado um conceito amplo do supracitado Programa.
3. CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual do Sistema de
Publicações da Marinha, como: Publicação da Marinha do Brasil (PMB), não controlada,
ostensiva, normativa e norma.
4. SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui a CGCFN-18 - Programa de Otimização de Desempenho e
Emprego de Recursos Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH-CFN), aprovada em
28 de junho de 2019.

OSTENSIVO -IX- ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 1
O PODERH-CFN E O PROGRAMA COMPROMETIMENTO

1.1. APRESENTAÇÃO DO PODERH-CFN


O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), em consonância com as
orientações do Comandante da Marinha que, dentre outras ações, incentiva o
desenvolvimento de programas de valorização do profissional militar, implementou o
Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do Corpo de
Fuzileiros Navais (PODERH-CFN) com o propósito de otimizar o desempenho de seus
militares, utilizando novas práticas de gestão de recursos humanos. Neste sentido, abarca
ações de valorização do ethos do militar para a sociedade, entendido como um conjunto de
traços e modos de comportamento que conformam o caráter ou a identidade de uma
coletividade.
O Programa foi normatizado por meio da publicação CGCFN-18 - Normas do
Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do Corpo de
Fuzileiros Navais.
Dentre as ações do Programa, são ministradas palestras a fim de desenvolver os
conceitos de Comportamento de Cidadania Organizacional (CCO), com ênfase na Liderança e
nos Valores Organizacionais, para todos militares do CFN. Consolidou-se também a
participação do Suboficial-Mor na condução do Programa de Monitores para Soldados
Fuzileiros Navais (PRUMO-CFN) nas OM do CFN. No tocante à formação de capital humano e
valorização de pessoal, destaca-se a contribuição do Programa com o novo Itinerário
Formativo de Oficiais e as ações de recolocação de militares da reserva do Corpo de
Fuzileiros Navais (CFN) no mercado de trabalho. Ainda neste diapasão, destaca-se o Fórum
de Leitura do CFN, que envolve as OM do CFN. Estas ações voltadas ao público interno tem
como objetivo principal o fortalecimento das relações interpessoais. Para o público externo,
quer sejam dependentes de militares ou não, destacam-se ações como um Dia de Fuzileiro e
Marinheiro e Palestras de Cidadania e Valores Éticos e Morais dos quais participam escolas
públicas/privadas e o Programa Força no Esporte (PROFESP), com o objetivo de absorção dos
valores que norteiam o Corpo de Fuzileiros Navais.

OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

O Programa contempla Objetivos e suas Ações derivadas que, ao serem executadas,


resultarão na solidificação de crenças, na identificação aos Valores Organizacionais,
intensificação dos vínculos de seus militares com a Instituição, fortalecimento do
comprometimento e a percepção de maior sentimento de pertencimento.
As Ações a serem desenvolvidas tem como propósitos principais:
a) a formação de capital humano, com orientação e acompanhamento de seus
militares;
b) o fortalecimento do comprometimento por meio da consolidação de vínculos,
processo de coaching e mentoring e com emprego de “mentores” e “monitores”
(PROA-CFN e PRUMO-CFN);
c) o aumento do sentimento de pertencimento devido à percepção do
cumprimento do “Contrato Psicológico” e de ações que fortaleçam as crenças, ethos e o
orgulho de ser Fuzileiro Naval. O fortalecimento do comprometimento de todos os militares
do CFN como resultado do cumprimento de todos os Objetivos Estratégicos;
d) o aprimoramento do conhecimento e das competências individuais por
intermédio do Programa de Incentivo à Leitura do CFN (FÓRUM DE LEITURA DO CFN);
e) por meio do Programa Liderar, na vertente “Liderar é Preciso”, contempla o
desenvolvimento do Comportamento de Cidadania Organizacional (CCO), com ações de
Liderança Transformacional, produzindo nos militares do CFN a “Liderança Autêntica”. As
crenças serão solidificadas ao longo do tempo, e os vínculos com o CFN,
preponderantemente, intensificados na base afetiva;
f) a atuação na sociedade, ainda com o Programa Liderar, em seu Projeto “Rumo à
Cidadania”, dissemina nas escolas públicas e privadas os valores do CFN, que resultará na
reprodução destes para o público externo;
g) a atuação na sociedade com o Programa de Inclusão Social que contempla
crianças com necessidades especiais (PRISMA-CFN);
h) o fortalecimento do sentimento de pertencimento de seus militares com o CFN
com a percepção da existência de uma atenção especial para recolocação de militares da
reserva no Mercado de Trabalho (PReP-CFN); e

OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

i) o fortalecimento do comprometimento e de crenças para o público interno,


assim como para o público externo, com a divulgação do ethos dos Fuzileiros Navais por
intermédio do Projeto Situações, Ensinamentos e Resultados dos Fuzileiros Navais
(SER-FN).
Com o PODERH-CFN, busca-se a construção de consensos e de um senso de
propósito comum. Ainda que seus participantes sejam de diferentes gerações e tenham
experiências e habilidades diversas em termos de mídia digital, faz-se necessário um
propósito e uma consciência comum. Esta comunhão representa um novo desafio de
liderança, que força a uma busca por maior transparência e disposição para ouvir, uma vez
que relações interpessoais solidamente estabelecidas são vitais para manter a equipe unida
e coesa. A formação do relacionamento organizacional, nos moldes preconizados, produzirá
um efeito sinérgico criando um senso de propósito comum e consensos que conectarão
todos em prol do CFN.
1.2. PROGRAMAS E PROJETOS DO PODERH-CFN

OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

1.3. PROPÓSITO DO PROGRAMA COMPROMETIMENTO


O Programa Comprometimento tem como propósito fortalecer os vínculos dos
Fuzileiros Navais com o CFN, tendo por base os valores essenciais do CFN detalhados no
Artigo 1.5. Tal Programa abrange todas as ações que estimulem o sentimento de
pertencimento, fortaleçam os laços que unem os militares e aumentem suas crenças no CFN.
Essas ações serão geradoras de uma percepção de atendimento do “Contrato Psicológico”
entre o CFN e os seus militares. Para o direcionamento da consecução deste propósito, deve
ser avaliada a natureza dos vínculos formados, analisando se estão relacionados às bases
afetiva ou instrumental.
A partir deste enfoque de aprimoramento pessoal e de solidificação de laços
relacionais e crenças, entre os militares com a Instituição, o Programa Comprometimento, o
qual engloba os Capítulos 4 e 6, foi atualizado. Foram incorporados à norma os capítulos 7 e
8, que foram normatizados e criados, respectivamente. Tais alterações serão
detalhadamente abordadas nos capítulos seguintes.
1.4. CONCEITUAÇÃO TEÓRICA
1.4.1. Conceito de Comprometimento:
Refere-se à relação forte entre um indivíduo identificado e envolvido com uma
organização, e pode ser caracterizado por três fatores: predisposição para exercer um
esforço considerável em benefício da organização; a crença e a aceitação dos valores e
objetivos da organização; e um forte desejo de se manter como membro da organização.
O conceito de comprometimento organizacional está formalizado em três bases:
afetiva, instrumental e normativa. Aqueles que possuem forte comprometimento afetivo
permanecem na organização porque assim o desejam. Aqueles com comprometimento
instrumental permanecem porque precisam, avaliando custos e benefícios associados a sua
saída da organização. E aqueles com comprometimento normativo permanecem porque
sentem que são obrigados.
Vale ainda destacar, que a maior parte dos estudos sobre o tema estabelecem que
comprometimentos afetivos, instrumentais ou normativos são mais bem visualizados como
componentes distintos, em vez de tipos de comprometimento atitudinal, ou seja, o capital
humano organizacional pode experimentar cada um desses estados psicológicos em graus

OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

variados. Tais bases (afetiva, instrumental e normativa), a título de exemplo, podem ser
desenvolvidas pela conjunção de sentimentos de forte necessidade e forte obrigação de
permanecer na organização, mas sem o desejo de fazê-lo, outros podem sentir nenhuma
necessidade ou obrigação em permanecer na organização, mas com um forte desejo de
ficar, e assim por diante. O resultado prático do comprometimento da pessoa com a
organização, portanto, reflete cada um desses estados psicológicos distintos.
1.4.2. Conceito de Pertencimento:
Este conceito remete ao significado de “pertencer a um meio”, sentir-se parte de um
sistema e perceber-se integrado ao grupo ou coletivo em que está inserido. O senso de
pertencimento nada mais é que valorizar o ser humano, na sua essência e alma. Trata-se de
gerir uma Instituição pautando-se no crescimento sustentável por meio de processos
humanizados. Desta forma torna-se possível atingir resultados muito além da média, de
maneira favorável a todos os envolvidos.
O senso de pertencimento é praticado pelas pessoas em todas as áreas de suas vidas,
inclusive no trabalho, onde passam a maior parte de seu dia. Trata-se de uma relação de
comprometimento com a Instituição da qual o indivíduo faz parte, um envolvimento
emocional, inconsciente e subjetivo que gera resultados extraordinários a curto, médio e
longo prazos.
Como benefícios de se estimular a consciência coletiva de Pertencimento
Organizacional, podem ser apresentados:
a) um aumento do nível de comprometimento e motivação;
b) um maior engajamento e produtividade;
c) uma cultura organizacional colaborativa;
d) a melhoria nos relacionamentos interpessoais;
e) uma maior sinergia, fluidez e dinamismo das demandas;
f) a efetividade no funcionamento dos processos;
g) geração de movimentos coerentes;
h) uma maior integralização;
i) uma maior agilidade e eficiência nas atividades;
j) uma redução substancial da rotatividade;

OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

k) a estruturação de um quadro consistente de colaboradores;


l) o alcance dos resultados desejados; e
m) um crescimento contínuo e acelerado da organização.
A importância do senso de pertencimento na organização, no campo corporativo,
ainda é pouco explorada, talvez pelo desconhecimento de sua influência sobre a cultura
organizacional e sua relação com o crescimento dos resultados.
1.4.3. Conceito de Crença:
Tal conceito refere-se a toda a programação mental adquirida como aprendizado
durante a vida, a qual determina comportamentos, atitudes, resultados, conquistas e
qualidade de vida. A adoção de crenças ocorre baseada nas conclusões inferidas do que é
observado, acrescidas da experiência passada. Sendo assim, a capacidade de alcançar os
resultados que realmente são esperados fica corroída pelas opiniões de que a crença
individual é a verdade, pois ela é baseada em dados que são selecionados da situação. As
crenças podem ser reforçadas ou alteradas por duas maneiras: por repetição, ao longo de
um período de tempo ou por forte impacto emocional, em um período curto de tempo.
Assim, a matriz da geração de crenças está fundamentada na lógica de que a
comunicação gera pensamentos (imagem mental), que provocam o surgimento de diversos
sentimentos, que repetidos ao longo do tempo, ou sob forte impacto emocional, produzem
crenças. Para os seres humanos, a porta de entrada para a observação é a percepção, e a
percepção é determinada pelas crenças que o indivíduo possui.
1.4.4. Conceito de Percepção:
Percepção significa atribuir interpretações a partir da captação e organização das
informações, sejam elas relacionadas a pessoas, fatos ou situações. Quando aplicada no
âmbito organizacional, a percepção se refere a um senso de observação e análise do
ambiente da organização. A percepção não representa algo real, tangível, claro, mas é a
representação mental da realidade.
O comportamento humano é sempre reflexo da maneira pela qual o indivíduo vê a
realidade que o cerca (independente do comportamento estar certo ou errado). Essa
percepção é a grande responsável pela formação da cultura de um grupo ou organização,
pois à medida que a mesma é repetida, por diversas vezes, acaba criando uma

OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

previsibilidade que remete à formação de uma cultura própria.


Pode-se considerar como responsáveis por determinar a percepção de um indivíduo
os Valores, Modelos Mentais e Motivos, a seguir detalhados:
a) Valores - conjunto de todas as crenças do indivíduo no que se refere à relação
com outras pessoas e o ambiente. É o grande responsável pela interface do indivíduo com a
sociedade;
b) Modelos Mentais - podem ser estórias ou imagens que existem na mente do
indivíduo no seu mais íntimo e que o mesmo carrega consigo no que diz respeito a sua
própria existência. É como se fosse o “retrato” que ele enxerga da sua própria realidade, da
realidade alheia e o seu conceito de mundo ideal; e
c) Motivos – Causas motivadoras encontram-se relacionadas aos aspectos que
interferem, canalizam e sustentam cada comportamento, determinando a quantidade e
qualidade da dedicação às atividades desempenhadas. Ressalta-se o caráter intrínseco deste
conceito, de modo que representa papel do líder incentivar e transformar em ações o
potencial já existente em cada indivíduo.
Uma das teorias mais conhecidas no campo da motivação humana refere-se à
“Hierarquia de Necessidades de Maslow”, que pressupõe que o ser humano possui uma
série de necessidades em comum que devem ser supridas por ordem de prioridade,
tradicionalmente visualizada em forma de pirâmide. Na sua base estão os níveis básicos de
sobrevivência, onde estarão as necessidades fisiológicas, seguida pela necessidade de
segurança, que envolve a percepção de estabilidade. Já os níveis mais altos estão conectados
ao lado emocional, com as necessidades sociais, que incluem o senso de pertencimento e
afeição, a necessidade de estima, como autorrespeito, reconhecimento e status, e por fim, a
necessidade de autorrealização, que indica o crescimento pessoal e realização do próprio
potencial. Conforme atinge-se um nível de necessidade, temos a percepção de estar
preparados e motivados para seguir adiante até o máximo da realização pessoal.
Esta teoria exerceu impacto em diversas organizações, uma vez que muitas delas
buscaram provocar a motivação apenas por meio de incentivos financeiros sem criar
condições de crescimento pessoal, sendo, para isto, importante observar as subjetividades
envolvidas no trato com o pessoal, de forma a serem atendidos os diferentes níveis

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encontrados em cada componente da instituição.


1.5. VALORES ESSENCIAIS DO CFN
O Corpo de Fuzileiros Navais norteia suas ações em Valores Essenciais, quais sejam:
HONRA, COMPETÊNCIA, DETERMINAÇÃO e PROFISSIONALISMO. Os Fuzileiros Navais
pertencem a uma Instituição bissecular e não podem relegar a segundo plano sua obrigação
em honrar seus antecessores, os quais “modelaram” a grandeza e o prestígio que a Marinha
do Brasil e o Corpo de Fuzileiros Navais gozam no País e no exterior.
1.5.1. Conceito de Honra:
O primeiro dos valores essenciais considerados - Honra, passou a ser celebrado
anualmente, em alternância com os demais valores, incutido no modus vivendi dos Fuzileiros
Navais, a partir de 07 de março de cada ano. Tal valor representa:
“Bem intangível, que sintetiza os valores mais altos do ser humano, como a ética, a
moral e a integridade. É o alicerce da conduta de todo Fuzileiro Naval e o farol que o guia.
Em nome da honra, todo Fuzileiro Naval é um patriota responsável por seus atos, que
cumpre com suas obrigações e renúncia, muitas vezes, aos seus interesses pessoais em prol
dos interesses coletivos. Assim, ele busca zelar pela integridade de seus companheiros,
liderar pelo exemplo e lapidar sua coragem mental, moral e física”.
A escolha deste atributo ético e moral como valor a balizar a conduta do Fuzileiro
Naval está intimamente relacionada à crescente inversão de valores que vêm se delineando,
nos últimos anos, na sociedade, urge então a necessidade da liderança pelo exemplo para a
perpetuação de tão nobre valor.
A Honra sempre esteve na base da formação militar. Ela baliza o Fuzileiro Naval
desde seu ingresso nos órgãos de formação de Oficiais e Praças, respalda a coragem,
constrói a disciplina, guia ações e motiva o “Espírito de Corpo”, qual seja a coesão, a ideia
arraigada de sinergia, onde o todo é maior que a soma das partes, a abnegação pelos valores
do Corpo de Fuzileiros Navais “A HONRA É O PATRIMÔNIO DA ALMA”.
1.5.2. Conceito de Competência:
O valor Competência consiste na junção coordenada de conhecimentos, atitudes,
habilidades e entrega. Significa ter qualificação, possuir experiência profissional e,
ultrapassando os imprevistos inerentes à atividade militar, ser capaz de obter os resultados

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almejados, que são o representativo da entrega.


O esforço institucional do CFN tem sido direcionado para a busca constante da
consecução plena deste valor, essencial a todo Fuzileiro Naval. Atingir a competência só é
possível quando se tem uma tropa bem adestrada e consciente de seus objetivos. A fim de
alcançá-la, o Corpo de Fuzileiros Navais se empenha em promover o aperfeiçoamento
profissional e desenvolver as habilidades de cada um de seus militares. Assim, alinhados com
o planejamento da Instituição, os Fuzileiros Navais atuam de maneira a honrar o legado de
seus antecessores, os quais, com muita competência, construíram uma história plena de
êxitos, reconhecida no Brasil, quer seja na Marinha do Brasil, quer seja na sociedade
brasileira e no exterior.
1.5.3. Conceito de Determinação:
A Determinação diz respeito ao valor intrínseco de cada pessoa, resoluta na busca
incessante para alcançar os seus objetivos. Sendo um dos quatro Valores Essenciais do CFN,
a determinação remete à necessidade de alinhamento com o planejamento, bem como a
manutenção da tenacidade, disciplina, abnegação, foco e dedicação a trajetória proposta.
A Determinação motiva o combatente anfíbio, em tempos difíceis, a manter o espírito
perseverante e não perder a fé.
O Corpo de Fuzileiros Navais busca, diuturnamente, manter sua tropa adestrada e
bem preparada, delineando metas que precisam da determinação de cada militar, e do
Corpo como um todo, para serem alcançadas. Baseado neste valor, é possível compreender
que as conquistas não são obra do acaso ou da sorte e que as dificuldades do percurso são
geradoras de lições aprendidas, indispensáveis para o constante aperfeiçoamento pessoal e
profissional.
1.5.4. Conceito de Profissionalismo:
O valor Profissionalismo sintetiza os demais valores essenciais cultuados pelo CFN: a
Honra, a Competência e a Determinação. Ele é o valor que reúne atitudes morais e éticas
pautadas na disciplina e na qualificação técnico-profissional, que norteia a busca pelo
cumprimento do dever, sob quaisquer circunstâncias, zelando sempre pela adequada
utilização dos recursos.
O Corpo de Fuzileiros Navais é formado integralmente por militares profissionais, em

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permanente condição de pronto emprego em um amplo espectro de atividades. Tal


capacidade para cumprir qualquer missão recebida, atendendo a qualquer tempo e em
qualquer lugar os interesses nacionais, só se concretiza pelo alto grau de profissionalismo
com que são forjados os combatentes anfíbios.
Espera-se do Fuzileiro Naval a busca constante por seu aperfeiçoamento. Ao pautar
suas decisões em conhecimento, estudo, técnica e experiências prévias, elimina-se o
amadorismo – maior oponente de uma gestão profissional. Ao perseguir, diariamente, o
cumprimento das tarefas mais simples, bem como as decisões estratégicas, e o
comprometimento com profissionalismo, o Fuzileiro Naval alcança a credibilidade que valida
a qualidade do trabalho que desenvolve junto a seus pares, superiores e subordinados,
elevando a imagem do CFN perante a sociedade brasileira.
1.6. CONTRATO PSICOLÓGICO
1.6.1. O Ambiente de Trabalho, o Indivíduo e a Organização:
As organizações, atualmente, enfrentam ambientes cada vez mais dinâmicos e
mutáveis, assumindo a exigência de se adaptarem às mudanças e novas condições, com
agilidade e profissionalismo. A percepção das transformações sociais e da instabilidade do
ambiente de trabalho produz novas expectativas, demandas e atitudes na força de trabalho.
Desta forma, caso uma organização não disponha de um patrimônio humano efetivamente
comprometido, que nela encontre condições de autorrealização ou crescimento,
experimentará desmotivação e rompimento do contrato psicológico. As Instituições são
entendidas não só pela sua missão e visão que norteiam suas atividades coletivamente, mas
também, principalmente, pelos resultados que alcançam por meio da atuação de cada
indivíduo, quer isoladamente ou em equipe. Esta atuação está relacionada com a percepção
de como a organização posiciona-se e quais são os valores agregados pela sua execução.
Mesmo antes da existência de um vínculo formal entre organização e indivíduo, este cria
expectativas e projeções baseadas na possibilidade de se estabelecer um vínculo relacional,
o que desencadeia o início do contrato psicológico.
Ao mesmo tempo em que o comprometimento do indivíduo aumenta, a partir da
congruência entre as identidades e objetivos pessoais e institucionais, cresce também a
possibilidade de frustrações provenientes de qualquer alteração neste contrato psicológico.

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Sendo assim, conhecer mais profundamente de que forma o contrato psicológico tem
relação com o comprometimento do indivíduo para com o CFN, é de fundamental
importância para a compreensão do cenário e desenvolvimento de ações preventivas e
engajadoras, a fim de evitar consequências negativas para os resultados esperados pela
Instituição, dentre eles a evasão de militares e diminuição das desmotivações.
1.6.2. O Conceito de Contrato Psicológico:
Este conceito refere-se a uma expectativa recíproca do indivíduo e da organização na
qual prevalece o sentimento de reciprocidade, que muitas vezes não é discutido ou
esclarecido. São também entendidos como crenças dos indivíduos a respeito das obrigações
recíprocas entre eles e suas organizações, firmados de modo implícito, que contemplam as
definições dos termos desta relação.
A função do contrato psicológico, em última análise, é a redução da insegurança, uma
vez que engloba outras questões da relação indivíduo/organização, que não fazem parte do
contrato formal.
Pesquisas realizadas indicam que os trabalhadores procuram manter certo equilíbrio
entre os custos e benefícios de sua relação com a organização em que trabalham, e isto gera
expectativas nos indivíduos sobre o que eles esperam da organização e o que eles sentem
que devem oferecer à organização.
Sendo assim, torna-se fundamental a percepção do CFN em atuar de forma a
minimizar o conflito de interesses e de expectativas dos militares em relação às reais
possibilidades do Corpo, buscando reduzir frustrações na consecução dos interesses
recíprocos os quais convergem para o atingimento de objetivos comuns.
1.7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ORGANIZACIONAL
Na literatura disponível, que trata da administração de organizações, é senso comum
a necessidade do uso de critérios de avaliação organizacional que sejam adequados às
características institucionais específicas, sendo estes imprescindíveis para que os gestores
possam tomar decisões alinhadas às políticas estratégicas das respectivas organizações.
Ao identificar ou ao elaborar os critérios avaliativos, deve ser considerada a
psicodinâmica da organização. No caso da avaliação dos militares componentes do CFN,

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faz-se necessário buscar o equilíbrio dinâmico entre os critérios regulatórios, elaborados em


função de projetos de governo e as especificidades do Corpo de Fuzileiros Navais.
Em consonância com esta afirmação, a metodologia e o instrumental utilizado na
avaliação institucional devem conjugar a relação complexa das diretrizes do Governo Federal
com as da Marinha do Brasil/CFN. Assim sendo, torna-se imprescindível a necessidade de
elaborar ou adequar regras/critérios utilizados para pesquisar a eficácia das políticas
propostas pelo CFN.
A Marinha do Brasil investe consideráveis recursos na formação de seus Oficiais e
Praças, observa-se também a necessidade de se fazer o acompanhamento do nível de
comprometimento dos seus militares. Para fazer frente a tal realidade, o CFN buscou ações a
fim de fortalecer os laços afetivos com a instituição, trabalhando os seus Valores Essenciais,
reduzindo o nível de frustração, aumentando em decorrência as crenças dos seus militares
na Instituição e o e sentimento de pertencimento.
Diante do contexto apresentado, cumpre destacar que compete à Assessoria Especial
de Assuntos Estratégicos do CGCFN contribuir no assessoramento ao Comandante-Geral nos
assuntos atinentes ao Pessoal do CFN, fazendo-o mediante a condução de programas e
projetos pertinentes à Otimização e Desempenho de militares do CFN.
1.8. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE COMPROMETIMENTO DO CORPO DE FUZILEIROS
NAVAIS
As características de personalidade das novas gerações, influenciadas pelo avanço
científico-tecnológico e pelas oportunidades dele decorrentes, têm motivado o CGCFN, por
meio da Comissão Técnica do PODERH-CFN, a pesquisar e avaliar o nível de
comprometimento organizacional de seus Oficiais. Várias são as iniciativas bem-sucedidas
adotadas pelo Programa de Orientação e Acompanhamento à Carreira dos Oficiais do Corpo
de Fuzileiros Navais (PROA-CFN). Como forma de adotar uma metodologia de pesquisa com
caráter científico para a proposta, foi eleita a Escala de Intenções Comportamentais de
Comprometimento Organizacional (EICCO), apresentada no Anexo A, adaptada para o CFN,
por uma equipe de cientistas de renomada Universidade Federal, validada cientificamente,
que “permite identificar tanto o nível de comprometimento organizacional de indivíduos,
como de grupos e de organização. Da mesma maneira, pode-se avaliar o peso com que

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elementos afetivos e instrumentais são utilizados para justificar as decisões que os


indivíduos tomam e que podem conduzir a comportamentos indicadores de
comprometimentos com a organização”
Importante salientar, que o comprometimento organizacional é um processo que
vincula o profissional a um curso de ação, cujos comportamentos indicam sentimentos de
responsabilidade com as metas, objetivos e a manutenção permanente dos valores e
diretrizes institucionais. Assim, de forma coerente com tal perspectiva, os profissionais
adotam comportamentos congruentes e de comprometimento com a Instituição.
Trata-se de um processo de adequação, o qual contribui com o CGCFN, para
elaborar, conduzir e divulgar a política para a gestão de pessoas no que tange aos Recursos
Humanos (RH) próprios do CFN a fim de que o Fuzileiro Naval possa redirecionar seu
comportamento tornando-o mais comprometido com os valores/virtudes, objetivos e ideais
da Instituição.
1.9. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE VALORES ORGANIZACIONAIS NO CORPO DE
FUZILEIROS NAVAIS
O estudo e a disseminação dos valores organizacionais vêm se apresentando como
imprescindíveis ao desenvolvimento de uma identidade organizacional e o consequente
direcionamento do comportamento de seu pessoal. Os valores definem uma direção comum
para todos os trabalhadores de uma organização e influenciam fortemente o
comportamento organizacional. São os valores responsáveis pelo julgamento dos
comportamentos considerados positivos e negativos de cada organização.
As normas, os papéis e valores são componentes estruturais da Identidade
Organizacional. As normas expressam expectativas coletivas, os papéis prescrevem e
definem formas de comportamento e valores, segundo os autores, “atuam como elementos
integradores, já que eles são compartilhados pelo grupo.” Logo, pesquisar e diagnosticar a
adesão dos Oficiais aos valores organizacionais torna-se de grande relevância e preocupação
para a elaboração/ajustes de políticas de retenção e motivação dos Oficiais.
Em consonância com essa preocupação, o CGCFN investiu na formulação de um
instrumento para avaliar a adesão dos Oficiais aos valores do CFN e correlacionar seus
escores com os obtidos na EICCO.

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A equipe de cientistas, com o auxílio de militares do CGCFN, elaborou uma


ferramenta validada cientificamente, para mensurar e qualificar os valores do CFN,
conforme as dimensões dos seus Valores Essenciais: Honra, Competência e Determinação,
acrescido de Hierarquia e Disciplina, constituindo o Inventário de Valores Organizacionais
(IVO) que é um instrumento que avalia as percepções dos Fuzileiros em relação aos
comportamentos e valores constitutivos da Identidade CFN. Ver Anexo B.
Naquela ocasião, os Valores Essenciais do CFN, eram três : Honra, Competência e
Determinação. Os pesquisadores basearam seus estudos na Doutrina de Liderança da
Marinha, trabalhando cada valor essencial como se fossem dimensões, dentro das quais
foram enquadrados os atributos de Liderança da Rosa das Virtudes, (EMA 137). Os
pesquisadores também criaram uma dimensão específica, Hierarquia e Disciplina, por ser
basilar em nossa Instituição. Posteriormente, o valor Profissionalismo foi acrescentado aos
Valores Essenciais do CFN.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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CAPÍTULO 2
PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO À CARREIRA DOS OFICIAIS DO
CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS (PROA-CFN)

2.1. PROPÓSITO
Apresentar as orientações básicas necessárias para o gerenciamento e controle do
Programa de Orientação e Acompanhamento à Carreira dos Oficiais do Corpo de Fuzileiros
Navais (PROA-CFN).
2.2. CONCEITO DO PROA-CFN
O PROA-CFN refere-se a um programa que possui em sua estruturação duas fases
complementares, onde em sua primeira fase destina-se, a orientar profissionalmente os
Oficiais do CFN, desde o início de sua carreira até o último ano de Primeiro-Tenente. Tal
instrumento provê orientação suplementar aos Oficiais, por meio de um sistema de grande
capilaridade, baseado na relação entre um grupo de Oficiais orientadores selecionados e os
Oficiais recém-incorporados ao CFN.
Na sua segunda fase, promoverá o acompanhamento e desenvolvimento de Capital
Humano, mediante o oferecimento de cursos de Pós-Graduação aos Oficiais do CFN
selecionados, em três linhas de pesquisa de interesse da Instituição, a saber: Estratégia e
Relações Internacionais, Gestão de Sistemas Complexos (Logística e Recursos Humanos) e
Performance do Combatente (Desportos/TFM). Posteriormente, a seleção dos Oficiais em
tais linhas de pesquisas terão suas vagas inseridas no Plano de Capacitação de Pessoal
(PLACAPE) e no Programa de Cursos e Estágios (PCE), de acordo com o EMA-431 e
DGPM-305.
O Controle do PROA-CFN, na fase de Orientação, é realizado mediante contatos
periódicos estabelecidos entre o orientador e o orientado, sob a supervisão da Comissão
Técnica do Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do
Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH-CFN), subordinada à Assessoria Especial de Assuntos Es-
tratégicos do CGCFN, visando promover a disseminação dos Valores Essenciais do CFN: Hon-
ra, Competência, Determinação e Profissionalismo, sendo o instrumento fundamental para
que seja atendido o “Contrato Psicológico” estabelecido entre a Instituição e os jovens Ofici-

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ais. Outrossim, cabe destacar que na fase de orientação, nos sete primeiros anos da carreira
dos Oficiais, nos postos de 2º e 1º Tenentes, ocorre a qualificação, quantificação e avaliação
dos vínculos dos jovens Oficiais com o CFN;.
O controle do PROA-CFN, na fase de Acompanhamento, é realizado pela Comissão
Técnica do PODERH-CFN, subordinada à Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do
CGCFN, designada em Portaria do CGCFN.
2.3. DISPOSIÇÕES GERAIS
Figura na Missão do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN),
transcrita em seu Regulamento Interno, o propósito de dirigir, em âmbito setorial,
objetivando a excelência, as atividades relativas à Gestão Estratégica de Recursos Humanos,
do Material de uso exclusivo ou preponderante do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e buscar
a eficácia das atividades de Educação Física e Desportiva na Marinha do Brasil (MB), bem
como orientar o Desenvolvimento Doutrinário do CFN, a fim de contribuir para o preparo e
emprego de Fuzileiros Navais, com vistas ao cumprimento das tarefas básicas do Poder
Naval.
Dentre suas tarefas consta a disseminação de orientações relativas à carreira. Neste
contexto, o PROA-CFN, com suas Ações Estratégicas inseridas nos Objetivos Estratégicos do
PODERH-CFN, contribui para Gestão Estratégica de Recursos Humanos do CFN.
2.4. O PROA-CFN, FASE DE ORIENTAÇÃO
2.4.1. Criação do PROA-CFN:
Como breve histórico, o Programa foi implantado em dezembro de 2008, destinado
aos Oficiais formados naquele ano, estando sob a condução do Comando do Pessoal de
Fuzileiros Navais (CPesFN) até novembro de 2018.
2.4.2. Responsabilidades da Comissão Técnica do PODERH-CFN, no que concerne à Fase de
Orientação:
a) expedir mensagem, anualmente, nos meses de setembro/outubro, para todas as
OM de FN, que lotam Capitães-Tenentes (FN, QC-FN e AFN)/Capitães de Corveta (FN)
solicitando que os Titulares indiquem, preferencialmente, Oficiais voluntários, para processo
seletivo de orientadores FN, QC-FN e AFN. Esses Oficiais devem preencher os requisitos
estabelecidos no inciso 2.7.1, ter comprometimento com o CFN, serem proativos para

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OSTENSIVO CGCFN-102

solução de problemas e possuírem elevado Espírito de Corpo. Posteriormente a tais


indicações, estas serão submetidas a apreciação do Departamento do Oficiais do CPesFN;
b) Paralelamente a mensagem citada em a), será solicitado ao CPesFN que selecione
a faixa dos Oficiais orientadores, dentre as diversas áreas especializadas da carreira dos
Oficiais do CFN, aqueles que se destacarem, tendo por base as médias de avaliações na
carreira, a antiguidade a partir do posto de Capitão-Tenente, a verificação do cumprimento
dos requisitos de carreira, tempo previsto para permanência no serviço ativo e, para os
Oficiais AFN, o requisito de que tenham realizado o Curso de Aperfeiçoamento de Guerra
Anfíbia e Expedicionária (C-Ap-GAnfE), além de comissão atual;
c) após receber a faixa de Oficiais selecionada pelo Departamento de Oficiais do
CPesFN e as indicações de orientadores dos Titulares de OM, a Comissão Técnica do
PODERH-CFN consolidará a listagem de tais Oficiais (FN, QC-FN e AFN) e respectivos reservas,
submetendo-a à Assessoria de Inteligência do Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais. A
partir desta fase será enviado, para cada Oficial orientador pré-selecionado, o Questionário
Inicial do Orientador, Anexo C. Tal questionário será a base para a formação do grupo
orientador/orientado, de acordo com o perfil personalístico e aptidões profissionais;
d) após a apreciação dos pré-selecionados, seus nomes serão apresentados ao
Comandante do Pessoal de Fuzileiros Navais, que formalizará as indicações a serem
oficializadas, relacionando-os. Em uma mensagem, a Comissão Técnica do PODERH-CFN
oficializará as indicações para as OM envolvidas;
e) elaborará, posteriormente, uma Minuta de Portaria com os nomes dos Oficiais
orientadores, que será encaminhada ao Departamento de Oficiais do CPesFN para que seja
expedida e atribuída esta função formalmente a esses Oficiais, Anexo D; e
f) buscar-se-á a organização de treinamentos, palestras e encontros para efetivação
das atividades previstas no Programa. Anualmente, promoverá dois encontros (um por
semestre), na sede, a fim de consolidar os ensinamentos obtidos e acolher os novos
participantes recém-integrados ao programa:
I) a primeira, com os novos Oficiais orientados e seus orientadores, ao final
do primeiro semestre. Nesta ocasião, será aplicada, aos novos Oficiais a EICCO, Anexo A,
conceitualizada no Cap. 1, Artigo 1.8 desta norma, e aplicado o IVO, Anexo B, conceitualizado

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no Cap. 1, Artigo 1.9 também desta norma; e


II) a segunda ao final do ano, com todos os participantes do Programa. Será
realizada singela cerimônia de reconhecimento da turma de orientadores que finalizaram
suas atividades no Programa e boas vindas aos novos orientadores.
2.4.3. Treinamento de Oficiais orientadores:
a) os Oficiais orientadores serão notificados e comparecerão ao CGCFN para um
ciclo de palestras e treinamentos, onde conhecerão o Programa e serão preparados para
exercerem a função. Nessa ocasião, receberão instruções sobre as tarefas a serem
desenvolvidas e os modelos de relatórios; e
b) no decorrer do primeiro ano de orientação serão realizadas reuniões esporádicas
para consolidar os fundamentos e conceitos de Coaching/Mentoring, enquanto estratégias
utilizadas para sua eficácia. Os Oficiais orientadores deverão ser instruídos de tal forma que o
Programa seja igualmente compreendido por todos e não haja diferenças significativas nos
padrões de orientação.
2.4.4. Inclusão de novos Oficiais orientados ao PROA-CFN:
a) ao final do ciclo de formação dos futuros Oficiais FN, QC-FN e AFN, ainda durante
a viagem de instrução para os Oficiais FN e no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk
(CIAW) para os QC-FN e AFN, será entregue o Questionário Inicial do Orientado, Anexo E, a
fim de serem construídos os perfis profissionais individuais. Tal atividade ficará sob a
responsabilidade do Oficial FN, encarregado dos Guardas-Marinha (FN) e do Oficial
encarregado dos QC-FN e AFN (CIAW), respectivamente. Devendo estes, além disto,
apresentar juntamente aos Questionários preenchidos pelos Oficiais em formação, um breve
relatório destacando pontos positivos e negativos da turma a ser promovida, fundamentado
na observação sobre a natureza da constituição dos vínculos destes militares para com a
Instituição;
b) por ocasião da apresentação dos novos Oficiais orientados aos seus respectivos
Oficiais orientadores, será entregue uma Carta de Apresentação do PROA-CFN, Anexo F, aos
novos Oficiais, assinada pelo Comandante do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN);
c) os Oficiais orientados serão relacionados e distribuídos aos respectivos
orientadores, de acordo com a análise personalística de perfil e de aptidões profissionais;

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d) os Oficiais recém-promovidos serão “apresentados” ao PROA-CFN e aos seus


respectivos orientadores, preferencialmente, na semana “zero” do C-Ap-GAnfE, no Centro de
Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC); e
e) por solicitação do Oficial orientador, do Oficial orientado ou por interesse do
serviço, poderão ser efetuadas trocas na distribuição de orientador/orientado.
2.4.5. Atividades dos orientadores e orientados do PROA-CFN:
a) o processo de orientação ocorrerá por meio de contatos presenciais ou virtuais.
Por semestre, deverão ser realizados, no mínimo, três contatos entre orientador e orientado;
b) os orientadores e orientados, nos meses de outubro/novembro, deverão
preencher o Relatório Anual por meio da plataforma moodle, Anexos G e H,
respectivamente, que serão encaminhados à Comissão Técnica do PODERH-CFN;
c) aos Primeiros-Tenentes e Segundos-Tenentes, no terceiro ano do posto, será
aplicada a Escala de Intenções Comportamentais de Comprometimento Organizacional
(EICCO), Anexo A, e aplicado o Inventário de Valores Organizacionais (IVO), Anexo B;
d) serão realizadas atividades interativas junto aos Oficiais participantes, por meio
da plataforma virtual Moodle, gerenciada pela Diretoria de Ensino da Marinha (DEnsM),
visando dentre outros, os seguintes objetivos: intensificar a comunicação entre Oficiais
participantes do PROA-CFN, seja com a coordenação do Programa, com os orientadores ou
com os demais orientados; funcionar como meio de divulgação de artigos técnicos para
subsidiar a atuação dos orientadores, na promoção de reflexões sobre o desenvolvimento
profissional e no direcionamento de condutas assertivas congruentes com os Valores do CFN;
permitir o preenchimento dos Inventários (EICCO e IVO) e Relatórios Anuais; e servir como
meio de coleta de sugestões e/ou dúvidas, que possibilite agregação de valor às práticas
desenvolvidas pelo Programa;
e) no relacionamento com o Oficial a ser orientado, o Oficial orientador deverá
seguir o Código de Ética do orientador, Anexo I. O Oficial a ser orientado, por sua vez, deverá
pautar seu comportamento, por ocasião dos contatos com o orientador, de acordo com o
previsto no Código de Ética do orientado, Anexo J;
f) em caso de desligamento da Marinha do Brasil (MB), o Oficial orientado será
submetido a uma Entrevista de Desligamento, Anexo K; e

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g) o CPesFN deverá informar por mensagem ao CGCFN os casos do item “f”, a fim
de possibilitar a entrevista de desligamento.
2.5. O PROA-CFN, FASE DE ACOMPANHAMENTO
2.5.1. Objetivo da fase de acompanhamento do PROA-CFN:
Tem por objetivo contribuir com a capacitação de Oficiais Fuzileiros Navais para
formação de Capital Humano que comporá massa crítica capaz de desenvolver
assessoramento de alto nível, nas diversas áreas de interesse do CFN.
A captação de possíveis candidatos aos cursos de pós-graduação ocorrerá por meio
da realização de processo de seleção para cursos previamente selecionados pela
Administração Naval, seguindo-se os cronogramas dos editais expedidos por aquelas
respectivas Instituições de Ensino Superior (IES), publicados normalmente no segundo
semestre do ano, bem como as orientações específicas emanadas. Normalmente, tais
processos não se resumem a uma única prova, mas são compostos de diferentes etapas, tais
como: prova de idiomas, prova de conhecimentos, entrevista e avaliação de pré-projetos de
pesquisa.
2.5.2. Curso de Mestrado, Proposta, Requisitos e Processo Seletivo:
O Mestrado Profissional (MP) é uma modalidade de Pós-Graduação stricto sensu
voltada para a capacitação de profissionais, nas diversas áreas do conhecimento, mediante o
estudo de técnicas, processos, ou temáticas que atendam a alguma demanda do mercado de
trabalho.
Seu objetivo é contribuir com o setor produtivo nacional no sentido de agregar um
nível maior de competitividade e produtividade a empresas e organizações, sejam elas
públicas ou privadas. Consequentemente, as propostas de cursos novos na modalidade
Mestrado Profissional devem apresentar uma estrutura curricular que enfatize a articulação
entre conhecimento atualizado, domínio da metodologia pertinente e aplicação orientada
para o campo de atuação profissional específico, regulamentado por Portaria do Ministério
da Educação e Cultura e por Portaria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES).
O curso de Mestrado Profissional tem a proposta de contribuir para o
aperfeiçoamento da capacitação de pessoal especializado e fomentar pesquisas para a

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ampliação do conhecimento acadêmico.


a) Constituem requisitos para o curso:
I) que os Oficiais candidatos ao Processo Seletivo sejam CT(FN) no 6º ano no
posto; e/ou CT(AFN), possuidores do CAO-CFN ou C-APA-CFN, desde que tenham cumprido
os tempos de tropa previstos no Plano de Carreira; e/ou ainda CC (FN), no primeiro ano do
referido posto;
II) que os Oficiais candidatos não estejam vinculados a processos de
movimentação para fora de sede, além de não estarem designados para comissão no
exterior;
III) que, caso o candidato seja CT (AFN), possua nível superior e tenha, no
mínimo, seis anos de tempo de permanência no serviço ativo, antes de sua possível
transferência para a reserva remunerada, a partir da data da matrícula no curso; e
IV) Ser avaliado pelo CPesFN fim permanecer no processo seletivo.
b) os Oficiais servindo fora de sede, com previsão de retorno para sede até fevereiro
do ano subsequente ao processo seletivo, poderão se inscrever no processo desde que
arquem com os custos que envolvam a seleção, sem ônus para MB;
c) os voluntários para os cursos de Mestrado Profissional concorrerão a um
processo seletivo dentro das linhas de pesquisa de interesse do CFN, sejam elas: Estratégia e
Relações Internacionais, Gestão de Sistemas Complexos (Logística e Recursos Humanos) e
Performance do Combatente (Desportos/TFM);
d) ao final do primeiro semestre do ano em curso, a Comissão Técnica do PODERH-
CFN, subordinada à Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do CGCFN, expedirá uma
mensagem para todas as OM de FN, que lotam CT (FN e AFN), conforme descrito no item a),
solicitando que os Titulares indiquem, caso haja, Oficiais voluntários para concorrerem ao
processo seletivo;
e) os Oficiais selecionados pelo CGCFN terão sua taxa de inscrição subsidiada e
deverão, a partir de então, cumprir todas as etapas estabelecidas nos Editais;
f) durante sua execução, o Oficial poderá ser designado para servir no Comando do
Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) ou no Comando do Material de Fuzileiros Navais
(CMatFN), salvaguardando o atendimento dos requisitos do Plano de Carreira de Oficiais da

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OSTENSIVO CGCFN-102

Marinha (PCOM). Dependendo da linha de pesquisa, poderão ou não permanecer nesses


Comandos; e
g) destaca-se que este Mestrado Profissional não possuirá Portaria vinculante para
servir em OM específica. Após a conclusão do Curso, o Oficial poderá lotar em OM onde o
conhecimento adquirido possa ser efetivamente aplicado, disseminado e gerido, sem
contudo, direcionar o Oficial a uma carreira vinculada ao curso, continuando a cumprir o
Plano Corrente de Oficiais (PCO) do CFN, não sendo ainda transferido para QTE.
2.5.3. Responsabilidades da Comissão Técnica do PODERH-CFN, no que concerne à Fase de
Acompanhamento:
a) a Comissão Técnica do PODERH-CFN é responsável pela interlocução junto ao
CEPE-MB, no primeiro semestre do ano, objetivando ajustar o quantitativo de vagas
disponibilizadas nas linhas estruturantes de interesse da MB. Ressalta-se que a aprovação da
candidatura ao processo seletivo não é imperativa para a seleção do militar para a realização
do curso de Mestrado Profissional, estando este a cargo do CEPE-MB;
b) a Comissão Técnica do PODERH-CFN é responsável pela divulgação do mestrado
profissional, seleção que ocorrerá seguindo os critérios estabelecidos na (alínea a do inciso
2.5.2), da referida norma, para início no ano subsequente ao processo de seleção; e
c) a Comissão Técnica do PODERH-CFN, sob a supervisão do Assessor Especial de
Assuntos Estratégicos do CGCFN, é responsável pela avaliação dos pré-projetos apresentados
pelos Oficiais candidatos a concorrerem ao processo seletivo para o Mestrado Profissional.
Nesta avaliação será verificada a estruturação e abordagem de temas de interesse da MB,
para posterior aprovação do Comandante-Geral do CFN.
2.6. DEFINIÇÕES, COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
2.6.1. Tarefas e Composição da Comissão Técnica do PODERH-CFN:
a) anualmente, ou quando necessário, o CGCFN expedirá Portaria designando uma
Comissão Técnica do PODERH-CFN, composta no âmbito do CGCFN, responsável por avaliar
os Relatórios Anuais dos orientadores e orientados e elaborar o Relatório Consolidado de
Avaliação do PROA. Constará nesta Portaria, além da Comissão Técnica, a Comissão de Apoio
que será explicitada no inciso 2.6.2 deste Capítulo, que quando ativada, será constituída
pelas indicações dos Comandantes de OM do CFN, Anexo M;

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OSTENSIVO CGCFN-102

b) o Relatório Consolidado de Avaliação do PROA-CFN será elaborado, anualmente,


na segunda quinzena de fevereiro do ano subsequente e estará baseado nas informações
prestadas nos Anexos G e H;
c) a Comissão Técnica do PODERH-CFN, Anexo M, terá como membros: O
Coordenador do PODERH-CFN, o Encarregado da Divisão de Carreira do Departamento de
Oficiais do CPesFN, na qualidade de Coordenador Técnico, uma Psicóloga e demais Praças;
d) a Comissão Técnica do PODERH-CFN será o Informante Qualificado (IQ) para fazer
os lançamentos na página do Sistema Integrado de Gestão de Pessoal (SIGEP) de todos os
Oficiais orientadores e orientados do PROA-CFN. Este lançamento será efetivado e
atualizado, anualmente, no primeiro trimestre, quando da inclusão de uma nova turma no
Programa;
e) a Comissão Técnica do PODERH-CFN é responsável pela condução do
treinamento dos orientadores do PROA-CFN;
f) anualmente, a Comissão Técnica do PODERH-CFN proporá ao CPesFN a lista de
Oficiais sugeridos para compor o Grupo de orientadores para as novas turmas de Segundos-
Tenentes, conforme descrito no inciso 2.7.1; e
g) sendo necessária a substituição de qualquer orientador, será solicitado ao
CPesFN nova lista de Oficiais contendo, no mínimo, três Oficiais para cada vaga. Os nomes
dos Oficiais substitutos selecionados constarão em nova Portaria do CPesFN.
2.6.2. Tarefas e Composição da Comissão de Apoio ao PROA-CFN:
a) a Comissão de Apoio, quando ativada, será formada por Oficiais indicados pelos
Titulares de OM de Fuzileiros Navais, na faixa de CC(FN)/CT (FN e AFN), que serão
selecionados pelo Assessor Especial de Assuntos Estratégicos do CGCFN. Para indicação dos
referidos Oficiais, deverão ser observados os mesmos critérios de escolha do perfil de
orientadores, conforme inciso 2.7.1 desta publicação; destaca-se que Oficiais que já
cumprem a função de orientador não deverão ser indicados para composição da nova
Comissão; e
b) o Oficial componente da Comissão de Apoio será o Assessor do Comandante da
OM no que refere-se aos assuntos atinentes ao PROA-CFN, servindo ainda como elemento
de ligação entre estes e a Comissão Técnica do programa e entre os orientadores. Esta

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OSTENSIVO CGCFN-102

Comissão auxiliará o processo de orientação e acompanhamento, fornecendo informações e


subsídios sobre o desenvolvimento da carreira dos orientados, aos seus respectivos
orientadores, quando solicitado.
2.6.3. Reuniões, Entrevistas e Treinamentos Extraordinários:
a) o Coordenador do Programa poderá, a qualquer tempo, convocar os Oficiais
orientadores para disseminar novas instruções ou corrigir procedimentos, bem como
solicitar subsídios aos Oficiais já integrantes do Programa, a fim de verificar a eficiência e
efetividade do PROA-CFN, tendo em vista a implementação de mudanças e melhorias das
atividades já desenvolvidas; e
b) ao longo do ano, caso haja necessidade, poderão ser realizadas palestras,
treinamentos e entrevistas individuais com os Oficiais orientados e/ou orientadores a fim de
esclarecer questões observadas, dando o devido encaminhamento, caso seja apropriado.
Essas atividades poderão ocorrer nas OM do CFN, quer na Sede ou fora dela; e
c) a Coordenação do Programa realizará entrevistas individuais sistemáticas com
orientados e/ou orientadores, com o propósito de estabelecer um canal de comunicação
com os Oficiais participantes que permita o conhecimento de sua história individual e rotina
profissional, aproximando os militares com o Programa e fortalecendo os vínculos com a
Instituição.
2.7. SELEÇÃO DO OFICIAL ORIENTADOR
2.7.1. Critérios para Seleção do Oficial Orientador:
a) o Oficial orientador será selecionado considerando-se, simultaneamente, a
indicação de Oficiais realizada pelos Titulares de OM e a seleção do Departamento de Oficiais
do CPesFN, observando as médias de avaliações na carreira e seguindo os critérios descrito
abaixo na alínea b). Dentre estes, deverão constar, caso haja possibilidade, um quantitativo
de Oficiais orientadores dos diversos Corpos e Quadros (FN, QC-FN, AFN) proporcionais ao
quantitativo de Oficiais orientados;
b) a indicação do Oficial orientador deverá observar os seguintes critérios:
I) comunicação - capacidade de expor suas ideias de maneira clara e concisa,
somada a disponibilidade de ouvir as questões trazidas pelos militares, independentemente
de tais questões serem de ordem pessoal;

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OSTENSIVO CGCFN-102

II) relacionamento interpessoal e sociabilidade - capacidade de interagir no


seu dia a dia com militares de todos os círculos hierárquicos, mostrando-se solícito, acessível
e empático;
III) flexibilidade - estar aberto a questionamentos e disponível a ouvir opiniões
divergentes da sua; e
IV) método de trabalho - capacidade de focar nas questões trazidas pelos ori-
entados e ter uma visão detalhada destas questões e, assim, ponderar sobre as possíveis
consequências de suas ações, levando-os a autorreflexão;
c) o Oficial selecionado não deverá, no seu primeiro ano na função de orientador,
estar selecionado ou em processo de preparação para realizar cursos de carreira, nem
selecionado para Missões no Exterior ou selecionado para mudança de Sede; e
d) após ser selecionado como orientador, o Oficial receberá um treinamento e
orientações sobre o programa pela Comissão Técnica do PODERH-CFN, conforme descrito no
inciso 2.4.3.
2.7.2. Responsabilidades do Oficial Orientador:
a) é o responsável pelo estabelecimento da relação de orientação com os Oficiais
designados. Cada Oficial selecionado será orientador da carreira de um grupo de, no
máximo, seis Oficiais recém-nomeados no posto de Segundo-Tenente (FN, QC-FN e AFN)
oriundos da EN e do CIAW;
b) os orientadores deverão preencher o Relatório Anual - Anexo G, por meio da
plataforma Moodle, ao final de cada ano, bem como incentivar o preenchimento pelos seus
orientados do seu Relatório Anual - Anexo H, que serão encaminhados à Comissão Técnica do
PODERH-CFN; e
c) no último trimestre, serão solicitados subsídios aos orientadores a respeito do
Programa para, se for o caso, realizar modificações e ajustes. Esses subsídios têm a finalidade
de permitir a troca de informações e experiências, bem como avaliar a disponibilidade dos
orientadores para o ano subsequente e, conforme o caso, providenciar a sua substituição.
Nessa ocasião, será preparada a relação de orientadores para a próxima turma de Oficiais
orientados.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 3
PROGRAMA DA UNIDADE DE MONITORES E ORIENTAÇÃO DE PRAÇAS DO CORPO DE
FUZILEIROS NAVAIS (PRUMO-CFN)

3.1. PROPÓSITO
Apresentar as orientações básicas necessárias para o gerenciamento e controle do
Programa da Unidade de Monitores e Orientação de Praças do Corpo de Fuzileiros Navais
(PRUMO-CFN), inserido no Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos
Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH-CFN), subordinado à Assessoria Especial de
Assuntos Estratégicos do CGCFN, a fim de contribuir para a continuação da formação básica,
fortalecendo a hierarquia e disciplina e o aprimoramento técnico-profissional em proveito da
carreira.
3.2. CONCEITO DO PRUMO-CFN
O PRUMO é uma ferramenta utilizada na construção civil com a finalidade de conferir
a verticalidade do lugar. A exemplo do uso do prumo, a expectativa do CFN é de que suas
praças, em início de carreira, por meio de orientações seguras, ascendam a graduações
superiores (ascensão vertical).
O PRUMO-CFN é um programa destinado a orientar profissionalmente os Soldados
Fuzileiros Navais (SD-FN), desde o Estágio Inicial (EI) até a matrícula no Curso de
Especialização (C-Espc).
O PRUMO-CFN é desenvolvido mediante contatos periódicos estabelecidos com um
grupo de Monitores selecionados em cada Organização Militar (OM) de Fuzileiros Navais, sob
a supervisão da Comissão Técnica do referido Programa, sendo disseminadores dos Valores
Essenciais do CFN.
O controle do PRUMO-CFN é realizado pela Comissão Técnica do PODERH-CFN, Anexo
M, subordinada à Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do CGCFN, designada em
Portaria do CGCFN.
3.3. OBJETIVO DO PRUMO-CFN
O CGCFN, no âmbito setorial, tem buscado a excelência por meio da implementação
de Programas relativos à Gestão Estratégica de Recursos Humanos do CFN, a fim de

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OSTENSIVO CGCFN-102

contribuir para o preparo e emprego do Fuzileiro Naval. Neste contexto, foi criado o
PRUMO-CFN.
O PRUMO-CFN é um instrumento destinado a acompanhar a carreira e prover
orientação suplementar aos SD-FN, por meio de um sistema de grande capilaridade baseado
na relação entre um grupo de Monitores selecionados e os SD-FN de uma mesma OM.
Os Monitores serão supervisionados pelos Suboficiais-Mor de cada OM/Encarregados do
PRUMO-CFN.
3.4. DESIGNAÇÃO DOS PARTICIPANTES DO PRUMO-CFN
3.4.1. Processo de designação de participantes do PRUMO-CFN:
a) os Titulares das OM participantes do Programa deverão realizar a seleção dos
militares que comporão as Comissões de Monitores de sua Unidade, por meio de uma
avaliação discricionária sobre a carreira do militar, observando a carreira e seus atributos da
área afetiva e profissional. Encaminharão, anualmente, até março, por e-mail padronizado
ao CGCFN, a relação dos militares pré selecionados, que serão avaliados pela coordenação
do PODERH-CFN, que procederá a escolha dos nomes para assumirem as funções de
Monitores. Após receber por e-mail padronizado a relação final dos avaliados, a OM expede
uma mensagem ao CPesFN, com cópia para o CGCFN contendo a listagem dos militares,
titulares e reservas, selecionados. Idêntico procedimento deverá ser realizado caso haja
movimentação ou substituição dos militares que estejam exercendo tal função. A critério do
Titular da OM, as substituições inopinadas, no decorrer do ano, deverão ser informadas
conforme (alínea f, do inciso 3.5.5), desta Norma. Os Monitores indicados deverão ser SO-FN,
entretanto, na falta destes poderão ser indicados 1ºSG-FN, os quais deverão possuir os
seguintes requisitos:
I) ter AC igual a 9 e AMC igual ou superior a 9;
II) não estar sub judice, respondendo IPM ou Sindicância;
III) estar apto, sem restrições, em Inspeção de Saúde;
IV) ter sido promovido por merecimento em todas às graduações;
V) estar APTO no TAF-a; e

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OSTENSIVO CGCFN-102

VI) não ter sido punido disciplinarmente, mesmo que as penas tenham sido
canceladas, pelas contravenções disciplinares previstas nos itens 21, 23, 33, 34 e 76 do art.7°
do RDM.
b) os Titulares das OM participantes do Programa deverão informar, até março, por
e-mail padronizado, ao CGCFN, o nome do Suboficial cogitado para desempenhar a
incumbência de Suboficial-Mor/Encarregado do PRUMO-CFN. Este procedimento somente
deverá ser realizado caso haja movimentação ou substituição dos militares que já estejam
em função, porém, a critério do Titular da OM, as substituições inopinadas, no decorrer do
ano, deverão ser informadas conforme (alínea f, do inciso 3.5.5), desta Norma, observando
os seguintes requisitos previstos na DGPM-307 – Normas sobre Seleção e Indicação para
Curso:
I) ser Suboficial, com um ano completo na graduação;
II) ter AC igual a 9 e AMC igual ou superior a 9;
III) não estar sub judice, respondendo IPM ou Sindicância;
IV) estar apto, sem restrições, em Inspeção de Saúde;
V) não ter sido punido disciplinarmente nos últimos cinco anos;
VI) ter sido aprovado nos seis últimos Teste de Avaliação Física (TAF);
VII) ter as médias das recomendações para Suboficial-Mor e Oficialato igual ou
superior a 9;
VIII) ter sido promovido por merecimento às graduações de 2°SG, 1°SG e SO;
IX) ter o parecer favorável do Comandante para a inscrição no processo
seletivo; e
X) não ter sido condenado por crime ou punido pela prática de contravenções
disciplinares graves, especialmente aquelas previstas nos itens 21, 23, 33, 34 e 76 do art.7°
do RDM.
3.5. DEFINIÇÕES, COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
3.5.1. Comissão Técnica do Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de
Recursos Humanos do CFN (PODERH-CFN):
A Coordenação do PODERH-CFN e o Suboficial-Mor do CFN serão os gestores do
Programa.

OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

3.5.2. Atribuições da Comissão Técnica do PODERH-CFN:


a) enviar mensagem em março aos Titulares de OM, solicitando o envio da relação
dos militares que comporão a Comissão de Monitores de Unidade, bem como, o nome do
Suboficial cogitado para desempenhar a incumbência de Suboficial-Mor/Encarregado do
PRUMO-CFN.
b) após receber dos titulares das OM os nomes dos militares selecionados, o
PODERH-CFN verificará, criteriosamente, todas as informações e requisitos dos militares
selecionados que comporão o PRUMO-CFN/SO-Mor., encaminhando, por e-mail padronizado
para suas respectivas OM a relação final dos militares designados para exercer a função de
SO-Mor/monitores. Após isto, uma Minuta de Portaria da Comissão de Monitores do
PRUMO, com os nomes dos Suboficiais-Mor e Monitores de cada OM, que será encaminhada
ao Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) para que seja expedida;
c) notificar os Suboficiais-Mor/Encarregados do PRUMO-CFN de cada OM, por
mensagem, para comparecer ao CGCFN para assistir um ciclo de palestras, exceto os que
sirvam em OM fora de sede, os quais receberão instruções específicas, contendo orientações
preliminares e detalhamento sobre o desenvolvimento do Programa;
d) instruir os Monitores de tal forma que o Programa seja igualmente
compreendido por todos e não haja diferenças significativas nos padrões de orientação entre
os Monitores;
e) a Comissão Técnica do PODERH-CFN e o Suboficial-Mor do CFN poderão, sob a
supervisão da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, a qualquer momento, convocar
uma reunião de coordenação, com os Suboficiais-Mor/Encarregados do PRUMO-CFN e os
Monitores de cada OM, para disseminar novas instruções ou corrigir procedimentos;
f) a Comissão Técnica do PODERH-CFN e o Suboficial-Mor do CFN realizará um ciclo
de palestras, ao longo do ano para, além de capacitar e desenvolver as habilidades
necessárias para as funções de Monitores, disseminarem os Valores Essenciais do CFN,
conforme orientação do Comandante-Geral do CFN;
g) anualmente, ou quando necessário, o coordenador do PODERH-CFN, proporá
nomes, para o CGCFN, possibilitando a expedição de Portaria designando uma Comissão
Técnica, Anexo M, para tratar dos assuntos relativos ao PRUMO-CFN;

OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

h) a Comissão Técnica do PODERH-CFN elaborará gráfico estatístico do Relatório


Consolidado com os dados informados pelos Suboficiais-Mor/Encarregados do PRUMO-CFN
de cada OM;
i) após o recebimento dos Relatórios das OM, a Comissão Técnica do
PODERH-CFN prontificará um Relatório Consolidado para apresentação ao Assessor Especial
de Assuntos Estratégicos e posterior encaminhamento ao Comandante-Geral; e
j) a Comissão Técnica do PODERH-CFN manterá arquivo atualizado do
PRUMO-CFN.
3.5.3. Comissão Avaliadora do PRUMO-CFN:
Será composta por um Oficial da Coordenação do PODERH-CFN, um Oficial Psicólogo,
Suboficial-Mor do CGCFN, uma Praça da Coordenação do PODERH-CFN e pelos
Suboficiais-Mor/Encarregados do PRUMO-CFN de cada OM;
Caberá a Comissão Avaliadora do PRUMO-CFN:
a) avaliar os Relatórios Consolidados dos Monitores com os subsídios enviados até o
dia 25 de novembro;
b) participar das palestras agendadas;
c) realizar treinamento para os Monitores para atuação no PRUMO-CFN;
d) mediar o relacionamento entre SD-FN e Monitor e, quando necessário,
convocá-los para entrevista individual; e
e) emitir relatórios decorrentes das reuniões de avaliações.
3.5.4. Atribuições do Suboficial-Mor do CFN:
a) auxiliar a Assessoria do Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de
Recursos Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH-CFN) na preparação e condução
das orientações e instruções para os Suboficiais-Mor/Encarregados do PRUMO-CFN e os
Monitores de cada OM selecionados para o PRUMO-CFN;
b) atuar como elemento de ligação do PODERH-CFN e as OM envolvidas no
Programa;
c) realizar reuniões com os Suboficiais-Mor/Encarregados do PRUMO-CFN de cada
OM, a fim de disseminar novas instruções ou corrigir procedimentos;

OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

d) realizar palestras, quando solicitado pelo CGCFN, para os SD-FN participantes do


Programa; e
e) estabelecer um canal direto, extra-MB, por meio das diversas redes sociais, com
todos os Suboficiais-Mor/Encarregados do PRUMO-CFN, a fim de estimular o fluxo de
comunicação e reduzir tempo para sanar possíveis problemas e dúvidas.
3.5.5. Atribuições do Titular da OM:
a) é o responsável pelo Programa na OM, tendo como tarefa a realização da
indicação do Suboficial para a incumbência de Suboficial-Mor/Encarregado do PRUMO-CFN,
conforme requisitos descritos na (alínea b do inciso 3.4.1), do presente capítulo, e selecionar
os SO-FN/1ºSG-FN para comporem as equipes de monitores obedecendo de forma criteriosa
atributos das áreas pessoais, profissionais e afetiva. Tendo ainda após escolhido, que
submetê-lo a averiguação criteriosa junto a Seção de Pessoal com o objetivo de confirmar a
conduta ilibada e seus referidos atributos;
b) após recebimento da relação final dos militares do PRUMO-CFN, informar por
mensagem ao CGCFN, a relação de todos os militares participantes do Programa: Suboficial-
Mor/Encarregado do PRUMO-CFN e Monitores, definida pelo OM exceto dos SD-FN;
c) acompanhar as atividades desenvolvidas pelo Suboficial-Mor/Encarregado do
PRUMO-CFN e Monitores, com o objetivo de ser um elemento facilitador no processo de
orientação dos militares;
d) enviar representantes às reuniões do CGCFN que ocorrem ao longo do processo
do desenvolvimento do Programa;
e) determinar que os SD-FN, recém-apresentados na OM, sejam incluídos no
Programa e encaminhados ao Suboficial-Mor/Encarregado do PRUMO-CFN para as
orientações iniciais;
f) informar ao CGCFN, por mensagem, as movimentações do
Suboficial-Mor/Encarregado do PRUMO-CFN, e Monitores. O Titular da OM deverá
providenciar as substituições, conforme os critérios apresentados nos incisos 3.4.1 e 3.5.2; e
g) caso a OM não tenha Suboficial que preencha os requisitos previstos nesta
norma para exercer a incumbência de Suboficial-Mor, deverá implementar o Programa com a
indicação de um Suboficial para exercer a função de Encarregado do PRUMO-CFN.

OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

3.5.6. Atribuições dos Suboficiais-Mor das OM/Encarregados do PRUMO-CFN:


a) supervisionar o Programa, sendo assessores e representantes dos Titulares das
OM, perante a Comissão Técnica do PODERH-CFN, nas questões relativas ao Programa;
b) são responsáveis por apresentar, por meio de palestras, o Programa para os
SD-FN. Nesta ocasião, será preenchido pelo SD-FN a Ficha Cadastro Inicial, Anexo N, e os
dados lançados no Sistema Integrado de Gestão de Pessoal (SIGeP) pelo militar qualificado
da Seção de Pessoal (S/1) da Unidade, para que possibilite o acompanhamento do militar
pelos Monitores do Programa;
c) informar por mensagem ao CGCFN, caso o SD-FN seja movimentado para OM
extra-CFN. Neste caso, o SD-FN será excluído, automaticamente, do Programa. Não haverá
ação do CGCFN nesta situação, cabendo a OM apenas informar;
d) elaborar um Relatório, ao final de cada trimestre, com a finalidade de obter
subsídios para confecção do Relatório Semestral, utilizando o mesmo procedimento,
(Anexo P). Desta forma, serão solicitados aos Monitores informações sobre os SD-FN para
que seja confeccionado o Relatório Consolidado, Anexo O. Estes subsídios têm o propósito de
possibilitar a troca de informações e experiências, bem como avaliar a disponibilidade dos
Monitores para o ano subsequente e, conforme o caso, providenciar a sua substituição pelos
reservas;
e) reunir os Monitores e conduzir as orientações e instruções para o PRUMO- CFN;
f) participar das reuniões, no CGCFN, quando solicitado;
g) acompanhar quanto ao fiel cumprimento das orientações recebidas para o
desenvolvimento do Programa;
h) reunir e apresentar os SD-FN participantes do Programa para os Monitores, tão
logo os SD-FN se apresentem em suas OM;
i) realizar palestras periódicas para os SD-FN participantes do Programa;
j) estabelecer um canal direto, extra-MB, por meio de redes sociais, com os
Monitores;
k) encaminhar a Ficha Cadastro Inicial, Anexo N, para o Suboficial-Mor/Encarregado
do PRUMO-CFN da OM por ocasião do desligamento do SD-FN para outra OM que faça parte
do Programa;

OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

l) acompanhar os lançamentos das avaliações dos SD-FN no SIGeP, efetivadas pela


Seção de Pessoal;
m) consolidar os Relatórios de Contato Semestral, Anexo P, dos Monitores para a
elaboração do Relatório Consolidado dos Monitores, Anexo O, que após ratificado pelo
titular da OM, deverá ser enviado para o CGCFN por e-mail padronizado até junho e
novembro, respectivamente;
n) presidir a Comissão de Monitores de suas respectivas OM, sendo responsáveis
pelas atribuições desta Comissão; e
o) programar atividades de estudos, a serem ministradas pelos SG da OM,
preferencialmente voluntários, conforme as disciplinas previstas no edital do concurso, a fim
de preparar os SD-FN para participar do Processo Seletivo para a prova do Curso de
Especialização a CB-FN.
3.5.7. Comissão de Monitores da OM:
A Comissão de Monitores da OM será composta por todos os Monitores da OM,
sendo presidida pelo seu Suboficial-Mor/Encarregado do PRUMO-CFN;
Compete à Comissão de Monitores da OM
a) realizar reuniões semestrais, além de contatos constantes. Os relatos colhidos
nos contatos deverão ser registrados no Relatório de Contatos Semestrais, Anexo P; e
b) informar à OM de destino, por mensagem, à OM de destino do militar
movimentado que ele participa do Programa, a fim de que esta possa dar continuidade ao
acompanhamento do militar.
Os membros da Comissão só serão substituídos em caso de extrema necessidade, e
caso ocorra, seus substitutos deverão possuir os requisitos estabelecidos, conforme descrito
na (alínea b do inciso 3.4.1), do presente capítulo, e estarem em condições de dar
continuidade ao acompanhamento da carreira dos SD-FN.
3.5.8. Atribuições do Monitor:
a) elaborar os Relatórios de Contatos Semestrais, Anexo P, para subsidiar o
Relatório Consolidado, Anexo O;
b) seguir, no relacionamento entre Monitor e SD-FN, os Códigos de Ética do Monitor
e do SD-FN, Anexos Q e R, respectivamente;

OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

c) acompanhar, no máximo, um grupo de até vinte SD-FN;


d) oferecer, nos contatos com os SD-FN, um canal aberto para Contatos
Extraordinários (extra-MB/OM – por meio das diversas redes sociais), a fim de estreitar o
relacionamento entre ambos;
e) reunir os SD-FN a cada trimestre ou quando determinado pelo CGCFN ou titular
da OM, registrando as informações colhidas em relatórios parciais;
f) manter contatos extraordinários com os SD-FN, pelo menos uma vez a cada trinta
dias;
g) providenciar uma pasta individual, física ou digital, para cada SD-FN com os
dados registrados e atualizados. Estas pastas deverão ser guardadas em local seguro, a fim de
preservar as informações pessoais conforme o Código de Ética do Monitor, Anexo Q;
h) seguir o Roteiro para Monitores, Anexo S;
i) preencher o Anexo P para cada SD-FN; e
j) realizar trabalhos, por meio de grupos de estudos, com seus SD-FN a fim
desenvolver e despertar a leitura com o propósito de motivá-los para o aprimoramento
técnico-profissional voltado para a graduação superior. Os assuntos estudados devem ser
extraídos de publicações voltadas especificamente para a realização da prova do Curso de
Especialização. Os Monitores deverão trabalhar em conjunto com os SG e CB ao qual os
SD-FN estão diretamente subordinados, a fim de manter a integridade tática dos
Pelotões/GC/ET e demais setores operativos ou administrativos da OM.
3.6. DISPOSIÇÕES GERAIS
3.6.1. Ativação da Função de Suboficial-Mor:
A partir da data de vigência desta Norma, fica instituída em todas as OM do CFN a
função de Suboficial-Mor, exceto o Presídio da Marinha (PM), conforme preconizado na
DGPM-307 – Normas sobre Seleção e Indicação para Cursos.
3.6.2. Substituição do PROA-Pr-CFN:
O PRUMO-CFN substituirá o Programa de Orientação e Acompanhamento de Praças
do Corpo de Fuzileiros Navais (PROA-Pr-CFN).

OSTENSIVO - 3-9 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 4
PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN

4.1. PROPÓSITO
Apresentar as orientações básicas necessárias para o Incentivo à Leitura por todos os
Oficiais Fuzileiros Navais (FN), do Quadro Complementar Fuzileiros Navais (QC-FN), Quadro
Auxiliar de Fuzileiros Navais (AFN) e Praças, por meio da elaboração de resenhas visando o
aprimoramento do conhecimento e das competências individuais, bem como o
desenvolvimento da capacidade de análise, síntese e raciocínio lógico e sistematizado,
voltado para a obtenção de conclusões próprias.
4.2. CONCEITO DO PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN
O Programa de Incentivo à Leitura do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) será conduzido
pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), como parte do Programa de
Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais
(PODERH-CFN), seguindo os Objetivos Estratégicos que são abrangidos pela Ação Estratégica
“Pertencimento”. Para sua implementação, o CGCFN contará com a participação de seus
Comandos Subordinados para a execução de diferentes atribuições.
4.3. OBJETIVOS DO PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN
a) incentivar o hábito de leitura;
b) contribuir para a formação militar;
c) estimular o desenvolvimento da capacidade de síntese mediante a produção de
trabalhos escritos que exprimam a análise reflexiva e crítica acerca do material lido;
d) fomentar o desenvolvimento da expressão oral e escrita;
e) contribuir para a atualização dos conhecimentos profissionais;
f) disseminar o conhecimento produzido nos periódicos da MB;
g) estimular a aquisição, retenção e atualização de conhecimentos por parte dos
Oficiais e Praças; e
h) contribuir para o desenvolvimento da capacidade de argumentar e expor
aspectos atinentes ao Poder Naval e Poder Marítimo.

OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

4.4. O PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN


O Programa de Incentivo à Leitura tem caráter obrigatório para todos os Oficiais
Fuzileiros Navais (FN, QC e AFN), Primeiros-Sargentos FN, no quarto e quinto anos da
graduação e Segundos-Sargentos, concludentes do C-ApA-PR (Curso de Aperfeiçoamento
Avançado para as Praças do CFN), exceto nos seguintes casos:
a) Oficiais matriculados em cursos de carreira, exceto o Curso de Estado-Maior para
Oficiais Intermediários (C-EMOI);
b) Oficiais que estiverem realizando cursos de mestrado ou doutorado;
c) Oficiais que estiverem realizando cursos no exterior por indicação da
Administração Naval;
d) Oficiais que realizarão as provas para o Curso de Estado-Maior para Oficiais
Superiores (C-EMOS), no ano do concurso; e
e) os CMG (FN) não participarão do Programa de Incentivo à Leitura do CFN. No
entanto, aqueles que desejarem participar, devem observar as instruções previstas nesta
Norma.
No que concerne aos Primeiros-Sargentos FN, no quarto e quinto anos da graduação
e Segundos-Sargentos FN, no ano subsequente à conclusão do C-ApA-PR, que servem em
OM do CFN, deverão apresentar suas resenhas críticas, aos seus Chefes de
Departamento/Comandante de Companhia.
Os Oficiais Fuzileiros Navais, Primeiros-Sargentos FN, no quarto e quinto anos da
graduação e Segundos-Sargentos FN, no ano subsequente à conclusão do C-ApA-PR, que
não servem em Organização Militar (OM) do CFN, encaminharão somente as Resenhas
Críticas, de até cinco páginas, conforme instruções contidas no Anexo T, diretamente para o
Comando do Desenvolvimento Doutrinário do CFN (CDDCFN), para os endereços eletrônicos
informados em BONO do ano vigente, até o final de setembro.
Porém, caso desejarem, poderão concorrer à seleção para participação no “Fórum de
Leitura do CFN”. Neste caso, deverão encaminhar para o CDDCFN suas apresentações
também em LibreOffice Impress, para serem avaliadas e concorrerem ao processo dentro de
seus respectivos Círculos Hierárquicos, assim como ocorre com todos os militares lotados no
CFN.

OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

4.5. A SEMANA DA LEITURA DA OM


A Semana da Leitura da OM ocorrerá, anualmente, de maio a setembro e constará da
apresentação de oito trabalhos, seis trabalhos de Oficiais e dois trabalhos de
Primeiros-Sargentos ou Segundos-Sargentos, selecionados pelo Titular da OM, referentes aos
livros escolhidos pelo Oficial e Praça selecionados, dentre todos os trabalhos da OM.
Nas OM que houver menos de dez Oficiais ou Sargentos participantes do Programa, o
Titular selecionará quatro trabalhos, sendo três de Oficiais (um de cada Círculo) e um de
Primeiro/Segundo-Sargento. Caso haja interesse de algum Sargento, que não esteja incluído
no critério do C-ApA-PR, em participar do Fórum, este militar deverá cumprir o que está
previsto no inciso 4.4 da presente Norma.
A apresentação dos trabalhos em LibreOffice Impress será realizada para toda a
Oficialidade e Praças do Círculo de SO/SG, quando serão debatidos aspectos importantes da
obra estudada. A Resenha, de até cinco páginas, será distribuída para os militares que
assistirão as apresentações. Nessa ocasião, os palestrantes devem estimular a participação
de todos, despertando a assistência para o interesse pela leitura.
Os Titulares de OM de FN deverão selecionar os dois melhores trabalhos
apresentados na sua Unidade, um dentre os Oficiais e um dentre os Primeiros /
Segundos-Sargentos, e encaminhar a Resenha Crítica com a apresentação em LibreOffice
Impress ao Comando do Desenvolvimento Doutrinário do CFN (CDDCFN), por ofício,
obedecendo as normas contidas no item 4.7.4 e do Anexo T desta Norma, informando o
cumprimento por mensagem a este Comando-Geral.
Os Oficiais Fuzileiros Navais servindo na Escola Naval (EN) participarão do Programa
de Incentivo à Leitura do CFN com o propósito de apresentar o Programa aos Aspirantes
Fuzileiros Navais do 3º e 4º anos. Para tal, o Oficial FN mais antigo, após autorização e
coordenação com o Comando da EN, selecionará dois Oficiais FN, preferencialmente de
Círculos Hierárquicos diferentes, para apresentar seus trabalhos para os Aspirantes Fuzileiros
Navais, que participarão dos debates e serão estimulados a lerem as obras apresentadas.

OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

4.6. O FÓRUM DE LEITURA DO CFN


O Fórum de Leitura do CFN será realizado anualmente, no Centro de Instrução
Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), preferencialmente no quarto trimestre, de acordo com
a agenda do Comandante-Geral do CFN.
Será composto pela apresentação de painéis das melhores Resenhas Críticas
selecionadas pelo CDDCFN, a partir da bibliografia de referência detalhada em BONO do ano
vigente.
Para este evento, serão convidados Oficiais e Praças Fuzileiros Navais servindo na área
Rio. O evento será o coroamento das atividades de Incentivo à Leitura do CFN, que envolve
todos os Oficiais do CFN e Praças participantes. As OM de Fuzileiros Navais terão participação
ativa no referido Fórum.
Os melhores trabalhos do Fórum de Leitura do CFN, independente do Círculo ao qual
pertençam, serão premiados, em data a ser determinada. Os vencedores poderão, ainda, ter
seus trabalhos publicados em revistas especializadas.
4.7. RESPONSABILIDADES
4.7.1. Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC):
a) anualmente, no quarto trimestre, reservar o Auditório Almirante Sylvio de
Camargo para a realização do Fórum de Leitura do CFN, prestando o devido
suporte técnico; e
b) coordenar com o CDDCFN e com o Gabinete do Comando-Geral do CFN as
atividades para organização, premiação e realização do Fórum de Leitura do CFN.
4.7.2. Comando do Desenvolvimento Doutrinário do CFN (CDDCFN):
a) receberá de todas as OM do CFN, por Ofício, até final de setembro, as Resenhas
Críticas dos dois melhores trabalhos apresentados em cada Unidade, e seus respectivos
arquivos em LibreOffice Impress, que concorrerão ao Fórum de Leitura do CFN;
b) designará Comissão Avaliadora para selecionar os melhores trabalhos dentre as
OM de FN, destacando um trabalho de cada Círculo Hierárquico (Oficiais Superiores, Oficiais
Intermediários e Oficiais Subalternos) e o melhor trabalho de Primeiro/Segundo-Sargento
FN. Estes trabalhos selecionados serão apresentados no Fórum de Leitura do CFN;

OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

c) participará, até o mês de setembro, aos Titulares das OM que tiveram trabalhos
selecionados para participar no Fórum de Leitura do CFN, orientando-os quanto ao número
de slides e tempo máximo das apresentações (30 minutos);
d) as Resenhas deverão ser classificadas, recebendo um conceito de SATISFATÓRIO
ou INSATISFATÓRIO, sendo o resultado participado ao CPesFN, por mensagem;
e) a Comissão Avaliadora classificará os trabalhos observando se estão
contemplados os seguintes aspectos:
I) lições aprendidas aplicáveis no CFN;
II) novos conhecimentos e perspectivas de níveis estratégicos e geopolíticos;
III) considerações doutrinárias;
IV) destaque relativo a Valores Essenciais do CFN e Liderança; e
V) outros de interesse da Administração Naval.
f) elaborar matérias inerentes aos ensinamentos colhidos por intermédio do
Programa de Incentivo à Leitura do CFN, podendo publicá-las na revista “Âncoras e Fuzis”.
4.7.3. Comissão Técnica do Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos
Humanos (PODERH-CFN):
a) anualmente, até segunda quinzena de dezembro, publicar em BONO orientação
para o Fórum de Leitura do CFN do ano subsequente, contendo os nomes dos livros
selecionados para leitura pelos Fuzileiros Navais, listagem esta que estará dividida entre os
Círculos de Oficiais Subalternos, Intermediários e Superiores; e
b) coordenar com o CIASC, CDDCFN e o Gabinete do ComGerCFN as atividades para
organização, premiação e a realização do Fórum de Leitura do CFN.
4.7.4. Comandantes das Unidades de Fuzileiros Navais:
a) deverão estimular e coordenar o Programa de Incentivo à Leitura do CFN, no
âmbito de suas Unidades;
b) deverão encaminhar ao CDDCFN, por Ofício, até setembro, a Resenha Crítica em
LibreOffice Impress dos dois melhores trabalhos apresentados em sua OM, para participarem
do Fórum de Leitura do CFN, obedecendo as normas contidas na alínea e do inciso 4.7.2, e
no Anexo T, desta Norma, informando por mensagem o cumprimento ao Comando-Geral;
c) anualmente, até última semana do mês de abril apresentar, por mensagem, ao
Comando-Geral, com cópia para o CDDCFN, o pronto da leitura dos militares de suas OM e os
OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

nomes dos Oficiais/Primeiros-Sargentos/Segundos-Sargentos que foram selecionados para


participarem da Semana da Leitura da OM. Indicando também nesta mensagem, a data
prevista de realização da mesma, uma vez que é intenção do Comando-Geral designar uma
equipe do PODERH-CFN para acompanhamento das atividades; e
d) os Comandantes de OM deverão designar um Encarregado do Programa de
Incentivo à Leitura para supervisionar o seu cumprimento.
4.7.5. Participantes do Programa:
a) deverão observar as orientações de formatação a serem seguidas para
apresentação das Resenhas Criticas (Anexo T) e, caso o trabalho do Oficial ou Praça seja
selecionado pela Comissão Avaliadora do CDDCFN para a apresentação ao Fórum de Leitura
do CFN, observar as orientações conforme estabelecido na alínea e do inciso 4.7.2;
b) o Oficial/Praça participante deverá observar a DEnsM-1004 - Normas sobre
Plágio nos Trabalhos Acadêmicos dos Cursos da MB; e
c) os Oficiais/Praças contemplados para apresentação das Resenhas Críticas no
Fórum de Leitura do CFN deverão preencher a Declaração de Responsabilidade e
Transferência de Direitos Autorais, disponível no Anexo U.
4.8. ELABORAÇÃO DA RESENHA CRÍTICA
a) as Resenhas deverão ser elaboradas com cuidado e esmero e, após selecionadas
pelo Titular da OM na Semana de Leitura, deverão ser encaminhadas para serem apreciadas
pelo CDDCFN, e posteriormente retornar aos avaliados, contendo as considerações julgadas
pertinentes;
b) os Oficiais/Praças que receberem conceito INSATISFATÓRIO na apreciação da
Resenha deverão elaborar uma nova Resenha, de obra versando sobre assunto distinto
daquele em que efetuou a leitura. Nesse caso, o Titular da OM deverá indicar outra obra; e
c) o prazo para a elaboração da segunda Resenha, prevista na alínea anterior será
de trinta dias após a OM indicar a nova obra a ser resenhada.
4.9. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS
4.9.1. Definições:
a) resumo - É um tipo de texto acadêmico em que se apresenta uma abordagem
concisa e seletiva do texto original no qual se destacam as ideias-chave do autor do texto; e

OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

b) resenha - É um tipo de texto acadêmico em que se apresenta uma apreciação


crítica de um texto (verbal ou não-verbal). O autor da Resenha, primeiramente, resume e
descreve a obra e, depois, pondera e julga o objeto resenhado.
4.9.2. Instruções para Elaboração:
As Resenhas deverão ser elaboradas em papel A-4, obedecendo a seguinte
formatação:
a) fonte Times New Roman tamanho 12;
b) margem esquerda 2,5 cm, margem direita 1,5 cm, superior 1,5 cm e inferior 1,5
cm; e
c) espaçamento entre as linhas de 1,5 cm.
As demais Instruções para a Elaboração da Resenha constam no Anexo T.

OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 5
PROGRAMA LIDERAR

5.1. PROPÓSITO
O Programa Liderar tem como propósito disseminar os Valores Organizacionais da
Marinha do Brasil (EMA-137 - Doutrina de Liderança da Marinha), consolidados nas
dimensões dos Valores Essenciais do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), ao público interno
referido aos próprios militares do CFN; e no que concerne ao público externo, direcionado
aos alunos das Escolas Públicas e Privadas, de Ensino Fundamental e Médio, e crianças
participantes do Programa Força no Esporte (PROFESP).
Tal Programa deve fomentar ações baseadas nos Valores Essenciais que fortaleçam,
para o público interno, o sentimento de Pertencimento dos Fuzileiros Navais à Instituição e
sejam promotoras de práticas do trabalho diário com condutas alinhadas ao
Comportamento de Cidadania Organizacional (CCO). Para o público externo, a execução de
palestras sobre os Valores Organizacionais da MB busca aumentar a percepção da
importância de agir com ética e moralidade, fundamentada em valores e responsabilidade
social.
5.2. CONCEITUAÇÃO TEÓRICA
5.2.1. Valor - é o conjunto de todas as crenças do indivíduo no que se refere à relação com
outras pessoas e o ambiente. É o grande responsável pela interface do indivíduo com a
sociedade.
5.2.2. Cidadania - pode ser concebida como:
a) condição de quem possui direitos civis, políticos e sociais, que garante a
participação na vida política;
b) estado de cidadão, de quem é membro de um Estado; e
c) exercício dos direitos e deveres inerentes às responsabilidades de um cidadão.
Ex: votar é um ato de cidadania.
5.2.3. Valores Organizacionais:
Os Valores Organizacionais da MB estão descritos no EMA-137. Devemos agir,
fundamentados nos princípios abaixo:

OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

a) ética - agir com integridade, honestidade e probidade para preservação dos


interesses institucionais e dos princípios que devem ser praticados em uma Organização
Militar (OM) da Marinha do Brasil (MB);
b) comprometimento - atuar com foco na missão, na visão e nos objetivos
estratégicos da Instituição;
c) responsabilidade social - agir tendo a ética como compromisso e o respeito como
atitude nas relações com a tripulação, OM subordinadas, colaboradores, parceiros, usuários,
comunidade e governo;
d) transparência – os decisores devem informar, interna e externamente, sobre
decisões de políticas e procedimentos, de forma aberta, clara e em tempo oportuno,
observadas as restrições de ordem legal ou de caráter estratégico;
e) foco em resultados - atuar com iniciativa e criatividade, identificando prioridades
e concentrando esforços no que é relevante para alcançar os resultados pretendidos pela
instituição;
f) valorização da força de trabalho - reconhecer os serviços da OM como resultado
do esforço coletivo e, portanto, perseguir a existência de ambiente harmônico, pautado no
bem-estar comum, cooperação contínua e satisfação profissional do grupo; e
g) excelência - aprimorar continuamente os processos administrativos
desenvolvidos explorando a tecnologia da informação, sempre que possível, e os padrões de
desempenho para atender às expectativas dos clientes internos e externos.
5.3. PROGRAMA LIDERAR DO PODERH-CFN
O CGCFN realizará, anualmente, no período de março a novembro, o Programa
Liderar do PODERH-CFN.
O Programa Liderar do PODERH-CFN está dividido em dois Projetos: O Projeto Liderar
é Preciso e o Projeto Rumo à Cidadania. O primeiro está direcionado para o público interno
do CFN e o segundo para o público externo, estudantes das Escolas Públicas/Privadas e
alunos do PROFESP, quando as OM o desenvolverem.
O Programa Liderar do PODERH-CFN está em consonância com um dos Objetivos
Estratégicos (OE) do CFN: “Fortalecer os valores e crenças, solidificando a identidade do
CFN”, e seu Objetivo Complementar (OC): “Obter e manter constante capacidade de

OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

Comunicação Social para evidenciar os valores, demonstrar credibilidade e permitir maior


visibilidade do CFN”.
5.4. PROJETO LIDERAR É PRECISO
O Projeto Liderar é Preciso é concretizado quando o Comportamento de Cidadania
Organizacional (CCO) é introjetado em todos os militares do CFN. O CCO, entendido como o
uso de novas atitudes e gestos espontâneos de cooperação, faz com que os militares que o
praticam desenvolvam as seguintes características:
a) ajam com altruísmo, cortesia, conscientização e esportividade;
b) não enxerguem os demais como rivais, mas como companheiros, onde cada um
faz parte de um todo maior;
c) sintam-se satisfeitos com o local e com o trabalho que realizam. Quando há
problemas, a produtividade cai e junto o espírito de união e cooperação. Por isso é tão
importante para o gestor estar atento ao bem-estar de seus militares. Militares com vínculos
afetivos e instrumentais tênues com a Instituição e que não acreditam no que fazem,
tendem a apresentar comportamentos desmotivadores e são, via de regra, exemplos
negativos para seus pares e subordinados; e
d) um militar quando está satisfeito com o trabalho, torna-se mais produtivo,
bem-humorado, cooperativo, além de criativo e inovador.
5.4.1. Liderança Transformacional e Autêntica:
As características do Líder Transformacional (EMA-137) somados ao Comportamento
de Cidadania Organizacional resultam em uma postura de “Liderança Autêntica”.
5.4.2. A Liderança Transformacional:
A partir do que foi apresentado no EMA-137 sobre Liderança Transformacional,
destaca-se que este tipo de Liderança é especialmente indicada para situações de pressão,
crise e mudança, que requerem elevados níveis de envolvimento e comprometimento dos
subordinados. Quatro aspectos caracterizam a liderança transformacional:
a) exercer a influência idealizadora;
b) promover a motivação inspiracional;
c) estimular o crescimento intelectual; e
d) considerar a individualidade.

OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

5.4.3. A Liderança Autêntica:


A Liderança Autêntica representa uma nova abordagem na Gestão de Recursos
Humanos Moderno. Os Líderes Autênticos são aqueles que demonstram paixão por suas
causas, colocam seus valores em prática constantemente e lideram com seus corações, além
de suas mentes. Estes líderes possuem as seguintes características:

a) consciência do ambiente onde atuam;


b) confiança;
c) esperança;
d) otimismo;
e) resiliência; e
f) elevado caráter.
O Líder Autêntico lidera com o coração, interage com as emoções de seus
subordinados por meio de um senso de propósito, construindo relacionamentos duradouros,
apela para valores universais de fraternidade e educa pelo exemplo.

5.5. PROJETO RUMO À CIDADANIA


Este Projeto tem o propósito de levar para o público externo os Valores
Organizacionais da MB de uma maneira amena, em linguagem simples que seja atraente
para jovens estudantes das Escolas Públicas/Privadas e alunos do PROFESP. Atualmente, a
sociedade, em função de valores distorcidos, tem severos problemas éticos, criando uma
lacuna de valores que deveriam ser introjetados nos jovens desde o Ensino Fundamental. O
CFN, em complemento ao seu Objetivo Estratégico, tem como Objetivo: “Obter e manter
constante capacidade de Comunicação Social para evidenciar os valores, demonstrar
credibilidade e permitir maior visibilidade do CFN”.
Ao realizar palestras divulgando os Valores Organizacionais da MB, o CFN contribui
para o aumento da percepção da importância de agir com ética, baseada em valores e
responsabilidade social.
As palestras serão ministradas por todas as OM de Fuzileiros Navais, sob a
coordenação da Comissão Técnica do PODERH-CFN, que disponibilizará todo material e
instrução necessária para sua consecução.

OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

5.6. DEFINIÇÕES, COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES


5.6.1. A Comissão Técnica do PODERH-CFN:
a) disponibilizar anualmente, no mês de fevereiro, palestras versando sobre:
I) Valores Essenciais do CFN - direcionadas para todos os militares das OM de
FN, ou seja, público interno, a qual representa o Projeto Liderar é Preciso.
II) Valores Organizacionais da MB - direcionadas às Escolas Públicas/Privadas
de Ensino Fundamental e/ou Médio, organizadas em quatro arquivos, cada qual com quatro
Valores baseados na Rosa das Virtudes, elaborado a partir do EMA-137 - Manual de
Liderança da MB, as quais representam o Projeto Rumo à Cidadania;
III) Valores Organizacionais da MB - direcionadas para os alunos do PROFESP,
organizados em dezesseis arquivos, cada um com valor baseado na Rosa das Virtudes,
elaborado a partir do EMA-137 - Manual de Liderança da MB, as quais representam o
Projeto Rumo à Cidadania; e
IV) instruções, por meio de filmes tutoriais e um documento em arquivo de
texto, as quais constam Orientações Gerais para os Titulares de OM, de como realizar as
palestras acima descritas. Tais palestras destinam-se a servir como base, devendo ser usadas
como exemplo, mas não engessando os palestrantes que poderão usar exemplos diversos,
sem alterar o conteúdo das mesmas.
b) organizar o material recebido das OM;
I) apresentar ao Comandante-Geral do CFN subsídios, anualmente, no mês
de dezembro, para a sua apresentação ao Conselho de Almirantes; e
II) para publicação em NOTANF, a pedido do Gabinete do Comandante-Geral
do CFN.
5.6.2. Aos Titulares de OM do CFN:
Deverão obter todo o material disponibilizado no sítio do CGCFN durante o período
determinado, informando à Coordenadoria do PODERH-CFN, por mensagem, que os
arquivos foram baixados, lidos e compreendidos.

OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

a) no que concerne ao Projeto Liderar é Preciso:


I) determinar que sejam proferidas por Oficiais do CFN duas palestras para o
Público Interno, ambas versando sobre “Valores Essenciais”, sendo uma no primeiro
semestre até junho e a outra no segundo semestre até novembro;
II) informar por mensagem, semestralmente, até final de junho e de
novembro, o período que foram ministradas as Palestras relativas ao público interno, a
quantidade de militares que assistiram, indicando a porcentagem da OM e envio de fotos do
referido evento; e
III) atentar para que os militares que assistirão à palestra no 2º semestre,
preferencialmente, não tenham assistido no 1º semestre.
b) no que concerne ao Projeto Rumo à Cidadania:
I) realizar o contato com as Escolas Públicas/Privadas que receberão as
Palestras sobre os Valores Organizacionais do MB. Ressalta-se que este contato com as
escolas deve ser buscado pelo Comando da OM e, caso haja quaisquer dificuldades, seja
realizada comunicação com as Secretarias de Educação Estaduais ou Municipais da região;
II) determinar que sejam proferidas palestras, por Oficial ou Suboficial,
anualmente, entre os meses de março a novembro, para no mínimo seis escolas público ou
privadas. Caso não seja possível a coordenação com seis escolas, poderão ser ministradas
palestras, em semestres diferentes, para a mesma Instituição de Ensino, porém deva ser
buscado alunos distintos dos que já assistiram a palestra anterior;
III) informar por mensagem, semestralmente, até o fim de junho e de
novembro, o período de realização das palestras, o nome da Instituição de Ensino em que
foram proferidas, indicando de Ensino Fundamental ou Médio, a quantidade de alunos que
assistiram, os Valores apresentados e fotos que registrem o referido evento;
IV) determinar que sejam proferidas por Oficial ou Suboficial, para alunos que
participam do PROFESP, caso a OM participe deste Programa, as dezesseis Palestras, uma
para cada valor, em calendário elaborado pela própria OM, indicando a quantidade de
alunos que assistiram;
V) os Titulares de OM, que possuam Banda de Música, poderão incluir a
apresentação de música para os alunos nas Escolas, nos dias das palestras;

OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

VI) caso julgado procedente, será recomendada aos Titulares de OM o


fornecimento de apoio em Ações Sociais solicitadas por Escolas contempladas com as
Palestras de Valores Organizacionais da MB, seja com a disponibilização de apoio de mão de
obra para pinturas ou pequenos reparos, material para execução destes serviços ou ainda
com apoio de ambos. Estas ações visam potencializar, positivamente, a imagem do
CFN e da MB; e
VII) determinar que seja realizada cobertura fotográfica de todos os eventos
para que sejam adicionadas ao material que servirá de base para o Relatório confeccionado
ao CGCFN.
5.6.3. Palestrantes:
a) os Oficiais ou Suboficiais palestrantes devem certificar-se de que dominam o
assunto a ser apresentado, devendo ter atenção quanto à conduta a ser apresentada no
evento, no qual configurará como modelo e exemplo de liderança;
b) os militares palestrantes podem utilizar banners com imagens da MB, Símbolos
Nacionais ou qualquer outro acessório de ensino que tenha correspondência com o valor
apresentado; e
c) o palestrante deverá usar o uniforme 5.5.

OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 6
PROGRAMA DE RECOLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO
CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS (PReP-CFN)

6.1. PROPÓSITO
Apresentar as orientações básicas necessárias para o gerenciamento e controle do
Programa de Recolocação Profissional do Corpo de Fuzileiros Navais (PReP-CFN) visando o
fortalecimento de vínculos, entre o CFN e seus militares, assim como incrementar o
sentimento de Pertencimento.
6.2. CONCEITO DO PReP-CFN
Quando da preparação diária para o cerimonial da Bandeira Nacional é utilizado um
galhardete verde e amarelo denominado “Prep”. É içado nos mastros precedendo o hastear e
o arriar da Bandeira Nacional. Quando o cerimonial propriamente dito tem início, a “Prep"
é arriada. No mar, quando empregado operativamente, pode significar ainda que o navio que
a içou está encerrando determinada faina ou tarefa, servindo como sinal de
desengajamento.
Inspirado nesta imagem de transição e encerramento de etapa realizada, o PReP-CFN
busca “devolver” ao ambiente civil e ao mercado de trabalho, o reservista que bem atendeu
à Marinha do Brasil e ao Corpo de Fuzileiros Navais, quando na ativa, preparando-o para esta
nova situação social, que enfrentará em decorrência de seu desligamento do Serviço Ativo da
Marinha (SAM). A expectativa é a de que os conhecimentos profissionais adquiridos possam
ser empregados, ainda que parcialmente, no novo ambiente de trabalho.
O controle do PReP-CFN é realizado pela Comissão Técnica do Programa de
Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do CFN (PODERH-CFN),
subordinada à Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do CGCFN, a qual é constituída
por Portaria do CGCFN.
6.3. PROPÓSITO E OBJETIVO DO PReP-CFN
O propósito do PReP-CFN possui cunho social, voltado a contribuir com a qualificação
e inserção dos militares licenciados do Serviço Ativo da Marinha no mercado de trabalho. Em
face de suas características, expressa o compromisso institucional do CFN com a concepção

OSTENSIVO - 6-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

de responsabilidade social, ao fomentar uma perspectiva favorável relativamente ao futuro,


além de servir como um vetor de estímulo àqueles que se aproximam do momento de
desligamento do Serviço Ativo.
O Programa é desenvolvido por meio da apresentação dos currículos dos militares
cadastrados às empresas parceiras, de modo a propiciar a interface entre ambos. Para tanto,
será sempre considerada a compatibilidade entre o interesse dos contratantes e o perfil do
candidato – o que inclui as qualificações técnicas adquiridas ao longo de sua carreira, bem
como aquelas angariadas por meios próprios. Destaca-se como fator diferencial para o
mercado de trabalho, a credibilidade da experiência adquirida no decurso da vivência militar,
fundamentada em princípios e características valorizadas pelas mais diversas áreas de
trabalho, quais sejam: responsabilidade, disciplina para cumprimento de rotinas, resistência
física, facilidade de adaptação, capacidade de desempenho de múltiplas tarefas, dentre
outras.
O Programa deverá abranger todos os Distritos Navais e será destinado a militares do
Corpo de Fuzileiros Navais que foram desligados do Serviço Ativo da Marinha,
prioritariamente oriundos da Reserva Não Remunerada da Marinha (RM2), podendo
entretanto abranger militares oriundos da Reserva Remunerada da Marinha (RM1).
À Comissão Técnica do PODERH-CFN, responsável pelo PReP-CFN, compete realizar as
seguintes atividades: recepção dos currículos; encaminhamento ao Comando do Pessoal de
Fuzileiros Navais/Departamento de Apoio à Carreira, solicitação de dados de justiça e
disciplina dos candidatos; cadastro dos militares aprovados e divulgação do Programa (junto
às empresas e potenciais voluntários), com o apoio da Assessoria de Comunicação, quando
necessário.
O programa tem abrangência nacional sob a coordenação da Assessoria Técnica do
PODERH-CFN. A expansão do Programa para outras OM de Fuzileiros Navais nos diversos
Distritos Navais, poderá ocorrer, desde que autorizada pelo Comandante Geral do Corpo de
Fuzileiros Navais, após solicitação oficial das OM interessadas (por meio de mensagem). As
OM requerentes, quando autorizadas, ficarão condicionadas a desenvolver o Programa nos
mesmos termos estabelecidos nesta instrução e a designarem um militar responsável por

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OSTENSIVO CGCFN-102

sua condução, cujas atividades serão acompanhadas pela Assessoria do PODERH-CFN, por
meio de orientações emanadas, sempre que julgado necessário.
A autorização do CGCFN para expansão do Programa, ainda que cumpridos os
critérios inicialmente estabelecidos, será discricionária.
O Programa não tem interferência na rotina de desligamento do Serviço Ativo da
Marinha (SAM) e os militares nele inscritos terão que cumprir todas as normas previstas para
o Licenciamento do Serviço Ativo da Marinha, independente da participação no PReP-CFN.
6.4. PÚBLICO ALVO DO PreP-CFN
a) soldados não aprovados no Concurso de Seleção para o Curso de Especialização
(C-Espc), em todas as oportunidades previstas, mas que satisfizerem, à época da inscrição no
Programa, os requisitos previstos no Plano de Carreira de Praças da Marinha (PCPM);
b) cabos não aprovados no processo seletivo ao Curso Especial de Habilitação para
Promoção a Sargento (C-Esp-HabSG), em todas as oportunidades previstas, mas que
satisfizerem à época da inscrição no Programa, os requisitos previstos no PCPM; e
c) os militares transferidos para a Reserva Remunerada (TRRm).
6.5. INSCRIÇÃO NO PROGRAMA E PROCESSO SELETIVO
Os militares prestes a serem excluídos do SAM, de acordo com as condições
estabelecidas no artigo 6.4, poderão se inscrever no PReP-CFN por meio de preenchimento
do Modelo de Curriculum Vitae (Anexo V), fazendo-o, pessoalmente, na Assessoria do
Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do CFN
(PODERH-CFN). O formulário para preenchimento estará disponível no item
"FAÇA SUA INSCRIÇÃO" no endereço https://www.marinha.mil.br/cgcfn/inscricao, ou ainda,
pelo envio de e-mail para a caixa-postal cgcfn.poderh@marinha.mil.br, constante do sítio
eletrônico do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais.
A inclusão de militares no Programa estará condicionada à aprovação do Comandante
do Pessoal de Fuzileiros Navais, no caso de Oficiais. Para as Praças, serão levados em
consideração os aspectos de desempenho e comportamento predominantes na carreira.
Realizada a avaliação e caso o militar tenha obtido parecer favorável, o mesmo terá seu
currículo incluído no banco de currículos do Programa.

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OSTENSIVO CGCFN-102

A Assessoria do PODERH-CFN efetuará contato com o candidato, a fim de informar


sobre abertura de processo seletivo e oportunidades de vagas disponibilizadas pelas
empresas, atuando neste sentido, em consonância com os requisitos e experiências
profissionais exigidas pelo empregador.
6.6. DESENVOLVIMENTO
A Comissão Técnica do PODERH-CFN atuará como elemento de integração entre os
envolvidos (eventual empregador e empregado), constituindo-se tão somente num
facilitador de acesso entre as partes, agindo gratuitamente, e abstendo-se de qualquer
interferência na negociação empregatícia e em sua gestão, bem como na produção dos
efeitos decorrentes desta.
Quando a empresa apresentar interesse em obter informações específicas sobre
quaisquer candidatos ou sobre o perfil de candidatos disponíveis para determinadas vagas
deverá entrar em contato com a Comissão Técnica do PODERH-CFN, a fim de obter as
informações desejadas ou solicitar a esta que promova a comunicação entre as partes.
A Comissão Técnica do PODERH-CFN, por meio da Folha de Evolução (Anexo W), onde
serão registrados os contatos efetuados e os resultados alcançados, acompanhará a
negociação entre as partes até o fim do processo (que se dará por meio da contratação ou
dispensa do candidato). Para isso, o participante do Programa deverá manter a Comissão
informada sobre o andamento do processo seletivo.
O período de validade do Curriculum Vitae, produzido pelo próprio militar, e do
“Atestado de Mérito a Praça Licenciada do SAM”, expedido pelo Titular de OM, será de seis
meses.
6.7. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
6.7.1. Compete à Comissão Técnica do PODERH-CFN:
a) coordenar e executar o PReP-CFN;
b) divulgar o PReP-CFN, no âmbito do CFN, por meio dos dispositivos e canais de
comunicação institucionais disponíveis, contando para tanto, com o apoio técnico da
Assessoria de Comunicação Social do CGCFN, sempre que necessário;

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OSTENSIVO CGCFN-102

c) divulgar o Programa para as empresas de recursos humanos e instituições


privadas, expondo suas vantagens e atuando como elemento de comunicação entre as
partes envolvidas;
d) encaminhar para o Departamento de Apoio à Carreira do CPesFN a consulta de
dados de Justiça e Disciplina dos militares que solicitaram a inscrição no Programa;
e) estabelecer o contato entre as empresas interessadas e os participantes do
Programa, quando solicitado; e
f) realizar, anualmente, palestras acerca do Programa para os militares em processo
de desligamento do Serviço Ativo da Marinha, nas seguintes OM: Comando do Pessoal de
Fuzileiros Navais (CPesFN), para os militares da Fortaleza de São José, Comando da Tropa de
Reforço (ComTrRef), para os militares do Complexo Naval da Ilha das Flores, Base de
Fuzileiros Navais do Rio Meriti (BFNRM), para os militares do Complexo Naval Caxias-Meriti,
Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), para os militares do Complexo
Naval da Ilha do Governador e Complexo Naval Guandu-Sapê, para os militares lotados nas
respectivas OM.
6.7.2. Compete ao Departamento de Apoio à Carreira do Comando do Pessoal de Fuzileiros
Navais:
a) informar à Comissão Técnica do PODERH-CFN os dados de justiça e disciplina
afetos aos militares que tenham solicitado a inscrição no Programa, mediante a solicitação
desta Assessoria; e
b) encaminhar, mensalmente, à Comissão Técnica do PODERH-CFN, até o dia 10 de
cada mês, a relação de militares excluídos do SAM em decorrência de Licenciamento por
Conclusão por Tempo de Serviço e Transferência para a Reserva Remunerada a pedido
(TRRm), a fim de facilitar o alcance deste público pelas ações de divulgação do Programa.
6.7.3. Compete aos Titulares de OM:
Conceder aos militares licenciados do Serviço Ativo da Marinha (LSAM), de acordo
com os critérios discricionários próprios, e que atendam o item 1.8 da CGCFN-101 - Normas
para Administração de Pessoal do CFN, o “Atestado de Mérito a Praça Licenciada do SAM”.
6.7.4. Compete ao Participante do Programa:
a) solicitar sua inscrição em conformidade com os critérios estabelecidos;

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OSTENSIVO CGCFN-102

b) manter contato com a Comissão Técnica do PODERH-CFN para manter-se


informado sobre o andamento do processo ou de sua desistência do Programa; e
c) manter atualizados os dados de seu currículo.
6.7.5. Assessoria Especial de Sistemas Digitais do CFN (CGCFN-40):
a) elaborar e manter sistema informatizado de banco de dados que possa dar
suporte às atividades desenvolvidas pelo PReP-CFN, no qual serão mantidos dados sobre
militares e instituições participantes; e
b) desenvolver e manter homepage no ambiente Intranet e internet, para coleta e
consulta de dados de militares e empresas participantes do PReP-CFN.
6.8. INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS DE INTERESSE
6.8.1. Diretoria de Assistência Social da Marinha (DASM):
Funcionar como OM parceira, por excelência, para a condução do PReP-CFN, por
constituir-se em Diretoria especializada, cujo propósito é o de contribuir para o bem-estar
social dos militares e civis da MB, ativos e inativos, bem como dos seus dependentes,
cabendo-lhe, dentre outras, as tarefas de planejar as atividades do Serviço de Assistência
Integrada ao Pessoal da Marinha (SAIPM).
Neste particular, deverão ser estabelecidos contatos pelo PODERH-CFN com setores
da DASM para, sob estreita coordenação, serem buscadas oportunidades no mercado de
trabalho no ambiente civil, foco de atenção do PReP-CFN.
6.8.2. Associação de Veteranos do CFN:
A Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais tem como propósito
fundamental a reunião e a união voluntária de Fuzileiros Navais, da reserva e reformados,
contando com associados em todo o País. Em face desta representatividade, poderá auxiliar
o CFN nos contatos com segmentos civis, principalmente com empresas de segurança.
Além de atuar como elemento integrador dos Fuzileiros Navais que se encontram na
reserva, constitui-se em valioso instrumento de divulgação e aplicação do Programa em
organizações civis ou paramilitares.

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OSTENSIVO CGCFN-102

6.8.3. Sistema Nacional de Empregos - SINE:


O SINE é um Programa do Ministério do Trabalho e Emprego, encarregado de
implementar as políticas públicas de emprego e de combate ao desemprego. Sua missão
consiste em oferecer atendimento e orientação ao trabalhador, em especial ao
desempregado e ao beneficiário de Seguro-Desemprego, com vistas a facilitar o acesso à
reintegração ao mercado de trabalho, por meio da participação nos Programas de
Qualificação e Requalificação Profissional, Geração de Renda e Intermediação de Emprego,
proporcionando ao empregador uma oferta de mão de obra mais qualificada para atender às
suas necessidades.
6.8.4. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC:
O SENAC tem como missão promover a construção de competências de pessoas e
organizações, por meio de ações integradas e efetivas para o fortalecimento e a
competitividade do comércio de bens, serviços e turismo.
O SENAC-Rio atua hoje nas seguintes áreas de conhecimento: Administração e
Desenvolvimento Empresarial; Tecnologia e gestão Educacional; Terceiro Setor; Cultura;
Comunicação; Idiomas; Moda; Beleza; Design; Saúde; Meio Ambiente; Informática;
Telecomunicações; Turismo e Hotelaria; e Gastronomia.
O portfólio do SENAC-Rio compreende cursos de capacitação profissional de nível
básico, além cursos técnicos de nível médio e especializações técnicas. No nível superior são
oferecidos cinco cursos de graduação tecnológica e nove cursos de pós-graduação
presenciais e dois cursos de extensão. Já a rede de educação à distância (EAD) oferece oito
cursos de pós-graduação e quatro cursos livres.
6.8.5. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI:
Criado em 1942, por iniciativa do empresariado do setor, o SENAI é hoje um dos mais
importantes polos nacionais de geração e difusão de conhecimento aplicado ao
desenvolvimento industrial. Parte integrante do Sistema Confederação Nacional da Indústria
(CNI) e Federações das Indústrias dos Estados, o SENAI apoia áreas industriais por meio da
formação de recursos humanos e da prestação de serviços como assistência ao setor
produtivo, serviços de laboratório, pesquisa aplicada e informação tecnológica. Graças à

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OSTENSIVO CGCFN-102

flexibilidade de sua estrutura, o SENAI é o maior complexo de educação profissional da


América Latina.
O SENAI-RJ desenvolve as competências básicas, técnicas e gestão necessárias à
eficácia dos processos produtivos na indústria. A Educação Profissional da entidade tem sido
uma importante aliada das empresas que buscam diferenciação em um mercado cada vez
mais competitivo, valorizando o potencial humano, reduzindo custos de produção e
otimizando resultados.
Os cursos do SENAI-RJ de Educação Profissional seguem princípios, conteúdos e
metodologias que valorizam o aprendizado, a iniciativa, a tomada de decisões, o espírito
cooperativo e o senso de autonomia. As ações são discutidas sistematicamente em fóruns
onde participam representantes das indústrias, de órgãos de representação de classe
profissional, de sindicatos e do meio acadêmico.
6.8.6. Além das instituições e entidades apresentadas nos incisos anteriores, figuram outras
instituições e empresas privadas que contribuem para a capacitação e/ou inserção dos
militares no mercado de trabalho.
6.9. ASPECTOS GERAIS
a) considera-se que o escopo do programa não prevê a participação em eventuais
negociações entre os integrantes do PReP-CFN e as empresas interessadas, anunciantes ou
não de vagas. Há o reconhecimento ao fato de que a Marinha do Brasil não poderá ser
responsabilizada por perdas e danos de qualquer espécie que venham a ser conhecidas em
decorrência de tais negociações, sejam contratuais, extracontratuais ou de qualquer outra
natureza, ocorridas após a saída do militar da Instituição, pelo fato da Marinha do Brasil ser
apenas intermediária para a contratação do novo colaborador da empresa;
b) o objeto do presente programa é a prestação GRATUITA de serviços de
recolocação profissional do público-alvo; e
c) os serviços prestados pelo programa não abrangem, em nenhuma hipótese,
promessa de emprego ou obrigação presente ou futura de recolocação ou obtenção de
empregos para seus integrantes.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
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CAPÍTULO 7
PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DA MARINHA - CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
(PRISMA-CFN)

7.1. PROPÓSITO
Apresentar orientações básicas necessárias para o gerenciamento e controle do
Programa de Inclusão Social da Marinha - Corpo de Fuzileiros Navais. O Programa, que se
insere em diversas atividades de inclusão social desenvolvidas pela Marinha do Brasil, no
âmbito do Comando-Geral do CFN, visa o fortalecimento de vínculos entre o CFN e a
sociedade brasileira e entre o CFN e os seus militares/servidores civis, nesse caso
incrementando o sentimento de pertencimento.
7.2. CONCEITO DO PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DA MARINHA - CORPO DE
FUZILEIROS NAVAIS (PRISMA-CFN)
Assim como no mnemônico do Programa, o PRISMA, como definido pela Ótica, é um
elemento ótico transparente, em forma de poliedro, que ao receber a incidência da luz
branca, a refrata separando em cores do espectro do arco-íris. Assim, o PRISMA-CFN tem o
propósito de lançar luz nas demandas sociais, no que tange à inclusão, gerando como
resultado ações que contribuirão para amenizar às diversas demandas dos integrantes da
Família Naval, bem como de parcela da sociedade brasileira que apresente necessidades
especiais.
O PRISMA-CFN faz parte das ações desenvolvidas pela Marinha para mitigar as
demandas sociais do seu público interno, no que tange aos dependentes especiais de seus
militares. Será supervisionado pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN),
como parte do Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos
do Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH-CFN), seguindo os Objetivos Estratégicos que são
abrangidos pela Ação Estratégica “Pertencimento.” Para sua implementação, o CGCFN
contará com a participação de seus Comandos Subordinados para a execução de diferentes
atribuições.

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7.3. JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DA MARINHA - CFN


(PRISMA-CFN).
Segundo o Relatório Mundial da Organização Mundial de Saúde sobre a Deficiência
de Saúde, de 2011, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma
forma de deficiência. No Brasil existem milhares de pessoas nessa situação, ainda sujeitas ao
preconceito e à desigualdade, bem como às suas consequentes mazelas, dentre as quais
destacam-se a exclusão do mercado de trabalho e a precariedade da mobilidade urbana.
Essa dura realidade, que se manifesta sobre uma expressiva parcela da população, indica um
longo caminho a ser percorrido em busca da cidadania plena.
Considerando a importância dos debates contemporâneos acerca da inclusão social, e
a necessidade da criação de estratégias que propiciem o acesso das pessoas com deficiência
a diversas esferas, é que se vislumbra o emprego dos espaços institucionais da Marinha do
Brasil em prol da efetivação da cidadania e, mais especificamente, no caso da ação social em
lide, da integração da pessoa com deficiência.
As múltiplas experiências desenvolvidas e consolidadas no campo social, tais como as
ações cívico-sociais e de apoio às populações Ribeirinhas no norte do País, dentre outras,
consubstanciam a vocação da Força no emprego de sua competência e habilidade para além
de sua missão constitucional precípua.
O Programa tem por propósito contribuir para a conquista da autonomia e da
capacidade física, mental, social, bem como da inclusão social de dependentes de militares e
servidores civis da Marinha com deficiências.
As Forças Armadas contribuem com o desenvolvimento nacional e a Defesa Civil.
Marinha, Exército e Aeronáutica atuam diretamente junto a diversos segmentos da
sociedade, participando da vida da população no apoio a eventos comunitários, ações
cívico-sociais, campanhas de saúde pública e no socorro a vítimas de desastres naturais. Por
meio de unidades militares existentes no território nacional, as Forças Armadas atuam no
suporte logístico-operacional em casos de calamidade, reduzindo o prazo de resposta das
autoridades frente as contingências.
Como consequência disto, observa-se a execução de projetos de ação social no
âmbito de inúmeras unidades, estimulados por parcerias entre o Ministério da Defesa e

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OSTENSIVO CGCFN-102

demais Ministérios, dentre os quais podemos destacar o “Projeto Soldado-Cidadão”, que visa
promover qualificação profissional aos jovens em cumprimento do Serviço Militar
Obrigatório e o “Projeto Forças no Esporte”, cujo propósito consiste em oferecer ações de
esporte, lazer e educação a jovens de baixa renda.
Fruto das percepções até aqui expostas e da possibilidade de aproveitamento das
dependências das diversas OM de Fuzileiros Navais, e da MB como um todo, como “locais
privilegiados” para o desenvolvimento de intervenções voltadas à cidadania, teve início, em
2016, a ação social “Um dia de Fuzileiro Naval e Marinheiro para Pessoas com Autismo”. Tal
evento possui o propósito de promover a integração entre militares e a sociedade em prol da
promoção dos direitos das pessoas com deficiência.
Os bons resultados alcançados e percebidos pela resposta positiva da mídia;
envolvimento de entidades da sociedade; e expressiva participação de pessoas com
deficiência ao evento indica sua importante contribuição como um recurso à disposição da
inclusão e da identificação coletiva dos sujeitos em torno desta questão. Tal sistematização
exposta neste documento visa torná-lo perene no contexto institucional, disseminando-o
para as demais unidades que possam vir a desenvolvê-lo de acordo com os limites e
possibilidades de cada região.
7.4. OBJETIVOS DO PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DA MARINHA - CFN (PRISMA-CFN)
7.4.1. Geral:
Estimular a promoção da inclusão social das pessoas com necessidades especiais, por
meio do aproveitamento dos espaços institucionais que visem a este fim.
7.4.2. Específicos:
a) propiciar a integração das pessoas com necessidades especiais (e suas famílias)
ao ambiente militar naval, por meio de atividades de cunho socioeducativo e recreativo;
b) fomentar a reflexão sobre a importância da inclusão das pessoas com
necessidades especiais para a efetivação da cidadania, sensibilizando o público interno
(militares) e o externo (sociedade); e
c) fomentar o compromisso institucional com a promoção da cidadania por meio do
aproveitamento dos espaços institucionais que visem a este fim.

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7.5. PÚBLICO ALVO


Crianças, adolescentes e adultos até 25 anos de idade dependentes de militares e
servidores civis da Marinha, ou mesmo da sociedade, que apresentem deficiências mentais
ou transtornos que a classifiquem como pessoa de necessidades especiais, por exemplo:
portadores de Autismo e Síndrome de Down.
7.6. O PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DA MARINHA - CFN (PRISMA-CFN)
O bem-estar da Família Naval deve ser um dos principais focos da MB,
principalmente, no aporte psicológico do militar que frequentemente precisa se ausentar de
sua residência para cumprir suas tarefas. O militar, pai ou mãe de um dependente com
necessidades especiais e seus respectivos cônjuges, poderão, desta forma, contar com mais
este benefício que contribuirá para suprir a ausência deste militar em missão, e que muitas
vezes se vê obrigado a deixar temporariamente tamanha responsabilidade para a família.
O PRISMA-CFN é constituído da vertente: “Um dia de Fuzileiro Naval e Marinheiro”
Na área do 1º Distrito Naval, será desenvolvida pelo Centro de Instrução Almirante
Sylvio de Camargo (CIASC), CEFAN e Centro de Instrução Almirante Portela Alves (CIAMPA).
Nos demais Distritos Navais, pelos Grupamentos de Fuzileiros Navais e Batalhões de
Operações Ribeirinhas, caso sejam autorizados pelos seus respectivos Comandos Distritais.
7.7 A VERTENTE UM DIA DE FUZILEIRO NAVAL E MARINHEIRO
A Marinha do Brasil, em se tratando da Família Naval, possui uma grande quantidade
de “filhos especiais”, dependentes de Praças ou Oficiais, que são muito bem assistidos pela
Diretoria de Assistência Social da Marinha (DASM) e a Diretoria de Saúde da Marinha (DSM),
através do Grupo de Avaliação e Acompanhamento de Pacientes Especiais (GAAPE), até os 7
anos de idade, e que posteriormente a esta idade, são direcionadas a Instituições de Ensino
cujos serviços são arcados pela própria MB
O evento “Um Dia de Fuzileiro Naval” foi concebido no seio do Corpo de Fuzileiros
Navais para pessoas com autismo, com o propósito de proporcionar momentos de lazer e
inclusão, assim como divulgar as atividades profissionais desenvolvidas pelo Fuzileiro Naval
e, principalmente, nossos valores e tradições. Após a sua primeira edição, impulsionado pelo
grande sucesso dos eventos anteriores, houve uma mudança significativa, com a ampliação
do público-alvo, passando a atender pessoas com qualquer tipo de deficiência.

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Fruto das numerosas repercussões positivas por parte dos familiares das pessoas
beneficiadas pelas edições anteriores realizadas, o evento passou a ser projeto da Marinha
do Brasil, podendo ser realizado por qualquer OM da MB, ganhando uma nova
denominação: “UM DIA DE FUZILEIRO NAVAL E MARINHEIRO”. Além do CIASC, CEFAN E
CIAMPA, as seguintes OM aderiram ao projeto: Centro de Instrução e Adestramento de
Brasília (CIAB), Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (GptFNB) e Grupamento de
Fuzileiros Navais de Salvador (GptFNSa).
Tal vertente é oportunidade diferenciada de lazer, integração e inclusão para pessoas
com deficiência. A programação permite, de forma lúdica e supervisionada, que este público
possa conhecer atividades e materiais presentes no dia a dia de militares da Marinha. São
realizadas oficinas de musicoterapia, camuflagem, mostruário de viaturas militares, esportes,
apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais, exibição de Cães de Guerra,
pintura, distribuição de brindes e lanches, dentre outros eventos.
7.7.1 Metodologia:
O pressuposto teórico que norteia a metodologia inerente à ação em lide, encontra
respaldo na concepção holística do ser humano, e, portanto, na compreensão de que o
sujeito deve ser observado como ser total e uno, cujas expressões e necessidades não devem
ser tratadas de forma estanque, sob pena de perderem o sentido e eficácia,
respectivamente.
Assim, o conjunto das intervenções planejadas para atenderem aos objetivos
propostos nesta ação social deverão levar em consideração dois aspectos centrais, quais
sejam:
a) a pluralidade dos aspectos relacionados à inclusão social das pessoas com
necessidades especiais, considerando questões tais como: mobilidade, comunicação, saúde,
opções de lazer, integração familiar, dentre outros; e
b) as especificidades de cada região no que concerne às redes sociais de apoio e ao
perfil do público-alvo nela existente.
A fim de que seja possível promover a integração desejada entre a sociedade e o
ambiente militar, é desejável que sejam estimuladas parcerias com entidades ligadas à
defesa dos direitos das pessoas com necessidades especiais, haja vista, via de regra,

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acumularem conhecimento relevante sobre a temática, além de contatos com redes de apoio
úteis para o desenvolvimento das atividades socioeducativas e lúdicas pretendidas.
A coordenação da ação social será realizada, preferencialmente, pelo Núcleo de
Assistência Social (NAS)/Serviço de Assistência Social - Hospitalar (SAS-H)/ Organização
Militar com Facilidade de Serviço Social (OMFSS) da OM executora da ação ou por equipe
instituída por determinação do Titular da OM, quando da inexistência de órgão de execução
da Assistência Social no organograma da OM. A equipe coordenadora, por sua vez,
constituirá equipe de apoio a ser composta por profissionais da Saúde, Comunicação Social,
Pedagogia e Educação Física, dentre outros julgados necessários.
A multidisciplinaridade pretendida, visa garantir não somente o pressuposto teórico
holístico que fundamenta a ação, mas também, permitir a troca de conhecimentos
necessária sobre o tema para o planejamento das atividades oferecidas aos participantes do
evento. Neste contexto, cabe salientar que o emprego de recursos oriundos do Plano de
Metas Bravo, na Ação Interna B.403.01.1 (Programa de Atendimento Especial- Pessoa com
Deficiência), tal qual previsto no inciso 7.7.10 encontra-se sujeito à administração de
profissionais lotados nos órgãos de execução da Assistência Social, anteriormente
mencionados.
O evento será constituído pelas fases de: pesquisa prévia; planejamento; divulgação;
inscrição; confirmação e notificação da inscrição; execução da ação social propriamente dita;
e aplicação de pesquisa de opinião.
7.7.2 Pesquisa Para Levantamento de Perfil do Público-Alvo:
A fim de que as atividades idealizadas possam atender às peculiaridades do
público-alvo, poderá ser realizada pesquisa prévia pelas OM que realizam o evento, sobre
seu perfil utilizando, para tanto, amostragem relativa aos dependentes dos militares
participantes do Programa de Atendimento Especial (PAE) e/ou dados disponibilizados por
organizações locais da sociedade ligada ao tema. Esta intervenção tem como propósito
orientar a equipe quanto à escolha das atividades dirigidas, considerando que o espectro das
deficiências pode sofrer grande variação, exigindo especial atenção quanto à organização da
programação sob o ponto de vista da mobilidade, da opção por serviços individuais ou
coletivos, do número de profissionais envolvidos para supervisão, dentre outros. A interação

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OSTENSIVO CGCFN-102

entre entidades civis e a equipe no decurso das reuniões para o planejamento das ações
previstas é desejável, considerando a expertise que tendem a acumular sobre o tema.
7.7.3 Planejamento:
O planejamento das atividades deverá ser realizado, preferencialmente, por equipe
multidisciplinar, que levará em consideração, dentre outros, os seguintes aspectos:
limitações do público-alvo; participação de instituições da sociedade; quantidade disponível
de recursos humanos, físicos, materiais e financeiros; além do perfil levantado em pesquisa
prévia.
As atividades idealizadas quando do planejamento, deverão contemplar intervenções
lúdicas, socioeducativas e de lazer, bem como aquelas que demonstrem aos participantes as
particularidades típicas da rotina militar, permitindo sua integração e participação ativa,
sempre que possível. São exemplos destas ações: cerimônia de hasteamento da Bandeira
Nacional; apresentação de Banda Marcial; exposição de uniformes, equipamentos, e
viaturas; apresentação de adestramento de Cães de Guerra; oficinas de artes; atividades
desportivas; aplicação de flúor; apresentação de palestras; visitas às instalações; e outras
consideradas viáveis. Todo o planejamento realizado, bem como as ações dele decorrentes,
deverá prever a participação das famílias, limitando o número de familiares de acordo com a
capacidade de atendimento da OM executora avaliada pela equipe.
7.7.4 Divulgação:
A divulgação do evento deverá ser iniciada com o mínimo de trinta dias de
antecedência da data de inscrição. O profissional de Comunicação Social deverá prever a
necessidade de alcance do público interno e externo, utilizando-se de recursos tais como:
notas em Plano do Dia, matérias na página da intranet e internet da OM executora, notas à
imprensa local e convites à instituições civis. É desejável que seja elaborado Press Release a
ser veiculado tanto para a mídia interna (Centro de Comunicação Social da Marinha) como
externa (redes de jornalismo locais).
O conteúdo da divulgação deverá mencionar, além de outras informações, os
seguintes elementos: período de inscrição (com horário de início); local/data/hora do
evento; público-alvo; e atividades previstas. A limitação do número de vagas (e o número de
participantes por família), bem como a sujeição da participação no evento à confirmação

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institucional, deverá também ser observada, a fim de evitar transtornos quanto à


impossibilidade de participação de interessados.
Outrossim, é desejável que um canal de comunicação seja estabelecido desde a
divulgação até o encerramento das atividades no formato “fale conosco”, a fim de esclarecer
dúvidas dos interessados.
7.7.5 Inscrição:
As inscrições deverão observar rigorosamente o prazo estipulado na divulgação do
evento, sendo efetivadas, preferencialmente, por mais de um canal de acesso, tais como
formulário físico e digital (disponibilizado via intranet e internet). É desejável que o período
previsto não seja inferior a quinze dias.
É também desejável que a tecnologia disponível para o processo de inscrição permita
a automática suspensão das inscrições quando atingido o número limite de participantes
(o que inclui as pessoas com deficiência e o número de familiares estipulado como
permitido). Entretanto, mediante tal impossibilidade, as orientações quanto à sujeição da
participação ao limite de vagas deverão constar do formulário de inscrição, de modo que os
interessados tenham clareza sobre esta condição.
7.7.6 Confirmação da Inscrição e Notificação dos Inscritos:
Quando da inexistência de recurso tecnológico que suspenda automaticamente as
inscrições, uma vez atingido o número limite de participantes, o procedimento de
confirmação da inscrição e notificação dos inscritos far-se-á necessário, uma vez que o
número de interessados poderá ser superior ao de vagas oferecidas prejudicando o
planejamento e a execução da ação. Trata-se, pois, de medida que visa garantir condições de
segurança e conforto aos participantes.
As vagas para o evento serão preenchidas prioritariamente por familiares de militares
e servidores da “Família Naval” que atendam ao perfil do público-alvo. As demais vagas serão
disponibilizadas aos interessados da sociedade (pessoas com deficiência e familiares),
sempre levando em consideração o número limite de familiares por participante.
A confirmação dos participantes deverá ser comunicada aos inscritos, por meio dos
recursos de comunicação disponíveis tais como: página da intranet/internet da OM

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OSTENSIVO CGCFN-102

executora e uso de e-mail. Outros instrumentos poderão ser utilizados conforme avaliação da
equipe.
7.7.7 Execução:
A execução da ação social consiste na realização efetiva de todas as atividades
previstas durante a fase de planejamento. Os profissionais envolvidos nesta fase deverão
receber orientações advindas da equipe coordenadora não somente no que concerne ao
desenvolvimento das intervenções, como também em relação a possíveis imprevistos, mais
especificamente associados a questões de saúde e acessibilidade.
7.7.8 Avaliação:
A avaliação deverá ser realizada por meio da criação de indicadores que possibilitem
a mensuração dos índices de satisfação do público e da qualidade das atividades e serviços
prestados durante a execução do evento ou remotamente por meio de pesquisa
disponibilizado na página do Comando-Geral com avaliação de aspectos sobre o mesmo.
Para tanto, tais indicadores deverão estar alinhados com os objetivos delineados para a ação
social e serão calculados a partir da análise dos instrumentos de avaliação utilizados.
Recomenda-se a aplicação de pesquisa de opinião com os participantes da ação
social, podendo também ser empregados outros instrumentos complementares tais como:
caixas de sugestões, reuniões pós-evento com a equipe organizadora e executora, dentre
outros julgados pertinentes.
Os resultados observados deverão constar em relatório final que servirá de subsídio
ao planejamento de futuros eventos.
7.7.9 Recursos Necessários:
a) financeiros:
Vislumbra-se o emprego de fontes de recursos distintas para a execução da ação,
quais sejam:
I) plano de metas November – a ser empregado em ações de cunho
socioeducativo (tais como contratação de palestrantes e peças teatrais que permitam a
abordagem crítica de questões afetas às pessoas com deficiência e materiais de apoio para
oficinas lúdicas);

OSTENSIVO - 7-9 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

II) apoio do Abrigo do Marinheiro (que deverá ser precedido de


encaminhamento de subsídios sujeitos à aprovação) em complemento às limitações
impostas ao uso do plano de metas November (para aquisição de lanches, brindes e
materiais pedagógicos a serem utilizados); e
III) apoio regional obtido por meio de parcerias realizadas com organizações da
sociedade.
Os recursos financeiros necessários estarão condicionados ao número estipulado de
participantes, bem como às atividades planejadas e o tempo de duração da ação. Como
sugestão, poderão ser previstas despesas com contratação de: palestrantes e atividades
lúdicas; itens de alimentação; brindes; peças teatrais etc.
Considerando que um dos objetivos pretendidos é integrar as pessoas com
deficiência ao ambiente militar naval, cabe destacar que o adequado aproveitamento das
atividades militares tende a reduzir despesas com a contratação de serviços externos.
Portanto, sugere-se o maior aproveitamento possível neste sentido.
b) materiais:
I) alimentação para participantes e equipe de apoio;
II) brindes para distribuição aos participantes;
III) cartazes e folhetos para divulgação; e
IV) empréstimo de mostruários e viaturas de organizações militares de cada
área distrital.
c) humanos:
A equipe coordenadora responsável pelo evento será constituída,
preferencialmente, pelos profissionais lotados nos órgãos de execução da Assistência Social
da OM executora (ou, a critério do Titular da OM, por militares/servidores civis designados
para este fim). Uma vez composta, a referida equipe instituirá o grupo de apoio necessário
para o desenvolvimento das atividades planejadas, que deverá contar com profissionais da
área da Saúde, Comunicação Social, Pedagogia e Educação Física, dentre outros julgados
necessários para estimular a multidisciplinaridade na abordagem das questões inerentes à
pessoa com deficiência. Para tanto, é desejável que o planejamento inicial, vislumbrado

OSTENSIVO - 7-10 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

pelos coordenadores, conte com a apreciação da equipe de apoio de modo a avaliar os


ajustes necessários para o desenvolvimento das ações pretendidas.
A inserção de profissionais voluntários na composição da equipe coordenadora, que
atuem na proteção dos direitos das pessoas com deficiência, é uma iniciativa desejável que
visa garantir a integração e a troca de conhecimentos entre profissionais militares e civis em
prol da abordagem qualitativa e plural do tema.
Compete à equipe de coordenação planejar as ações a serem desenvolvidas durante
o evento, bem como prever e subsidiar os recursos necessários à sua realização,
supervisionar as atividades quando da execução da ação social e elaborar o relatório final da
atividade. Por seu turno, é de responsabilidade da equipe de apoio, promover a divulgação
do evento, e atuar nas seguintes frentes de trabalho, dentre outras planejadas: segurança,
saúde, comunicação social, atividades desportivas, atividades típicas militares, alimentação e
aplicação de pesquisa de opinião junto ao público participante.
O número total de profissionais envolvidos estará condicionado ao número de
atividades planejadas, bem como ao número total de participantes.
7.7.10. Cronograma:
O cronograma da ação social deverá contemplar todas as atividades previstas no
escopo da metodologia apresentada no quadro 7.1. Dentre as ações prévias à execução da
ação, deverá ser concedida especial atenção à antecedência necessária à realização da
pesquisa do perfil do público-alvo e do planejamento do evento, uma vez que tais
procedimentos delinearão sua amplitude e a necessidade de recursos financeiros a serem
empregados. Neste sentido, destaca-se que a solicitação de tais recursos, no âmbito da
Marinha e do Abrigo do Marinheiro, requer que procedimentos administrativos sejam
adotados com antecedência relativa à data de realização da ação, obedecendo as diretrizes
estabelecidas pela organização em particular.
ATIVIDADES PREVISÃO DE REALIZAÇÃO
Divulgação da ação e das inscrições D-60
Abertura de inscrições (por aproximadamente 15 dias) D-30 a D-15
Confirmação das inscrições D-10
Execução D
Elaboração de Relatório Final e avaliação D+7
Quadro 7-1 – Atividades Previstas

OSTENSIVO - 7-11 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

7. 8. RESPONSABILIDADES
7.8.1. Da Comissão Técnica do Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de
Recursos Humanos (PODERH-CFN):
a) contribuir com a divulgação dos eventos das diversas OM de Fuzileiros Navais,
por meio de Press Release a ser veiculado tanto para a mídia interna (Centro de
Comunicação Social da Marinha) como externa (redes de jornalismo locais); e
b) coordenar com o CIASC, CEFAN, CIAMPA e o Gabinete do ComGerCFN as datas
para realização das atividades.
7.8.2. Dos Comandantes das Unidades de Fuzileiros Navais:
Os titulares das OM de Fuzileiros Navais, além do CIASC, CEFAN e CIAMPA, que
desejarem participar do PRISMA-CFN vertente “Um dia de Fuzileiro Naval e Marinheiro”,
após autorização de seus Comandos Superiores, deverão:
a) orientar, executar, coordenar, conduzir e supervisionar a realização do evento
“UM DIA DE FUZILEIRO NAVAL E MARINHEIRO” com foco na inclusão social;
b) adotar medidas que visem a segurança dos convidados e das instalações de suas
respectivas OM;
c) elaborar Instrução Reguladora detalhando o evento;
d) participar à Comissão Técnica do PODERH-CFN sobre o evento;
e) divulgar o evento em mídia interna e externa; e
f) encaminhar, por Correio Eletrônico, à Comissão Técnica do PODERH-CFN, até
quinze dias após a realização do evento, acervo fotográfico e texto descritivo sobre as
atividades desenvolvidas.

OSTENSIVO - 7-12 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

CAPÍTULO 8
PROJETO SITUAÇÕES, ENSINAMENTOS E RESULTADOS DOS
FUZILEIROS NAVAIS (SER-FN)

8.1. PROPÓSITO
Apresentar as orientações básicas necessárias para o gerenciamento e controle do
Projeto Situações, Ensinamentos e Resultados dos Fuzileiros Navais (SER-FN) visando o
fortalecimento de vínculos, entre o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e seus militares, assim
como incrementar o sentimento de pertencimento.
8.2. CONCEITO DO SER-FN
O Projeto Situações, Ensinamentos e Resultados dos Fuzileiros Navais (SER-FN) se
propõe a compartilhar conhecimentos e experiências profissionais, por intermédio de
entrevistas com temas que envolvam situações vividas pelos Fuzileiros Navais, que tragam
ensinamentos e resultados concretos, que contribuem para fortalecimento do
comprometimento, das crenças e do sentimento de pertencimento para o público interno.
Além disso, para o público externo contribui para a divulgação do ethos (conjunto de traços e
modos de comportamento que conformam o caráter ou a identidade de uma coletividade)
dos Fuzileiros Navais, por meio de mídias sociais da Marinha do Brasil, em formato de
podcast para publicação online.
Os Oficiais e Praças com graduação superior à de 3ºSG-FN, da Ativa ou da Reserva
Remunerada, serão os instrumentos pedagógicos que comporão o grupo de possíveis
entrevistados. Esses militares e suas situações vividas serão selecionados, conforme critérios
estabelecidos nesta Norma.
O controle do Projeto SER-FN é realizado pela Comissão Técnica do Programa de
Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais
(PODERH-CFN), subordinada à Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do
Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), designada em Portaria do CGCFN.

OSTENSIVO - 8-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

8.3. OBJETIVO DO SER-FN


O SER-FN é um projeto de cunho institucional, inserido no Programa
Comprometimento do PODERH-CFN voltado ao público interno e externo do CFN que tem
como propósito a divulgação do ethos do CFN, facilitando o acesso de conteúdo de qualidade
para a sociedade. O Projeto ainda contribui para o fortalecimento dos vínculos dos militares
do CFN com a Instituição, por meio de ensinamentos que ressaltam os Valores Essenciais, os
resultados decorrentes das situações vividas pelos militares, sendo inspiradores para quem
os assiste. Seu público-alvo engloba a sociedade e todos os militares do CFN.
8.4. INSTRUÇÕES E METODOLOGIA DO SER-FN
O Projeto SER-FN será direcionado a disseminar ideias, geralmente na forma de
conversas curtas e persuasivas, concentrando conhecimentos em entrevistas de até trinta
minutos, mantendo os ouvintes atentos e facilitando o entendimento do que é falado, o que
torna as apresentações ainda mais ricas. Para tanto devem ser seguidas as orientações
contidas no Anexo X.
8.5. INSCRIÇÃO NO PROJETO, PROCESSO SELETIVO E DESENVOLVIMENTO
Os militares, observadas as condições estabelecidas no artigo 8.2, poderão se
inscrever no Projeto SER-FN pelo envio de e-mail para a caixa-postal
cgcfn.poderh@marinha.mil.br, constante do sítio eletrônico do Comando-Geral do Corpo de
Fuzileiros Navais.
A inclusão de militares no Projeto SER-FN estará condicionada à aprovação da
Comissão Técnica do PODERH-CFN. Serão levados em consideração se a situação
apresentada pelo militar trará ensinamentos e resultados que contribuam para o
fortalecimento das crenças, comprometimento dos militares, elevando o sentimento de
Pertencimento destes. No que tange à mensagem que será transmitida à sociedade, o ethos
de ser um Fuzileiro Naval estará no bojo dos Valores Essenciais transmitidos decorrentes das
entrevistas no podcast do Projeto SER-FN.
A Comissão Técnica do PODERH-CFN efetuará contato com o candidato, a fim de
informar sobre a seleção de seu trabalho. A seleção ocorrerá em duas fases; a primeira será
uma análise do texto enviado pelo militar proponente, na qual serão pré-selecionados dez
trabalhos; e a segunda fase, que levará em consideração o que está estabelecido no artigo

OSTENSIVO - 8-2 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

8.4, que versa sobre a metodologia das apresentações. Por fim, serão selecionados seis
militares que serão entrevistados no auditório do CGCFN ou no auditório do CIASC,
bimestralmente, no decorrer de cada ano.
8.6. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
8.6.1. Comissão técnica do PODERH-CFN:
a) coordenar e executar o Projeto SER-FN;
b) divulgar o Projeto SER-FN, no âmbito da MB, por meio dos canais de
comunicação institucionais disponíveis, contando para tanto, com o apoio técnico da
Assessoria de Comunicação Social do CGCFN;
c) selecionar os trabalhos enviados pelos militares proponentes em duas fases: pré-
seleção de dez trabalhos escritos (1ª fase) e a apresentação oral dos mesmos, para a seleção
dos seis melhores, considerando aspectos enumerados no artigo 8.4 (2ª fase);
d) publicação de nota em BONO, em março, divulgando o Projeto SER-FN,
solicitando que os interessados encaminhem seus trabalhos até o mês de abril do ano em
curso;
e) reserva do auditório do CGCFN, para consecução da segunda fase;
f) solicitação a Assessoria de Comunicação Social do Gabinete do CGCFN para que
providencie material de filmagem para as apresentações dos militares; e
g) solicitação ao CIASC de reserva de auditório para o avento, caso sejam realizados
no CIASC.
8.6.2. Assessoria de Comunicação Social do Gabinete do CGCFN:
a) providenciar equipamentos de filmagem para o evento do Projeto SER-FN, a ser
realizado no CGCFN ou no CIASC; e
b) editar os filmes selecionados para posterior divulgação, em formato de podcast,
nas mídias sociais da Marinha do Brasil e do CFN.
8.6.3. Participante do projeto:
a) solicitar sua inscrição em conformidade com os critérios estabelecidos; e
b) manter contato com a Comissão Técnica do PODERH-CFN para informar sobre o
andamento do processo ou de sua desistência do Projeto.

OSTENSIVO - 8-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

8.6.4. Assessoria Especial de Sistemas Digitais do CFN (CGCFN-40):


Elaborar e manter sistema informatizado de banco de dados que possa dar suporte às
atividades desenvolvidas pelo Projeto SER-FN.

OSTENSIVO - 8-4 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO A
ESCALA DE INTENÇÕES COMPORTAMENTAIS DE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL
(EICCO)

1. Conceito da EICCO
A EICCO fundamenta-se na perspectiva teórica que preconiza a existência de
intenções norteadoras dos comportamentos humanos. Trata-se da Teoria da Ação Racional
cujo modelo incorpora as noções de afeto, crenças, intenções e comportamento. Segundo
Siqueira (Idem e Ibidem, pg 69, 2008):
O afeto refere-se aos sentimentos do indivíduo em direção a um objeto, pessoa ou
evento, para cuja avaliação, o objeto da atitude deverá ser colocado perante o indivíduo em
uma dimensão bipolar, de modo que possa apresentar maior nível de desejabilidade ou
indesejabilidade frente ao objeto sob avaliação. O componente crenças diz respeito à
informação que a pessoa tem sobre o objeto da atitude, vinculando um objeto a um
atributo. O terceiro elemento, intenção comportamental, indica a probabilidade subjetiva de
um sujeito desempenhar um comportamento, a qual poderá ser avaliada criando uma
situação em que a pessoa, ao longo de uma dimensão de probabilidade subjetiva, relacione
essa probabilidade com sua ação. Por fim, o comportamento refere-se ao que a pessoa
efetivamente realiza, recorrendo a fatos observáveis.
Alinhado à Teoria Racional, Ajzen e Fishbein (1977) propuseram e validaram a EICCO
tomando o fator “intenções comportamentais” como o elo que viabiliza a intermediação da
atitude (sentimentos), com crenças (cognições) e com comportamento comprometido
propriamente dito. Dessa forma, a EICCO foi constituída com vinte itens ou
situações-problema distribuídos em quatro fatores que envolvem as principais dimensões
comportamentais de comprometimento dos militares. As dimensões comportamentais são:
Participação; Melhor Desempenho e Produtividade; Empenho Extra ou Sacrifício Adicional; e
Defesa da Organização, distribuídos conforme quadro a seguir:

OSTENSIVO - A-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

ITENS
NOMES DOS
ESPECIFICAÇÕES (PERGUNTAS DO
FATORES
EICCO)
É composto de fatores relacionados à intenção do
pessoal em participar das atividades, políticas e dos
1, 2, 5, 7, 10 e 20
Participação programas da organização da qual fazem parte, de
modo a identificar problemas e pontos fracos, bem
como fornecer sugestões e resoluções para estes.
Melhor Aumento do nível de desempenho dos militares
Desempenho mediante solicitação da organização, bem como sua
3, 11, 13, 14 e 17
e capacidade de reavaliar a eficácia e eficiência das
Produtividade forma de trabalho.
Empenho Corresponde à dedicação extra dos militares em prol
Extra e da organização, como respostas às necessidades
4, 9, 15 e 19
Sacrifício emergenciais, bem como abdicação temporária, ou
Adicional até mesmo permanente, de benefícios e vantagens.
Disposição em defender a organização frente as
Defesa da
críticas com s sua imagem interna e externa, estando 6, 8, 12, 16 e 18
Organização
ligado diretamente ao sentimento de pertencimento.

Para todos os itens da EICCO seguem-se dois itens que buscam investigar se o peso da
decisão sobre as situações que envolvem intenções comportamentais de comprometimento
com a organização tenderia mais para razões emocionais (Base Afetiva) ou para recompensas
e custos associados à permanência na organização (Base Instrumental). A justificativa da
opção por uma postura associada à maior ou à menor grau de comprometimento é
recorrente aos vinte itens da EICCO e apresenta três categorias de resposta a escolha relativa
à importância dos motivos que justificam: Nenhuma, Pouca ou Muita, conforme planilha a
seguir:
Motivos Nenhuma Pouca Muita
Gostar ou me sentir afetivamente ligado à organização.
Ter ganhos ou evitar perdas em agir dessa forma.

OSTENSIVO - A-2 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102
2. Aplicação, Apuração e Interpretação dos Resultados da EICCO
A presente escala é um instrumento psicométrico autoadministrada, e sua aplicação
pode se dar tanto individual como coletivamente. A aplicação, geralmente dura em torno de
vinte minutos, sem exigência de acréscimos para a complementação da tarefa. Entretanto,
algumas condições ambientais se fazem necessárias: ambiente tranquilo e sem estímulos
que possam desviar a concentração dos respondentes. Importante ressaltar que essas
condições devem ser respeitadas para garantir o real julgamento dos pesquisados.
Quanto ao cálculo dos escores da EICCO assim como da escala total é muito simples:
média aritmética dos itens que integram cada fator (Participação; Melhor Desempenho e
Produtividade, Empenho Extra ou Sacrifício Adicional, Defesa da Organização), assim como a
média aritmética de todos os itens que integram a escala. Este escore, de acordo com a
escala utilizada, variará de 1 (menor comprometimento) a 7 (máximo comprometimento).
Por exemplo, considerando a pergunta teste a seguir:
Imagine que você recebe uma proposta de trabalho de outro órgão público de menor porte
do que a sua Instituição, mas que oferece uma remuneração significativamente superior ao
que você recebe na organização em que trabalha. O que você faria?

Opção A Opção B
Eu não tomaria alguma Eu tomaria alguma iniciativa no
iniciativa no sentido de 1 2 3 4 5 6 7 sentido de mudar para a nova
X
mudar para a nova organização.
organização.
Nesse exemplo, o avaliado colocou um X no quadrado mais próximo da opção B. O
pesquisador ao transportar a resposta para a planilha de Excel deverá marcar o número 7,
uma vez que o X equivale à sétima posição da sequência de quadrados.
O mesmo procedimento deverá ser dado para a tabela de motivos, tanto de Base
Afetiva como a Base Instrumental. No exemplo a seguir, o respondente marcou um X para a
opção Pouca, Base Afetiva, que corresponde ao número 2, e Muita que corresponde ao
número 3. São os números que serão transportados para a planilha de Excel correspondente.
Exemplo: Indique, abaixo, a importância dos motivos que justificam a opção (A ou B)
que você escolheu.

OSTENSIVO - A-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102
1 2 3
Motivos
Nenhuma Pouca Muita
Gostar ou me sentir afetivamente ligado à organização.
X
(BASE AFETIVA)
Ter ganhos ou evitar perdas em agir dessa forma.
X
(BASE INSTRUMENTAL)

Após a tabulação de todos os resultados na planilha de Excel e o cálculo das médias


aritméticas de todos os itens, o pesquisador deverá estabelecer a correspondência entre os
escores obtidos com a escala de faixas percentílicas que descrevem os diferentes níveis ou
patamares de comprometimento, assim como da importância das bases afetivas e
instrumentais como justificativas para tal comprometimento. São quatro níveis de
comprometimento, ou faixas de desempenho: Baixo (1 a 19); Médio Baixo (20 a 44); Médio
Alto (45 a 69) e Alto (70 a 100). Para a importância dos motivos da escolha por uma ou outra
opção de resposta, as bases foram classificadas em três faixas de desempenho
correspondentes às categorias de resposta. Tanto para a Base Afetiva como Base
Instrumental são utilizadas três níveis de importância: Nenhuma, Pouca e Muita.
Para a Base Afetiva os postos percentílicos foram dispostos da seguinte maneira:
Nenhuma (1 a 19); Pouca (20 a 39) e Muita (40 a 100) e para a base instrumental os postos
percentílicos foram dispostos da seguinte maneira: Nenhuma (1 a 19); Pouca (20 a 59) e
Muita (60 a 100).
A seguir, as Tabelas com as Escalas Percentílicas dos Fatores e dos Motivos de Bases
Afetiva e Instrumental.
Tabela de Normas da EICCO
Escala Percentílica
01 - 19 20 - 44 45 - 69 70 - 100
Participação
≤ 4,50 4,51 < x ≤ 5,50 5,51 < x ≤ 6,17 > 6,17
Empenho extra ou
≤ 4,40 4,41 < x ≤ 5,00 5,01 < x ≤ 5,80 > 5,80
sacrifício adicional
Melhor desempenho e
≤ 4,40 4,41 < x ≤ 5,40 5,41 < x ≤ 6,20 > 6,20
produtividade
Defesa da organização ≤ 4,25 4,26 < x ≤ 5,00 5,01< x ≤ 6,25 > 6,25
Escore médio ≤ 4,43 4,44 < x ≤5,35 5,36 < x ≤ 6,10 > 6,10
Baixo Médio Baixo Médio Alto Alto

OSTENSIVO - A-4 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102
Tabela de normas para interpretação do grau de importância da Base Afetiva para
tomada de decisão que envolvem comprometimento organizacional.
Escala Percentílica
01-19 20-39 40-100
Participação ≤ 2,00 2,01 < x ≤ 2,33 > 2,33
Empenho extra ou sacrifício adicional ≤ 1,75 1,76 < x ≤ 2,00 > 2,00
Melhor desempenho e produtividade ≤ 1,80 1,81 < x ≤ 2,20 > 2,20
Defesa da organização ≤ 1,91 1,92 < x ≤ 2,20 > 2,20
Escore médio ≤ 1,90 1,91 < x ≤ 2,25 > 2,25
Nenhuma Pouca Muita

Tabela de normas para interpretação do grau de importância da Base Instrumental


para tomada de decisão que envolve comprometimento organizacional.
Escala Percentílica
01-19 20-59 60-100
Participação ≤ 1,83 1,84 < x ≤ 2,33 > 2,33
Empenho extra ou sacrifício adicional ≤ 1,75 1,76 < x ≤ 2,75 > 2,75
Melhor desempenho e produtividade ≤ 2,00 2,01 < x ≤ 2,75 > 2,75
Defesa da organização ≤ 1,40 1,41 < x ≤ 2,20 > 2,20
Escore médio ≤ 1,85 1,86 < x ≤ 2,45 > 2,45
Nenhuma Pouca Muita
Fonte: Siqueira e colaboradores, 2008, Idem, Ibidem pgs. 76-77
Esse conjunto de normas propostas para o uso da EICCO permite identificar tanto o
nível de comprometimento organizacional dos militares pesquisados, como de turmas de
Oficiais avaliados previamente. Pode-se, também, avaliar o peso com que elementos Afetivos
e Instrumentais são utilizados para justificar as decisões (opções) que os respondentes
tomam e que podem conduzir a comportamentos indicadores de comprometimento com o
CFN. Assim sendo, a identificação dos níveis de comprometimento e do peso das duas Bases
podem ser interpretados a partir de parâmetros comparativos extraídos da amostra em que
a escala foi validade e normatizada.
3. Adaptação da EICCO para a Realidade do CFN
Em novembro de 2010, o CGCFN contratou uma equipe de professores de estatística
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e junto com os militares participantes do
Programa trabalharam na adaptação da EICCO para o CFN e a validaram cientificamente.
Parafraseando Mendes (2008), a EICCO adaptada caracteriza-se como uma escala que
oferece situações-problema específicas ao Fuzileiro Naval, buscando-se inferir a partir das
escolhas efetuadas, a força da presença do traço latente por ela mensurada. A escala
revela-se congruente com os princípios de uma perspectiva comportamental para se estudar

OSTENSIVO - A-5 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102
o comprometimento organizacional, que deve ser analisado como um processo que
relaciona o militar a um curso de ação, cujos comportamentos indicam um sentimento de
responsabilidade para com os objetivos, valores e virtudes essenciais adotados pelo CFN. Da
mesma forma, as bases do comprometimento organizacional são tomadas como explicações
elaboradas pelo militar para justificar o curso de ação escolhido.
As perguntas (itens) que constituem a EICCO foram identificadas e elaboradas para
atender diversas organizações, indiferente do segmento de atuação, portes, investimentos
em tecnologia, número de militares etc. O objetivo é viabilizar estudos comparativos entre
organizações, assim como padronizar a apuração e interpretação dos resultados da EICCO.
No entanto, essa padronização pode abordar situações de forma inadequada para algumas
instituições, em especial as ligadas as Forças Armadas, como a Marinha. Consonante com
essa perspectiva, o CGCFN propôs a adequação da ferramenta a sua realidade.
Com esse objetivo, as perguntas originais foram reformuladas para atender às
especificidades do CFN, sem contudo alterar os fatores (Participação - Melhor Desempenho e
Produtividade - Empenho Extra ou Sacrifício Adicional - Defesa da Organização) e suas
respectivas especificações e numeração dos itens.
A escala foi adaptada à realidade do CFN, tendo sido aplicada a 320 Aspirantes da
Escola Naval, com o intuito de avaliar a compreensão das situações apresentadas e a
adequação da linguagem utilizada. Os participantes foram orientados a responderem as
questões considerando os objetivos do teste piloto.
Quanto aos aplicadores, foram orientados a identificarem dificuldades de
compreensão das situações presentes nas questões, assim como no preenchimento dos
itens.
Após a aplicação, os dados dos questionários da EICCO foram tabulados, analisados e
interpretados por meio da Tabela de Normas da Escala de Intenções Comportamentais, e os
níveis de importância baseados nas Tabelas de normas para interpretação do grau de
Importância da Base Afetiva e da Base Instrumental para tomada de decisões que envolvem
comprometimento organizacional propostas por Menezes (2006).
4. Aplicação da EICCO Adaptada
A EICCO deverá ser aplicada no primeiro ano de Segundo-Tenente, no último ano de
Primeiro-Tenente ou a qualquer momento, durante a carreira do jovem Oficial, a fim de que
sejam aferidos extratos sobre o grau de comprometimento e pertencimento dos militares,
desde sua entrada no Programa até a sua conclusão. Desta forma, poderão ser realizadas
comparações, com a observação da ocorrência ou não de variações comportamentais dentre
OSTENSIVO - A-6 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102
estes contextos, que possam relacionar-se com o aproveitamento das ações juntos aos
participantes ou apenas interferências contextuais do cenário social. Tal análise pode
configurar-se como um feedback à Coordenação para alterações de conduta e
aprimoramento do planejamento do Programa.

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INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO B

INVENTÁRIO DE VALORES ORGANIZACIONAIS (IVO)

1. Conceito do IVO
O IVO é um instrumento que avalia as percepções dos Fuzileiros em relação aos
comportamentos e valores constitutivos da Identidade CFN.
A seguir são apresentados os significados atribuídos aos valores presentes no IVO,
segundo considerações doutrinárias, presentes na Revista do Corpo de Fuzileiros Navais, ano
XXIX, Edição Extra 2010 e na brochura da Rosa das Virtudes:
O valor Honra (valor essencial do CFN) avalia a preocupação do CFN com a estima e
autoestima de seus militares. Mensura, igualmente, o quanto a organização valoriza a justiça,
a igualdade, a responsabilidade e a equidade. Mensura o acomodamento harmônico da
organização com o seu meio ambiente, respeitando a natureza e as demais Forças Armadas.
O valor Competência (valor considerado essencial pelo CFN) avalia a tendência da
organização a perceber o militar como sendo uma entidade competente, o que lhe permite
certa autonomia em suas decisões, habilitado para perseguir os seus próprios interesses e
fixar suas metas em harmonia com as metas e normas do CFN. Este fator revela o grau de
importância dada pela organização à criatividade individual e o grau de valorização da
responsabilidade individual.
O valor Determinação (valor essencial do CFN) avalia o quanto o CFN valoriza a
determinação de seus militares respeitarem os costumes e estruturas de poder já existentes,
promovendo a manutenção do status quo e da interdição de comportamentos que possam
perturbar as normas e as tradições do CFN.
O valor Hierarquia avalia a valorização por parte do CFN da autoridade, do poder
social, da influência, da fiscalização e da supervisão. Um escore elevado neste fator expressa
a preferência da organização pela hierarquia, pela distribuição hierárquica de recursos
humanos e de papéis sociais e funcionais na organização.
O Inventário formulado à realidade dos Fuzileiros foi aplicado a 320 Aspirantes da
Escola Naval, com o intuito de avaliar a compreensão das situações apresentadas e a
adequação da linguagem utilizada. Os participantes foram orientados a responderem as
questões considerando os objetivos do teste piloto.
Quanto aos aplicadores, foram orientados a identificarem dificuldades de
compreensão das situações presentes nas questões, assim como no preenchimento dos
OSTENSIVO - B-1 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

itens. Após a aplicação, os dados de 320 questionários do IVO foram tabulados e validados os
resultados.
2. Aplicação, Apuração dos Resultados e Interpretação do IVO
A estrutura do IVO prevê sua autoadministração. Dessa forma, ele pode ser
administrado coletivamente. As suas instruções são suficientemente claras e simples e são
corretamente compreendidas pelos militares. A avaliação dos valores é realizada ao nível dos
valores realmente praticados na organização e ao nível dos valores desejados. Nada impede,
porém, que dependendo dos interesses do pesquisador, os valores sejam avaliados
exclusivamente a um dos níveis acima mencionados. Neste caso, elimina-se na folha de
resposta a parte “Desejável” e adaptam-se as “Instruções” da seguinte forma:
a) Elimina-se a Frase - “esta avaliação deve ser feita a dois níveis: Real: quanto cada
item é importante na realidade atual da sua organização; Desejável: quanto cada item
deveria ser importante para sua organização”;
b) Modificar a Seguinte Instrução - “coloque um círculo em torno do número
escolhido para cada um aspecto - Real e Desejável - na coluna correspondente”. A instrução
correta seria: “coloque um círculo em torno do número escolhido”.
Caso a sua opção seja a de averiguar somente a percepção do “Real” dos
respondentes a apuração é relativamente simples: realiza-se calculando a média dos itens
que compõem a cada um dos polos das quatro dimensões: Honra, Competência,
Determinação e Hierarquia.
Facilitando a compreensão: Se são oito Fuzileiros Navais respondendo o IVO, o
avaliador deverá achar a média aritmética das respostas atribuídas a cada item, como
exemplo a seguir:

Item
1.Capacidade de lidar com o novo durante adestramento e sob a tensão do combate
Fuzileiros Notas
1 João 5
2 Sérgio 4
3 Ricardo 2
4 Mário 6
5 Fernando 5
6 Francisco 3
7 Roberto 5
8 Pedro 6
Média 4,5

OSTENSIVO - B-2 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

A média de cada item, de todos os respondentes, deverá ser transportada para o


quadro de Nível de Importância. O quadro de Nível de Importância possui colunas com os
fatores avaliados: Honra, Competência, Determinação, Hierarquia e seus respectivos itens,
conforme quadro a seguir:
c) Quadro do Nível de Importância por Fator

Tipos Motivacionais
Itens do Médias Itens do Médias dos Itens do Médias Itens do Médias
IVO dos Itens IVO Itens IVO dos Itens IVO dos Itens
Valor Valor Valor Valor
Determina-
Honra Competência Hierarqui
ção
a
6 1 2 9
12 3 7 10
13 4 8 17
14 5 11 18
15 21 16 19
25 23 20
26 31 22
29 32 24
30 33 27
34 28
35
36
Soma das Médias

Após o preenchimento do quadro, o avaliador deverá somar todas as médias por


fator e comparar o resultado com as tabelas de classificação a seguir:

Fator Honra
0 a 13,5 13,6 a 27 27,1 a 40,5 40,6 a 54
Pouca Importância Média Importância Muita Importância Alta Importância

Fator Competência
0 a 18 18,1 a 36 36,1 a 54 54,1 a 72
Pouca Importância Média Importância Muita Importância Alta Importância

OSTENSIVO - B-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

Fator Determinação
0 a 7,5 7,5 a 15 15,1 a 22,5 22,6 a 30
Pouca Importância Média Importância Muita Importância Alta Importância

Fator Hierarquia
0 a 15 15,1 a 30 30,1 a 45 45,1 a 60
Pouca Importância Média Importância Muita Importância Alta Importância

3. IVO com as Opções “Real” e “Desejável”


Importante relembrar que os valores presentes no IVO são os próprios do CFN. Sendo
assim, todos os valores presentes nos fatores e itens do Inventário formulado são desejáveis
pelo CFN e deveriam ser percebidos com de “Alta Importância” para os Fuzileiros Navais
avaliadores.
Na coluna “Real” o respondente atribui uma nota que reflete a sua percepção em
relação ao nível de adesão aos comportamentos e valores dos Fuzileiros Navais de sua
Unidade. Já a nota atribuída aos itens na opção “Desejável” reflete o quanto que o militar
deseja a presença ou desenvolvimento do comportamento ou valor contido no item
avaliado.
No exemplo a seguir podemos observar e analisar o alinhamento, ou não, entre as
percepções do Real e Desejável de oito Fuzileiros Navais em relação ao item “1.Capacidade
de lidar com o novo durante adestramento e sob a tensão do combate” do fator
Competência.

Item
1. Capacidade de lidar com o novo durante adestramento e sob a tensão do combate
Fuzileiros Real Desejável
1 João 5 6
2 Sérgio 4 6
3 Ricardo 2 4
4 Mário 6 6
5 Fernando 5 6
6 Francisco 3 6
7 Roberto 5 6
8 Pedro 6 6

OSTENSIVO - B-4 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

No quadro acima, verifica-se que o Fuzileiro Naval Pedro (nº 8) percebe a presença da
“capacidade de lidar com o novo durante adestramento e sob tensão” e a deseja. Esse
alinhamento nos permite inferir que Pedro compartilha integralmente desse
comportamento/ valor. Já o Fuzileiro Naval Ricardo (nº 3) não percebe a presença no dia a
dia desse comportamento e atribui relativa importância a ele.
A análise da harmonia ou não entre o Real e o Desejável dos comportamentos e
valores permitirão ao CGCFN:
a) ajustar seus programas de divulgação e treinamento dos valores essenciais e das
virtudes que compõem a “Rosa de Virtudes” adotados pelo CFN;
b) identificar possíveis razões para a evasão de novos Oficiais, e
c) conhecer os valores subjetivos de seus militares, e consequentemente, a sua
identificação com os valores e virtudes estruturantes da identidade do CFN.
Logo, é importante calcular a diferença entre a percepção dos Fuzileiros Navais e os
valores desejados pelo CGCFN. Essa pequena operação nos permitirá identificar o valor
(virtude) que precisa ser mais divulgado e vivenciado pelos militares.
4. Aplicação do IVO
O IVO deverá ser aplicado no primeiro ano de Segundo-Tenente, no último ano de
Primeiro-Tenente ou a qualquer momento, durante a carreira do jovem Oficial, a fim de que
sejam aferidos extratos sobre o grau de incorporação dos valores institucionais, desde sua
entrada no Programa até a sua conclusão. Desta forma, poderão ser realizadas comparações,
com a observação da ocorrência ou não de variações comportamentais dentre estes
contextos, que possam relacionar-se com o aproveitamento das ações juntos aos
participantes ou apenas interferências contextuais do cenário social. Tal análise pode
configurar-se como um feedback à Coordenação para alterações de conduta e
aprimoramento do planejamento do Programa.

OSTENSIVO - B-5 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO C
PROA-CFN - QUESTIONÁRIO INICIAL DO ORIENTADOR
=============================================
QUESTIONÁRIO INICIAL DO ORIENTADOR

1) O senhor é voluntário para ser orientador do PROA-CFN?


___________________________________________________________________________
2) Oficial (Posto - NIP - Nome):
___________________________________________________________________________
3) Residência:
___________________________________________________________________________
4) Telefone (trabalho/ celular):
___________________________________________________________________________
5) E-mail:
___________________________________________________________________________
6) OM:
___________________________________________________________________________
7) Religião:
___________________________________________________________________________
8) Time:
___________________________________________________________________________
9) Esportes que pratica:
___________________________________________________________________________
10) Como foi sua experiência como orientado do PROA-CFN? Comente.
___________________________________________________________________________
11) Ingresso na vida militar:
( ) Colégio Naval ( ) CIAW ( ) CIAMPA
( ) Escola Naval ( ) CIASC ( ) CIAA
( ) Outros_________________________

OSTENSIVO - C-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

12) Razão de escolha da MB:


___________________________________________________________________________
13) Razão de escolha do CFN:
___________________________________________________________________________
14) Expectativa inicial com o CFN:
___________________________________________________________________________
15) Em que aspectos você se identifica com o CFN?
___________________________________________________________________________
16) Residiu em outros estados/ países? Qual o motivo? O que achou?
___________________________________________________________________________
17) Atividades exercidas na EN ou CIAW e hobbies (equipes / grêmios / Sociedade Acadêmica
Phoenix Naval - SAPN):
___________________________________________________________________________
18) Conhecimento de idiomas:
___________________________________________________________________________
19) Áreas de interesse/ leitura:
___________________________________________________________________________
20) Quais OM o Sr. serviu:
___________________________________________________________________________
21) Tem interesse em servir fora de sede?
___________________________________________________________________________
22) Após seu tempo de Oficial subalterno/ intermediário, houve alteração nos seus objetivos
de carreira?
( ) Sim
( ) Não
Justifique:
___________________________________________________________________________

OSTENSIVO - C-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102
ANEXO D
PROA-CFN - MODELO DE PORTARIA DA COMISSÃO DE ORIENTADORES
===================================================================

MARINHA DO BRASIL

COMANDO DO PESSOAL DE FUZILEIROS NAVAIS


10/011

PORTARIA Nº /CPesFN, DE DE __________ DE 20___.

Designar Oficiais para comporem a


Comissão de Orientadores do Programa de
Orientação e Acompanhamento à Carreira
dos Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais
(PROA-CFN).

O COMANDANTE DO PESSOAL DE FUZILEIROS NAVAIS, no uso das


atribuições que lhe conferem as alíneas d e z, art. 5.2.3 da OGSA, resolve:

Art. 1º Designar os Oficiais, abaixo relacionados, para comporem a Comissão


de Orientadores do PROA-CFN da turma _____, de acordo com a CGCFN-102 – Normas do
Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do Corpo de
Fuzileiros Navais (PODERH-CFN).

Art. 2º A Comissão deverá realizar o acompanhamento profissional dos


Segundos-Tenentes FN, QC-FN e AFN nomeados em _____, até o último ano no posto de
Primeiro-Tenente. O trabalho da Comissão terá por objetivo permitir a disseminação de
orientações relativas à carreira, bem como aumentar a capilaridade do CGCFN entre seus
Oficiais, por meio de uma interface personalizada, seguindo as tendências de uma moderna
gestão de recursos humanos.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na presente data.

(Nome)
Vice-Almirante (FN)
Comandante
ASSINADO DIGITALMENTE
Distribuição:
Arquivo

OSTENSIVO - D-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO E
PROA-CFN - QUESTIONÁRIO INICIAL DO ORIENTADO

QUESTIONÁRIO INICIAL DO ORIENTADO

1) OFICIAL (POSTO-NIP-NOME):

_______________________________________________________________________________________

2) RESIDÊNCIA:

______________________________________________________________________________________

3) TELEFONE (TRAB/CEL):

______________________________________________________________________________________

4) E-MAIL:

______________________________________________________________________________________

5) OM ATUAL E QUAIS JÁ SERVIU?

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

6) RELIGIÃO: ______________________________________________________________________________

7) ESPORTES QUE PRATICA:

______________________________________________________________________________________

8) TIME: __________________________________________________________________________________

9) INGRESSO NA VIDA MILITAR:

( ) COLÉGIO NAVAL ( ) CIAW ( ) CIAMPA

( ) ESCOLA NAVAL ( ) CIASC ( ) CIAA ( ) OUTROS___________________________

10) RAZÃO DE ESCOLHA DA MB: __________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

11) RAZÃO DE ESCOLHA, MAIS ESPECIFICAMENTE DO CFN:__________________________________

______________________________________________________________________________________
OSTENSIVO - E-1 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

12) TEM INTENÇÕES DE CURSOS? CITE QUAIS.

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

13) NA CARREIRA, QUAL ÁREA QUE DESEJA SEGUIR/DESENVOLVER-SE:

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

14) EXPECTATIVA PARA COM O CFN:

______________________________________________________________________________________

15) EM QUE MEDIDA ACREDITA QUE A MB CONFIGURA-SE COMO UMA BOA ESCOLHA PROFISSIONAL?

______________________________________________________________________

16) EM SUA OPINIÃO, QUE ASPECTOS CARACTERIZAM UM BOM MILITAR?

_____________________________________________________________________________________

17) EM QUE ASPECTOS VOCÊ SE IDENTIFICA COM O CFN?

_____________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

18) RESIDIU EM OUTROS ESTADOS / PAÍSES? QUAL O MOTIVO? O QUE ACHOU?

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

19) ATIVIDADES EXERCIDAS NA EN OU CIAW E HOBBIES (EQUIPES / GRÊMIOS / SAPN):

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

20) CONHECIMENTO DE IDIOMAS:

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________
OSTENSIVO - E-2 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

21) ÁREAS DE INTERESSE / LEITURA:

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

22) TEM INTERESSE EM SERVIR FORA DE SEDE?

______________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

OSTENSIVO - E-3 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO F
PROA-CFN - MODELO DE CARTA DE APRESENTAÇÃO
====================================================================
COMANDO DO PESSOAL DE FUZILEIROS NAVAIS
Fortaleza de São José s/n, Ilha das Cobras - Centro
CEP: 20091-000 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2126-5140 - secom@cpesfn.mar.mil.br

Carta no - CPesFN-MB
10/080.1

Rio de Janeiro, __ de _________ de 20___.


Ao Senhor
JORGE FELIPE DA SILVA PEREIRA
Rua Gomes Carneiro, nº 12/901
20030-000 - Rio de Janeiro - RJ

Assunto: Boas-Vindas

Prezado Oficial,

1. No momento em que Sr. inicia a carreira como Oficial Fuzileiro Naval, é com muita
satisfação que, em nome do Comandante-Geral do CFN, tenho a honra de apresentar-lhe as boas vindas ao
Corpo de Fuzileiros Navais. Como parcela intrínseca, portanto, indissociável, do Poder Naval, cultivamos o
“Espírito de Corpo” e as tradições valorizando nossa história.
O CFN tem como valores essenciais: HONRA, COMPETÊNCIA, DETERMINAÇÃO e
PROFISSIONALISMO. Esses valores devem nortear sua vida na lide diária, tanto no trato profissional como
no âmbito privado e são determinantes para consolidar o CFN como a força estratégica, por excelência, de
caráter expedicionário, de pronto-emprego e de projeção de poder, disponível para a defesa dos
interesses da Nação.
2. Como Comandante do Pessoal de Fuzileiros Navais, cabe-me zelar pela sua carreira que,
tenha certeza, é muito importante para o CFN. Sua trajetória como Oficial Fuzileiro Naval nada mais será do
que o somatório das diversas experiências obtidas no desempenho das funções que V. Sa. exercerá ao lon-
go de sua carreira. O CFN, e em particular o Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN), desejam e
trabalham para que V.Sa. tenha as melhores condições para percorrer uma trajetória de sucesso no Corpo
de Fuzileiros Navais.
3. Para tanto, foi desenvolvido o Programa de Orientação e Acompanhamento à Carreira dos
Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais (PROA-CFN), que é destinado a orientar profissionalmente os
Oficiais do CFN, desde o início de sua carreira até o último ano de Primeiro-Tenente, por meio de contatos
periódicos estabelecidos com um grupo de orientadores selecionados, sob a supervisão do CPesFN,
disseminadores da linha de pensamento do CFN. Este instrumento pioneiro permitirá a disseminação de
orientações relativas à carreira, bem como aumentará a capilaridade do Comando-Geral do Corpo de
OSTENSIVO - F-1 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

Fuzileiros Navais (CGCFN) entre os Oficiais do CFN por meio de uma interface mais personalizada, seguindo
as tendências de uma moderna gestão de recursos humanos.

4. Jovem Segundo-Tenente Fuzileiro Naval, confie no seu orientador, Oficial da mais alta
estirpe, criteriosamente selecionado para interagir com Sr. em um moderno processo de orientação
profissional, o PROA-CFN. Cultive o orgulho de pertencer à nossa Marinha e seja comprometido com o
nosso CFN, praticando e cultivando os nossos valores essenciais. Seja muito bem-vindo.

ADSUMUS!

(Nome)
Vice-Almirante (FN)
Comandante
Cópia:
Arquivo

0062002.00000122/2017-17

OSTENSIVO - F-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO G
PROA-CFN - RELATÓRIO ANUAL DO ORIENTADOR
=====================================================================
RELATÓRIO ANUAL DO ORIENTADOR
Orientador (Posto/ Quadro):
______________________________________________________________________________
E-mail:________________________________________________________________________
Contato (Telefone/ Celular):_______________________________________________________
OM:__________________________________________________________________________
1) Número de orientados:_________________________________________________________
2) Qual a principal dúvida ou questionamentos mais frequentes por parte de seus orientados:
( ) informações sobre adestramentos operativos/ OM
( ) requisitos de cursos
( ) informações sobre missões exterior
( ) satisfação profissional
( ) plano de carreira
( ) questões psicossociais – especifique:
______________________________________________________________________________
( ) outros: _____________________________________________________________________
3) Em relação a questão anterior, assinale o questionamento de segunda maior importância:
( ) informações sobre adestramentos operativos/ OM
( ) requisitos de cursos
( ) informações sobre missões exterior
( ) plano de carreira
( ) questões psicossociais – especifique:
______________________________________________________________________________
( ) outros:

OSTENSIVO - G-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

4) Como foi a qualidade da interação junto aos orientados?


( ) boa
( ) regular
( ) ruim
( ) não houve

5) Qual principal dificuldade no processo de orientação:


( ) dificuldade na construção de relação interpessoal
( ) distanciamento físico
( ) dificuldades na realização dos contatos
( ) nível de motivação com a carreira do orientado
( ) falta de entendimento do programa pelos oficiais
( ) excesso de atividades administrativas/ operativas
( ) outros:
______________________________________________________________________________
6) Além das respostas assinaladas acima, houve alguma outra questão de relevância?
Especifique.
______________________________________________________________________________
7) Formato da maioria dos contatos:
( ) telefônico
( ) presencial
( ) facebook
( ) whatsapp
( ) outros. Cite quais
______________________________________________________________________________
8) Apresente a quantidade de contatos realizados para cada orientado identificando-o.
______________________________________________________________________________
9) Seus orientados demonstraram interesse na área de carreira abaixo?
( ) gestão de recursos humanos
OSTENSIVO - G-2 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

( ) gestão logística
( ) gestão estratégica/ operacional
( ) gestão tecnológica
( ) gestão de inteligência

10) Em relação a questão anterior, caso afirmativo, relacione quais orientados demostraram
interesse a área específica.
______________________________________________________________________________
11) Quais orientados que se destacaram positivamente ou negativamente?
______________________________________________________________________________
12) Descreva, brevemente, sua percepção sobre cada um de seus orientados:
______________________________________________________________________________
13) Entendendo pertencimento como a crença subjetiva de origem comum, que une distintos
indivíduos como membros de uma mesma coletividade, em torno dos mesmos valores e aspira-
ções, atribua um valor de 0 a 5 ao grau de pertencimento de cada orientado.
______________________________________________________________________________
14) Entendendo comprometimento como estar verdadeiramente envolvido, sendo participativo
com os projetos, propondo possibilidades de melhoria e tomando ações concisas com os objeti-
vos almejados, atribua um valor de 0 a 5 ao comprometimento de cada orientado.
______________________________________________________________________________
15) O que acredita que seria um facilitador e sugestões para a realização dos objetivos do pro-
grama?
______________________________________________________________________________
16) Qual sua análise geral com relação a carreira e a vida profissional e suas expectativas para o
próximo ano.
______________________________________________________________________________
======================================================================

OSTENSIVO - G-3 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO H
PROA-CFN - RELATÓRIO ANUAL DO ORIENTADO
===================================================================
RELATÓRIO ANUAL DO ORIENTADO
Orientado (Posto/ Quadro):
___________________________________________________________________________
Nome do Orientador (Posto/ Quadro):
___________________________________________________________________________
E-mail:
___________________________________________________________________________
Contato (Telefone/ Celular):
___________________________________________________________________________
OM:
___________________________________________________________________________
1) Qual o principal fator de contribuição do PROA-CFN:
( ) aquisição de informações;
( ) auxílio/ facilitação na tomada de decisões profissionais;
( ) gerenciamento e planejamento de carreira;
( ) crescimento e desenvolvimento pessoal;
( ) expansão das relações interpessoais;
( ) outros. Especifique:________________________________________________________

2) Frequência do contato durante o corrente ano com o orientador:


( )1a2
( )3a4
( ) 5 ou mais

3) Formato da maioria dos contatos:


( ) telefônico
( ) presencial
( ) e-mail

OSTENSIVO - H-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

( ) whatsapp

( ) outros. Cite qual.

4) Acredita que foram suficientes? Caso responda “não” informar o porquê.


( ) sim
( ) não
___________________________________________________________________________
5) Atual função desempenhada.
___________________________________________________________________________
6) Dificuldades ou conquistas relativos à vida profissional.
___________________________________________________________________________
7) Dificuldades ou conquistas relativos à vida pessoal (relacionamento, saúde etc).
___________________________________________________________________________
8) Algum curso realizado (MB e extra-MB)?
( ) não
( ) sim. Cite qual_____________________________________________________________
9) Qual a área de carreira o sr. tem interesse em se desenvolver futuramente:
( ) gestão de recursos humanos
( ) gestão logística
( ) gestão estratégica/ operacional
( ) gestão tecnológica
( ) gestão de inteligência
10) Intenções de cursos? Cite quais_______________________________________________
11) Realizou alguma atividade operativa (manobras, GptOp etc)?
( ) não
( ) sim. Cite qual_____________________________________________________________
12) Os contatos com o seu orientador foi gerado por iniciativa do orientador ou o Sr. buscou
o contato?
___________________________________________________________________________
13) Como o sr. avalia o sistema de orientação recebida.
( ) ótimo
OSTENSIVO - H-2 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

( ) boa
( ) regular
( ) ruim

14) Se o Sr. estivesse no papel de orientador, agiria de forma diferente em relação ao seu
orientado? Comente.
___________________________________________________________________________
15) Sua visão sobre seu desempenho profissional (caso negativo percebe a razão)?
___________________________________________________________________________
16) Sua avaliação sobre seu perfil de personalidade.
___________________________________________________________________________
17) O que acredita que seria um facilitador para a realização dos objetivos do Programa.
___________________________________________________________________________
18) Qual sua análise geral e expectativas para o próximo ano, descreva.
___________________________________________________________________________
19) Percepção da aplicabilidade do processo de orientação e acompanhamento de carreira:
( ) ótimo
( ) bom
( ) regular
( ) indiferente
( ) ruim
====================================================================

OSTENSIVO - H-3 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO I
PROA-CFN - CÓDIGO DE ÉTICA DO ORIENTADOR

O Oficial orientador deverá pautar sua relação de orientação com o Oficial observando
os seguintes parâmetros:
a) respeitar a confidencialidade dos dados;
b) estabelecer confiança entre as partes;
c) não fazer promessas;
d) escutar mais do que falar;
e) demonstrar genuíno interesse pelas colocações do orientado;
f) não aceitar denúncias, críticas a Comandantes e outros Oficiais;
g) estimular sempre a busca do diálogo com o Comandante;
h) não atuar como um canal extraoficial paralelo a um canal oficial existente
(ex.: sistema de movimentações);
i) perceber os sinais de comunicação não verbal;
j) em caso de dúvidas ou questionamentos que não sejam do conhecimento do
orientador, buscar o setor que domina o assunto e fazer a “ponte”;
k) reforçar os comportamentos positivos do orientado e aspectos positivos da
instituição; e
l) oferecer um canal aberto para contatos extraordinários.

OSTENSIVO - I-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO J
PROA-CFN - CÓDIGO DE ÉTICA DO ORIENTADO

O Oficial a ser orientado deverá pautar sua relação de orientação com o Oficial
orientador nos seguintes parâmetros:
a) respeitar a confidencialidade dos dados;
b) não confundir a relação de orientação com um canal de denúncias ou críticas;
c) procurar expor ao máximo suas indagações de carreira a fim de obter uma
orientação eficaz;
d) buscar conhecer e aproveitar a experiência de carreira do seu orientador; e
e) utilizar a honestidade no preenchimento de qualquer instrumento de avaliação.

OSTENSIVO - J-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO K
PROA-CFN - ENTREVISTA DE DESLIGAMENTO
=====================================================================
ENTREVISTA DE DESLIGAMENTO
Trata-se de entrevista estruturada, destinada a apuração de informações que possam
contribuir para a compreensão do contexto motivador do desligamento do militar das fileiras ou
curso de carreira da Marinha do Brasil. Ressaltando-se que a mesma não esgota em sua
totalidade aspectos que possam emergir em cada caso particular, podendo ser complementada
conforme a situação.
1) Oficial orientador:
______________________________________________________________________________
2) Oficial orientado:
______________________________________________________________________________
3) Marcação, em ordem de força, dos itens que correspondam as possíveis causas do
desligamento:
( ) inadaptação a vida militar (não se aplica para curso)
( ) financeira
( ) aprovação em concursos públicos (não se aplica para curso)
( ) movimentação de localidade (não se aplica para curso)
( ) problemas de saúde
( ) incongruência com a instituição
( ) questão familiar
( ) não aplicação de conhecimentos profissionais a carreira militar
( ) outras, especifique:
______________________________________________________________________________
4) Razão sobre a escolha da Marinha:
______________________________________________________________________________
5) Aspectos positivos:
______________________________________________________________________________
OSTENSIVO - K-1 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

6) Aspectos negativos:
______________________________________________________________________________

7) Principais dificuldades pessoais ao longo da carreira ou curso:


______________________________________________________________________________
8) Percepção sobre o Curso de Aperfeiçoamento de Guerra Anfíbia e Expedicionária
(C-Ap-GAnfE):
______________________________________________________________________________
9) Impressão sobre o PROA-CFN:
______________________________________________________________________________
10) Sugestões para aprimoramento do PROA-CFN:
______________________________________________________________________________

OSTENSIVO - K-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO L

PROA-CFN - MODELO DE PRÉ-PROJETO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS


MARÍTIMOS (PPGEM)

====================================================================

MARINHA DO BRASIL

COMANDO GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS

1. Folha de rosto com: identificação do candidato e título do pré-projeto e linha de


pesquisa.
2. Apresentação da problemática.
3. Objetivos.
4. Relevância da pesquisa.
5. Metodologia.
6. Bibliografia sumária (podendo ser completada posteriormente)

Observações: Máximo de 3 laudas (incluindo capa e referências), papel tamanho A4,


espaçamento 1,5 entre linhas, fonte Calibri tamanho 12, margens 2,5 cm.

(Nome)
Vice-Almirante (RM1-FN)
Assessor Especial de Assuntos Estratégicos
ASSINADO DIGITALMENTE
========================================================================

OSTENSIVO - L-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102
ANEXO M
PROA-CFN - MODELO DE PORTARIA DA COMISSÃO TÉCNICA
DO PODERH-CFN
===================================================================

MARINHA DO BRASIL

COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS


00/00

PORTARIA Nº /CGCFN, DE DE __________ DE 20___.

Designação de militares para comporem


a Comissão Técnica do Programa de
Otimização de Desempenho e Emprego
de Recursos Humanos do Corpo de
Fuzileiros Navais (PODERH-CFN).

O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS, no uso das


atribuições que lhe são conferidas pelo art. 9.5, da SGM-105 (5ª Revisão) e art. 3º do
Regulamento do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, aprovado pela Portaria nº
128/2016, do EMA, combinado com o art. 2º do Regimento Interno do Comando-Geral do
Corpo de Fuzileiros Navais, aprovado pela Portaria nº 9/2014, deste Comando-Geral,
resolve:

Art. 1º Designar os militares, abaixo relacionados, para comporem a


Comissão Técnica do Programa de Otimização de Desempenho e Emprego de Recursos
Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH-CFN) para exercício nas diversas atividades
estabelecidas, normatizadas por meio da CGCFN-102 – Normas do Programa de Otimização
de Desempenho e Emprego de Recursos Humanos do Corpo de Fuzileiros Navais (PODERH):

ASSESSOR ESPECIAL DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS:

COORDENADOR:

COORDENADOR TÉCNICO:

MEMBROS:

OSTENSIVO - M-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na presente data.

(Nome)
Almirante de Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
Distribuição:
Arquivo

OSTENSIVO - M-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO N
PRUMO-CFN - FICHA CADASTRO INICIAL

FOTO

Identificação (NIP / Nome Completo):


___________________________________________________________________________
Naturalidade (cidade/estado):___________________________________________________
Endereço:
___________________________________________________________________________
CEP: ______________________
Bairro/município:_____________________________________________________________
Telefone fixo: (DDD)_____________________ Telefone celular: (DDD)_________________
Grau de escolaridade:_________________________________________________________
Filiação
Pai:
___________________________________________________________________________
Mãe:
___________________________________________________________________________
Profissão dos pais:
Pai:
___________________________________________________________________________
Mãe:
___________________________________________________________________________
1) Militares na família:
( ) Sim ( ) Não
2) Razão de escolha da MB:
___________________________________________________________________________

OSTENSIVO - N-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

3) Razão de escolha do CFN:


___________________________________________________________________________
4) Situação familiar/ problemas de saúde graves na família: ( ) Não ( ) Sim . Cite
quais: _____________________________________________
5) Áreas de interesse: _________________________________________________________
6) Religião:__________________________________________________________________
7) Gosta de leitura (que tipo)?
___________________________________________________________________________
8) Pratica esportes (quais)?
___________________________________________________________________________
9) Fala outros idiomas (quais)?
___________________________________________________________________________
10) Outras habilidades:
___________________________________________________________________________
11) Quais os aspectos positivos e negativos na sua formação no CIAMPA/CIAB?
___________________________________________________________________________
12) Qual a especialidade que você gostaria de cursar?
___________________________________________________________________________
13) Quais os objetivos de carreira a curto e médio prazo?
___________________________________________________________________________
14) Dúvida de carreira ou lacuna de conhecimento:
___________________________________________________________________________
15) Como o CFN pode contribuir para a sua formação profissional e pessoal?
___________________________________________________________________________
16) Quais valores do CFN você destaca?
___________________________________________________________________________
17) Em quais aspectos você se identifica com o CFN? (o que você percebe como sendo
comum a você e ao CFN?
___________________________________________________________________________

OSTENSIVO - N-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO O
PRUMO-CFN - RELATÓRIO CONSOLIDADO DOS MONITORES
Número de SD-FN:
1) Aspectos de carreira no SIGeP:

Aspectos Atualizados (%) Desatualizados (%)


Tiro
TAF
Inspeção de Saúde
Comportamento
EAD
Tempo de Tropa
Tempo de Operações (DME)

2) Quanto à contribuição do C-FSD para realização do Estágio Inicial (EI):

%
Atende satisfatoriamente
Encontra dificuldades na realização do EI

3) Quanto à preparação para o processo seletivo ao C-Espc:

Aspectos SIM % NÃO %


Iniciou os estudos
Matriculou-se em curso preparatório
Preferiu estudar individualmente, em grupo de militares ou em
ambos
Estabeleceu um cronograma de estudo
Não está se preparando ainda

4) Principais destaques/observações:
___________________________________________________________________________

5) Dificuldades no processo de orientação:


___________________________________________________________________________

OSTENSIVO - O-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

6) Outros aspectos julgados pertinentes:


___________________________________________________________________________

OSTENSIVO - O-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO P
PRUMO-CFN - RELATÓRIO DE CONTATOS SEMESTRAIS

OM:__________________________________________________________________________
SD-FN (NIP/NOME):
______________________________________________________________________________
O Monitor deverá verificar junto aos SD-FN se os requisitos de carreira estão atualizados,
orientando-os quanto à sua importância para o prosseguimento na carreira e a participação em
quaisquer processos seletivos.
1) Aspectos de carreira atualizados no SIGeP:
- Tiro – Data do último tiro realizado: ________________________________________________
- TAF – Data do último TAF anual: ___________________________________________________
- Inspeção de Saúde – Data da última IS dentro do período de validade:_____________________
- Comportamento - Igual ou superior a (70) pontos: Pontuação: ___________________________
- EAD – Última EAD lançada no semestre______________________________________________
- Tempo de Tropa: ________________________________________________________________
- Tempo de Operações (DME): ______________________________________________________
Obs.:___________________________________________________________________________
2) Realização do Estágio Inicial (marcar somente uma das opções):
( ) Conteúdo do C-FSD vem atendendo satisfatoriamente na realização do EI.
( ) Tem encontrado quaisquer dificuldades na realização do EI.
Obs.:_________________________________________________________________________
3) Preparação para o processo seletivo ao C-Espc:
( ) Iniciou os estudos para o processo seletivo ao C-Espc:
( ) Matriculou-se em curso preparatório.
( ) Preferiu estudar individualmente, em grupo de militares ou em ambos.
( ) Estabeleceu um cronograma de estudo.
( ) Não está se preparando ainda.
Obs.: __________________________________________________________________________
4) Dificuldades enfrentadas pelo Monitor_____________________________________________
5) Outros aspectos julgados pertinentes:______________________________________________
DATA:____/____/_____
______________________________________
(Grad/ NIP/ Nome do Monitor)
OSTENSIVO - P-1 - ORIGINAL
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO Q
PRUMO-CFN - CÓDIGO DE ÉTICA DO MONITOR
O Monitor deverá pautar sua relação de orientação com o SD-FN nos seguintes
parâmetros:
a) respeitar a confidencialidade dos dados;
b) razão principal: disseminar a linha de pensamento do CFN;
c) adicionalmente: orientações de carreira e, desde que consultado,
aconselhamento profissional e pessoal;
d) estabelecer confiança entre as partes, levando-se em consideração que esta
demora a ser conquistada, mas pode ser perdida rapidamente;
e) não fazer promessas;
f) escutar mais do que falar;
g) demonstrar genuíno interesse pelas colocações do SD-FN;
h) não aceitar denúncias, críticas a Comandantes, Oficiais e outros superiores;
i) estimular sempre a busca do diálogo com os superiores;
j) não atuar como um canal extraoficial paralelo a um canal oficial existente
(ex.: sistema de movimentações);
k) perceber os sinais de comunicação não verbal;
l) em caso de dúvidas ou questionamentos que não sejam do conhecimento do
Monitor, buscar o setor que domina o assunto e fazer a “ponte”;
m) reforçar os comportamentos positivos do SD-FN e aspectos positivos da
instituição;
n) estimular a autorreflexão nos eventos negativos;
o) oferecer um canal aberto para contatos extraordinários; e
p) estimular o trabalho em equipe e a convivência entre os pares valorizando a
confiança, consideração e respeito.

OSTENSIVO - Q-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO R
PRUMO-CFN - CÓDIGO DE ÉTICA DO SD-FN
O SD-FN deverá pautar sua relação de orientação com o seu monitor nos seguintes
parâmetros:
a) respeitar a confidencialidade dos dados;
b) não confundir a relação de orientação com um canal de denúncias ou críticas;
c) procurar expor ao máximo suas indagações de carreira a fim de obter uma
orientação eficaz;
d) buscar conhecer e aproveitar a experiência de carreira do seu monitor;
e) utilizar a honestidade no preenchimento de qualquer instrumento de coleta de
dados;
f) procurar estar sempre motivado;
g) confiar na instituição e se sentir parte integrante do CFN; e
h) ser profissional e acreditar em seus conhecimentos.

OSTENSIVO - R-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO S
PRUMO-CFN - ROTEIRO PARA MONITORES
Os Monitores abordarão três principais aspectos conforme abaixo descriminado:
1. ASPECTO MOTIVACIONAL
a) Objetivo - manter elevado o nível de motivação na carreira.
I) atingido por meio da disseminação dos tópicos abaixo:
- valores da Instituição: Honra, Competência, Determinação e
Profissionalismo.
- possibilidade de ascensão na carreira, aquisição de estabilidade e
aposentadoria com salário integral; e
- possibilidade de conhecer outros países e outras culturas percebendo
remuneração extra em algumas comissões.
2. ASPECTO CARREIRA
a) Objetivo - evitar prejuízos a carreira do militar, por meio do controle dos
requisitos para promoção e indicação a cursos de carreira.
I) atingido por meio da disseminação da importância dos tópicos abaixo:
- pratica diária do Treinamento Físico Militar para manutenção da higidez
física;
- domínio do Manual do Fuzileiro Naval e conhecimento de sua
especialidade, por meio da leitura constante de manuais;
- manutenção do tiro de carreira válido, buscando-se atingir a maior
pontuação possível;
- importância do tempo de tropa e do tempo de operação, por meio da
participação em manobras e exercícios;
- importância do conhecimento de línguas estrangeiras; e
- necessidade de aprovação e classificação no concurso ao C-Espc, para
prosseguimento na carreira.
3. ASPECTO COMPORTAMENTAL
a) Objetivo - evitar prejuízos a carreira do militar e a imagem da instituição.
I) atingido por meio da disseminação da importância dos seguintes tópicos:
- manutenção de conduta ética e moral ilibada dentro e fora da Instituição,
evitando-se problemas disciplinares e judiciais;
OSTENSIVO - S-1 - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-102

- apuro dos uniformes, visando uma excelente apresentação pessoal;


- educação e conduta militar em relação a superiores, pares e
subordinados; e
- conhecimento do Regulamento Disciplinar da Marinha (RDM).

OSTENSIVO - S-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO T
PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA - INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA RESENHA
CRÍTICA
NOME:______________________________________________
1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Apresentar a referência bibliográfica completa da obra resenhada, de acordo com
as normas vigentes.
2. APRESENTAÇÃO DO(A) AUTOR(A) DA OBRA
Apresentar o(a) autor(a) abordando os principais fatos relacionados à sua vida:
local e ocasião de nascimento, formação acadêmica, suas principais obras e outras
informações relevantes, conforme o caso.
a) Resumo da Obra - citar quantas partes ou capítulos compõem o conjunto da
obra, apresentando uma visão geral dos principais conteúdos abordados, por capítulo.
3. REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A OBRA E IMPLICAÇÕES
Depois de abordar os conteúdos desenvolvidos pelo autor, deve-se traçar alguns
comentários críticos sobre o assunto, ancorados em argumentos fundamentados, e as
consequências vislumbradas, quando for o caso.
4. EXEMPLO DE RESENHA CRÍTICA
Resenha Crítica:
“ALVES-MAZZOTTI, Alda J.; GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências
naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo, Pioneira, 1999. 203 p.
a) Credenciais dos Autores - Alda Judith Alves Mazzotti é bacharel licenciada

em Pedagogia, bacharel em Psicologia, Psicóloga, mestre em Educação, doutora


em Psicologia da Educação, professora titular de Psicologia da Educação da
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e leciona a
disciplina de Metodologia da Pesquisa em cursos de graduação e pós-graduação
desde 1975. Outras obras da autora:
ALVES-MAZZOTTI, Alda J., (1994). Do trabalho à rua: uma análise das representações
sociais produzidas por meninos trabalhadores e meninos de rua. In Tecendo Saberes. Rio de
Janeiro: Diadorim-UFRJ / CFCH. _________.

OSTENSIVO - T-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

(1996). “Social representations of street children”, resumo publicado nos Anais da


Terceira Conferência Internacional sobre Representações Sociais, realizada em
“Aix-em- Provence”.
Fernando Gewandsznajder é licenciado em Biologia, mestre em Educação, mestre em
Filosofia e doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio
de Janeiro. Outras obras do autor:
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O que é o método científico. São Paulo:
Pioneira,1989._________.
A aprendizagem por mudança conceitual: uma crítica ao modelo PSHG.
Doutoramento em Educação. Faculdade de Educação da UFRJ, 1995.
b) Resumo da Obra - citar as partes componentes da publicação, sua finalidade na
obra, e um breve resumo dos aspectos abordados em cada um dos capítulos.
Exemplo: “O livro é constituído de duas partes, cada uma delas sob a
responsabilidade de um autor, traduzindo sua experiência e fundamentação sobre o método
científico, em abordagens que se complementam.
Na primeira parte, GEWANDSZNAJDER discute, em quatro capítulos, o método nas
ciências naturais, apresentando conceitos básicos como o da lei, teoria e teste controlado.
No capítulo inicial há uma visão geral do método nas ciências naturais e (...).
O segundo capítulo trata (...).”
E assim por diante, até abordar todas as partes e capítulos.
c) Conclusão do(a) Resenhista - apresentação clara e objetiva das conclusões a que
o(a) resenhista chegou com os aspectos abordados pelo autor, aplicações vislumbradas e
críticas fundamentadas; e
d) Identificação do Resenhista

_________________________________________
(NOME – POSTO – ASSINATURA)

OSTENSIVO - T-2 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO U
PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA - MODELO DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E
DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS
==================================================================
MARINHA DO BRASIL
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS
AUTORAIS PARA PUBLICAÇÃO/UTILIZAÇÃO DOS TRABALHOS DO
PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA DO CFN
Ao: Sr. Comandante do Desenvolvimento Doutrinário do Corpo de Fuzileiros Navais
(CDDCFN).

Assunto: Declaração de Responsabilidade e Transferência de Direitos Autorais para


publicação de resenha e redação.

Declaro que a resenha/redação intitulada“__________________________________”,


enviada ao Comando do Desenvolvimento Doutrinário do Corpo de Fuzileiros Navais
(CDDCFN), é original e o seu conteúdo não foi publicado, seja no formato impresso ou
eletrônico.
Certifico que sou autor da resenha/redação para tornar pública minha
responsabilidade pelo seu conteúdo.
Cedo, com exclusividade, os direitos autorais da resenha/redação supracitada ao
CDDCFN, para publicação, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer
outra parte ou meio de divulgação impressa ou eletrônica, sem que seja obtida, por escrito, a
prévia e necessária autorização do CDDCFN.

Aceito as condições deste termo.

Local, em________de____________de_____.

_____________________________________________
Nome e assinatura do autor

OSTENSIVO - U-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO V
MODELO DE CURRICULUM VITAE
=====================================================================
MODELO DE CURRICULUM VITAE

Nome: _________________________________________________________________________

Brasileiro, estado civil:___________, data de nascimento:_________________________________


Rua: _________________________________________, nº _______________________________
Bairro: _________________________, Cidade: _____________ UF:________________________
Telefones:( )_____________________________________________________________________
E-mail: _________________________________________________________________________

1) Objetivo (o que deseja no trabalho)

________________________________________________________________________________

2) Qualificações (atuou em; participou de; experiência em...)

________________________________________________________________________________

3) Formação (nível de escolaridade, instituição de ensino, conclusão)

________________________________________________________________________________

4) Experiência Profissional (as três últimas funções, cargo, período)

_________________________________________________________________________________

5) Atividades Complementares (idiomas, informática etc...)

_________________________________________________________________________________

6) Informações Adicionais (carteira nacional de habilitação, categoria etc...)

OSTENSIVO - V-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO W
MODELO DE FOLHA DE EVOLUÇÃO
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = ======
MODELO DE FOLHA DE EVOLUÇÃO

MARINHA DO BRASIL

COMANDO GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS

PROGRAMA DE RECOLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS – PReP-CFN

FOLHA DE EVOLUÇÃO

Nome:___________________________________________________________________________
Posto/Grad/Cat. Func.:_______________________________NIP:___________________________
OM_____________________________________________________________________________

DATA Observações do Contato Realizado

OSTENSIVO - W-1 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO CGCFN-102

ANEXO X
PROJETO SITUAÇÕES, ENSINAMENTOS E RESULTADOS DOS FUZILEIROS NAVAIS-
INSTRUÇÕES E METODOLOGIA

O Projeto SER-FN será direcionado a disseminar ideias, geralmente na forma de


conversas curtas e persuasivas, concentrando conhecimentos em entrevistas de até trinta
minutos, mantendo os ouvintes atentos e facilitando o entendimento do que é falado, o que
torna as apresentações ainda mais ricas. Para tanto devem ser seguidos os doze passos
seguintes:
1. Seja Você Mesmo:
Fale sobre algo que tenha domínio do assunto e que conheça completamente. Seu
timbre e tom de voz devem ser naturais. Essa é uma sugestão para você alcançar seu
potencial máximo, basta garantir que a mensagem seja passada de forma clara.
2. Comece Com Uma Introdução Forte e Engajante:
Para engajar sua audiência, logo nos primeiros minutos de apresentação, não deixe
de começar com uma introdução forte. Isso pode ser feito por meio de uma história pessoal,
uma anedota ou até mesmo um exemplo que ilustra o tema sobre o qual você vai tratar.
3. Construa Uma Linha do Tempo:
A linha do tempo refere-se ao conceito utilizado para analisar peças de teatro, filmes
e romances, sendo também aplicado às palestras, entrevistas ou discursos, a fim de servir
como elemento de união à narrativa. Cada discurso deve ter uma Linha do Tempo.
A linha do tempo é o que vai fazer seu discurso ficar bem concatenado. Ela ajuda a
ligar os pontos e não deixar partes que dão a impressão de que não deveriam estar ali, desta
forma, segue abaixo as sugestões para seu melhor desenvolvimento:
a) resuma essa linha do tempo em quinze palavras. Esse resumo vai ajudar a manter
tudo coeso e dentro do tempo;
b) ilustre cada ponto dessa linha do tempo com exemplos reais, histórias e fatos;
c) uma vez desenvolvida a linha do tempo, crie a estrutura da sua apresentação; e
d) tudo que quiser mostrar precisa estar relacionado em sua linha do tempo. No
final das contas, fale pouco, mas com significado.

OSTENSIVO - X-1 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

4. Atualize Temas, Dados e Exemplos:


É muito importante realizar uma correta seleção de dados e informações, para uma
apresentação profissional. Por isso, para que ela seja mais efetiva e bem-sucedida, não deixe
de fazer uma pesquisa minuciosa para encontrar os temas, exemplos e dados os mais atuais
possíveis.
Ministrar uma apresentação ou entrevista com dados ou números desatualizados
desvalorizará o seu trabalho e desmotivará sua audiência.
5. Conte a história do seu jeito:
Ao planejar uma apresentação, evite os clichês. Independentemente do tema e da
área, procure fazer algo que tenha a ver com você, com seu estilo e sua personalidade. Além
de deixá-lo mais confortável, essa é uma técnica que torna o conteúdo mais marcante, já que
ele será apresentado de forma única, condizente com suas características pessoais.
6. Crie uma conexão:
Os ouvintes estão prontos para oferecer alguns minutos do seu tempo a você. Por
isso, receba-os bem. Seja caloroso, seja realista, seja você mesmo. Podem ser listadas três
ferramentas para tal conexão:
a) Vulnerabilidade - Admitir seus erros e inseguranças mostra que você é humano e
traz a possibilidade de se conectar com o público;
b) Humor - Risadas podem unir você aos seus ouvintes. O público que ri com você
vai rapidamente gostar de você; e
c) Histórias - O entrevistado, quando é autêntico, une as pessoas em torno do
mesmo sentimento de empatia pela sua história e faz com que elas se conectem.
7. Saiba explicar bem:
Se a sua entrevista traz uma ideia inovadora, vale a pena avaliar o quanto o público
sabe sobre o assunto. Assim, fica mais fácil saber o que explicar. Comece a explicar sua ideia
pelo conceito mais básico que os ouvintes entendam e vá adicionando mais informações, até
que todos entendam.
8. Não ultrapasse o limite de tempo estabelecido:
O tempo estabelecido de cada entrevista será de trinta minutos. Uma entrevista não
precisa ser longa para ser boa, muitas vezes, menos é mais. Caso seu planejamento de

OSTENSIVO - X-2 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

apresentação esteja longo demais, isso pode significar que não teve objetividade suficiente
para dizer o que realmente importa, em poucos minutos.
9. Evite textos em slides:
Seus slides de apresentação são um recurso adicional para a sua fala e, por isso,
precisam ser elaborados de maneira profissional. Eles não precisam refletir exatamente o
texto que você está dizendo e nem mesmo conter todos os tópicos que você apresenta. Na
verdade, podem ser ilustrações, imagens, logos, vídeos curtos etc.
10. Use efeitos visuais com cautela:
Para ganhar a atenção das pessoas, não é necessário ter grandes efeitos visuais. É
preciso ter a ideia e uma forma inspiradora de contá-la.
Na verdade, slides, vídeos e sons em excesso podem atrapalhar a sua conexão com o
público, porque o espaço demasiado para os efeitos poderá desviar a atenção do público em
relação ao expositor.
Se existem muitos conceitos, pode-se ligá-los usando um slide para cada ideia. Será
mais eficaz do que um slide que tente explicar coisas demais. Lembre-se de testar seus slides
com outras pessoas, para certificar-se de que elas entendam.
Além disso, não coloque slides que apenas repitam o que você está falando. O
propósito de qualquer efeito visual é mostrar o que você não pode compartilhar com
palavras.
11. Conclua com uma revelação:
No final de sua entrevista, deve ser incluída uma revelação. Pode ser, por exemplo,
uma sucessão de imagens e momentos que surpreendam o público. Aqui, também deve ser
usada a linha do tempo. Além disso, dê ao seu público um lugar em sua jornada, para que
compreendam o que foi objeto de inspiração nas suas imagens.
12. Preparos Técnicos do Projeto SER-FN:
As apresentações ocorrerão em no auditório do Comando Geral do CFN ou no
auditório do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC) e serão filmadas. Para
tanto, caso o apresentador seja militar da reserva e tenha seu trabalho sido selecionado,
deve apresentar-se com roupas de cores discretas, mas contrastantes, que não contenham
materiais brilhantes, com dizeres e desenhos. Lembre-se de utilizar um cinto para colocar o
microfone.

OSTENSIVO - X-3 - ORIGINAL


OSTENSIVO CGCFN-102

Mantenha seu foco no propósito do seu discurso, enquanto se prepara para subir na
tribuna.
Pratique o máximo que puder para criar coragem. Treine sua inteligência emocional.
Respire profundamente, mantenha-se hidratado, coma alguma proteína. A prática é
extremamente importante. Isso serve para manter tudo o mais natural possível. Sua
apresentação será disponibilizada nos canais de mídia administrados pela Marinha do Brasil.

OSTENSIVO - X-4 - ORIGINAL


INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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