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Idade Média: a formação do conceito Idade Média: a formação do conceito
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francesco_Petrarca00.jpg
Joachim von Watt (1484-1551): media aetas
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A Idade Média no século XIX e início do XX: Idade Média, Estado-Nação e Romantismo
identidades nacionais e idealizações no século XIX
românticas
Momento de afirmação dos Estados Nacionais
(revoluções burguesas, quedas do Antigo
Século XIX: reabilitação da Idade Média Regime): nacionalismos
(romantização e idealização) em convívio Busca de origens: nostalgia e apropriação de
com a visão tenebrosa figuras emblemáticas como heróis medievais e
mitos fundadores da nação
Por que a Idade Média foi idealizada e
romantizada no século XIX? Romantismo: literatura/artes idealização do
passado medieval (ex.: Walter Scott, Ivanhoé)
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rg/wiki/File:R%C3%B3tulo_de_ciga
Fonte:https://commons.wikimedia.o
Renata Sedmakova / Shutterstock
rro._D._Inez_de_Castro.JPG
3%A9ans.jpg
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Idade Média, concepções e ensino Idade Média, concepções e ensino
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A historiografia do século XX e a renovação A historiografia do século XX e a renovação
da compreensão sobre o medievo da compreensão sobre o medievo
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O que é medievalismo/neomedievalismo
(medievalism/neomedievalism)?
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Medievalismo: campo de estudos empenhado O caso dos livros de George
em investigar as apropriações, interpretações Martin e da série Game of Thrones
(GoT) (HBO, 2011-2019): ficção,
e ressignificações da cultura medieval em fantasia e elementos pinçados de
épocas posteriores à Idade Média medievalidade
DVD do filme Monty Python: Inspiração na Guerra das Duas
Em busca do Cálice Sagrado Rosas e outros contextos de
conflito na Europa Medieval
Peter Gudella / Shutterstock
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Antiguidade Tardia (Henri Irénée Marrou e Visões recentes (Chris Wickham e outros):
outros): século XX e a renovação da visão de críticas tanto às ênfases nas rupturas quanto
transição do mundo antigo para o medieval nas continuidades. É preciso considerar todas
Renovação do Império Romano, fusões e as variantes (desaceleração econômica,
origem de nova civilização a partir do século III transformação religiosa etc.)
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As periodizações da Idade Média Linha do tempo tripartida
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Reflita sobre as seguintes questões e
sistematize suas respostas
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AMALVI, C.. Idade Média. In: LE GOFF, J.;
SCHMITT, J-C. (coord.). Dicionário temático
do ocidente medieval. São Paulo: EdUSC,
2006, vol. 1, p. 537-551.
Referências BITTENCOURT, C. Livro didático e saber
escolar: 1810-1910. Belo Horizonte:
Autêntica, 2008.
BROWN, P. The world of late Antiquity: from
Marcus Aurelius to Muhammad. London:
Thames and Hudson, 1971.
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Aula 2
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As línguas europeias atuais e a Europa medieval
Catolicidade latinidade
Cristianismo e adoção de elementos da
cultura clássica:
Formas de culto, assimilações intelectuais;
aproximação da ética cristã com o poder
politico
Processo: Igreja se introduzindo entre o
indivíduo, a família e a cidade
treenabeena / Adobe Stock
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Os “bárbaros”: “Os bárbaros não conquistaram o Império,
Francos, alamanos, burgúndios, vândalos, eles se assimilaram intensamente à
ostrogodos, visigodos, hunos, alanos, saxões, sociedade romana, a ponto de, sob a
hunos... perspectiva arqueológica, ser muito difícil
Grupos multiétnicos no contexto migratório dos distingui-los dos romanos, especialmente a
séculos III e IV (sem uma homogeneidade partir do século VI” (Silva, 2019, p. 15)
/origem/unidade étnica estáveis)
Gradualmente formulações identitárias e
mutações constantes, ligações de referências em
comum pelo contato cultural (relatos de origem e
núcleos de tradições comuns, ritos e As renovações da arqueologia e da
cosmogonias também variáveis) (Mantel, 2017) historiografia
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Reis, rainhas, príncipes, princesas,
Nem sobreposição de poder sobre o
castelos... Como se formaram as
vácuo de Roma, nem adoção passiva
monarquias medievais? Efígie do rei
do sistema político e administrativo ostrogodo Atalarico
em soldo (+/-537)
As mutações do tempo: divisão Império romano:
Romano Ocidente e Oriente (Roma e
Bizâncio) Hibridizações, criações (legado
Problemas e crise poder imperial no imperial unitário romano+ chefaturas
Ocidente, intervenções dos povos bárbaros bárbaras) Crédito: CC-PD
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Marzolino / Shutterstock
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Mapa político reinos bárbaros por volta de 510 d.C. A afirmação do reino franco
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O Império Carolíngio
Sacralidade dos reis francos: unção Busto relicário de
Carlos Magno
régia (modelo Antigo Testamento) Catedral de Aachen,
Pepino, o Breve depõe o último rei Aliança Igreja e Carolíngios,
merovíngio expansão territorial e da fé cristã no
Ocidente: Carlos Magno (sucessor de
Apoio ao papado contra os lombardos, Pepino, o Breve)
legitimação da Dinastia Carolíngia (754) Coroação de Carlos Magno pelo
Papa: Natal de 800
(Renovatio Imperii no Ocidente,
Moskwa / Shutterstock
maior independência de Bizâncio
afirmação da cristandade latina)
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As mudanças no cristianismo e a
organização institucional da Igreja
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Expansão do número de cristãos no Império: As múltiplas Idades Médias do Ocidente
Ásia Menor, África, Europa Estátua São Maurício.
século XIII, Catedral de
São Maurício,
Magdeburgo São Maurício de Tebas por Matthias
As doações e os bens adquiridos (a inversão (Alemanha) (mártir cristão do Grünewald (séc. XVI)
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Conversão de povos germânicos ao Conversão reis e elites locais: institucional
cristianismo ariano no Ocidente O Batismo de Clóvis (formas de culto regionais, adaptações, bem como
por São. Remígio, continuidades de ritos e cultos locais)
(atuação de pregadores) e pintura do séc. XVI
posteriormente ao dogma romano. Ex.: datas comemorativas
(Natal, Páscoa – festas de
Ex.: rei franco Clóvis (496)
fertilidade, entidades da
Expansão cristã – missões: Irlanda natureza)* calendário cristão
– séc. V e VI (São Patrício); Reino Sobreposição das figuras cristãs,
anglo-saxão – séc. VII (Beda, o santos/mártires do cristianismo Eduardo Frederiksen / Shutterstock
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A formação de uma nova sociedade
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BASCHET, J. A civilização feudal: do ano mil à BROWN, P. A Antiguidade Tardia. In: VEYNE, P.
(Org.). História da vida privada. Volume 1 – do
colonização da América. São Paulo: Globo, Império Romano ao ano mil. São Paulo: Cia das
2006. Letras, 2009, p. 213-285.
LADERO QUESADA, M. Á. Catolicidade e latinidade
BASTOS, M. J. M. Os «reinos bárbaros»: (Idade Média – século XVII). In: DUBY, G. (Dir.).
estados segmentários na Alta Idade Média A civilização latina: dos tempos antigos ao mundo
moderno. Lisboa: Dom Quixote, 1989, p. 117-140.
ocidental. Bulletin Du Centre D’études
MANTEL, M. M. Etnogénesis, relatos de origen,
Médiévales, Hors-Série n. 2, 2008. etnicidad e identidad étnica: en torno a los conceptos
BLOCKMANS, W.; HOPPENBROUWERS, P. y sus definiciones. Anales de Historia Antigua,
Medieval y Moderna, 51, 2017, pp 71-86.
Introdução à Europa medieval, 300-1550.
SILVA, M. C. Da. História Medieval. São Paulo:
Rio de Janeiro: Forense, 2012. Contexto, 2019.
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Aula 3
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As linhas historiográficas do século XX
Ganshof (1944): tese restritiva do feudalismo
(fenômeno restrito às relações vassálicas)
Mutação em torno do ano 1000
Marc Bloch e Georges Duby (1ª e 2ª metades
(“feudalização” poderes atomizados dos
do século XX, respectivamente): tese
senhores, ascensão da cavalaria, violência,
“mutacionista”
sociedade de três ordens)
Feudalismo (relações hierárquicas de
dependência mútua) englobando toda a
sociedade medieval (*predominante no
nosso ensino)
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As relações de dominação
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Afirmação de Jean II em cerimônia de O feudo, segundo um rei medieval
adubação de cavaleiros.
compromissos mútuos Iluminura em latim (sécs. Afonso X, o Sábio
XIV e XV)
relações vassálicas “Feudo é o benefício dado pelo (1221-1284).
Iluminura do Libro
(concessão de benefícios senhor a algum homem porque de los Juegos (1283)
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“[...] esse ideal cavalheiresco forjado no século Mutações e hierarquizações dentro da
XI foi adotado de forma muito lenta pela nobreza (duques, condes, marqueses...)
sociedade da Europa medieval. A difusão dos Segregações restrições à cavalaria
chamados costumes corteses se deu de cima (hereditariedade, hierarquias), muitos
para baixo. Abraçados pela elite, esses valores se jovens sem bens, na dependência de outros
irradiaram gradualmente do cume da sociedade senhores (tropas mercenárias, vassalos),
para a sua base, de modo que, somente no final solteiros sem possibilidades
do século XIX, a burguesia ‘adotou’ tais práticas
Vida errante e busca de ascensão social
sociais. A cavalaria medieval nunca existiu.”
por honra e glória militar
Fonte: COSTA, Ricardo S. da. A cavalaria medieval existiu?
História Viva, Especial Grandes Temas, n. 26. São Paulo: Códigos de valores específicos: lealdade,
Duetto Editorial, 2009, p. 82 fidelidade, honra, bravura (valores viris)
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Ética cavaleiresca e
cultura cortesã
Ideal de cavaleiro e amor
cortês (jovem solteiro e
MG fotos/Shutterstock dama casada inatingível)
Estátua dedicada a D. Rodrigo Diaz de Vivar
Mestre do Codex Manesse (Pintor
(El Cid), erigida em 1927 (Sevilha, Espanha) da Fundação) ( fl. circa1305-
cerca de 1340) - CC/PD
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O crescimento da população na Europa
“A população europeia aumentou três vezes medieval
entre 950 e 1300. O crescimento exponencial
da população também pode significar Imprecisões (ausência de censos), porém
simplesmente que todos ficam mais pobres. estimativas
No entanto, tal não se verificou no período” Aumento mais forte na Europa Central e
(Wickham, 2019, p. 189)
Oeste
Recuperação populacional a partir do século
Por que o historiador Chris Wickham afirma VII (estabilização de reinos medievais,
isso? formação do domínio senhorial)
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Moinho de água
(substituição do moinho Um padeiro e seu
de escravos) moenda aprendiz (The Bodleian
Library, Oxford, s/d)
de trigo aumento da
Inovações: uso de fertilizantes, cultivo de
produção do pão
cereais por clima/região, uso da charrua
Aumento das oficinas de
(arado de ferro), tração a cavalo, rotação
artesãos rurais (serviços
trienal do solo (duplicação das colheitas)
e necessidades da
população): pão, cerveja,
madeira, pedra, vidro, lã Biblioteca Bodleian, Oxford.-CC/PD
etc.
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A sociedade senhorial
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(...)
O lugar e os valores da aristocracia guerreira
e da cavalaria na sociedade medieval Referências
As transformações no campo e o aumento
populacional que geraram outras
consequências no medievo central
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Aula 4
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O processo reformista/revolucionário
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IV Concílio de Latrão (1215) – papel central
no controle da vida e do cotidiano social e
Autoridade jurídica do papado na individual:
Cristandade, leis canônicas, julgamentos etc. Definição dos sete sacramentos, regulação
– século XII de casamentos, relações de parentesco,
Sínodos (reuniões eclesiásticas) e concílios normas, rituais, confissão, afirmação,
(sucessões papais) – autonomia eclesial celibato e moral sacerdotal etc.
Uso de distintivos nas vestes por não
cristãos (judeus e muçulmanos)
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Ricardo Perna/Shutterstock
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Iluminura do Livro das
Ricas Horas do Duque de
Cistercienses, Cartuxos e Premonstratenses Berry (fl. 75r), século XV
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Ordem dos Frades
Pregadores: dominicanos Dominicanos
(S. Domingos de Guzmán) interrogando Galileu,
obra de Cristiano Banti
Adota regra agostiniana – (1857)
Magno
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Elaboração manuais de confissão, manuais de
inquisidores, manuais de pregação – fontes
“Sociedade persecutória” (Moore, 1987) – a para o estudo do período
partir do século XI; sofisticação de Criação de tribunais do Santo Ofício
mecanismos de controle e perseguição de (Inquisição papal) – séculos XII/XIII
hereges e marginalizados (judeus, Processos podiam ser iniciados por
muçulmanos, leprosos, homossexuais) autoridades clericais, sem denúncias formais
Contradição com o desenvolvimento de vítimas, baseados em rumores e supostas
econômico, intelectual e artístico da época evidências
Redução de direitos de acusados, margem
para abusos e condenações injustas (Ohst, 2014)
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As escolas na Idade Média
(...)
Antigas escolas romanas – escolas sob Programa de Alcuíno (mundo carolíngio) –
jurisdição clerical (mosteiros, paróquias): Sete Artes Liberais:
“monopólio do saber”
Trivium (Gramática, Dialética, Retórica)
Formação de futuros clérigos, mas também
Quadrivium (Matemática, Geometria,
de laicos (nobres, citadinos, camponeses)
Música e Astronomia)
Ensino geral – leitura, escrita e cálculo
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Os estudos e a vida Reunião de doutores na Universidade
universitária de Paris, manuscrito de Chants royaux
(fl. 27v), século XVI
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O românico O gótico
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O Mosteiro da Batalha
(século XV, Portugal): gótico flamejante
Na Prática
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Tempos ambíguos – sociedade persecutória x
novas formas de arte e arquitetura, bem Referências
como de um humanismo cristão e de uma
expansão do saber com escolas e
universidades
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Aula 5
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Mundo muçulmano
Acentuação divisões internas (ex.:
fatímidas no Egito X turcos seljúcidas em
Bagdá), disputas com cristãos na Palestina
(Cruzadas) e conflitos dinásticos turcos no
Oriente Próximo
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As motivações
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As cruzadas no Oriente
Primeira cruzada (1099)
Séculos XI a XIII Mais bem-sucedida, cria Estado papal no
Levante, colônias como Antioquia, Trípoli,
Oito cruzadas oficiais
Edessa e Reino de Jerusalém
Pedro, o Eremita, e a primeira cruzada não
Criação e protagonismo das ordens militares
oficial
(templários, hospitalários, teutônicos)
Movimentação popular que demonstrou o
Papel político e econômico na região
alcance da palavra papal
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Terceira cruzada
Segunda cruzada
Participação de reis, diplomacia com
Fracasso, Saladino e recuperação de pouco território
disputas
Quarta cruzada
internas,
perda de Desvio de propósito, ficam em Bizâncio,
territórios venezianos tomam a cidade (Império Latino
do Oriente até 1261)
João Miguel
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Quinta à oitava cruzadas
Discurso religioso se
torna anacrônico no Saldo
século XIII (após os A cristandade latina se expande, o papado
acontecimentos da IV se afirma, porém, com o custo de muitas
cruzada e momento de vidas, séculos de desgastes e traumas entre
forte apelo político e povos e religiões
econômico às
expedições) Representação da tomada de
Jerusalém em 1099 (iluminura do
século XV, Passages d’outremer)
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JaySi/Shutterstock
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A multiplicação das cidades
e da rede urbana Grandes rotas comerciais e ligas de comércio
Novas cidades que se formam Mar do Norte, feiras no centro europeu,
no entorno de castelos,
portos como os de Lisboa e Porto
mosteiros, rotas de
peregrinação e comércio a efervescer comercial
partir do século XI Ligação das cidades a autoridades nobres ou
(≠ evolução da urbs romana – eclesiásticas (cobranças feudais e abusos,
modelo concêntrico) disputas de poder)
Rede urbana Busca de autonomia por parte dos grandes
Planta datada de c. 1572,
Portos, estradas, canais da cidade de Palmanova, Itália
comerciantes e artesãos
de abastecimento regionais Civitates Orbis Terrarum
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Movimentos comunais
Os Primórdios
Lutas pela liberdade das cidades: “o ar da de uma Revolução Comercial
cidade liberta” (Forais régios – leis próprias
da cidade, mas obediência ao rei)
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Vendas por atacado, aumento do consumo Diminuição do papel das grandes feiras,
(têxteis – enriquecimento Flandres e fortalecimento redes de mercadores
França) (guildas e hansas)
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Campo, cidade, transportes
Dinamismo e dependência
Trocas entre campo e cidade (produção do Transportes
campo, venda nas cidades, comércio
Desenvolvimentos portos, estradas,
regional)
instrumentos de navegação (bússola,
Cercamento dos campos na Inglaterra incorporada do Oriente) navios, mapas etc.
Terras comunais cercadas para criação de
ovelhas e produção têxtil (o campo e sua
população condicionados à cidade)
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As mulheres e o trabalho nas cidades
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Brasil (2019-2021)
Vendedora ambulante de 40 milhões de trabalhadores informais
verduras em Paris
Pesquise e reflita sobre as condições de
Condições e desafios dos trabalho informal nas cidades medievais e
trabalhadores informais no no tempo presente
tempo?
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As transformações da Idade Média Central
(séculos XI-XIII)
Início de expansão da sociedade Ocidental
Abertura cultural, espacial (cruzadas, cidades,
comércio, viagens, peregrinações, transportes)
Finalizando
Intensa dinâmica interna e novas relações com
outras culturas (Oriente e Bizâncio)
A população cresce, as cidades se expandem
Entre especializações, riquezas e produção, com
o tempo se acentuam desigualdades e restrições
aos que buscavam os ares de libertação das
cidades
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Aula 6
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Crises alimentares A Peste negra e os surtos de peste
desabastecimento cidades e
campo aumento dos preços Peste Negra: surto 1347/48
dos alimentos Origem na Ásia Central/Oriental, chega na
Consequências: Grande Europa pelos navios mercantes genoveses
Fome, dizimou os mais
Infecção: pulgas dos roedores (peste
pobres
bubônica)
Desnutrição ou subnutrição
(alimentação pobre, Tipos de peste (bacilo Yiersinia pestis):
carências de nutrientes) bubônica (a mais comum na Europa
baixa de imunidade, medieval), septicêmica, pulmonar
suscetibilidade a doenças Alta e rápida letalidade
Fresnel/Shutterstock Kateryna Kon/Shutterstock
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João Miguel
europeias Hand Draw/Shutterstock
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Atuações governamentais
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O problema das guerras A guerra é cara: impostos
A guerra é violenta:
Afirmação das monarquias, disputas dinásticas mortes, estupros,
pilhagens, destruições
Guerra dos Cem Anos (1337-1453): França X
Inglaterra Luta armada, batalhas
campais, cercos (ainda
Guerra das Duas Rosas (1455-1485): Lancaster X
não é “guerra total”)
York
Ciência militar: arco
Guerra de Sucessão Portuguesa (1383-1385):
longo, bestas, pólvora A Batalha de Aljubarrota (1385) –
ascensão da Dinastia de Avis Iluminura da Chronique d’Angleterre,
(trombas e bombardas), de Jean de Wavrin (British Library,
Guerra de Sucessão Castelhana (1475-1479): contratação mercenários: Royal 14 E IV f. 204 recto)
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Crise na Igreja central, fortalecimento das
“igrejas nacionais” em ligação com as
monarquias Contrapartida: Igreja e reforço da
exteriorização da fé (aumento prática
Devotio moderna - livros de horas e outras indulgências)
narrativas, ex.: Imitatio Christi, Thomas de
Kempis Intensificação da fé tempos conturbados:
onipresença da morte, medo de morrer e do
Religiosidade leiga, individual, Além, questionamentos das práticas em vida
experiência mística, visões do Cristo e da
Virgem (ex.: beguínas)
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Afirmação monárquica,
estruturação do Estado
Rivalidades entre casas nobiliárquicas e realezas:
mudanças dinásticas (conflitos internos e
externos)
A Consolidação das Monarquias Mobilização de guerras, necessidade de recursos
impostos
Monarquias e fiscalidade regular (deixam de ser
cobranças excepcionais ou direitos senhoriais)
Investimentos e avanços tecnológicos nas
guerras: pólvora do Oriente e canhão, arcos
longos ingleses, infantaria sobre cavalaria,
tropas mercenárias contratadas a soldo
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A guerra Usos da religião para a guerra e fortalecimento
Motor das monarquias e do Estado Moderno monárquico
Batalha de Crécy Impactos e divisões do Cisma: o outro é
(Guerra dos Cem sempre o herege a ser combatido (Portugal X
Anos) Castela; França X Inglaterra)
Manuscrito iluminado Criação de santos dinásticos (ex.: Santa Joana
das Chroniques, de D’Arc, Infante Santo D. Fernando)
Jean Froissart (século Combate a hereges contestadores na Boémia e
XV), BNF, FR 2643, f.
Inglaterra (ex.: sufocamento hussitas e
165v lolardos – movimentos contestadores do poder
Jean Froissart - CC/PD
da Igreja e da ordem social desigual)
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“Sempre teceremos panos de seda A pobreza “laboriosa” pobres que
E nem por isso vestiremos melhor, [...] trabalham, mas não conseguem se
E estamos em grande miséria, sustentar (preço alto alimentos, impostos)
mas, com os nossos salários, enriquece Altos impostos
aquele para quem trabalhamos; [...] Grande parte
das noites ficamos acordadas/e todo dia para
isso/ameaçam-no de nos moer de pancada/nossos Exploração do trabalho
membros quando descansamos”
Reprodução de canção popular em romance de
cavalaria. In: Chrétien de Troyes. Yvain, O
Explosão de revoltas na cidade, no campo
cavaleiro do Leão (c.1180) Apud Macedo (1992) ou mistas (séculos XIV e XV)
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O sermão do padre John Ball (1338-1381) As revoltas sociais no final da Idade Média
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Revoltas mais elitizadas ex.: mestres/artesãos
têxteis de Flandres (“unhas azuis”) e controle de
cidades (século XIV) (Macedo, 1993)
Jacquerie, França (1358): depressão econômica,
aumento preços/impostos, congelamento de
A Contínua Expansão do Ocidente
salários, pressões senhoriais
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Explore podcasts
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GENET, J.-P. Estado. In: LE GOFF, J.; SCHMITT, LE GOFF, J. Trabalho. In: LE GOFF, J.;
J.-C. (orgs.). Dicionário Temático do Ocidente SCHMITT, J.-C. (orgs.). Dicionário Temático
Medieval. Bauru: Edusc, 2006. v. 1, p. 397-409.
do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2006. v.
GEREMEK, B. O marginal. In: LE GOFF, J. (Dir.). O 2, p. 559-572.
Homem Medieval. Porto: Presença, 1989.
MACEDO, J. R. A mulher na Idade Média. São
HEERS, J. História Medieval. São Paulo: Difel,
1981. Paulo: Contexto, 1992.
HELMRATH, J. Cisma, Concílios, Reforma. In: MACEDO, J. R. Movimentos populares na
KAUFMANN, T.; KOTTJE, R.; MOELLER, B.; WOLF, Idade Média. São Paulo: Moderna, 1993.
H. (org.). História Ecumênica da Igreja. 2. Da
Alta Idade Média até o início da Idade Moderna. SILVA, M. C. História Medieval. São Paulo:
São Paulo: Loyola, 2014. p. 128-166. Contexto, 2019.
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Aula LEPI
O que é trabalho?
Atividade humana e prática de manipulação
da natureza
Contextos históricos diferentes produzem
relações de trabalho diferentes
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Trabalho é uma pauta CENTRAL para as
mulheres
Gênero & Classe Social
Divisão sexual do trabalho
As mulheres e o trabalho na Europa
medieval
Presença das mulheres em ofícios urbanos no Portugal dos séculos XIV e XV.
Fonte: PEREIRA Mariana da Fonseca A. A. A mulher e o trabalho nas cidades e nas
vilas portuguesas medievais. Dissertação de Mestrado em História Medieval.
Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2020.
As mulheres e os ofícios medievais:
Descreva a imagem.
Quem seriam essas
mulheres?
Observando suas
vestimentas seriam elas
trabalhadoras, citadinas
médias ou nobres?
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Você acha que as
mulheres trabalharam
nas construções na
Idade Média?
O que a imagem
representa?
Poderiam mulheres
escrever e serem
referências intelectuais
no medievo europeu?
Você sabe quem é mulher
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Referência:
ORDENAÇÕES Afonsinas. 5v.
Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1984. v. V, tít. CXXI,
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p. 409-414.
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Disponível em:
http://www.ci.uc.pt/ihti/proj/af
onsinas/l5pg409.htm
A prática no Padlet
(padlet.com)
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1) De que fonte se
trata? Do que trata o
documento?
2) Quais grupos de
mulheres são citados
na fonte? Quais são
16 os ofícios dessas
mulheres?
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"Pedindo os clérigos por favor que resolvêssemos esse
problema, declaramos que as antigas Ordenações,
foram feitas contra as barregãs dos clérigos e não
contra as mulheres que por honestos serviços fazem
seu dinheiro.[...]. E nos, vendo o que assim diziam e
pediam, sabendo que alguns meirinhos, alcaides e
outras pessoas de nossos reinos usavam as ditas
Ordenações como não deviam, prendendo, soltando e
desrespeitando muitas mulheres somente por fazerem
algum serviço aos clérigos, [...] querendo isto resolver,
17 como pertence à nossa Real Dignidade, declarando
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sobre as ditas Ordenações, mandamos que nenhuma
mulher seja presa, nem seja feito nenhum mal, por ter
se dito que ela faz algum dos serviços ditos ou outro
serviço honesto aos clérigos. [...] Isso se ela viver em
casa separada e honestamente, salvo se ficar provado
que ela é de fato barregã de clérigo [...].
“[...] como há alguns clérigos muitos velhos, que
passam dos sessenta anos ou mais, os quais
necessitam para manter a vida de cuidados e
serviços contínuo de alguma mulher, que não
sejam humanamente tolhidos disso. [...]
Queremos e outorgamos que em tal velhice os
ditos clérigos possam ter em casa consigo
mulheres honestas, que passem da idade de 50
anos, [...] para continuamente os servirem e
tratarem de suas dores e enfermidades sem
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4) Após a leitura dos trechos, diga quais foram
os principais desafios e condições vividas por
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