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Aula Prática: Sistema Esquelético

Nunca peça auxílio ao professor antes de tentar com todas as informações e


meios que tem a seu dispor resolver a dificuldade. O aprendizado depende muito da sua
capacidade de observar, raciocinar, comparar, discutir e deduzir, junto com seus colegas
de grupo porque, além da anatomia, há um objetivo maior que se deseja ver atingido:
aprender a aprender.
Além do roteiro, o aluno deve ter em mãos o livro-texto, que contém as
conceituações teóricas e as ilustrações indispensáveis, o que não impede o emprego do
Atlas de Anatomia ou ilustrações suplementares.
O estudo deve ser feito em grupo e no final deste roteiro, você encontrará
algumas figuras que poderão ajudá-lo na identificação das estruturas pedidas.
Estas considerações gerais são válidas para todas as aulas práticas, seja qual for
o assunto. Método, rigor e ritmo de estudo são condições essenciais para colher bons
resultados.

1) Examine a estrutura a sua frente. Observe como ela está constituída de partes
articuladas entre si artificialmente. Estas partes são os ossos e no conjunto, a estrutura é
denominada esqueleto.
Utilizando a figura 1, identifique as partes que correspondem ao esqueleto axial
e ao esqueleto apendicular. Repare que o esqueleto apendicular está apenso ao axial por
ossos que constituem as cinturas. Localize as cinturas escapular e pélvica e identifique
os ossos que delas fazem parte.

2) Você identificou muitos ossos do esqueleto axial e apendicular mas ainda não
identificou os do crânio. Alguns ossos cranianos são frequentemente destruídos durante
a preparação do material. Isto ocorre principalmente na órbita e cavidade nasal. Com o
auxílio das figuras 2 e 3 identifique os ossos do neurocrânio e víscero-crânio.

3) Observe quais relevos aparecem na superfície do seu corpo ao nível do


ombro, cotovelo, punho e mão. Tente identificar no esqueleto quais ossos e que partes
deles fazem estes relevos. Observe também o relevo da clavícula, do esterno e das
costelas. Examine esses ossos no esqueleto. Lembre-se que as costelas são em número
de 12 pares. Como elas se dividem? Recorra à figura 4.

4) Passe agora à coluna vertebral. Note como as vértebras, no esqueleto, têm


volume diferente, embora sua forma seja basicamente semelhante. Elas podem ser
separadas em três grupos: 7 cervicais (no pescoço), 12 torácicas (no tórax) e 5 lombares
(correspondem ao abdome). Observe como as vértebras de cada grupo têm
características próprias e diferenciam-se das dos outros grupos. Identifique-as (figura
5). Que parte das vértebras pode ser palpada na coluna vertebral do seu colega? Observe
também no esqueleto.

5) Agora, em você mesmo, palpe os ossos da pelve, principalmente a chamada


crista ilíaca. Observe também os relevos produzidos ao nível do joelho, tornozelo e pé.
Procure identificar no esqueleto quais ossos e que partes deles produzem estes relevos.

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6) Tome agora um osso isolado, como o fêmur, e observe como sua superfície é
irregular, apresentando depressões, sulcos, forames (orifícios), saliências, etc. Para que
servem estes acidentes ósseos?

7) Classifique morfologicamente os seguintes ossos: úmero, rádio, ossos do


carpo, falanges, clavícula, escápula, temporal, frontal, mandíbula, costela, vértebra,
ossos do quadril, fêmur, fíbula, calcâneo, ossos do metatarso.

8) Em um osso longo identifique as epífises e a diáfise.

9) Observe um osso cortado frontalmente e identifique a substância óssea


compacta e esponjosa, bem como o canal medular. Estas estruturas também podem ser
visualizadas em ossos cortados transversalmente.

10) Repare agora peças ósseas em que o periósteo foi conservado e identifique-
o.

De Interesse Especial:
Receita para ossos sadios

Tão logo Helen, com 62 anos de idade levantou da cama e deu alguns passos,
fraturou uma vértebra. Entretanto, ela não percebeu a fratura que é, de fato, sua sétima
fratura em dois meses. Tudo que ela percebeu foi uma dor incômoda nas costas, que ela
atribuiu à sua idade. Em poucos meses a coluna vertebral de Helen começou a encolher,
e ela acabou desenvolvendo uma disforme corcunda. Como outros 17 milhões de
americanos, Helen está sofrendo de osteoporose, uma progressiva perda de cálcio dos
ossos que conduz a um aumento da fragilidade óssea e um marcado aumento nas
fraturas dos ossos.
Uma em cada duas mulheres dos Estados Unidos sofrerá de osteoporose pós-
menopausa, mas a maioria não tem consciência do seu problema até que frature o
quadril ou uma vértebra. Cada ano mais de 55.000 americanos, a maioria mulheres,
morrem de complicações desta doença. Hemorragias, embolias gordurosas e choque são
três das mais comuns causas da morte.
Novos avanços na prevenção e tratamento têm começado a oferecer um raio de
esperança a milhões de vítimas potenciais. Aprendeu-se que a osteoporose começa a se
desenvolver muito mais cedo do que se pensava. A doença freqüentemente tem início
quando a mulher alcança a metade da década dos 20 anos. Aos 30 anos, muitas
mulheres já perderam um terço do cálcio dos seus ossos. A desmineralização gradativa
continua até que os ossos se tornam tão frágeis que as atividades normais, como
levantar da cama ou dançar, causam diminutas fraturas nos ossos do corpo.
O que faz com que o cálcio comece a ser perdido tão cedo? As razões parecem
ser principalmente relativas à dieta. Muitas mulheres tornam-se conscientemente
pesadas na metade da segunda década de vida e deixam de consumir alimentos
gordurosos, tais como leite e queijo, ricos em cálcio. Muitos adultos também
desenvolvem uma intolerância ao leite e outros laticínios. Desse modo, mesmo sabendo
que seus corpos requerem cerca de 1.000 miligramas de cálcio por dia, muitas mulheres
consomem tão pouco quanto 450 miligramas.

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É possível fazer dieta e mesmo assim não sofrer de osteoporose, se for adotada
uma dieta suplementar ou aumentada a quantidade de cálcio ingerido. A vitamina D,
que aumenta a absorção intestinal de cálcio, também pode ajudar a prevenir a
osteoporose. As pesquisas também sugerem que exercícios de carregar peso, ginástica
aeróbica, corrida, caminhada e tênis podem ajudar a prevenir a doença. Em vez de
tomar o elevador, suba as escadas para prevenir os ossos contra o amolecimento. No
lugar de passar os fins de semana na frente da televisão, faça um passeio rápido, ou
ande no parque, ou jogue uma partida de tênis.
Mas o que fazer se a doença já estiver instalada? Há algum modo de detê-la ou
revertê-la? Os estudos mostram que a osteoporose pode ser detida e revertida, mesmo
depois de já ter alcançado um estágio avançado. Por exemplo, recente trabalho do Dr.
Everitt L. Smith e seus colaboradores da Universidade de Wisconsin, em Madison,
demonstraram que 45 minutos de exercício moderado feito três vezes por semana
diminui gradualmente a perda de cálcio na mulher idosa e, depois de um ano, reverte a
desmineralização. Neste estudo, um grupo de controle de pessoas inativas idosas perdeu
7,5% do cálcio do osso num período de três anos. Um segundo grupo, que fazia
exercícios três vezes por semana, perdeu 3,8% do cálcio dos ossos no primeiro ano, mas
ganhou cálcio no segundo e terceiro anos, chegando ao terceiro ano com perda de
apenas 1%. Assim, durante o tempo de duração do experimento, os ganhos
praticamente compensaram as perdas do primeiro ano. Este resultado sugere que o
exercício continuado pode produzir em longo prazo aumento do cálcio dos ossos e, com
isso, diminuir as fraturas ósseas.
Um dos tratamentos mais convencionais da osteoporose nas mulheres em pós-
menopausa é a administração do esteróide sexual estrógeno. Produzido pelo ovário até a
menopausa o estrógeno promove o crescimento ósseo. Baixas doses de estrógeno
regularmente ministradas podem parar a desmineralização do osso completamente e
podem realmente promover a formação de osso. Entretanto, as mulheres que recebem
estrógeno tem aumentado o risco de desenvolver câncer do endométrio. Os médicos por
isso freqüentemente prescrevem uma dose mista de estrógeno e progesterona. A
progesterona diminui a probabilidade de câncer.
Um melhor conhecimento da prevenção e do tratamento da osteoporose e a
disseminação desse conhecimento para o público em geral, ajudará a reduzir muito do
sofrimento causado por esta doença. Para Helen e milhões de mulheres na sua faixa
etária, a vitória é parar a doença antes que ela progrida muito rapidamente. Mas para
milhões de mulheres mais jovens, a detecção precoce e medidas preventivas adequadas,
tais como exercício e dieta suplementar de cálcio e vitamina D, podem prevenir a
doença completamente.

Bibliografia:
1) Dângelo, J.G. e Fattini, C.A. - Anatomia humana sistêmica e segmentar.
2) Sobotta, J. - Atlas de anatomia humana.
3) Spence, A.P. Spence – Anatomia humana básica.

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Figura 1 – Esqueleto. Vista anterior.

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Figura 2 – Crânio. Vista anterior.

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Figura 3 – Crânio. Vista lateral.

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Figura 4 – Caixa torácica e cíngulo esquerdo do membro superior. Vista anterior.

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Figura 5 – Coluna vertebral à esquerda. Vértebras da coluna vertebral (vista
superior) à direita.

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