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Teoria Da Demanda e Oferta e Elasticidades
Teoria Da Demanda e Oferta e Elasticidades
MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e
Elasticidades
Livro Eletrônico
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades....................................................................................................5
1. Introdução à Teoria do Mercado e do Campo Microeconômico..........................................................5
1.1. Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica.............................................................................5
1.2. Conceito, Histórico e Componentes do Mercado. ...................................................................................7
1.3. Divisão do Campo de Estudo da Microeconomia....................................................................................8
1.4. Classificação dos Bens.........................................................................................................................................9
2. Teoria Elementar da Demanda...........................................................................................................................15
2.1. Introdução. . .................................................................................................................................................................16
2.2. Demanda × Quantidade Demandada. ..........................................................................................................17
2.3. Função Procura......................................................................................................................................................20
2.4. Fatores Determinantes da Demanda. ........................................................................................................23
2.5. Os Deslocamentos da Curva de Demanda. .............................................................................................25
3. Teoria Elementar da Oferta. . ...............................................................................................................................27
3.1. Introdução. . ................................................................................................................................................................27
3.2. Função Oferta. . ........................................................................................................................................................ 28
3.3. Os Deslocamentos da Curva de Oferta.....................................................................................................30
4. Teoria do Equilíbrio de Mercado......................................................................................................................32
4.1. A Lei da Oferta e da Procura e a Tendência ao Equilíbrio...............................................................32
4.2. Interferência do Governo no Equilíbrio de Mercado. ........................................................................35
5. Elasticidades. . .............................................................................................................................................................36
5.1. Elasticidade-Preço da Demanda. . .................................................................................................................36
5.2. Elasticidade-Renda da Demanda.. ...............................................................................................................43
5.3. Elasticidade-Preço da Oferta. . .......................................................................................................................44
Resumo................................................................................................................................................................................47
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................52
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................53
Questões de Concurso................................................................................................................................................56
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Gabarito............................................................................................................................................................................... 74
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................75
Referências.......................................................................................................................................................................116
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje é adentrar efetivamente no estudo da microeconomia e conhecer
melhor como funciona uma economia de mercado típica de um sistema econômico capitalista,
analisando seus componentes e conhecendo conceitos importantes sobre esse tema.
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
A condição ceteris paribus é usada na economia para fazer uma análise de mercado da
influência de um fator sobre outro, sem que as demais variáveis sofram alterações.
Em suma, as variáveis podem ser alteradas uma de cada vez.
Observe o exemplo:
EXEMPLO
O aumento do preço do leite vai diminuir a procura.
Fazendo a análise de mercado, isto é, a relação entre o preço do leite face e quantidade de
procura, podemos efetivamente chegar à conclusão de que o preço foi a variável que influenciou
a quantidade da procura. Porém, essa análise não leva em consideração condições porventura
mais significativas, como, por exemplo, a mudança de hábitos alimentares, doenças relacionadas
com o consumo do produto etc.
Logo, foi uma análise sujeita à condição coeteris paribus.
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Manuel Piñon
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Manuel Piñon
Nesse contexto, precisamos destacar que os preços relativos têm papel fundamental
em uma economia capitalista, já que as escolhas dos agentes econômicos são baseadas na
diferença de preços dos bens/serviços, ou seja, respaldam-se nos preços relativos entre os
diferentes bens e serviços e não em seus preços absolutos.
O PULO DO GATO
A ideia é que, em termos microeconômicos, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os
preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados) das mercadorias.
Exemplo
Suponha que o preço da MANTEIGA caia 20% e o da MARGARINA também seja reduzido na
mesma porcentagem.
A princípio, nada deve acontecer com a demanda pelos dois bens, supondo também que a
condição ceteris paribus seja atendida, ou seja, que as demais variáveis permaneçam constantes.
Mas, tudo o mais permanecendo constante, cai-se apenas o preço da MANTEIGA, permanecendo
inalterado o preço da MARGARINA, deve-se esperar um aumento na quantidade procurada de
MANTEIGA e uma queda na MARGARINA. Assim, embora não tenha havido alteração no preço
absoluto da MARGARINA, seu preço relativo aumentou, quando comparado com o da MANTEIGA.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Neste sentido, o surgimento da moeda como meio de troca aceito e padronizado veio
simplificar significativamente as trocas e consolidar a especialização, acelerando a possibilidade
de se efetuar transações na economia, “turbinando” o desenvolvimento da chamada economia
de mercado. Veja a representação abaixo:
Bom, acho que já nos situamos. Vivemos numa economia de mercado e já sabemos como
chegamos até aqui. Vamos agora conceituar “mercado”.
Eu sempre tive comigo um conceito de mercado muito simples: “o local (seja físico ou
virtual) onde oferta e procura se encontram”.
Existem autores que o definem assim: o mercado é o ambiente social ou virtual propício
às condições para a troca de bens e serviços.
Um conceito bastante usado para mercado é: o ambiente em que compradores (demanda)
e vendedores (oferta) realizam transações.
Desse conceito, podemos identificar os dois elementos fundamentais do mercado:
1- demanda (procura/compradores/consumidores)
2 - oferta (produtores/vendedores)
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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1.4.1. Classificação dos Bens quanto Efeito Provocado em sua Demanda pelo
Aumento na Renda
Para uma variação na renda e as consequentes respostas do consumo, os bens podem
ser classificados em normais e inferiores. Quando a renda de um consumidor aumenta, o
normal é que ele consuma mais os bens que normalmente compra.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Com base nessa linha de raciocínio, podemos classificar os bens da seguinte forma:
Bem normal é aquele cuja quantidade demandada normalmente aumenta quando a renda se
eleva. Aqui, o aumento de renda faz com que o consumidor aumente o consumo, como no caso
da carne de primeira. O deslocamento da curva de demanda por carne de primeira é para a direita.
Bem de primeira necessidade é aquele em que, ao aumentar a renda, a quantidade
demandada do bem sobe em menor proporção, como no caso do sal, por exemplo. Em tese,
você não vai comprar mais sal ou menos sal em função do seu preço.
Bem de luxo é aquele que, ao aumentar a renda, a quantidade demandada do bem se eleva
em maior proporção, como o caso de roupas de marca. Aqui também o aumento de renda
faz com que o consumidor aumente o consumo de bens de luxo. O deslocamento da curva
de demanda é para a direita.
Bem de Veblen desafia a lei da oferta e da procura. Seria um bem de altíssimo luxo que
valoriza a sua exclusividade. São produtos que quanto mais caros ficam, mais as pessoas
querem e compram. Seja isso uma atitude racional ou não. O efeito do aumento da demanda
pelo aumento do preço é conhecido como Efeito Veblen. Como exemplos temos bens bastante
exclusivos como carros e relógio de luxo.
Bem inferior é aquele cuja quantidade demandada diminui quando aumenta a renda, ou
seja, com o aumento da renda, a demanda tende a diminuir. Um bom exemplo é a carne de
3ª. Quando o consumidor consegue aumentar sua renda, ele passa a consumir carne de 1ª
em vez de consumir carne de 3ª.
Bens de Consumo
• Bens Inferiores
− Bens que variam inversamente proporcional à RENDA.
− Quando aumenta a renda a quantidade demandada diminui e vice-versa.
◦ Exemplo:
Bacalhau – sardinha
Carne de primeira – carne de segunda
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Assim, o aumento de renda faz com que o consumidor reduza o consumo de carne de 3ª e
aumente o consumo de carne de 1ª (de valor mais elevado). Como o deslocamento da curva
de demanda por carne de 3ª é para a esquerda, então este bem é inferior.
Para uma variação nos preços dos produtos e serviços e as consequentes repostas de
consumo, os bens podem ser classificados em comuns e de Giffen.
Bem de Giffen: de acordo com a teoria econômica, é o bem cujo consumo aumenta quando
o seu preço sobe, e cujo consumo diminui quando o seu preço é diminuído.
Os bens que, com a queda do preço dos produtos e serviços têm queda na quantidade
demandada, são classificados como bens de Giffen.
Entretanto, os bens de Giffen são um caso especial de bens inferiores, pois, além do Efeito
Renda ser contrário ao Efeito Substituição (caracterizando um bem inferior), o Efeito Renda
é maior que o Efeito Substituição (caracterizando um bem de Giffen).
O PULO DO GATO
Todo bem de Giffen é um bem inferior, mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Em tese, quanto maior a sua renda, mais você vai querer comprar os bens normais, como
o filé-mignon, por exemplo. Mas esse raciocínio não se aplica aos bens inferiores. Para eles,
quando a renda sobe, a demanda diminui.
Veja o caso da carne de 3ª. Se você deixa de ganhar, por exemplo, R$ 1.000,00 por mês e passa
a ganhar R$ 100.000,00 por mês, você vai deixar de comprar carne de 3ª e só comprar filé-
mignon, concorda?
Assim, para um bem inferior, o efeito-preço total é positivo, ou seja, o efeito-substituição
positivo é maior do que o efeito-renda negativo.
Tecnicamente falando, o bem de Giffen, que é um tipo de bem inferior em que o efeito-
preço é negativo, ou seja, o efeito-renda negativo suplanta o efeito-substituição positivo.
Assim, podemos dizer que os consumidores tendem a comprar quantidades menores quando
houver redução de preço do produto e maiores porções se seu preço for majorado.
Vamos conhecer a situação prática real que fez com que essa classificação de bem de
Giffen aparecesse na teoria econômica.
Na Inglaterra, durante o século XIX, os assalariados mais pobres gastavam considerável
parcela de sua renda comprando trigo. Entretanto, sempre que ocorria uma queda no preço, a
renda real desses trabalhadores aumentava e, enjoados de tanto trigo, com uma folguinha no
orçamento, passavam a comprar menos trigo e o substituíam em parte por outros alimentos.
Podemos dizer, portanto, que o bem de Giffen é uma exceção à lei da demanda, sendo
muito raro de acontecer na prática, só se aplicando para situações extremas como a do
exemplo descrito anteriormente.
Apresenta, portanto, uma curva de procura crescente, sendo, desse modo uma exceção
à lei da procura.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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A princípio, temos o impulso de julgar a assertiva como correta, mas depois vemos que ela
está errada!
Tenha em mente que um bem inferior é aquele que o consumo cai quando a renda aumenta,
independente da alteração do seu preço.
Lembre-se da carne de 2ª ou de 3ª.
Errado.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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PEGADINHA DA BANCA
Nunca é demais lembrar a você, concurseiro(a), que tenha MUITO CUIDADO em provas com
expressões como “todo, sempre, nunca etc.” O bem de Giffen é uma espécie da classe dos bens
inferiores. Assim, todo bem de Gíffen é inferior, mas a recíproca não é verdadeira.
Errado.
1.4.2. Classificação dos Bens quanto ao Efeito na Demanda por Outros Bens
Existem alguns tipos de bens que têm as suas quantidades demandadas alteradas em
função de mudanças nos preços de outros bens, ainda que o seu preço esteja constante.
Além de existir, esse efeito pode, ainda, ser positivo ou negativo, podendo esses bens serem
classificados como substitutos, complementares ou independentes.
Bens substitutos: são aqueles bens que atendem à necessidade do consumidor com igual
nível de satisfação. São bens, digamos, concorrentes.
Bens de Consumo
• Bens Substitutos
− Bens que substituem outros bens sem perda de qualidade ou satisfação.
◦ Exemplo:
Manteiga – margarina
Coca-cola – Pepsi
Exemplos: bem “x” e “y”; manteiga e margarina; batata e aipim (ou macaxeira); entre outros.
Bens Complementares: são aqueles que dependem uns dos outros para satisfazer a
necessidade do consumidor, são demandados em conjunto, necessariamente.
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Bens de Consumo
• Bens Complementares
− Bens que é consumido em conjunto com outro bem, necessariamente.
◦ Exemplo:
Pão e margarina
Carro e combustível
DICA
Os bens são complementares se o aumento do preço de um
deles reduz a quantidade demandada do outro (arroz e feijão),
e os bens são substitutos se o aumento do preço de um deles
eleva a quantidade demandada do outro, qualquer que seja o
preço (carne bovina e suína; chá e café).
Ainda existe uma outra categoria de bem que não causa influência nos demais, nem
negativa nem positiva. São os chamados bens independentes.
Bens Independentes: aumenta o preço do bem “y” e a quantidade procurada do bem “x”
não se altera e vice-versa.
Agora vamos estudar o mercado, aquele ambiente social ou virtual propício às condições
para a troca de bens e serviços, ou seja, o ambiente em que compradores (demanda) e
vendedores (oferta) realizam transações.
Nosso foco na aula de hoje é conhecer os dois elementos fundamentais do mercado:
Demanda (procura/compradores/consumidores) e;
Oferta (produtores/vendedores).
Assim, por meio do conhecimento de como se comportam oferta e demanda, vamos
entender o mecanismo de funcionamento do mercado.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Por que a água, mais necessária, é tão barata, e o diamante, supérfluo, tem preço tão elevado?
Perceba que a água tem grande utilidade total, mas baixa utilidade marginal. Note que,
depois do primeiro copo de água, a utilidade do segundo copo vai diminuindo, e assim pro-
gressivamente, enquanto o diamante, por ser raro e escasso, tem grande utilidade marginal.
Assim, podemos dizer que todas as unidades de água têm grande utilidade total, mas seu
preço, na margem, é menor, mas o último e talvez único diamante proporciona grande satis-
fação (utilidade) a quem o adquire.
2.1. Introdução
Vamos começar pela conceituação do que é, tecnicamente falando, demanda.
A demanda é a quantidade de um determinado bem que os consumidores estão aptos e
dispostos a adquirir, em determinado período, aos diversos preços alternativos.
Em outras palavras, é a quantidade de bens que os consumidores desejam e podem adquirir.
Pode-se entender como a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam
adquirir por um preço definido em um mercado.
A demanda pode ser interpretada como procura, mas não necessariamente como consumo,
uma vez que é possível querer e não consumir um bem ou serviço, por diversos motivos.
Assim, podemos dizer que ela é o desejo, intenção, vontade de comprar e não sua realização
ou compra propriamente dita.
O comportamento da demanda obedece à chamada Lei Geral da Demanda! Calma, não
estamos num curso de Direito. É uma, digamos assim, lei “de mercado”, à qual a demanda
segue: a quantidade demandada de um determinado bem é inversamente proporcional ao
seu preço, tudo o mais permanecendo constante (o velho ceteris paribus).
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DICA
A DEMANDA É TODA A ESCALA OU CURVA QUE RELACIONA
OS POSSÍVEIS PREÇOS A DETERMINADAS QUANTIDADES
DEMANDADAS DE UM BEM OU SERVIÇO.
DICA
O TERMO QUANTIDADE DEMANDADA É UM PONTO ESPECÍFICO
NA CURVA QUE RELACIONA UM PREÇO A UMA QUANTIDADE
DEMANDADA DE UM BEM OU SERVIÇO.
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$
Quantidade demandada Demanda: refere-se a curva
toda;
A Quantidade demandada:
3
refere-se a um ponto sobre
B
a curva de demanda.
2
DEMANDA
150 175 Q
Tenha em mente que alterações nas variáveis endógenas provocam mudanças ao longo da curva
de demanda, ou seja, NÃO DESLOCAM a curva. Por outro lado, mudanças nas variáveis exógenas,
como o preço de bens relacionados, gostos e preferências, renda, número de consumidores e
expectativas, provocam deslocamentos da curva de demanda.
DICA
Variações no preço provocam alterações ao longo da curva de
demanda e variações em fatores exógenos deslocam a curva
de demanda.
Calma!
Mais adiante explicarei melhor.
Podemos dizer que, quando mudam o preço e a quantidade, o consumidor se desloca para
cima (↑P e ↓Qd) e para baixo (↓P e ↑Qd) ao longo da curva de demanda do produto. Estamos
falando da demanda para aquele produto nos seus vários níveis de preços dentro da mesma
curva, sem ser influenciado por fatores externos (variáveis exógenas).
Agora, fique ligado em uma situação que é muito explorada como pegadinha nas provas!
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DICA
Por enquanto fique com a ideia de que o termo “demanda” é
mais amplo que o termo “quantidade demandada”.
Exemplo
Imagine o consumo de cigarros.
Agora, imagine que o governo queira desestimular a demanda por cigarro.
Assim, o governo aumenta o imposto incidente sobre o cigarro e cria uma forte campanha
publicitária de desestímulo.
Note que, ao aumentar o imposto sobre o cigarro, o governo mexe no preço do bem (variável
endógena), provocando um movimento ao longo da curva de demanda.
Por outro lado, ao desestimular pela forte propaganda o fumo, o governo atua nos gostos,
hábitos ou preferências dos consumidores (variável exógena), provocando o deslocamento da
curva de demanda.
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DICA
A curva de demanda demonstra a relação inversa entre preço
e quantidade demanda.
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Exemplo
Digamos que você tenha uma sorveteria e que compre frutas para fazer os sorvetes. O sorvete
de uva é uma dos preferidos dos seus clientes, mas também é o que tem o maior custo de
preparo. Assim, você programa suas compras das frutas em função do preço do quilo da uva.
A tabela a seguir demonstra as quantidades demandadas de uva pela sua sorveteria em função
do seu preço:
Essa relação entre preço e quantidade é expressa por meio da chamada função demanda,
expressa abaixo:
Dx = f (Px)
Sendo:
Dx = quantidade demandada do bem x
f = função
Px = preço do bem x
A expressão significa que a quantidade demandada, Dx, é uma função f do preço Px, isto é,
depende do preço P de x.
Seguindo essa linha de raciocínio, essa é a expressão numérica da famosa curva de demanda, que
demonstra graficamente a relação (inversa) existente entre o preço de um bem e sua quantidade
demandada, por parte de um indivíduo, durante um período determinado, ceteris paribus.
A curva decrescente de demanda mostra que quanto maior o preço de um bem, menor a
quantidade demandada desse bem, ceteris paribus.
De maneira semelhante, quanto mais baixo o preço do bem, maior a quantidade demandada.
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A curva de demanda é negativamente inclinada devido à relação inversa entre preço e quantidade
de demanda, que resultam em dois efeitos: efeito substituição e efeito renda.
Normalmente, quando temos uma alteração no preço de um bem ou serviço, existem dois
efeitos relacionados: efeito-renda e efeito-substituição.
Efeito-renda: é uma mudança no consumo que tem origem na mudança da renda real do
consumidor.
Quando aumenta o preço de um bem que você consome, sua renda real é reduzida porque
você não consegue mais ter o mesmo nível de consumo.
Por essa lógica, quando cai o preço de um bem que você consome, sua renda real aumenta.
Assim, o consumidor aproveita o aumento do seu poder aquisitivo real, já que pode comprar
a mesma quantidade do bem por um valor menor, obtendo, assim, um excedente de renda
para compras adicionais.
Exemplo
Imagine que você compre todo mês dois quilos de manteiga por R$ 12,00 o quilo.
Agora, imagine que o preço da manteiga suba para R$ 20,00 o quilo.
Ora, nesse caso, você pensa: “acho que vou comprar 1 quilo de manteiga por R$ 20,00 e um
quilo de margarina por R$ 4,00 o quilo.”
Note que você reduziu a quantidade demandada de manteiga, substituindo-a por margarina.
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Na verdade, dependendo dos tipos de bens que estamos tratando, a influência é diferente.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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No caso dos bens substitutos, quando o preço do bem “y” sobe, ocorre o aumento na
quantidade procurada de bem “x” e vice-versa. Lembre-se de que aumenta o preço de um dos
bens e o preço do outro permanece constante (o velho ceteris paribus).
Mas existem bens que têm uma influência diferente em relação a outros bens, sem relação
de concorrência. Pelo contrário, são coligados! São os chamados bens complementares!
Assim, o aumento do preço do bem “y” gera redução da quantidade procurada do bem “x” e
vice-versa. Lembre-se de que aumenta o preço de um dos bens e o preço do outro permanece
constante.
Ainda existe uma outra categoria de bem que não causa influência nos demais, nem
negativa nem positiva. São os chamados bens independentes, aqueles em que um aumento
do preço do bem “y” não altera a quantidade procurada do bem “x” e vice-versa.
MERCADOS
São pessoas, pessoas são indivíduos
e os indivíduos são individuais
nas suas preferências, nas suas
necessidades, nos seus gostos ...
Ivan Pinto
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Preço do
Sorvete de
Casquinha
Aumento da
demanda
Diminuição
da demanda
Curva de
Curva de demanda, D2
0 Quantidade de
Sorvete de Casquinha
Podemos ver no gráfico anterior que o deslocamento da curva de demanda pode ocorrer
para a direita ou para a esquerda. Se a demanda aumentar, a curva se desloca para direita.
Contrariamente, se a demanda for diminuir, a curva se desloca para a esquerda.
As seguintes variáveis são responsáveis pelo deslocamento da curva de demanda:
1. A renda: um aumento de renda leva a um aumento de demanda de um bem, deslocando
a curva de demanda para a direita. De maneira semelhante, uma queda na renda deslocará a
curva de demanda para a esquerda.
2. Os preços dos bens relacionados: um aumento no preço de um bem pode causar um
deslocamento na curva de demanda por outro bem.
Os bens utilizados em combinação, de maneira que um aumento no preço de um deles
leva à queda na demanda do outro, chama-se bens complementares.
Exemplo 1
Se o preço da gasolina sobe, os consumidores têm menor procura por carros. A curva de demanda
por carros se deslocará para a esquerda a cada aumento de combustível.
Por outro lado, para os bens substitutos (concorrentes), o efeito é contrário.
Exemplo 2
Maçãs e bananas. Com uma elevação no preço das bananas, os consumidores seriam incentivados
a substituí-las por maçãs. Outros exemplos: chá e café; manteiga e margarina; carne e galinha;
óleo de soja e de milho etc.
3. Gostos: o tempo é responsável pela mudança de gostos. Os gostos e a demanda são
bens voláteis para alguns produtos, especialmente para as “manias”, “a moda”.
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Manuel Piñon
Na verdade, dos fatores apresentados na assertiva, o único que realmente causa o deslocamento
da curva de demanda é a alteração da renda do consumidor, já que por alterar o poder de compra
do consumidor modifica a capacidade/vontade de demandar o bem.
Por outro lado, uma eventual variação no preço do bem não desloca a curva de demanda, ou
seja, a curva de demanda permanece exatamente a mesma em função do preço do bem, já que
apresenta a relação existente entre a quantidade demandada para cada preço.
Guarde que as alterações no preço, na verdade, provocam deslocamentos ao longo da curva de
demanda e não da curva em si, que, como dito, permanece a mesma.
Por seu turno, uma eventual variação do preço dos insumos tem impacto na oferta de bens
e serviços e não na sua demanda, gerando, assim, deslocamentos na curva de oferta e não
de demanda.
Errado.
É bom ter em mente que a inclinação da curva de demanda é dada pelo número que multiplica
a variável preço.
Dessa maneira, se a curva de demanda é:
QD = 5.000−10P, temos que a sua inclinação é -10
Agora, seguindo as instruções do enunciado da questão, se sua inclinação fosse de - 5, teríamos
a seguinte função de demanda:
QD = 5.000 − 5P
Agora é só substituir o preço proposto pela assertiva e calcular:
QD=5.000− 5×100
QD=5.000−500
QD=4.500
Certo.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Pela tabela é possível perceber que as quantidades ofertadas aumentam na medida que
os preços aumentam. São diretas as relações preço - quantidade.
Em resumo: quanto maior o preço de um bem, maior a quantidade ofertada, ceteris paribus.
Dessa forma, quanto menor o preço, menor a quantidade ofertada.
Mas aqui também preciso alertá-los de que a oferta de um bem não depende somente do
preço do bem, que é uma variável endógena, sendo, na verdade, influenciada por um conjunto
de variáveis exógenas:
• custo dos insumos e matérias-primas;
• custo da mão de obra;
• tecnologia disponível;
• Número de produtores e de produtos concorrentes;
• expectativa do produtor sobre os preços futuros.
De qualquer forma, existe uma relação direta entre as quantidades ofertadas e os preços
expressa pela chamada função oferta:
A função oferta: Ox = f (Px)
Sendo:
Qx = quantidade ofertada do bem x
f = função
Px = preço do bem X
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P O
P1
P2
Q
Q1 Q2
A curva de oferta mostra como a quantidade oferecida aumenta junto com o preço,
refletindo o comportamento dos produtores. Aqui a relação é direta.
Resulta do princípio que afirma o seguinte: os preços mais altos constituem um estímulo
ao incremento das quantidades que os produtores estarão dispostos a oferecer no mercado.
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Podemos ver no gráfico acima que o deslocamento da curva de oferta pode ocorrer para
a direita ou para a esquerda.
Se o preço sobe, a oferta é aumentada e a curva se desloca para direita. Contrariamente,
se o preço diminui, a oferta também diminui e a curva se desloca para a esquerda.
As seguintes variáveis são responsáveis pelo deslocamento da curva de oferta:
1. O custo de insumos: quando o preço, por exemplo, dos fertilizantes sobe, os agricultores
estarão menos dispostos a produzir, por exemplo, milho ao mesmo preço. A curva de oferta
se deslocará à esquerda.
2. A tecnologia: com uma melhoria importante na tecnologia, o custo de produção diminuirá.
Com um custo menor por unidade, os produtores estarão dispostos a produzir mais, a qualquer
preço. A curva de oferta se deslocará para a direita.
3. Condições climáticas: este fator é especialmente importante para a produção agrícola.
Pode ser favorável (direita) ou desfavorável (esquerda).
4. Os preços dos bens relacionados: da mesma maneira que os bens podem ser substitutos
ou complementares, no consumo, também podem ser na produção.
Exemplo 1
O milho e a soja são substitutos na produção. Um aumento no preço do milho fará os agricultores
reduzirem o plantio de soja, aumentando o de milho.
Exemplo 2
Carne e couro são complementares, ou produtos conjuntos. Quando o abate de gado aumenta
em resposta a uma demanda maior de carne, a produção de couro aumenta.
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Na verdade, quando conseguimos uma redução dos custos via menor utilização de insumos para gerar
o mesmo produto ou quando conseguimos aumentar a produção mantendo a idêntica quantidade
de insumos, temos um deslocamento da curva de oferta para a direita, já que a empresa pode
produzir a mesma quantidade a um preço menor ou uma quantidade maior com o mesmo preço.
Errado.
Basicamente, uma curva de oferta serve para apresentar a relação existente entre os níveis de
preço de um bem ou serviço à quantidade a ser ofertada no mercado pelas empresas.
Seguindo essa ideia, quando existe expectativa de que o preço do bem vai aumentar no futuro,
as empresas tendem a acumular estoques para poder elevar a oferta futura já com preços
maiores e assim lucrar mais.
Raciocinando assim, no momento presente, a oferta de mercado desse produto ou serviço
acaba se contraindo.
Certo.
DICA
Em relação à oferta, guarde principalmente o seguinte:
1 - Oferta é a quantidade de bens que os produtores desejam
ofertar para cada nível de preço;
2 - A curva de oferta demonstra a relação direta entre preço e
quantidade ofertada;
3 - Variações no preço provocam alterações ao longo da curva
de oferta;
4 - Variações em fatores exógenos deslocam a curva de oferta;
5 - A função de oferta é uma equação que demonstra como a
oferta varia em decorrência de valores assumidos pelas variáveis
que a afetam.
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Guarde essa assertiva como um conceito básico em economia: o mercado estará equilibrado
quando a quantidade demandada coincidir com a quantidade ofertada e o preço de equilíbrio
é aquele que gerar essa igualdade.
Em suma, se os preços fossem menores ou maiores, gerariam, respectivamente, escassez ou
excesso de bens.
Certo.
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Assim, deve-se analisar conjuntamente as duas curvas procurando para cada preço a
compatibilidade entre quantidade ofertada e demandada.
Então, só no ponto de intersecção das curvas de demanda e oferta é que coincidem os
planos dos demandantes e ofertantes e somente a um único preço. Este é o chamado preço
de equilíbrio, que corresponde à quantidade demandada e ofertada denominada quantidade
de equilíbrio.
Preço
Curva de Demanda
Curva da Oferta
Quantidade
Tempo
O PULO DO GATO
A alteração do equilíbrio ocorre quando há um deslocamento da curva de demanda ou de oferta.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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O preço está alto e deve cair até que oferta e demanda se reequilibrem.
Certo.
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5. Elasticidades
O termo elasticidade, que também pode ser chamado de sensibilidade, mede o quanto
uma variável pode ser afetada por outra. Existem alguns tipos de elasticidades, mas todos
envolvem basicamente o mesmo raciocínio.
Assim, a ideia é analisar os efeitos das mudanças de preços nas quantidades demandadas
(elasticidade-preço da demanda) e nas quantidades ofertadas (elasticidade-preço da oferta).
Também estudaremos o efeito que as alterações nos níveis de renda dos consumidores
causam na demanda (elasticidade-renda da procura).
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Mas, e se quisermos saber o quanto essa mudança de preço vai aumentar ou quanto vai
cair a demanda ou a oferta?
Até que ponto a demanda por geladeiras pode ser afetada? Muito ou pouco?
E se os preços dobrarem, em que percentual a quantidade demandada diminuirá?
Por outro lado, qual deve ser a mudança na oferta de geladeira se os preços fossem elevados
em apenas 50%, em vez de dobrarem?
Exemplo: sal.
Os bens de demanda elástica são aqueles que não são indispensáveis à subsistência do
consumidor. Assim, podemos dizer que são “sensíveis” ao fator preço.
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DICA
Alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda seriam
a existência de substitutos ao bem, a variedade de uso desse
bem, o seu preço em relação ao uso global dos consumidores
e o preço do bem em relação à renda dos consumidores.
Para um vendedor, faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda
com a qual ele se defronta.
Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais receita. Por outro lado, se a
demanda for inelástica e ele reduzir o preço, obterá menos receita.
Amigo(a)s, podemos dizer, portanto, que a elasticidade é uma medida de como os
compradores e vendedores reagem a uma mudança nos preços, e nos permite analisar a
oferta e a demanda com muito mais precisão.
Nesse sentido, a elasticidade-preço da demanda - EPD mede a variação (o aumento ou
diminuição) em valores unitários ou em porcentagem da quantidade demandada devido a
uma mudança nos preços.
Em situações normais, a demanda tende a ser mais elástica quando:
• O bem é considerado de luxo;
• O horizonte de tempo é maior;
• Existem mais bens substitutos;
• O mercado é mais restrito.
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Para executar um cálculo de elasticidade, são necessários, pelo menos, dois períodos.
Exemplo: um aumento no preço de 10% gera uma diminuição da quantidade demandada também
de 10%.
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Calma!
Sei que não é fácil.
É assim mesmo.
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Elasticidade-renda da Demanda
Representa a sensibilidade da quantidade procurada de um bem em face de uma alteração do rendimento
do consumidor.
Da elasticidade-renda da demanda resultam três tipos de bens, consoante à relação estabelecida
• bens normais de luxo, cuja quantidade procurada aumente mais que proporcionalmente ao aumento
de rendimento.
• bens normais de consumo não saciado, cuja quantidade procurada aumente proporcionalmente ao
aumento de rendimento.
• bens inferiores, cuja quantidade procurada aumente menos que proporcionalmente ao aumento de
rendimento
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Exemplo: naquela nossa propriedade podemos deixar de produzir uvas e passar a produzir
mangas.
• Tempo. A oferta é mais elástica no longo prazo, pois, desse modo, os produtores/
empresários têm mais tempo para se adaptar.
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Questão difícil.
Perceba que o examinador não quer saber sobre a elasticidade-preço da demanda. Ele quer
saber sobre a elasticidade de procura da firma.
Isso é estudado quando conhecemos o poder de monopólio de uma empresa monopolista, em
que podemos inferir porque algumas empresas possuem uma curva de demanda menos elástica.
Existem três fatores que determinam a elasticidade de demanda de uma empresa:
1) A elasticidade da demanda de mercado: como a demanda da empresa será, pelo menos, tão
elástica quanto a demanda do mercado, a elasticidade da demanda de mercado limita o poder
de monopólio.
2) O número de empresas atuando no mercado. Se existirem muitas empresas, será pouco
provável que qualquer uma delas tenha possibilidade de influenciar significativamente no preço
de mercado.
3) Interação entre as empresas. Ainda que duas ou três empresas estejam atuando no mercado,
nenhuma delas terá a possibilidade de elevar o preço com lucro caso exista uma concorrência
entre elas.
Certo.
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RESUMO
A microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou firmas),
dos indivíduos, de determinados mercados etc. Pertence ao campo da microeconomia, por
exemplo, o estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre oferta e
procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os tipos de mercado (por exemplo,
se ocorre monopólio ou se existe a concorrência perfeita) etc.
Podemos identificar os dois elementos fundamentais do mercado: a demanda e a oferta.
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Elasticidade
A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas
mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.
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Elasticidade-Preço da Demanda
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MAPA MENTAL
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QUESTÕES DE CONCURSO
018. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017) De acordo com a teoria da demanda ou
procura, assinale a alternativa correta.
a) Existe uma relação direta entre o preço do bem, i (Pi), e a quantidade demandada desse bem,
i (Qdi), ceteris paribus.
b) Na teoria da demanda ou procura, ao diminuir o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), também diminui, ceteris paribus.
c) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), aumenta, ceteris paribus.
d) Na teoria da demanda ou procura, a relação é inversa devido aos chamados efeitos de
substituição e renda, que não agem conjuntamente.
e) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), diminui, ceteris paribus.
019. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013-ADAPTADA) A macroeconomia estuda a economia
de forma agregada. Propõe soluções para melhorar crescimento, variações de preços e
emprego. Analise a afirmação a seguir.
De maneira geral, modelos que pressupõem preços flexíveis buscam descrever a economia no
curto prazo. Os que pressupõem preços rígidos descrevem a economia no longo prazo.
020. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos
microeconômicos, julgue:
Pode-se considerar que a Teoria dos Preços considera como se formam os preços no mercado,
considerando a interação produtor e consumidor.
021. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos
microeconômicos, julgue:
Pode-se considerar que a Lei Geral da Oferta correlaciona diretamente a quantidade ofertada,
por exemplo, de um produto, e o nível de preços.
022. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos
microeconômicos, julgue:
O princípio ceteris paribus considera que as empresas sempre buscam a maximização do lucro.
023. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013) O gráfico a seguir é um esboço do equilíbrio
de um mercado específico em relação a preço e quantidade. As duas linhas representam a
oferta (S) e a demanda (D).
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Considere, agora, que haja um choque no mercado de açúcar (insumo para a fabricação das
barras de chocolate) que eleve seus preços.
O novo equilíbrio E1 = (Q1, P1) no mercado de chocolates será dado por:
a) Q1 > Q0 e P1 > P0;
b) Q1 < Q0 e P1 > P0;
c) Q1 < Q0 e P1 < P0;
d) Q1 > Q0 e P1 < P0;
e) Q1 = Q0 e P1 = P0.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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Caso a regulação adotada por parte do governo dos Estados Unidos fosse um controle de
preço que estipulasse um preço máximo por mil pés cúbicos de gás natural dado por PMAX =
3 unidades monetárias, então o mercado de gás natural seria caracterizado por um excesso de:
a) oferta de 5 mil pés cúbicos de gás natural;
b) demanda de 5 mil pés cúbicos de gás natural;
c) oferta de 6 mil pés cúbicos de gás natural;
d) demanda de 6 mil pés cúbicos de gás natural;
e) oferta de 7 mil pés cúbicos de gás natural.
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036. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Assinale a opção que indica o fator que torna a oferta
mais elástica.
a) Maior horizonte temporal de análise.
b) Limitação na oferta de terrenos.
c) Choque positivo na oferta de insumos produtivos.
d) Disponibilidade de substitutos próximos.
e) Bens menos necessários.
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a) seria representada por uma linha reta vertical, paralela, portanto, ao eixo do preço.
b) seria representada por uma linha reta horizontal, paralela, portanto, ao eixo do preço.
c) seria representada por uma linha reta vertical, paralela, portanto, ao eixo da quantidade.
d) seria representada por uma linha reta horizontal, paralela, portanto, ao eixo da quantidade.
e) seria que a elasticidade, calculada no ponto médio, é sempre igual a 1.
051. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) Um determinado munícipe da cidade de
São Paulo, em uma condição controlada, ao perceber a redução de preços de um determinado
bem adquirido localmente, avaliasse, concomitantemente, que a sua renda, seus gostos e
preferências, os preços de outros relacionados e suas expectativas não se alteraram e, dessa
forma, decidisse por adquirir mais produtos desse bem que sofreu a redução de preços, pode-
se afirmar que
a) a curva de demanda desse produto será obtida pela soma vertical das quantidades das curvas
de demanda individuais a cada possível preço.
b) a oferta do bem em questão depende da renda, ceteris paribus.
c) a quantidade demandada desse bem depende de seu preço, ceteris paribus.
d) a curva de demanda deve-se inclinar positivamente e revelar a inversão do sentido do
comportamento entre preço e quantidade, desde que não sejam bens de Giffen ou Bens de Veblen.
e) sendo esse produto em questão um bem de Giffen ou um bem de Veblen a sua curva de
demanda terá obrigatoriamente uma inclinação negativa, demonstrando que quanto menor seja
o preço do bem, maior deverá ser a quantidade demandada dele.
052. (VUNESP/DESENVOLVE/ECONOMISTA/2014) A demanda por um medicamento de
uso contínuo e vital para a sobrevivência tem elasticidade:
a) próxima de zero.
b) unitária.
c) infinita.
d) maior do que um.
e) difícil de determinar
053. (VUNESP/TJ-SP/ANALISTA/2014) Se uma empresa opera em um mercado com demanda
elástica, pode-se afirmar:
a) a oferta também será elástica.
b) a oferta será inelástica.
c) uma diminuição do preço aumentará a receita da empresa.
d) o consumidor será insensível a mudanças no preço.
e) este pode ser o caso de um mercado de um bem de primeira necessidade.
054. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA/2012) Considerando a demanda por sal
e a demanda por carne, em relação à renda, pode-se afirmar que
a) a primeira é elástica e a segunda inelástica.
b) a primeira é inelástica e a segunda elástica.
c) ambas são elásticas.
d) ambas são inelásticas
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
055. (IADES/APEX/ANALISTA/2018)
Dadas as curvas de oferta e demanda O1 e D1, ao preço P1, há excesso de demanda (QD > QO).
Suponha que houve aumento da demanda, deslocando a curva de demanda para D2. Acerca do
preço de equilíbrio (PE) em D1 e D2, assinale a alternativa correta.
a) PE(D2) > PE(D1) < P1
b) PE(D2) = PE(D1) > P1
c) PE(D2) > PE(D1) = P1
d) PE(D2) > PE(D1) > P1
e) PE(D2) < PE(D1) < P1
056. (IADES/APEX/ANALISTA/2018) As curvas de oferta e demanda do bem X são dadas,
respectivamente, por
Qo = - 5 + 2P
Qd1 = 10 - 3P
Suponha que a curva de demanda se altere para
Qd2 = 15 - 3P
Considerando o equilíbrio de mercado entre as curvas de oferta e demanda, assinale a
alternativa correta.
a) O preço de equilíbrio caiu de 4 para 3.
b) O preço de equilíbrio aumentou mais de 30%.
c) O preço de equilíbrio aumentou, e a quantidade de equilíbrio diminuiu.
d) A curva de oferta se deslocou para a direita.
e) A curva de demanda se deslocou para a esquerda.
057. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) Bens normais são aqueles cuja procura aumenta
com o aumento da renda, ou a procura diminui, quando o rendimento diminui. Se o produto
A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento da renda do consumidor,
provavelmente,
a) aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a quantidade demandada de B ficará
inalterada com essa flutuação.
b) aumentarão simultaneamente os preços de A e B.
c) reduzirá o consumo de B e incrementará o consumo de A.
d) o consumo dos dois bens aumentará, porém em proporções diferentes.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Com uma queda no preço da diet coke, a demanda por diet pepsi:
a) mudará de D1 para D2.
b) mudará de D2 para D1.
c) mudará de D2 para D3.
d) mudará de D1 para D3.
e) não sofrerá alteração.
070. (INÉDITA/2021) Marque a alternativa correta acerca da curva de demanda:
a) Quando a curva de demanda se desloca para a direita, a curva de oferta também se desloca
para a direita.
b) A mudança na demanda é equivalente a um movimento ao longo da curva de demanda.
c) O aumento do preço dos carros levará a uma queda na demanda por motocicleta.
d) Quando o preço cai, a quantidade demandada também cai.
e) A mudança no preço das bicicletas não levará a um deslocamento da curva de demanda por
bicicletas.
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Dentre as possíveis causas para a disparada de preços dos diferentes tipos de carnes e frango,
não é possível mencionar
a) aumento da demanda internacional por esse tipo de alimento.
b) aumento do custo de commodities que são utilizadas como insumos na criação de animais.
c) desestruturação da cadeia produtiva causada pela pandemia.
d) aumento do desemprego, que reduziu o poder de barganha dos trabalhadores do setor.
e) aumento das exportações de carne pelo país.
072. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Assuma uma economia de dois bens (x1 e x2). Se
x1 é bem inferior, então necessariamente x2 é bem
a) normal.
b) inferior.
c) complementar a x1.
d) substituto a x1.
e) de luxo.
073. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Considere a demanda linear q = a – bp, em que q
é a quantidade demandada, p é o preço e a e b são parâmetros da equação.
Quando q > a/2 e p > 0, então a demanda
a) é perfeitamente elástica.
b) é elástica.
c) não é elástica nem inelástica.
d) é inelástica.
e) é perfeitamente inelástica.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Do ponto de vista da teoria microeconômica, um dos possíveis motivos para essa mudança na
elasticidade-preço da gasolina não decorre
a) da maior possibilidade de uso do etanol como substituto da gasolina.
b) da redução da participação da despesa da gasolina no orçamento da família.
c) do maior investimento da indústria e do governo em fontes renováveis de energia.
d) da razão do preço do etanol em relação ao da gasolina ter caído ao longo do tempo.
e) do aumento de subsídios do governo para produção de automóveis movidos à gasolina.
076. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) Suponha que em uma economia existam
apenas dois bens. Se um dos bens é inferior, então o outro bem será, necessariamente,
a) inferior.
b) de luxo.
c) essencial.
d) de Giffen.
e) normal.
077. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) A tabela abaixo mostra as elasticidade-
preço de alimentos por faixas de renda.
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Com relação à tabela acima, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e
(F) para a falsa.
( ) Nenhum alimento pode ser considerado bem de Giffen.
( ) Carnes bovina e suína são mais essenciais do que frango e ovos.
( ) O sinal negativo das elasticidades indica que todos os alimentos são bens inferiores.
( ) A população de renda baixa são menos sensíveis às mudanças de preços de massas e
panificados do que do leite e iogurtes.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – V – V – V.
b) V – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) F – F – F – F.
078. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Considere o mercado de venda de imóveis, no qual
a oferta é fixa no curto prazo e a demanda é negativamente inclinada. Assinale a opção que
apresenta a estática comparativa que melhor se aplica a essa situação.
a) Um aumento no preço sem alteração na demanda eleva a quantidade de imóveis disponíveis
para venda.
b) A elasticidade-preço da oferta varia com o equilíbrio de mercado.
c) Se as curvas de oferta e demanda se deslocarem no mesmo sentido e em magnitudes iguais,
o preço de equilíbrio não se altera.
d) A elasticidade-preço da demanda depende da elasticidade-preço da oferta.
e) Se o preço de equilibro é p, então o excesso de oferta e demanda serão iguais se o preço
praticado for p+1 e p-1, respectivamente.
079. (CETAP/CM-ANANIDEUA/TÉCNICO/2012) Quando se presta atendimento ao público,
uma das estratégias adotadas para obter equilíbrio entre oferta e demanda baseia-se na
redução da demanda em períodos de pico. Para isto, é importante que a organização:
I – comunique-se com os usuários dos serviços, informando-os e alertando-os sobre os
horários de pico;
II – ofereça incentivos para utilização dos serviços em horários fora do pico;
III – ofereça opções alternativas de local, além de novas modalidades de acesso ao serviço.
Está(ão) CORRETO(S):
a) apenas o item I.
b) apenas o item II.
c) apenas o item III.
d) apenas os itens II e III.
e) os itens I, II e III.
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
GABARITO
1. E 36. a 71. d
2. E 37. c 72. a
3. E 38. c 73. d
4. E 39. b 74. c
5. C 40. b 75. e
6. E 41. a 76. e
7. E 42. a 77. c
8. C 43. b 78. c
9. C 44. c 79. e
10. E 45. c
11. E 46. d
12. C 47. b
13. C 48. c
14. C 49. b
15. C 50. a
16. C 51. c
17. E 52. a
18. e 53. c
19. E 54. b
20. C 55. d
21. C 56. b
22. E 57. c
23. d 58. b
24. d 59. b
25. a 60. a
26. d 61. b
27. c 62. d
28. b 63. d
29. c 64. C
30. b 65. E
31. d 66. c
32. e 67. d
33. b 68. a
34. a 69. b
35. b 70. e
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
GABARITO COMENTADO
018. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017) De acordo com a teoria da demanda ou
procura, assinale a alternativa correta.
a) Existe uma relação direta entre o preço do bem, i (Pi), e a quantidade demandada desse bem,
i (Qdi), ceteris paribus.
b) Na teoria da demanda ou procura, ao diminuir o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), também diminui, ceteris paribus.
c) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), aumenta, ceteris paribus.
d) Na teoria da demanda ou procura, a relação é inversa devido aos chamados efeitos de
substituição e renda, que não agem conjuntamente.
e) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), diminui, ceteris paribus.
A única correta é a letra e. De acordo com a teoria da demanda, para a maioria dos bens e
serviços, existe uma relação negativa/inversa entre quantidade demandada e preço.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errado. Na verdade, a relação é inversa e não direta.
b) Errado. Na verdade, quando o preço diminui, a quantidade demandada aumenta.
c) Errado. Na verdade, quando o preço aumenta, a quantidade demandada diminui.
d) Errado. Na verdade, os efeitos substituição e renda agem conjuntamente, seja em sentido
contrário ou se reforçando.
Letra e.
Na verdade, é o oposto do que diz a assertiva. Note que os fatores que levam à rigidez de preços
e salários tendem a perder força no longo prazo. Veja o caso, por exemplo, daqueles contratos de
trabalho e de prestação de serviços cujo valor tem vigência anual e são reajustados anualmente
por determinado índice de inflação definido nos respectivos contratos.
Errado.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Ceteris Paribus é uma expressão em latim que significa “tudo o mais constante”. Assim, quando
falarmos em ceteris paribus, significa que todas as outras variáveis permanecem inalteradas”.
A condição ceteris paribus é usada na economia para fazer uma análise de mercado da influência
de um fator sobre outro, sem que as demais variáveis sofram alterações. Em suma, apenas uma
variável pode ser alterada de cada vez.
Errado.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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III – Verdadeiro. Confira os gráficos abaixo para cada tipo de elasticidade da demanda:
Letra a.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Em relação ao segundo aspecto a ser analisado na questão, temos que “quando a renda dos
consumidores aumenta em alguma proporção, a demanda por seus produtos aumenta em uma
proporção maior”. Note que estamos tratando da elasticidade-renda da demanda, por meio da
qual classificamos os bens em inferiores ou normais. Perceba que o bem em tela é normal, já
que a demanda variou na mesma direção da renda. Lembre-se de que os bens normais podem
ser subdivididos em bens essenciais ou superiores ou de luxo. Aqui temos um bem de luxo, já
que a demanda variou mais do que proporcionalmente à renda.
Letra d.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Normalmente, a demanda pelos bens inferiores aumenta quando o preço diminui (e vice-versa), já
que o efeito-preço positivo é maior do que o efeito-renda negativo. Entretanto, essa regra não se
aplica a bens muito inferiores (bens de Giffen), que constituem uma exceção à Lei da Demanda.
Esses bens não obedecem à Lei da Demanda, já que o consumo deste aumenta quando o seu
preço sobe. Em outras palavras, a elasticidade-preço desses bens é positiva.
Letra c.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Considere, agora, que haja um choque no mercado de açúcar (insumo para a fabricação das
barras de chocolate) que eleve seus preços.
O novo equilíbrio E1 = (Q1, P1) no mercado de chocolates será dado por:
a) Q1 > Q0 e P1 > P0;
b) Q1 < Q0 e P1 > P0;
c) Q1 < Q0 e P1 < P0;
d) Q1 > Q0 e P1 < P0;
e) Q1 = Q0 e P1 = P0.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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c) menos elástica em relação ao preço no longo prazo tanto nos países mais ricos como nos
mais pobres;
d) elástica em relação à renda nos países mais pobres e mais ricos;
e) mais elástica em relação ao preço se há poucos bens substitutos em ambos os países.
Note que, quanto mais pobre um país, mais elástica tende a ser a demanda de sua população em
relação aos bens básicos, como os gêneros alimentícios de primeira necessidade, como o feijão.
Assim, em um país pobre, uma pequena redução no preço, por exemplo, do feijão, tende a
aumentar a demanda pelo feijão em maior proporção.
Em contraste, uma diferença no preço do feijão em um país rico não tende a alterar tanto assim
a quantidade demandada.
Letra a.
036. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Assinale a opção que indica o fator que torna a oferta
mais elástica.
a) Maior horizonte temporal de análise.
b) Limitação na oferta de terrenos.
c) Choque positivo na oferta de insumos produtivos.
d) Disponibilidade de substitutos próximos.
e) Bens menos necessários.
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Vamos calcular preço e quantidade de equilíbrio. Para isso, basta igualar a equação da demanda
com a da oferta.
Vamos começar pelo cálculo do preço de equilíbrio:
Qd = 10 – 2P
Qs = 5 + 3P
10 - 2P = 5 + 3P
5=5P
P =1
Agora vamos à quantidade:
Qd = 10 – 2P
Qd = 10 – 2*1
Qd = 8
Temos que na situação A em equilíbrio:
P* = 1
Q* = 8
Na situação B, a questão diz que há uma situação de excesso de oferta e pede qual seria o valor
de P nessa situação. Confira no gráfico de excesso de oferta:
Note, portanto, que na situação B, diante de um excesso de oferta, estaremos em uma faixa
onde o preço é maior que 1. Assim, na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P > 1.
Letra c.
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Note que o preço subiu de $ 6 para $ 10 (aumentou 67%) e, por isso, a quantidade demandada
caiu de 10 para 9 (caiu 10%).
A EPD - Elasticidade-Preço da Demanda é a razão entre as variações relativas da quantidade
demandada e do preço:
EPD = −10% / 67%
EPD = −0,1492
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errado. Não existe essa condição, podendo a curva estar correta com ou sem ela.
b) Errado. É o inverso. Note que um grande movimento relativo no preço gera um movimento
proporcionalmente muito menor na quantidade demandada.
d) Errado. Na verdade, pela lei geral da demanda, quantidade demandada e preço variam em
direções opostas.
e) Errado. Na verdade, quando a reta é vertical, observamos que, para qualquer preço praticado,
a quantidade demandada é a mesma (demanda perfeitamente inelástica).
Letra c.
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Em outras palavras, a letra b apresenta uma mudança negativa na preferência dos usuários que
tem o efeito de deslocar a curva de demanda para a esquerda, reduzindo o preço de equilíbrio.
Vamos apontar os erros das demais:
a) Errado. Uma redução da oferta tem como efeito deslocar a curva para a esquerda, aumentando
o preço de equilíbrio.
c) Errado. Um aumento da renda tem reflexo na demanda, deslocando a curva para a direita e
aumentando o preço de equilíbrio.
d) Errado. Na verdade, a redução da oferta de imóveis para locação em outras regiões visa fazer
com que a demanda seja direcionada para o centro da cidade, isto é, a curva de demanda se
desloca para a direita, aumentando o preço de equilíbrio.
e) Errado. Um aumento da demanda por mão de obra na cidade e no país tem como efeito o
aumento na renda das famílias e, consequentemente, na demanda, deslocando sua curva para
a direita e aumentando o preço de equilíbrio.
Letra b.
Como o preço aumentou de $ 2 para $ 3, ou seja, subiu 50%, nosso denominador é 50% (0,5).
Vamos agora colocar esses preços na função de demanda e, assim, calcularmos as quantidades
demandadas:
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
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QD=150−25p
Com o preço = 2
QD(2)=150−25×2
QD(2)=150−50=100
Com o preço = 3
QD(3)=150−25×3
QD(3)=150−75 =75
Podemos concluir, portanto, que o aumento de preço fez a quantidade demandada cair de 100
para 75 unidades, ou seja, ela cai 25%.
Então, temos o seguinte:
Epd=−0,25
0,5
Epd=−0,5
Isso, em módulo, já que a elasticidade da demanda, em regra, é negativa.
Letra a.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Imagine que o preço e quantidade vendida da carne no Brasil em 2015 tenha caído!
A questão não fala em alterações de renda, só em alterações de demanda e oferta.
Bem, se o preço e quantidade caíram, a demanda caiu e a oferta ficou constante.
Concorda?
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
IV – Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, maior
será a elasticidade-preço da demanda.
Está correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e IV, apenas.
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Essa questão de economia vai exigir também seus conhecimentos matemáticos. Precisamos
da inclinação da curva de demanda, que não é a elasticidade preço da demanda!
Lembre-se de que elasticidade é diferente de inclinação!
A inclinação do gráfico (uma reta neste caso) é a tangente do ângulo entre os pontos A e B.
Lembre-se de que tangente é o cateto oposto (preço de B menos preço de A) dividido pelo cateto
adjacente (quantidade de B menos a quantidade de A).
Assim, temos:
Inclinação = (6 – 8) / (21 – 13)
Inclinação = -1/4
Letra c.
A curva de demanda de mercado de um dado bem resulta da agregação, para cada preço, das
demandas dos consumidores individuais.
Perfeito!
Guarde essa definição acerca da curva de demanda!
Vamos agora apontar os erros das demais:
a) Errado. A curva de demanda apresenta inclinação descendente, seja ela individual, seja ela de
mercado, pois mesmo para a curva de mercado a relação entre preço e quantidade demandada
é inversa, já que quando o preço do bem sobe, a quantidade demandada cai.
c) Errado. Veja a definição perfeita da alternativa b.
d) Errado. Lembre-se de que a curva de demanda de mercado é resultado da soma horizontal
das diversas curvas de demanda individual.
Letra b.
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Temos uma situação em que a demanda não se altera em virtude das alterações do preço
do bem. Nessa linha de raciocínio, perceba que, no limite, uma curva de demanda pode ser
perfeitamente elástica (horizontal) ou perfeitamente inelástica (vertical).
No caso de uma demanda completamente insensível a alterações nos preços, temos uma curva
representada por uma linha reta vertical. Ora, se estamos tratando de uma linha reta vertical, então
ela é paralela ao eixo de preços e, assim, a letra a está correta, já excluímos as três seguintes.
Repare que a letra e está errada porque não temos uma elasticidade unitária, já que, quando
isso ocorre, uma variação no preço sempre causará uma variação na mesma proporção daquela
na quantidade demandada e não é o caso aqui, já que nossa demanda não varia com o preço.
Letra a.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
A quantidade demandada desse bem depende de seu preço, ceteris paribus. Essa é a variável
fundamental, pois, em regra, a demanda varia inversamente com o preço. Assim, a lógica é que
quanto maior o preço do bem, menor será a quantidade demandada.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errado. A curva de demanda de mercado pelo bem é a soma horizontal das curvas de demanda
individuais.
b) Errado. É a demanda que depende da renda do consumidor. A oferta não depende da renda,
mas dos custos de produção e dos preços de mercado.
d) Errado. A regra é a demanda ser negativamente inclinada. Isso só não acontece para bens
de Giffen ou bens de Veblen. Os primeiros são bens tão inferiores que o seu efeito renda é
negativo e de magnitude suficiente para superar o efeito substituição. Já os bens de Veblen são
aqueles bens de luxo cuja demanda aumenta quando os preços sobrem devido ao desejo dos
consumidores de exteriorizar seu poder de compra. Nesses casos, a demanda é positivamente
inclinada.
e) Errado. Geralmente, a demanda é negativamente inclinada, ou seja, quanto menor for o preço,
maior será a quantidade demandada. Para os bens de Giffen ou de Veblen, temos o contrário:
a relação entre preço e quantidade demandada é inversa.
Letra c.
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NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
Assim, temos que bens muito bens essenciais são consumidos no limite do seu preço, ou seja,
não importa o quanto o preço aumente, as pessoas vão continuar demandando, ainda que
consuma toda ou quase toda a sua renda.
Como um medicamento de uso contínuo e vital é de grande essencialidade, é um bem pouco
ou quase nada elástico. Em outras palavras é um bem que a inelasticidade tende a infinito ou,
de outra forma, a elasticidade tende a zero, já que os indivíduos que precisam do remédio para
sobreviver irão consumi-lo não importa o preço.
Letra a.
Na verdade, se uma empresa opera em um mercado com demanda elástica, não podemos afirmar
nada sobre a elasticidade da oferta (letras a e b falsas), mas a diminuição do preço aumentará
a receita da empresa, pois aumenta o dispêndio total dos consumidores, já que o consumidor
não será insensível a mudanças no preço (letra d falsa), mas não podemos afirmar que este
pode ser o caso de um mercado de um bem de primeira necessidade (alternativa E falsa).
Letra c.
O exemplo clássico de demanda inelástica é a do sal. Bill Gates não vai comprar mais sal que
você por ter mais dinheiro. O produto é barato e a sua demanda independe muito do preço.
Já a carne, não. Como a carne está cara hoje. E com a queda da renda devido à crise, seu
consumo tem caído desde 2015 pelas famílias brasileiras. Demanda ELÁSTICA.
Letra b.
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Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon
055. (IADES/APEX/ANALISTA/2018)
Dadas as curvas de oferta e demanda O1 e D1, ao preço P1, há excesso de demanda (QD > QO).
Suponha que houve aumento da demanda, deslocando a curva de demanda para D2. Acerca do
preço de equilíbrio (PE) em D1 e D2, assinale a alternativa correta.
a) PE(D2) > PE(D1) < P1
b) PE(D2) = PE(D1) > P1
c) PE(D2) > PE(D1) = P1
d) PE(D2) > PE(D1) > P1
e) PE(D2) < PE(D1) < P1
Tenha em mente que, se temos excesso de demanda, o preço vigente é menor que o preço de
equilíbrio, gerando uma tendência natural de que o preço suba e o mercado fique equilibrado
com uma redução da demanda.
Entretanto, o enunciado fala que houve novo aumento da demanda, deslocando a curva de
demanda para D2, conforme demonstrado no gráfico:
Assim, se há aumento da demanda com deslocamento da curva (D2), o efeito é que o preço
de equilíbrio após o deslocamento da demanda (PE(D2)) fica ainda maior e, assim, a relação
correta é: PE(D2) > PE(D1) > P1.
Letra d.
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Vamos igualar oferta e demanda para as duas situações de modo a equilibrar o mercado,
identificando o preço responsável por esse equilíbrio entre oferta e procura. Então, temos
inicialmente:
Qo = Qd1
−5 + 2P = 10 − 3P
5P = 15
P=3
Agora, basta substituir o preço em qualquer das equações para encontrar a respectiva quantidade
de equilíbrio:
Q = − 5 + 2P
Q = −5 + 2×3
Q = −5 + 6
Q=1
Assim, inicialmente, temos o preço de equilíbrio de $ 3 e respectiva quantidade de uma unidade.
Entretanto, o enunciado nos informa que a curva de demanda mudou para Qd2 = 15 - 3P. Vamos
ao novo equilíbrio:
Qo = Qd2
− 5 + 2P = 15 − 3P
5P = 20
P=4
Agora basta substituir novo preço de equilíbrio para encontrar a nova quantidade de equilíbrio:
Q = − 5 + 2P
Q = −5 + 2×4
Q = −5 +8
Q=3
Note que o preço de equilíbrio subiu de 3 para 4, ou seja, subiu 33%.
Letra b.
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O exemplo clássico é a relação entre manteiga e margarina. Quando o preço de uma sobe, o
consumo da outra aumenta e vice-versa. São produtos substitutos.
Letra b.
Podemos ver no gráfico acima que o deslocamento da curva de demanda pode ocorrer para a
direita ou para a esquerda.
Se a demanda aumentar, a curva se desloca para direita. Contrariamente, se a demanda diminuir,
a curva se desloca para a esquerda.
Quando se desloca para baixo, ao longo da curva, a quantidade demandada aumenta e o
preço diminui.
Letra b.
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d) Errado. Se tiver redução de preços, os empresários que produzem o bem B terão maiores
receitas, já que sua demanda é elástica.
e) Errado. Aqueles exemplos são mais inelásticos, tendo a ver com A.
Letra a.
Em relação à elasticidade-renda da demanda, um bem pode ser normal ou inferior. Assim, como a
questão pede uma relação entre renda e demanda, vemos que o gabarito seria necessariamente
a alternativa d ou a e. Note que a questão trata de um bem inferior, aquele que tem a elasticidade-
renda da demanda é negativa, ou seja, a sua demanda varia inversamente com a renda. Note
que o aumento na renda gerou uma queda na demanda pelo bem i.
Letra d.
Em contraste, para preços abaixo do preço de equilíbrio, digamos p2, os ofertantes ofertarão
uma quantidade menor que a de equilíbrio (q2), ao mesmo tempo em que os demandantes,
diante de um preço menor, demandarão uma quantidade maior que a de equilíbrio (q1>q∗). Tal
situação gera uma escassez de produto no mercado, dada por (q2−q1).
Certo.
Normalmente, preço e quantidade demandada variam em sentido contrário, ou seja, para quase
todos os bens, a elasticidade-preço da demanda é negativa. Entretanto, os bens de Giffen são
exceção, já que são bens cuja quantidade demandada varia diretamente com o preço, ou seja,
os bens de Giffen têm elasticidade-preço positiva.
Errado.
De acordo com a lei da demanda, quanto maior o preço, menor a quantidade demandada e
vice-versa.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) Errado. A relação entre preço e quantidade demandada é INVERSA, ou seja, NEGATIVA.
b) Errado. Variações no preço causam deslocamento APENAS ao longo da curva.
d) Errado. Variações no preço causam deslocamento APENAS ao longo da curva.
e) Errado. Quando o preço sobe, os consumidores vão procurar bens substitutos.
Letra c.
III – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores do que sobre
os produtores.
IV – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do que sobre
os consumidores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I e IV.
O item I está errado, pois o maior peso da tributação cai nas costas do contribuinte, já que a
demanda é mais inelástica que a oferta, ou seja, ocorre maior variação na quantidade ofertada
que na demandada quando o preço é majorado.
Seguindo a linha de raciocínio do item I, o II está correto.
Já o III, por sua vez, é falso! Observe que quando a demanda tem maior grau de elasticidade em
função dos preços que a oferta, os ofertantes arcarão mais com o ônus tributário.
Seguindo a linha de raciocínio do item III, a IV está correto.
Assim temos II e IV corretas.
Letra d.
De acordo com os princípios da lei da oferta, quanto maior o preço, maior é a quantidade ofertada,
já que, basicamente, a produção se torna cada vez mais lucrativa para o ofertante.
Letra a.
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Com uma queda no preço da diet coke, a demanda por diet pepsi:
a) mudará de D1 para D2.
b) mudará de D2 para D1.
c) mudará de D2 para D3.
d) mudará de D1 para D3.
e) não sofrerá alteração.
Eu, particularmente, adoro Coca zero e detesto Pepsi zero, mas como aqui na questão a Coca
e a Pepsi são bens considerados substitutos, uma queda no preço da Coca leva a substituição
de Pepsi por Coca, isto é, reduz a demanda por Pepsi. Logo, há um deslocamento da curva D2
para esquerda (D1).
Letra b.
Dentre as possíveis causas para a disparada de preços dos diferentes tipos de carnes e frango,
não é possível mencionar
a) aumento da demanda internacional por esse tipo de alimento.
b) aumento do custo de commodities que são utilizadas como insumos na criação de animais.
c) desestruturação da cadeia produtiva causada pela pandemia.
d) aumento do desemprego, que reduziu o poder de barganha dos trabalhadores do setor.
e) aumento das exportações de carne pelo país.
Dentre as possíveis causas para a disparada de preços dos diferentes tipos de carnes e frango, não é
possível mencionar o aumento do desemprego, que reduziu o poder de barganha dos trabalhadores
do setor (letra d), visto que o desemprego reduz a demanda e, consequentemente, os preços.
As demais alternativas estão corretas, já que têm impacto no aumento da demanda (letras a,
d, e) ou na redução de oferta (letra c).
Letra d.
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A lei generalizada de Engel diz que se um bem é inferior, o outro bem seja necessariamente
um bem normal.
Letra a.
Note que no ponto A da curva, temos um preço muito acima do preço de equilíbrio do mercado.
Assim, a quantidade demandada é igual a zero e a elasticidade é infinita.
Depois, com preço ainda alto, a quantidade é pequena, e a elasticidade é grande em magnitude,
ou seja, temos um trecho em que a demanda é elástica. A elasticidade vai ficando menor quando
descemos ao longo da curva.
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Chegando no ponto C, estamos no ponto médio exato da curva de demanda e, onde temos (A/2
e B/2). Nesse ponto a elasticidade da curva é unitária. No ponto B, por sua vez, temos a menor
elasticidade, zero.
De acordo com o enunciado da questão, quando q > a/2 e p > 0, estamos no trecho em vermelho
da curva de demanda.
Note a questão diz que p >0, eliminando, assim, o ponto em que a elasticidade é igual a zero.
Podemos concluir, portanto, que a resposta da questão é o trecho que a demanda é inelástica.
Letra d.
Note que no ponto A da curva, temos um preço muito acima do preço de equilíbrio do mercado.
Assim, a quantidade demandada é igual a zero e a elasticidade é infinita.
Letra c.
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Do ponto de vista da teoria microeconômica, um dos possíveis motivos para essa mudança na
elasticidade-preço da gasolina não decorre
a) da maior possibilidade de uso do etanol como substituto da gasolina.
b) da redução da participação da despesa da gasolina no orçamento da família.
c) do maior investimento da indústria e do governo em fontes renováveis de energia.
d) da razão do preço do etanol em relação ao da gasolina ter caído ao longo do tempo.
e) do aumento de subsídios do governo para produção de automóveis movidos à gasolina.
É preciso destacar que a elasticidade-preço da demanda subiu, visto que seu valor passou de
0,581 no período 2001-2005 para 1,264 no período seguinte, em módulo, e isso significa que a
demanda ficou mais sensível às variações nos preços.
Atente-se ao fato de que o examinador pede para escolhermos a alternativa que NÃO apresenta
um dos possíveis motivos para que essa mudança na elasticidade-preço da gasolina.
O gabarito da questão foi a letra e, já que a concessão de subsídios gera aumento na produção
de carros e, por tabela, na demanda por gasolina, tornando-a mais indispensável e, portanto,
com demanda mais inelástica.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errado. Quanto maior a possibilidade de substituir um bem, mas elástica a sua demanda.
b) Errado. Essa alternativa foi considerada como correta pela banca, mas não é. Na verdade, quanto
menor for a participação do bem no orçamento da família, menor tende a ser a elasticidade-preço
porque mesmo variações muito grandes de preço vão impactar pouco no orçamento familiar.
Assim, a questão tem duas alternativas erradas e deveria ter sido anulada.
c) Errado. Reduz a dependência da gasolina, aumentando a sua elasticidade.
d) Errado. Reduz a dependência da gasolina, aumentando a sua elasticidade.
Letra e.
Considerando que a economia só possua dois bens A e B, temos que a soma de todas as
elasticidades-renda, ponderadas pelas frações da renda gasta com os respectivos bens, será
igual a 1. Assim, se na economia em tela é um bem inferior, o outro bem necessariamente deve
ser um bem normal.
Letra e.
Com relação à tabela acima, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e
(F) para a falsa.
( ) Nenhum alimento pode ser considerado bem de Giffen.
( ) Carnes bovina e suína são mais essenciais do que frango e ovos.
( ) O sinal negativo das elasticidades indica que todos os alimentos são bens inferiores.
( ) A população de renda baixa são menos sensíveis às mudanças de preços de massas e
panificados do que do leite e iogurtes.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – V – V – V.
b) V – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) F – F – F – F.
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REFERÊNCIAS
PYNDYCK, Robert. RUBINFIELD, Daniel. Microeconomia. [S. l.]: Makron Books, 2013.
SAMPAIO, Luiza. Microeconomia: Esquematizado. 1. ed. [S. l.]: Saraiva, 2019. 668 p.
VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de. et al. Manual de Economia dos Professores da
USP. 7. ed. [S. l.]: Saraiva Uni, 2017. 752 p.
VICECONTI, Paulo; DAS NEVES, Silvério. Introdução à Economia: Silvério das Neves. [S. l.]: FRAS,
2017.
Caro(a) aluno(a),
Como diria Mark Twain:
“Daqui a vinte anos, você não terá arrependimento das coisas que fez, mas das que deixou
de fazer.”
Por isso, veleje longe do seu porto seguro. Pegue os ventos. Explore. Sonhe. Descubra.
ESTUDE!!!
Faça o seu melhor!
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Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
E-mail: manuelpinon@hotmail.com
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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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