Você está na página 1de 118

NOÇÕES DE

MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e
Elasticidades

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades....................................................................................................5
1. Introdução à Teoria do Mercado e do Campo Microeconômico..........................................................5
1.1. Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica.............................................................................5
1.2. Conceito, Histórico e Componentes do Mercado. ...................................................................................7
1.3. Divisão do Campo de Estudo da Microeconomia....................................................................................8
1.4. Classificação dos Bens.........................................................................................................................................9
2. Teoria Elementar da Demanda...........................................................................................................................15
2.1. Introdução. . .................................................................................................................................................................16
2.2. Demanda × Quantidade Demandada. ..........................................................................................................17
2.3. Função Procura......................................................................................................................................................20
2.4. Fatores Determinantes da Demanda. ........................................................................................................23
2.5. Os Deslocamentos da Curva de Demanda. .............................................................................................25
3. Teoria Elementar da Oferta. . ...............................................................................................................................27
3.1. Introdução. . ................................................................................................................................................................27
3.2. Função Oferta. . ........................................................................................................................................................ 28
3.3. Os Deslocamentos da Curva de Oferta.....................................................................................................30
4. Teoria do Equilíbrio de Mercado......................................................................................................................32
4.1. A Lei da Oferta e da Procura e a Tendência ao Equilíbrio...............................................................32
4.2. Interferência do Governo no Equilíbrio de Mercado. ........................................................................35
5. Elasticidades. . .............................................................................................................................................................36
5.1. Elasticidade-Preço da Demanda. . .................................................................................................................36
5.2. Elasticidade-Renda da Demanda.. ...............................................................................................................43
5.3. Elasticidade-Preço da Oferta. . .......................................................................................................................44
Resumo................................................................................................................................................................................47
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................52
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................53
Questões de Concurso................................................................................................................................................56

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Gabarito............................................................................................................................................................................... 74
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................75
Referências.......................................................................................................................................................................116

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje é adentrar efetivamente no estudo da microeconomia e conhecer
melhor como funciona uma economia de mercado típica de um sistema econômico capitalista,
analisando seus componentes e conhecendo conceitos importantes sobre esse tema.

Como diria Abraham Lincoln:

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo!”

Então vamos fazer a nossa parte e criar o nosso futuro!


Acredite!
Acreditar já é meio caminho andado, o resto é ter persistência, disciplina e não desistir.
Seja IMPARÁVEL!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

TEORIA DA DEMANDA E OFERTA E ELASTICIDADES

1. Introdução à Teoria do Mercado e do Campo Microeconômico


1.1. Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica
1.1.1. Ceteris paribus
Acerca dos conceitos fundamentais, um conceito que usaremos bastante em microeconomia
é o de Ceteris Paribus ou Coeteris Paribus!
Ceteris Paribus é uma expressão em latim que significa “tudo o mais constante”. Assim, quando
falarmos em ceteris paribus significa que “todas as outras variáveis permanecem inalteradas”.

A condição ceteris paribus é usada na economia para fazer uma análise de mercado da
influência de um fator sobre outro, sem que as demais variáveis sofram alterações.
Em suma, as variáveis podem ser alteradas uma de cada vez.
Observe o exemplo:

EXEMPLO
O aumento do preço do leite vai diminuir a procura.
Fazendo a análise de mercado, isto é, a relação entre o preço do leite face e quantidade de
procura, podemos efetivamente chegar à conclusão de que o preço foi a variável que influenciou
a quantidade da procura. Porém, essa análise não leva em consideração condições porventura
mais significativas, como, por exemplo, a mudança de hábitos alimentares, doenças relacionadas
com o consumo do produto etc.
Logo, foi uma análise sujeita à condição coeteris paribus.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

1.1.2. Objetivos da Empresa


Um ponto-chave na análise microeconômica é definir qual a hipótese a ser adotada no
que diz respeito aos objetivos da empresa produtora de bens e serviços.
Temos a análise tradicional que usa como premissa o princípio da racionalidade, ou seja,
parte do princípio de que o empresário sempre busca a maximização do lucro total e, para
isso, otimiza a utilização dos seus recursos produtivos.
A ideia dessa corrente tradicional, chamada de marginalista, é baseada em conceitos como
receita marginal, custo marginal e produtividade marginal. Basicamente, parte do conceito
de que a maximização do lucro da empresa ocorre quando a receita marginal coincide com
o custo marginal.
Quando falamos então em pressupostos básicos da análise microeconômica, estamos
falando da abordagem marginalista que compõe a teoria microeconômica propriamente dita,
pelo que é chamada de teoria tradicional.
Em contraposição à chamada de teoria tradicional, existem algumas abordagens que
são usualmente analisadas nas disciplinas denominadas teoria da organização industrial ou
economia industrial.
Essas correntes alternativas consideram que o móvel do empresário não seria a maximização
do lucro, mas fatores como aumento da participação nas vendas do mercado, ou maximização
da margem sobre os custos de produção, independente da demanda de mercado.

1.1.3. O Papel dos Preços Relativos na Microeconomia


Quando vemos o modo de funcionamento do mercado, percebemos, de um lado, os
consumidores e, do outro, as empresas se inter-relacionam por intermédio do sistema
de preços.
Assim, tanto um consumidor quanto uma empresa desenvolvem suas atividades básicas,
respectivamente, de consumir e produzir, mas se comunicam graças ao papel exercido pelos
preços dos bens e serviços.
No que diz respeito à formação dos preços de seus produtos/serviços por parte das
empresas, verificamos a existência de alguns modelos, tais como:
1) modelo em que simplesmente segue-se o mercado, ou seja, a empresa define os preços
de seus produtos ou serviços seguindo os preços dos concorrentes;
2) modelo em que o foco é a maximização dos lucros;
3) modelo em que o foco é a maximização da participação no mercado, ou seja, pretende-
se ganhar mercado, ainda que isso sacrifique a rentabilidade.
Quando questionamos qual o papel exercido pelos preços no âmbito da microeconomia,
também conhecida como a “teoria dos preços”, a ideia é analisar a formação de preços no
mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a
quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Nesse contexto, precisamos destacar que os preços relativos têm papel fundamental
em uma economia capitalista, já que as escolhas dos agentes econômicos são baseadas na
diferença de preços dos bens/serviços, ou seja, respaldam-se nos preços relativos entre os
diferentes bens e serviços e não em seus preços absolutos.

O PULO DO GATO
A ideia é que, em termos microeconômicos, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os
preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados) das mercadorias.

Exemplo
Suponha que o preço da MANTEIGA caia 20% e o da MARGARINA também seja reduzido na
mesma porcentagem.
A princípio, nada deve acontecer com a demanda pelos dois bens, supondo também que a
condição ceteris paribus seja atendida, ou seja, que as demais variáveis permaneçam constantes.
Mas, tudo o mais permanecendo constante, cai-se apenas o preço da MANTEIGA, permanecendo
inalterado o preço da MARGARINA, deve-se esperar um aumento na quantidade procurada de
MANTEIGA e uma queda na MARGARINA. Assim, embora não tenha havido alteração no preço
absoluto da MARGARINA, seu preço relativo aumentou, quando comparado com o da MANTEIGA.

1.2. Conceito, Histórico e Componentes do Mercado


Amigo(a), você sabe o que significa a palavra “mercado” para a economia?

Antes de conceituarmos o termo e quais são seus componentes, vamos entender um


pouco como chegamos até aqui, como passamos a viver numa economia de mercado.
O desenvolvimento das economias de mercado faz parte de um processo que evoluiu ao
longo da história, na medida que ocorreu a gradativa especialização da atividade produtiva.
Essa divisão/ especialização do trabalho foi acompanhada pela consolidação da troca como
atividade-chave do funcionamento da economia.
Amigo(a), as pessoas/empresas que produzem bens e serviços têm necessidade de
recorrer a outras pessoas/empresas (mercados) para, em troca dos seus excedentes, obter
bens e serviços que necessitam e não produzem.
Com o passar do tempo, quando as trocas se tornam mais complexas em número e
qualidade, a troca direta (o escambo) revelou múltiplas dificuldades. Imagine, uma pessoa
produz milho e a outra produz roupas, como definir um padrão de troca?
Complicadíssimo!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Neste sentido, o surgimento da moeda como meio de troca aceito e padronizado veio
simplificar significativamente as trocas e consolidar a especialização, acelerando a possibilidade
de se efetuar transações na economia, “turbinando” o desenvolvimento da chamada economia
de mercado. Veja a representação abaixo:

Bom, acho que já nos situamos. Vivemos numa economia de mercado e já sabemos como
chegamos até aqui. Vamos agora conceituar “mercado”.
Eu sempre tive comigo um conceito de mercado muito simples: “o local (seja físico ou
virtual) onde oferta e procura se encontram”.
Existem autores que o definem assim: o mercado é o ambiente social ou virtual propício
às condições para a troca de bens e serviços.
Um conceito bastante usado para mercado é: o ambiente em que compradores (demanda)
e vendedores (oferta) realizam transações.
Desse conceito, podemos identificar os dois elementos fundamentais do mercado:
1- demanda (procura/compradores/consumidores)
2 - oferta (produtores/vendedores)

1.3. Divisão do Campo de Estudo da Microeconomia


Baseada nesse conceito de mercado e em seus componentes, a microeconomia,
didaticamente falando, divide o seu campo de estudo nos tópicos seguintes.

1.3.1. Análise da Demanda


Estuda-se a Teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria ou serviço e subdivide-
se em Teoria do Consumidor (demanda individual) e Teoria da Demanda de Mercado para
aquele produto ou serviço.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

1.3.2. Análise da Oferta


Analisa-se a Teoria da Oferta de um bem ou serviço e subdivide-se em Teoria da Oferta
da Firma Individual e Teoria da Oferta Mercado para aquele produto ou serviço. Importante
registrar que a Teoria da Oferta da Firma Individual é, ainda, dividida em Teoria da Produção,
que foca na relação entre as quantidades produzidas e a utilização dos fatores de produção,
e Teoria dos Custos de Produção, que incorpora o preço dos insumos.

1.3.3. Análise das Estruturas de Mercado


Considerando o equilíbrio de mercado existente entre a oferta e a demanda, em termos
de preço e quantidade dos fatores de produção e dos bens e serviços, podem ser feitas
classificações tanto para o mercado de bens e serviços quanto para o mercado dos fatores
de produção em função do nível de competitividade existente.

1.3.4. Teoria do Equilíbrio Geral e Teoria do Bem-estar


A Teoria do Equilíbrio Geral estuda as inter-relações entre todos os mercados, diferente do
equilíbrio parcial, que analisa um mercado isoladamente, sem considerar suas inter-relações
com os demais. Assim, analisa-se o comportamento independente de cada agente e o seu
efeito no equilíbrio global.
Já a Teoria do bem-estar estuda como alcançar soluções socialmente eficientes, em
termos de alocação e de distribuição de recursos.

1.3.5. Falhas de Mercado


Estuda-se as situações em que o mercado isoladamente não promove a perfeita alocação
dos recursos escassos na economia de modo eficiente.

1.4. Classificação dos Bens


Para a Teoria Econômica, os bens também podem ser classificados em função do efeito
provocado em sua demanda pelo aumento na renda e pelo efeito que o aumento de preço de
um bem gera na demanda de outro bem.

1.4.1. Classificação dos Bens quanto Efeito Provocado em sua Demanda pelo
Aumento na Renda
Para uma variação na renda e as consequentes respostas do consumo, os bens podem
ser classificados em normais e inferiores. Quando a renda de um consumidor aumenta, o
normal é que ele consuma mais os bens que normalmente compra.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Com base nessa linha de raciocínio, podemos classificar os bens da seguinte forma:
Bem normal é aquele cuja quantidade demandada normalmente aumenta quando a renda se
eleva. Aqui, o aumento de renda faz com que o consumidor aumente o consumo, como no caso
da carne de primeira. O deslocamento da curva de demanda por carne de primeira é para a direita.
Bem de primeira necessidade é aquele em que, ao aumentar a renda, a quantidade
demandada do bem sobe em menor proporção, como no caso do sal, por exemplo. Em tese,
você não vai comprar mais sal ou menos sal em função do seu preço.
Bem de luxo é aquele que, ao aumentar a renda, a quantidade demandada do bem se eleva
em maior proporção, como o caso de roupas de marca. Aqui também o aumento de renda
faz com que o consumidor aumente o consumo de bens de luxo. O deslocamento da curva
de demanda é para a direita.
Bem de Veblen desafia a lei da oferta e da procura. Seria um bem de altíssimo luxo que
valoriza a sua exclusividade. São produtos que quanto mais caros ficam, mais as pessoas
querem e compram. Seja isso uma atitude racional ou não. O efeito do aumento da demanda
pelo aumento do preço é conhecido como Efeito Veblen. Como exemplos temos bens bastante
exclusivos como carros e relógio de luxo.
Bem inferior é aquele cuja quantidade demandada diminui quando aumenta a renda, ou
seja, com o aumento da renda, a demanda tende a diminuir. Um bom exemplo é a carne de
3ª. Quando o consumidor consegue aumentar sua renda, ele passa a consumir carne de 1ª
em vez de consumir carne de 3ª.

Bens de Consumo
• Bens Inferiores
− Bens que variam inversamente proporcional à RENDA.
− Quando aumenta a renda a quantidade demandada diminui e vice-versa.
◦ Exemplo:
Bacalhau – sardinha
Carne de primeira – carne de segunda

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Assim, o aumento de renda faz com que o consumidor reduza o consumo de carne de 3ª e
aumente o consumo de carne de 1ª (de valor mais elevado). Como o deslocamento da curva
de demanda por carne de 3ª é para a esquerda, então este bem é inferior.
Para uma variação nos preços dos produtos e serviços e as consequentes repostas de
consumo, os bens podem ser classificados em comuns e de Giffen.
Bem de Giffen: de acordo com a teoria econômica, é o bem cujo consumo aumenta quando
o seu preço sobe, e cujo consumo diminui quando o seu preço é diminuído.

Os bens que, com a queda do preço dos produtos e serviços têm queda na quantidade
demandada, são classificados como bens de Giffen.
Entretanto, os bens de Giffen são um caso especial de bens inferiores, pois, além do Efeito
Renda ser contrário ao Efeito Substituição (caracterizando um bem inferior), o Efeito Renda
é maior que o Efeito Substituição (caracterizando um bem de Giffen).

O PULO DO GATO
Todo bem de Giffen é um bem inferior, mas nem todo bem inferior é um bem de Giffen.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Em tese, quanto maior a sua renda, mais você vai querer comprar os bens normais, como
o filé-mignon, por exemplo. Mas esse raciocínio não se aplica aos bens inferiores. Para eles,
quando a renda sobe, a demanda diminui.

Veja o caso da carne de 3ª. Se você deixa de ganhar, por exemplo, R$ 1.000,00 por mês e passa
a ganhar R$ 100.000,00 por mês, você vai deixar de comprar carne de 3ª e só comprar filé-
mignon, concorda?
Assim, para um bem inferior, o efeito-preço total é positivo, ou seja, o efeito-substituição
positivo é maior do que o efeito-renda negativo.
Tecnicamente falando, o bem de Giffen, que é um tipo de bem inferior em que o efeito-
preço é negativo, ou seja, o efeito-renda negativo suplanta o efeito-substituição positivo.
Assim, podemos dizer que os consumidores tendem a comprar quantidades menores quando
houver redução de preço do produto e maiores porções se seu preço for majorado.
Vamos conhecer a situação prática real que fez com que essa classificação de bem de
Giffen aparecesse na teoria econômica.
Na Inglaterra, durante o século XIX, os assalariados mais pobres gastavam considerável
parcela de sua renda comprando trigo. Entretanto, sempre que ocorria uma queda no preço, a
renda real desses trabalhadores aumentava e, enjoados de tanto trigo, com uma folguinha no
orçamento, passavam a comprar menos trigo e o substituíam em parte por outros alimentos.
Podemos dizer, portanto, que o bem de Giffen é uma exceção à lei da demanda, sendo
muito raro de acontecer na prática, só se aplicando para situações extremas como a do
exemplo descrito anteriormente.
Apresenta, portanto, uma curva de procura crescente, sendo, desse modo uma exceção
à lei da procura.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

001. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) De acordo com a teoria econômica, julgue o item


que se segue.
Um bem é denominado inferior se o aumento do seu preço induzir o consumidor a reduzir a
quantidade demandada deste bem.

A princípio, temos o impulso de julgar a assertiva como correta, mas depois vemos que ela
está errada!
Tenha em mente que um bem inferior é aquele que o consumo cai quando a renda aumenta,
independente da alteração do seu preço.
Lembre-se da carne de 2ª ou de 3ª.
Errado.

002. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) De acordo com a teoria econômica, julgue o item


que se segue.
Bem normal é aquele em que o aumento de sua demanda dependa do aumento da renda do
consumidor.

Questão conceitual excelente!


Amigo(a), um bem classificado como normal perante a teoria econômica é aquele que tem
elasticidade, ou seja, renda positiva. É o caso do exemplo do filé-mignon.
Mas, cuidado!
Isso não significa dizer que o aumento do seu consumo dependa exclusivamente do
aumento de renda.
Eu lhe pergunto, no caso do filé, o que acontece se o preço cair e a renda dos consumidores
não for alterada?
O consumo aumenta, ceteris paribus, com a queda de preço.
Errado.

003. (CESPE/FUB/TÉCNICO-NEGÓCIOS-IMOBILIÁRIOS/2015) De acordo com a teoria


econômica, julgue o item que se segue.
Todo bem inferior é um bem de Giffen, mas nem todo bem de Giffen é um bem inferior.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

PEGADINHA DA BANCA
Nunca é demais lembrar a você, concurseiro(a), que tenha MUITO CUIDADO em provas com
expressões como “todo, sempre, nunca etc.” O bem de Giffen é uma espécie da classe dos bens
inferiores. Assim, todo bem de Gíffen é inferior, mas a recíproca não é verdadeira.
Errado.

1.4.2. Classificação dos Bens quanto ao Efeito na Demanda por Outros Bens
Existem alguns tipos de bens que têm as suas quantidades demandadas alteradas em
função de mudanças nos preços de outros bens, ainda que o seu preço esteja constante.
Além de existir, esse efeito pode, ainda, ser positivo ou negativo, podendo esses bens serem
classificados como substitutos, complementares ou independentes.
Bens substitutos: são aqueles bens que atendem à necessidade do consumidor com igual
nível de satisfação. São bens, digamos, concorrentes.

Bens de Consumo
• Bens Substitutos
− Bens que substituem outros bens sem perda de qualidade ou satisfação.
◦ Exemplo:
Manteiga – margarina
Coca-cola – Pepsi

Exemplos: bem “x” e “y”; manteiga e margarina; batata e aipim (ou macaxeira); entre outros.

Bens Complementares: são aqueles que dependem uns dos outros para satisfazer a
necessidade do consumidor, são demandados em conjunto, necessariamente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Bens de Consumo
• Bens Complementares
− Bens que é consumido em conjunto com outro bem, necessariamente.
◦ Exemplo:
Pão e margarina
Carro e combustível

Exemplos: arroz e feijão; pão e manteiga; sapato e meia; entre outros.

DICA
Os bens são complementares se o aumento do preço de um
deles reduz a quantidade demandada do outro (arroz e feijão),
e os bens são substitutos se o aumento do preço de um deles
eleva a quantidade demandada do outro, qualquer que seja o
preço (carne bovina e suína; chá e café).

Ainda existe uma outra categoria de bem que não causa influência nos demais, nem
negativa nem positiva. São os chamados bens independentes.
Bens Independentes: aumenta o preço do bem “y” e a quantidade procurada do bem “x”
não se altera e vice-versa.
Agora vamos estudar o mercado, aquele ambiente social ou virtual propício às condições
para a troca de bens e serviços, ou seja, o ambiente em que compradores (demanda) e
vendedores (oferta) realizam transações.
Nosso foco na aula de hoje é conhecer os dois elementos fundamentais do mercado:
Demanda (procura/compradores/consumidores) e;
Oferta (produtores/vendedores).
Assim, por meio do conhecimento de como se comportam oferta e demanda, vamos
entender o mecanismo de funcionamento do mercado.

2. Teoria Elementar da Demanda


A teoria da demanda baseia-se na teoria do valor-utilidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Normalmente, a utilidade total tende a aumentar quando há aumento da quantidade con-


sumida do bem ou serviço. Entretanto, a utilidade marginal, aquela satisfação adicional (na
margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente, que o consumidor
vai perdendo a capacidade de percepção da utilidade proporcionada por mais uma unidade
do bem, chegando à saturação.

O chamado paradoxo da água e do diamante ilustra o motivo de os preços estarem rela-


cionados à utilidade marginal, e não à utilidade total de um bem ou serviço.

Por que a água, mais necessária, é tão barata, e o diamante, supérfluo, tem preço tão elevado?

Perceba que a água tem grande utilidade total, mas baixa utilidade marginal. Note que,
depois do primeiro copo de água, a utilidade do segundo copo vai diminuindo, e assim pro-
gressivamente, enquanto o diamante, por ser raro e escasso, tem grande utilidade marginal.
Assim, podemos dizer que todas as unidades de água têm grande utilidade total, mas seu
preço, na margem, é menor, mas o último e talvez único diamante proporciona grande satis-
fação (utilidade) a quem o adquire.

2.1. Introdução
Vamos começar pela conceituação do que é, tecnicamente falando, demanda.
A demanda é a quantidade de um determinado bem que os consumidores estão aptos e
dispostos a adquirir, em determinado período, aos diversos preços alternativos.
Em outras palavras, é a quantidade de bens que os consumidores desejam e podem adquirir.
Pode-se entender como a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam
adquirir por um preço definido em um mercado.
A demanda pode ser interpretada como procura, mas não necessariamente como consumo,
uma vez que é possível querer e não consumir um bem ou serviço, por diversos motivos.
Assim, podemos dizer que ela é o desejo, intenção, vontade de comprar e não sua realização
ou compra propriamente dita.
O comportamento da demanda obedece à chamada Lei Geral da Demanda! Calma, não
estamos num curso de Direito. É uma, digamos assim, lei “de mercado”, à qual a demanda
segue: a quantidade demandada de um determinado bem é inversamente proporcional ao
seu preço, tudo o mais permanecendo constante (o velho ceteris paribus).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

2.2. Demanda × Quantidade Demandada


Existe uma distinção sutil, mas muito importante, entre os termos demanda e quantidade
demandada.

DICA
A DEMANDA É TODA A ESCALA OU CURVA QUE RELACIONA
OS POSSÍVEIS PREÇOS A DETERMINADAS QUANTIDADES
DEMANDADAS DE UM BEM OU SERVIÇO.

Assim, quando falamos que ocorreu um deslocamento da curva, na verdade, a demanda


de um bem é alterada, ou seja, estamos falando de um deslocamento da reta de demanda
para a direita (aumento de demanda) ou para a esquerda (redução da demanda), quando
uma das variáveis ceteris paribus (preço do produto substituto ou complementar, renda ou
gosto e preferência do consumidor) sofre alteração. Em outras palavras, estamos falando da
demanda de forma global para aquele produto, e o seu deslocamento é explicado pelo efeito
total (efeito renda + efeito substituição).

DICA
O TERMO QUANTIDADE DEMANDADA É UM PONTO ESPECÍFICO
NA CURVA QUE RELACIONA UM PREÇO A UMA QUANTIDADE
DEMANDADA DE UM BEM OU SERVIÇO.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Demanda ≠ Quantidade Demandada

$
Quantidade demandada Demanda: refere-se a curva
toda;
A Quantidade demandada:
3
refere-se a um ponto sobre
B
a curva de demanda.
2
DEMANDA

150 175 Q

A quantidade demandada sofre alterações ao longo da curva, somente quando o preço


do produto que está sendo estudado é alterado. Note que, nesse caso, estamos avaliando o
efeito isolado de alteração apenas de uma variável, usando-se a hipótese do ceteris paribus
(todas as demais variáveis permanecendo constantes).
Guarde, portanto, que o preço do bem ou serviço analisado e a quantidade demandada
são as chamadas variáveis endógenas (no sentido de internas) da demanda.

Tenha em mente que alterações nas variáveis endógenas provocam mudanças ao longo da curva
de demanda, ou seja, NÃO DESLOCAM a curva. Por outro lado, mudanças nas variáveis exógenas,
como o preço de bens relacionados, gostos e preferências, renda, número de consumidores e
expectativas, provocam deslocamentos da curva de demanda.

DICA
Variações no preço provocam alterações ao longo da curva de
demanda e variações em fatores exógenos deslocam a curva
de demanda.

Calma!
Mais adiante explicarei melhor.
Podemos dizer que, quando mudam o preço e a quantidade, o consumidor se desloca para
cima (↑P e ↓Qd) e para baixo (↓P e ↑Qd) ao longo da curva de demanda do produto. Estamos
falando da demanda para aquele produto nos seus vários níveis de preços dentro da mesma
curva, sem ser influenciado por fatores externos (variáveis exógenas).
Agora, fique ligado em uma situação que é muito explorada como pegadinha nas provas!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

DICA
Por enquanto fique com a ideia de que o termo “demanda” é
mais amplo que o termo “quantidade demandada”.

Diferentemente do deslocamento ao longo da curva demandada, quando falamos que a


demanda de um bem é alterada, estamos dizendo que ocorreu um deslocamento da reta de
demanda para a direita (aumento de demanda) ou para a esquerda (redução da demanda), em
virtude de mudança em uma das variáveis exógenas, respeitando a condição ceteris paribus,
como, por exemplo, quando o preço do produto substituto ou complementar, a renda ou gosto
ou a preferência do consumidor) sofre alteração.
Nesse caso do deslocamento da curva de demanda, guarde, porém, a ideia da condição
ceteris paribus em que o preço do bem em estudo permanece constante, já que em nosso
estudo de microeconomia apenas uma variável é alterada de cada vez e vemos o efeito isolado
dessa mudança.

Exemplo
Imagine o consumo de cigarros.
Agora, imagine que o governo queira desestimular a demanda por cigarro.
Assim, o governo aumenta o imposto incidente sobre o cigarro e cria uma forte campanha
publicitária de desestímulo.
Note que, ao aumentar o imposto sobre o cigarro, o governo mexe no preço do bem (variável
endógena), provocando um movimento ao longo da curva de demanda.
Por outro lado, ao desestimular pela forte propaganda o fumo, o governo atua nos gostos,
hábitos ou preferências dos consumidores (variável exógena), provocando o deslocamento da
curva de demanda.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Vamos conhecer melhor a curva da demanda e o seu deslocamento mais adiante.


A Teoria da Demanda é relacionada à escolha do consumidor entre diversos bens que seu
orçamento permite adquirir.
Essa procura individual seria determinada pelo preço do bem; o preço de outros bens
relacionados; a renda do consumidor e seu gosto, hábito ou preferência, suas expectativas
e o número de consumidores.
A demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que os
compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado.

2.3. Função Procura


A Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada,
mantendo-se todos os outros fatores constantes.
Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual
a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de que os
indivíduos, geralmente, estão mais dispostos a comprar quando os preços estão mais baixos.
Isso, na verdade, significa que quanto mais se elevam os preços de um produto qualquer,
menores serão as quantidades desejadas a serem adquiridas e vice-versa (Preço Alto –
Demanda Baixa).
Se o preço sobe (↑P), as quantidades demandadas diminuem (↓Qd).
Mas, por outro lado:
Se o preço cai (↓P), as quantidades demandadas aumentam (↑Qd).
Mas preciso alertá-los que existem outros fatores exógenos que também influenciam o
indivíduo na demanda por um bem que vão além do seu preço:
• A renda do consumidor;
• O preço dos bens substitutos;
• O preço dos bens complementares;
• Preferências do consumidor;
• As expectativas do consumidor quanto aos preços no futuro;
• O número de consumidores.
Mais adiante vamos comentar os principais fatores exógenos.
Por enquanto vamos ficar com a ideia de que a demanda ou procura é a quantidade de
um determinado bem ou serviço, que um consumidor eventual está disposto a adquirir, por
determinado preço e em determinado período, ceteris paribus.
Também já sabemos que as quantidades procuradas de determinado bem variam na razão
inversa da variação de seus respectivos preços, se mantidas as demais variáveis constantes.
Quanto maior o preço, menor será a quantidade demandada e quanto menor o preço, maior
será a quantidade demandada, por cada indivíduo.

DICA
A curva de demanda demonstra a relação inversa entre preço
e quantidade demanda.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Exemplo
Digamos que você tenha uma sorveteria e que compre frutas para fazer os sorvetes. O sorvete
de uva é uma dos preferidos dos seus clientes, mas também é o que tem o maior custo de
preparo. Assim, você programa suas compras das frutas em função do preço do quilo da uva.
A tabela a seguir demonstra as quantidades demandadas de uva pela sua sorveteria em função
do seu preço:

Situação Preço do Kg em R$ Quantidades Demandadas


A 10,00 10
B 8,00 20
C 6,00 30
D 4,00 50

Essa relação entre preço e quantidade é expressa por meio da chamada função demanda,
expressa abaixo:
Dx = f (Px)
Sendo:
Dx = quantidade demandada do bem x
f = função
Px = preço do bem x
A expressão significa que a quantidade demandada, Dx, é uma função f do preço Px, isto é,
depende do preço P de x.
Seguindo essa linha de raciocínio, essa é a expressão numérica da famosa curva de demanda, que
demonstra graficamente a relação (inversa) existente entre o preço de um bem e sua quantidade
demandada, por parte de um indivíduo, durante um período determinado, ceteris paribus.

A curva decrescente de demanda mostra que quanto maior o preço de um bem, menor a
quantidade demandada desse bem, ceteris paribus.
De maneira semelhante, quanto mais baixo o preço do bem, maior a quantidade demandada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

A curva de demanda é negativamente inclinada devido à relação inversa entre preço e quantidade
de demanda, que resultam em dois efeitos: efeito substituição e efeito renda.

Normalmente, quando temos uma alteração no preço de um bem ou serviço, existem dois
efeitos relacionados: efeito-renda e efeito-substituição.
Efeito-renda: é uma mudança no consumo que tem origem na mudança da renda real do
consumidor.
Quando aumenta o preço de um bem que você consome, sua renda real é reduzida porque
você não consegue mais ter o mesmo nível de consumo.
Por essa lógica, quando cai o preço de um bem que você consome, sua renda real aumenta.
Assim, o consumidor aproveita o aumento do seu poder aquisitivo real, já que pode comprar
a mesma quantidade do bem por um valor menor, obtendo, assim, um excedente de renda
para compras adicionais.

Efeito-substituição: é uma mudança no consumo que tem origem na mudança de preços


relativos dos bens.
Quando sobe o preço de um bem que você consome, ele se torna mais caro quando
comparado a outros bens, induzindo-te a consumir menos do bem que se tornou mais caro
e mais dos outros bens.

Exemplo
Imagine que você compre todo mês dois quilos de manteiga por R$ 12,00 o quilo.
Agora, imagine que o preço da manteiga suba para R$ 20,00 o quilo.
Ora, nesse caso, você pensa: “acho que vou comprar 1 quilo de manteiga por R$ 20,00 e um
quilo de margarina por R$ 4,00 o quilo.”
Note que você reduziu a quantidade demandada de manteiga, substituindo-a por margarina.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

2.4. Fatores Determinantes da Demanda


Os principais fatores ou aspectos determinantes da demanda cobrados em provas de
concursos são:
1. Preço do bem (variável endógena);
2. Preço dos outros bens substitutos e complementares (variável exógena);
3. Renda do consumidor (variável exógena);
4. Gosto, hábito ou preferência do indivíduo (variável exógena).
Vamos, agora, ver como cada um deles afeta a demanda

2.4.1. Preço do Bem (Variável Endógena)


Sendo o preço do bem uma variável endógena, quando o preço do bem “x” aumenta, a
quantidade demandada deste bem diminui (Lei Geral da Demanda).
Qdx = f(px) Ceteris Paribus
↑Px ↓Qdx
_____ < 0 Relação negativa (relação inversa) entre quantidade
↓Px ↑Qdx demandada do bem “x” e preço do bem “x”.

Quando as setas, que demonstram o movimento em preço e quantidade, estão em sentido


CONTRÁRIO, isso indica uma RELAÇÃO INVERSA (Relação negativa). É essa a explicação para
a INCLINAÇÃO NEGATIVA da curva de demanda.

2.4.2. Preço de outros Bens Relacionados (Variável Exógena)

“Professor, outros bens? Como assim”?

Na verdade, dependendo dos tipos de bens que estamos tratando, a influência é diferente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

No caso dos bens substitutos, quando o preço do bem “y” sobe, ocorre o aumento na
quantidade procurada de bem “x” e vice-versa. Lembre-se de que aumenta o preço de um dos
bens e o preço do outro permanece constante (o velho ceteris paribus).
Mas existem bens que têm uma influência diferente em relação a outros bens, sem relação
de concorrência. Pelo contrário, são coligados! São os chamados bens complementares!
Assim, o aumento do preço do bem “y” gera redução da quantidade procurada do bem “x” e
vice-versa. Lembre-se de que aumenta o preço de um dos bens e o preço do outro permanece
constante.
Ainda existe uma outra categoria de bem que não causa influência nos demais, nem
negativa nem positiva. São os chamados bens independentes, aqueles em que um aumento
do preço do bem “y” não altera a quantidade procurada do bem “x” e vice-versa.

2.4.3. Renda do Consumidor (Variável Exógena)


Em geral, quando a renda do consumidor aumenta a demanda de um bem ou serviço,
também aumenta:
se ↑ R ⇒ ↑ Qdx
se↓R ⇒ ↓Qdx
Assim, temos uma relação direta entre renda e quantidade demandada! Mas essa regra
serve apenas para bens normais ou superiores.
No caso dos bens inferiores, com o aumento da renda, a demanda tende a diminuir.
Quando o consumidor consegue aumentar sua renda, ele passa a consumir carne de 1ª em
vez de consumir carne de 3ª. Assim, se o bem “x” for um bem inferior, no caso, a carne de
3ª, teremos: ↑R ⇒ ↓Qdx e ↓R⇒ ↑Qdx. Nesse caso, temos uma relação inversa entre renda e
quantidade demandada.

2.4.4. Gosto ou Preferência do Indivíduo (Variável Exógena)

MERCADOS
São pessoas, pessoas são indivíduos
e os indivíduos são individuais
nas suas preferências, nas suas
necessidades, nos seus gostos ...
Ivan Pinto

Um bom exemplo para entendermos a mudança de gosto/preferência dos consumidores,


pode ser o efeito de uma propaganda que consiga aumentar a demanda de um bem x por ter
conseguido alterar a preferência dos consumidores.
O efeito da mudança causa assim um deslocamento da curva de demanda para a direita
(aumento) ou para a esquerda (redução) de acordo com a mudança no gosto ou preferência
do consumidor.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

2.5. Os Deslocamentos da Curva de Demanda


A curva de demanda mostra que a quantidade demandada de um bem muda em resposta
ao preço, e apenas em relação ao preço.
Quando uma curva de demanda é desenhada, as rendas e todos os outros fatores (com
exceção do preço) que podem afetar a quantidade demandada tem de ser mantidos constantes
(ceteris paribus).

Preço do
Sorvete de
Casquinha
Aumento da
demanda

Diminuição
da demanda
Curva de
Curva de demanda, D2

Curva de demanda, D3 demanda, D1

0 Quantidade de
Sorvete de Casquinha

Podemos ver no gráfico anterior que o deslocamento da curva de demanda pode ocorrer
para a direita ou para a esquerda. Se a demanda aumentar, a curva se desloca para direita.
Contrariamente, se a demanda for diminuir, a curva se desloca para a esquerda.
As seguintes variáveis são responsáveis pelo deslocamento da curva de demanda:
1. A renda: um aumento de renda leva a um aumento de demanda de um bem, deslocando
a curva de demanda para a direita. De maneira semelhante, uma queda na renda deslocará a
curva de demanda para a esquerda.
2. Os preços dos bens relacionados: um aumento no preço de um bem pode causar um
deslocamento na curva de demanda por outro bem.
Os bens utilizados em combinação, de maneira que um aumento no preço de um deles
leva à queda na demanda do outro, chama-se bens complementares.

Exemplo 1
Se o preço da gasolina sobe, os consumidores têm menor procura por carros. A curva de demanda
por carros se deslocará para a esquerda a cada aumento de combustível.
Por outro lado, para os bens substitutos (concorrentes), o efeito é contrário.
Exemplo 2
Maçãs e bananas. Com uma elevação no preço das bananas, os consumidores seriam incentivados
a substituí-las por maçãs. Outros exemplos: chá e café; manteiga e margarina; carne e galinha;
óleo de soja e de milho etc.
3. Gostos: o tempo é responsável pela mudança de gostos. Os gostos e a demanda são
bens voláteis para alguns produtos, especialmente para as “manias”, “a moda”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

004. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item subsequente, relativo à curva de demanda.


A curva de demanda é deslocada quando há variação da renda, variação no preço dos bens e
variação do preço dos insumos.

Na verdade, dos fatores apresentados na assertiva, o único que realmente causa o deslocamento
da curva de demanda é a alteração da renda do consumidor, já que por alterar o poder de compra
do consumidor modifica a capacidade/vontade de demandar o bem.
Por outro lado, uma eventual variação no preço do bem não desloca a curva de demanda, ou
seja, a curva de demanda permanece exatamente a mesma em função do preço do bem, já que
apresenta a relação existente entre a quantidade demandada para cada preço.
Guarde que as alterações no preço, na verdade, provocam deslocamentos ao longo da curva de
demanda e não da curva em si, que, como dito, permanece a mesma.
Por seu turno, uma eventual variação do preço dos insumos tem impacto na oferta de bens
e serviços e não na sua demanda, gerando, assim, deslocamentos na curva de oferta e não
de demanda.
Errado.

005. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Em relação à função demanda QD = 5.000 − 10P,


julgue o item subsequente.
Havendo uma inclinação da função de demanda, que seja - 5, e preço de mercado de 100 unidades
monetárias, a demanda de consumo dessa economia será de 4.500 unidades.

É bom ter em mente que a inclinação da curva de demanda é dada pelo número que multiplica
a variável preço.
Dessa maneira, se a curva de demanda é:
QD = 5.000−10P, temos que a sua inclinação é -10
Agora, seguindo as instruções do enunciado da questão, se sua inclinação fosse de - 5, teríamos
a seguinte função de demanda:
QD = 5.000 − 5P
Agora é só substituir o preço proposto pela assertiva e calcular:
QD=5.000− 5×100
QD=5.000−500
QD=4.500
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

006. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2012) Com base na teoria microeconômica, julgue (C ou E)


o item que se segue.
Suponha que o aumento substancial dos preços cobrados para o estacionamento de veículos
nas grandes cidades eleve a quantidade demandada de corridas de táxi nesses locais. Dessa
forma, conclui-se que esse aumento de preços provoca um deslocamento ao longo da curva
de demanda por serviços de táxi.

O enunciado considerou como bens/serviços substitutos os serviços de táxi e os serviços de


estacionamento.
Assim, por exemplo, se o preço do táxi sobe, as pessoas deixam de andar de táxi e andam de
carro próprio, aumentando a demanda por vagas em estacionamentos.
Por outro lado, se o preço do estacionamento sobe, as pessoas passam a andar menos de
carro próprio e mais de táxi.
Até aqui, beleza!
Mas olha quem apareceu de novo: a velha pegadinha de sempre!
O deslocamento em tela agora é da curva, não ao longo da curva.
Veja, é caso de substituição, já que toda a curva é deslocada.
Errado.

3. Teoria Elementar da Oferta


3.1. Introdução
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação
da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto eles estão
dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente a dos compradores, frente aos preços altos.
Se os preços elevados, por um lado, desestimulam os consumidores, por outro estimulam
os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto, quanto maior o preço, maior a
quantidade ofertada.
Assim, a quantidade ofertada sofre alterações somente quando é alterado o preço do
produto que está sendo estudado. Note que, nesse caso, estamos avaliando o efeito isolado
de alteração apenas de uma variável, usando-se a hipótese do ceteris paribus (todas as demais
variáveis permanecendo constantes).
Guarde, portanto, que o preço do bem ou serviço analisado e a quantidade ofertada são
as chamadas variáveis endógenas (no sentido de internas) da oferta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

3.2. Função Oferta


A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores desejam
vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante.
Amigo(a), para melhor contextualizar o estudo da oferta, suponha que eu e você temos
uma fazenda que plante uvas.
Beleza?
Digamos que tenhamos negociado uma parte da nossa produção de uvas da safra deste
ano com a vinícola da cidade e que estamos pensando em vender a produção excedente no
mercado local.
Vamos ver como ficaria a relação de oferta de uvas em função do preço de mercado local:
Nossa fazenda de uvas:

Situação Preço do Kg em R$ Quantidades ofertadas (Ton)


A 10,00 300
B 8,00 250
C 6,00 200
D 4,00 120

Pela tabela é possível perceber que as quantidades ofertadas aumentam na medida que
os preços aumentam. São diretas as relações preço - quantidade.
Em resumo: quanto maior o preço de um bem, maior a quantidade ofertada, ceteris paribus.
Dessa forma, quanto menor o preço, menor a quantidade ofertada.
Mas aqui também preciso alertá-los de que a oferta de um bem não depende somente do
preço do bem, que é uma variável endógena, sendo, na verdade, influenciada por um conjunto
de variáveis exógenas:
• custo dos insumos e matérias-primas;
• custo da mão de obra;
• tecnologia disponível;
• Número de produtores e de produtos concorrentes;
• expectativa do produtor sobre os preços futuros.
De qualquer forma, existe uma relação direta entre as quantidades ofertadas e os preços
expressa pela chamada função oferta:
A função oferta: Ox = f (Px)
Sendo:
Qx = quantidade ofertada do bem x
f = função
Px = preço do bem X
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

A empresa/produtor normalmente faz simulações em relação à Receita Total (RT) que


pode obter em função dos preços e quantidades que pode atingir.

Assim, normalmente deseja maximizar a RT que é representada pela seguinte fórmula:


RT = P x Q
Receita total = preço multiplicado pela quantidade
A curva de oferta pode ser graficamente apresentada da seguinte forma:

P O

P1

P2

Q
Q1 Q2

A curva de oferta mostra como a quantidade oferecida aumenta junto com o preço,
refletindo o comportamento dos produtores. Aqui a relação é direta.
Resulta do princípio que afirma o seguinte: os preços mais altos constituem um estímulo
ao incremento das quantidades que os produtores estarão dispostos a oferecer no mercado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

3.3. Os Deslocamentos da Curva de Oferta

Podemos ver no gráfico acima que o deslocamento da curva de oferta pode ocorrer para
a direita ou para a esquerda.
Se o preço sobe, a oferta é aumentada e a curva se desloca para direita. Contrariamente,
se o preço diminui, a oferta também diminui e a curva se desloca para a esquerda.
As seguintes variáveis são responsáveis pelo deslocamento da curva de oferta:
1. O custo de insumos: quando o preço, por exemplo, dos fertilizantes sobe, os agricultores
estarão menos dispostos a produzir, por exemplo, milho ao mesmo preço. A curva de oferta
se deslocará à esquerda.
2. A tecnologia: com uma melhoria importante na tecnologia, o custo de produção diminuirá.
Com um custo menor por unidade, os produtores estarão dispostos a produzir mais, a qualquer
preço. A curva de oferta se deslocará para a direita.
3. Condições climáticas: este fator é especialmente importante para a produção agrícola.
Pode ser favorável (direita) ou desfavorável (esquerda).
4. Os preços dos bens relacionados: da mesma maneira que os bens podem ser substitutos
ou complementares, no consumo, também podem ser na produção.

Exemplo 1
O milho e a soja são substitutos na produção. Um aumento no preço do milho fará os agricultores
reduzirem o plantio de soja, aumentando o de milho.
Exemplo 2
Carne e couro são complementares, ou produtos conjuntos. Quando o abate de gado aumenta
em resposta a uma demanda maior de carne, a produção de couro aumenta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

007. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez


e escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de
mercado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue o item a seguir.
O surgimento de uma nova tecnologia que permita uma menor utilização de insumos e que
reduza os custos de produção deslocará a curva de oferta para a esquerda.

Na verdade, quando conseguimos uma redução dos custos via menor utilização de insumos para gerar
o mesmo produto ou quando conseguimos aumentar a produção mantendo a idêntica quantidade
de insumos, temos um deslocamento da curva de oferta para a direita, já que a empresa pode
produzir a mesma quantidade a um preço menor ou uma quantidade maior com o mesmo preço.
Errado.

008. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) No que diz respeito à oferta do produtor, julgue o


item a seguir.
A expectativa de elevação futura do preço de certo bem ou serviço pode implicar a redução da
oferta desse bem no presente e, assim, deslocar a curva de oferta.

Basicamente, uma curva de oferta serve para apresentar a relação existente entre os níveis de
preço de um bem ou serviço à quantidade a ser ofertada no mercado pelas empresas.
Seguindo essa ideia, quando existe expectativa de que o preço do bem vai aumentar no futuro,
as empresas tendem a acumular estoques para poder elevar a oferta futura já com preços
maiores e assim lucrar mais.
Raciocinando assim, no momento presente, a oferta de mercado desse produto ou serviço
acaba se contraindo.
Certo.

DICA
Em relação à oferta, guarde principalmente o seguinte:
1 - Oferta é a quantidade de bens que os produtores desejam
ofertar para cada nível de preço;
2 - A curva de oferta demonstra a relação direta entre preço e
quantidade ofertada;
3 - Variações no preço provocam alterações ao longo da curva
de oferta;
4 - Variações em fatores exógenos deslocam a curva de oferta;
5 - A função de oferta é uma equação que demonstra como a
oferta varia em decorrência de valores assumidos pelas variáveis
que a afetam.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

4. Teoria do Equilíbrio de Mercado


4.1. A Lei da Oferta e da Procura e a Tendência ao Equilíbrio
O equilíbrio da oferta e da procura num mercado em que exista concorrência é atingido
com um preço que faz igualar as forças da oferta e procura.

009. (CESPE/ANEEL/ESPECIALISTA/2010) Com relação aos conceitos e às aplicações do


equilíbrio parcial e geral e às estruturas de mercado e suas falhas, julgue o item subsequente.
O mercado de um bem é considerado em equilíbrio quando a quantidade que os consumidores
estiverem dispostos a adquirir a determinado preço coincidir com a quantidade que os produtores
estiverem dispostos a vender a esse mesmo preço. O preço de equilíbrio será aquele em que a
oferta e a demanda são iguais.

Guarde essa assertiva como um conceito básico em economia: o mercado estará equilibrado
quando a quantidade demandada coincidir com a quantidade ofertada e o preço de equilíbrio
é aquele que gerar essa igualdade.
Em suma, se os preços fossem menores ou maiores, gerariam, respectivamente, escassez ou
excesso de bens.
Certo.

O preço de equilíbrio é aquele com a quantidade procurada e precisamente igual à quantidade


oferecida.

O chamado equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade demandada de um bem é


igual à quantidade ofertada. Nesse caso, não existe pressão para mudança de preço.
Entretanto, podem ocorrer situações em que essa pressão exista:
Excesso de demanda: quando o preço do bem estiver abaixo do preço de equilíbrio, ou
seja, os consumidores estão dispostos a consumir mais do que é ofertado pelas empresas.
Essa situação fará o preço subir.
Excesso de oferta: quando o preço do bem estiver acima do preço de equilíbrio, ou seja, a
quantidade ofertada do bem é maior do que os consumidores desejam consumir desse bem.
Vamos entender como é encontrado o preço de equilíbrio.
A análise das curvas de demanda e oferta isoladamente não é suficiente para determinar
até onde podem chegar os preços.
Por outro lado, quando analisamos consumidores e produtores com suas respectivas
curvas de demanda e oferta em um mercado, pode-se analisar a interação entre eles.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Assim, deve-se analisar conjuntamente as duas curvas procurando para cada preço a
compatibilidade entre quantidade ofertada e demandada.
Então, só no ponto de intersecção das curvas de demanda e oferta é que coincidem os
planos dos demandantes e ofertantes e somente a um único preço. Este é o chamado preço
de equilíbrio, que corresponde à quantidade demandada e ofertada denominada quantidade
de equilíbrio.
Preço

Curva de Demanda

Ponto de Equilíbrio do Mercado

Curva da Oferta

Quantidade
Tempo

O PULO DO GATO
A alteração do equilíbrio ocorre quando há um deslocamento da curva de demanda ou de oferta.

010. (CESPE/FUB/TÉCNICO-NEGÓCIOS-IMOBILIÁRIOS/2015) Considerando que as equações


de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em
que D é a quantidade de mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e
p, em unidades monetárias, é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
Se p = 10, então haverá excesso de demanda.

Vamos substituir o preço nas equações de oferta e demanda:


O = 40 + 3Pp = 40 + 3x10 = 70
D = 80 – 2P = 80 – 2X10 = 60
E qual a interpretação correta?
Ao preço de 10 teremos excesso de oferta em relação à demanda de 10 unidades, e não o
contrário dito na assertiva.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

011. (CESPE/FUB/TÉCNICO-NEGÓCIOS-IMOBILIÁRIOS/2015) Considerando que as equações


de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em
que D é a quantidade de mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e
p, em unidades monetárias, é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
A quantidade de mercadoria de equilíbrio é igual a 60 unidades.

Basta igualar equações de oferta e demanda e descobrir o preço e quantidade de equilíbrio.


40 + 3p = 80 – 2p
5p = 40
P equilíbrio = 8
Agora é só substituir o preço em qualquer uma das equações e calcular a quantidade.
Q equilíbrio = 80 - 2P
Q equilíbrio = 80 – 2 X 8
Q equilíbrio = 80 – 16
Q equilíbrio = 64
Errado.

012. (CESPE/ FUB/TÉCNICO NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS/2015) Considerando que as equações


de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em
que D é a quantidade de mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e
p, em unidades monetárias, é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
Ao preço de 10 unidades monetárias, haverá tendência de queda dos preços e gradual aumento
da quantidade demandada.

Vamos substituir o preço de 10 nas equações de oferta e demanda:


Oferta = 40 + 3p = 40 + 3x10 = 40 + 30 = 70
Demanda = 80 – 2p = 80 – 20 = 60
Agora precisamos interpretar o que encontramos.
Com o preço de 10, tivemos um excesso de oferta (70) em relação à demanda (60).

E o que ocorre quando há excesso de oferta?

O preço está alto e deve cair até que oferta e demanda se reequilibrem.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

013. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) Considerando que as equações de demanda e oferta de


um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em que D é a quantidade de
mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e p, em unidades monetárias,
é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
O preço de equilíbrio é igual a 8.

Basta igualar as equações de oferta e demanda e descobrir o preço de equilíbrio do mercado.


40 + 3P = 80 – 2P
5P = 40
P=8
Certo.

4.2. Interferência do Governo no Equilíbrio de Mercado


Como vivemos em um regime capitalista misto, em que o Estado também exerce influência
na economia, o governo acaba intervindo também no equilíbrio de mercado.
Podemos citar a sua influência na formação de preços de mercado, a nível microeconômico,
quando, por exemplo, cobra tributos e subsídios, define a forma de reajuste do salário-
mínimo, estabelece preços mínimos para produtos agrícolas ou, ainda, aplica tabelamentos
ou congelamento de preços e salários (como na época dos planos de combate à inflação
anteriores ao Plano Real).
A título elucidativo, vamos analisar agora a sua interferência por meio da tributação.
Primeiramente, tenha em mente que, na verdade, de fato, quem recolhe a totalidade dos
tributos incidentes em suas operações é a empresa, ou seja, cabe a ela embutir seus valores
nos preços, apurar o quanto deve e efetuar o recolhimento aos cofres públicos.
Entretanto, ao efetuar o recolhimento aos cofres públicos, não significa que é ela quem
efetivamente paga, ou melhor, não é ela, necessariamente, quem suporta o ônus do tributo, já
que, pelo menos, parte dos tributos é repassado aos consumidores já que foram embutidos
nos preços.
Nessa pegada, para sabermos sobre quem (produtor ou consumidor) recai efetivamente
o ônus da interferência do governo no equilíbrio do mercado via tributação, é necessário que
sejam avaliados alguns fatores como a estrutura do mercado analisado.
Vale destacar a chamada “política de preços mínimos na agricultura”, onde o governo,
antes do início do plantio, garante um valor que ele pagará após a colheita do produto. Como o
próprio nome sugere, serve para garantir ao produtor agrícola certa proteção às flutuações de
preços no mercado, minimizando seus prejuízos numa eventual queda acentuada de preços.
Saiba, ainda, que quando tínhamos tabelamento de preços na economia brasileira, a
intervenção do governo no sistema de preços de mercado visava, basicamente, coibir abusos
por parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira necessidade ou tentar mitigar
o processo inflacionário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

014. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Considere o seguinte modelo de demanda e oferta


de determinado bem:
Qd=x−P
Qs=−y+P
sendo Qd a quantidade demandada, Qs a quantidade ofertada, P o preço do bem, e x e y constantes
positivas, julgue o item subsequente.
Se x + y = 4, o preço de equilíbrio será igual a 2.

Vamos fazer contas.


Sabemos que, em equilíbrio, a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada:
Qs=Qd
Substituindo:
−y+P=x–P
2P=x+y2
Se x + y = 4, temos que:
2P=4
P=2
Certo.

5. Elasticidades
O termo elasticidade, que também pode ser chamado de sensibilidade, mede o quanto
uma variável pode ser afetada por outra. Existem alguns tipos de elasticidades, mas todos
envolvem basicamente o mesmo raciocínio.
Assim, a ideia é analisar os efeitos das mudanças de preços nas quantidades demandadas
(elasticidade-preço da demanda) e nas quantidades ofertadas (elasticidade-preço da oferta).
Também estudaremos o efeito que as alterações nos níveis de renda dos consumidores
causam na demanda (elasticidade-renda da procura).

5.1. Elasticidade-Preço da Demanda


O conceito de elasticidade-preço nos permite uma maior compreensão do sistema de
preços e das reações observadas no mercado.
Vamos usar um exemplo para ilustrar melhor a importância de se conhecer a elasticidade
tanto pelo lado do consumidor quanto pelo lado do produtor.
O raciocínio básico aqui é: se os preços das geladeiras aumentam, a quantidade demandada
cairá e a quantidade ofertada de geladeiras aumentará.
Até aqui nenhuma novidade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Mas, e se quisermos saber o quanto essa mudança de preço vai aumentar ou quanto vai
cair a demanda ou a oferta?

Até que ponto a demanda por geladeiras pode ser afetada? Muito ou pouco?
E se os preços dobrarem, em que percentual a quantidade demandada diminuirá?
Por outro lado, qual deve ser a mudança na oferta de geladeira se os preços fossem elevados
em apenas 50%, em vez de dobrarem?

Basicamente, é para responder a perguntas assim que serve o estudo da elasticidade.

A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas


mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.

Em outras palavras, podemos dizer que a elasticidade-preço da demanda serve para


indicar a variação percentual da quantidade demandada de um bem em função da variação
percentual no seu preço.
De modo mais direto, é a variação percentual da demanda de um bem em função da
variação percentual do preço.
Seguindo esse conceito, as mercadorias/serviços podem ser classificadas em bens de
demanda elástica ou inelástica.
Os bens de demanda inelástica são os de primeira necessidade, indispensáveis à subsistência
do consumidor. Eles não são sensíveis ao fator preço.

Exemplo: sal.

Os bens de demanda elástica são aqueles que não são indispensáveis à subsistência do
consumidor. Assim, podemos dizer que são “sensíveis” ao fator preço.

O grau de sensibilidade ao preço, ou seja, a variação nas quantidades compradas em função


das variações dos preços, indica se um bem é mais ou menos elástico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

DICA
Alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda seriam
a existência de substitutos ao bem, a variedade de uso desse
bem, o seu preço em relação ao uso global dos consumidores
e o preço do bem em relação à renda dos consumidores.

Para um vendedor, faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda
com a qual ele se defronta.
Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais receita. Por outro lado, se a
demanda for inelástica e ele reduzir o preço, obterá menos receita.
Amigo(a)s, podemos dizer, portanto, que a elasticidade é uma medida de como os
compradores e vendedores reagem a uma mudança nos preços, e nos permite analisar a
oferta e a demanda com muito mais precisão.
Nesse sentido, a elasticidade-preço da demanda - EPD mede a variação (o aumento ou
diminuição) em valores unitários ou em porcentagem da quantidade demandada devido a
uma mudança nos preços.
Em situações normais, a demanda tende a ser mais elástica quando:
• O bem é considerado de luxo;
• O horizonte de tempo é maior;
• Existem mais bens substitutos;
• O mercado é mais restrito.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Para executar um cálculo de elasticidade, são necessários, pelo menos, dois períodos.

Abaixo vou demonstrar um exemplo de cálculo de elasticidade para um produto qualquer, e


aplicando-se a fórmula padrão para o cálculo da elasticidade:

PERÍODO PREÇO QUANTIDADE


JAN/2014 R$10,00 500
FEV/2014 R$10,50 480

Vamos agora aplicação da fórmula da elasticidade ao exemplo:

Amigo(a), vamos agora interpretar o resultado!


O resultado nos diz que, para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a quantidade
variará em 0,8%.
Já o sinal negativo da elasticidade indica que a variação na quantidade será em sentido contrário
da variação de preço. Desse modo, se o preço aumentar em 1%, a quantidade demandada cairá
0,8%.
No nosso exemplo o preço aumentou em 5% (passou de R$ 10,00 para R$ 10,50), enquanto
nossa quantidade caiu 4% (passando de 500 para 480).
Para verificar a quantidade demandada em função das diferentes variações de preço, basta
multiplicarmos a variação de preço pela elasticidade. No nosso exemplo, se tivéssemos aumentado
o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 12% (15%*0,8).
A demanda por bens e serviços é classificada de acordo com o seu grau de elasticidade
em cinco categorias:
Inelástica: a quantidade demandada não responde com muita intensidade a alterações nos
preços EPd < 1. O nosso exemplo acima caracterizou um bem/serviço de demanda inelástica.
Elástica: a quantidade demandada responde com muita intensidade a alterações nos
preços EPd > 1. Aqui entram aqueles fatores, como a existência de bens substitutos. O
consumidor, por exemplo, pode partir logo para outra opção quando um produto elástico sofre
aumento de preço.
Unitária: a quantidade demandada muda na mesma proporção que o preço se altera. Assim
o resultado da Epd é sempre igual a 1.

Exemplo: um aumento no preço de 10% gera uma diminuição da quantidade demandada também
de 10%.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Perfeitamente Inelástica: a quantidade demandada não muda se houver uma alteração


nos preços. Mas saiba que existe essa possibilidade na teoria e aparece, inclusive, em gráfico
e cai em prova de concurso, como veremos a seguir.
Perfeitamente Elástica: a quantidade demandada muda infinitamente com uma alteração
nos preços. Também não consigo ver um exemplo prático “perfeito” para dar a vocês. Da
mesma forma, saiba que existe essa possibilidade na teoria, aparece em gráfico e cai em
prova de concurso, como veremos ainda hoje.
Como a elasticidade-preço da demanda mede o quanto a quantidade demandada muda
em resposta a uma mudança nos preços, ela está intimamente ligada ao formato da curva
da demanda.
Na verdade, a representação gráfica, por meio da curva de demanda e de acordo com a
elasticidade-preço, nada mais é do que a expressão daquela fórmula que calculamos para
vários níveis de preço e de quantidade.
Assim, a inclinação da curva é o resultado do cálculo oriundo da aplicação da fórmula.
Tenho agora que mostrar os cinco tipos de elasticidade representados graficamente, pois
isso pode ser cobrado na sua prova. Observe:

Calma!
Sei que não é fácil.
É assim mesmo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

O estudo da microeconomia exige boa vontade com fórmulas e gráficos.


Não tem jeito.
Vamos ver de outra forma:

A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a mudança no preço de um produto


provoca na quantidade demandada de outro produto (ceteris paribus). Em outras palavras, a
elasticidade-preço cruzada da demanda aponta a variação na demanda por um bem de acordo
com a variação do preço do outro bem.

Lembre-se: se os bens A e B são complementares, então um aumento do preço de A gera


uma redução na demanda por B, de maneira que a elasticidade-preço cruzada é negativa.
Entretanto, se os bens A e B são substitutos, então um aumento do preço de A gera um
aumento na demanda por B, de maneira que a elasticidade-preço cruzada é positiva.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Vale destacar, ainda, que, no caso de bens independentes, a elasticidade cruzada é


nula. Veja:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

5.2. Elasticidade-Renda da Demanda


Vamos agora ver aquele outro tipo de elasticidade: a chamada elasticidade-renda da
procura/demanda.

ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA


O raciocínio é o mesmo do preço, porém deve-se lembrar da diferença entre bens normais e
bens inferiores, pois a relação da demanda em função da renda é modificada pelo bem em
análise.
• Bens normas ou superiores: O AUMENTO da renda tende a AUMENTAR o consumo.
• Bens inferiores: relação inversa, ou seja, com o AUMENTO da renda o consumo
tende a DIMINUIR.

A elasticidade-renda da demanda mede o quanto a quantidade demandada de um bem


muda com uma alteração na renda dos indivíduos.
Na prática, é o resultado da divisão entre a mudança percentual na quantidade sobre a
mudança percentual na renda.
Aqui, precisamos relembrar aqueles tipos básicos de bens: bens normais e bens inferiores,
pois a reação da demanda varia em função de qual bem estamos trabalhando.
Um aumento na renda dos indivíduos eleva a quantidade demandada de bens normais
(lembre-se da carne de 1ª), mas diminui a de bens inferiores (aqui representados pela carne de 2ª).
Por outro lado, os bens que os consumidores consideram como necessários tendem a ter
uma demanda inelástica, por exemplo: comida, combustíveis, serviços de saúde etc.
Já os considerados como luxo ou supérfluos, tendem a ter uma demanda elástica, por
exemplo: roupas de marca, perfumes importados, lanchas etc.

Elasticidade-renda da Demanda
Representa a sensibilidade da quantidade procurada de um bem em face de uma alteração do rendimento
do consumidor.
Da elasticidade-renda da demanda resultam três tipos de bens, consoante à relação estabelecida
• bens normais de luxo, cuja quantidade procurada aumente mais que proporcionalmente ao aumento
de rendimento.
• bens normais de consumo não saciado, cuja quantidade procurada aumente proporcionalmente ao
aumento de rendimento.
• bens inferiores, cuja quantidade procurada aumente menos que proporcionalmente ao aumento de
rendimento

No mais, as fórmulas e gráficos seguem a mesma linha de raciocínio da elasticidade-preço


da demanda.
ERD = Variação % na quantidade demandada / Variação % na renda

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

No âmbito da elasticidade-renda da demanda, merece destaque a lei generalizada de Engel


ou agregação de Engel, que demonstra a relação entre as elasticidades-rendas de “N” bens.
De acordo com essa teoria, em uma economia que só possua dois bens: x e y, a soma de
todas as elasticidades-renda, ponderadas pelas frações da renda gasta com os respectivos
bens, será igual a 1.
SxErx + SyEry = 1;
Onde:
Sx = Px/Renda
Erx = Elasticidade-renda de X

5.3. Elasticidade-Preço da Oferta


Já vimos o efeito da alteração do preço e da renda na demanda. Vamos ver agora o efeito
que a alteração de preço causa na oferta.
A chamada elasticidade-preço da oferta mede o aumento ou diminuição em porcentagem
da quantidade ofertada devido a uma mudança percentual nos preços.

Essa variação, normalmente é afetada, ou melhor, determinada pelos seguintes fatores:


• Habilidade dos produtores de mudar a quantidade produzida de um determinado bem.

Exemplo: naquela nossa propriedade podemos deixar de produzir uvas e passar a produzir
mangas.
• Tempo. A oferta é mais elástica no longo prazo, pois, desse modo, os produtores/
empresários têm mais tempo para se adaptar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

015. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e às


hipóteses que regem as preferências do consumidor.
Se o coeficiente da elasticidade-preço da demanda for menor que a unidade, então o bem
demandado será insensível a alterações no seu preço.

A demanda é insensível à mudança de preço, ou seja, é inelástica, quando o coeficiente de


elasticidade, em módulo, é inferior a 1.
Certo.

016. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) Julgue:


A elasticidade de procura de uma empresa é determinada pela relação de concorrência dessa
empresa com as demais empresas atuantes no mercado, pelo número de empresas concorrentes
e pela elasticidade de demanda de mercado.

Questão difícil.
Perceba que o examinador não quer saber sobre a elasticidade-preço da demanda. Ele quer
saber sobre a elasticidade de procura da firma.
Isso é estudado quando conhecemos o poder de monopólio de uma empresa monopolista, em
que podemos inferir porque algumas empresas possuem uma curva de demanda menos elástica.
Existem três fatores que determinam a elasticidade de demanda de uma empresa:
1) A elasticidade da demanda de mercado: como a demanda da empresa será, pelo menos, tão
elástica quanto a demanda do mercado, a elasticidade da demanda de mercado limita o poder
de monopólio.
2) O número de empresas atuando no mercado. Se existirem muitas empresas, será pouco
provável que qualquer uma delas tenha possibilidade de influenciar significativamente no preço
de mercado.
3) Interação entre as empresas. Ainda que duas ou três empresas estejam atuando no mercado,
nenhuma delas terá a possibilidade de elevar o preço com lucro caso exista uma concorrência
entre elas.
Certo.

017. (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Julgue o item a seguir, acerca de microeconomia.


A essencialidade e a restrição de mercado de determinado bem são os principais elementos que
motivam a elasticidade-preço da demanda. O horizonte temporal não é um desses elementos,
pois permite que os consumidores de determinada mercadoria encontrem outras formas de
substitui-la, quando seu preço aumenta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Quando estivermos falando em elasticidade-preço da demanda, guarde a ideia de que o horizonte


temporal também é um fator determinante.
Isso é verdade, porque permite aos consumidores de determinada mercadoria usarem substitutos
quando seu preço aumenta, gerando, assim, a regra geral de que a demanda tende a ser mais
elástica no longo prazo.
E não somente a existência de bens substitutos exerce influência, pois existe certa demora para
que os consumidores mudem os hábitos de consumo, por exemplo.
Pense, por exemplo, no caso do combustível, quando seu preço está sempre elevado, o mais
provável é que os consumidores diminuam pouco a sua demanda, mas, no longo prazo, tais
elevações podem fazer com que os consumidores procurem alternativas e alterem seus hábitos.
As preferências da sociedade podem se alterar devido a esta alta.
Podemos concluir, portanto, que uma elasticidade-preço da demanda é maior na medida que o
horizonte temporal é ampliado.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

RESUMO
A microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou firmas),
dos indivíduos, de determinados mercados etc. Pertence ao campo da microeconomia, por
exemplo, o estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre oferta e
procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os tipos de mercado (por exemplo,
se ocorre monopólio ou se existe a concorrência perfeita) etc.
Podemos identificar os dois elementos fundamentais do mercado: a demanda e a oferta.

Classificação dos Bens


Bens substitutos: são aqueles bens que atendem à necessidade do consumidor no mesmo
nível de satisfação. São bens, digamos, concorrentes.
Bens Complementares: são aqueles que dependem um do outro para satisfazer a necessidade
do consumidor, são demandados em conjunto, necessariamente.
Bens Independentes: aumenta o preço do bem “y” e a quantidade procurada do bem “x”
não se altera e vice-versa.
Bem inferior: é aquele cuja quantidade demandada diminui quando aumenta a renda.
Exemplo clássico: carne de 2ª.
Bem normal: é aquele cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta a renda.
Exemplo clássico: carne de 1ª.
Bem de primeira necessidade: é aquele que, ao aumentar a renda, a quantidade demandada
do bem aumenta em menor proporção.
Bem de luxo: é aquele que, ao aumentar a renda, a quantidade demandada do bem aumenta
em maior proporção.
Bem de Giffen é uma “elocubração” da teoria econômica e caracteriza um bem cujo
consumo aumenta quando os preços são aumentados, e cujo consumo diminui quando os
preços são diminuídos.

Teoria Elementar da Demanda


A demanda é a quantidade de um determinado bem que os consumidores estão aptos e
dispostos a adquirir, em determinado período, aos diversos preços alternativos.
A quantidade demandada de um determinado bem é inversamente proporcional ao seu
preço, permanecendo constantemente (o velho ceteris paribus).
A curva de demanda demonstra a relação inversa entre preço e quantidade demanda.
Existe uma distinção sutil, mas muito importante entre os termos demanda e quantidade
demandada.
Demanda é toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas
quantidades demandadas de um bem ou serviço.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Variações no preço provocam alterações ao longo da curva de demanda.


Variações em fatores exógenos deslocam a curva de demanda.
Já o termo “quantidade demandada” é um ponto específico na curva que relaciona um
preço a uma quantidade demandada de um bem ou serviço. Sofre alterações somente quando
é alterado o preço do produto que está sendo estudado. Assim, o consumidor se desloca
para cima (↑P e ↓Qd) e para baixo (↓P e ↑Qd) ao longo da curva de demanda do produto.
Estamos falando da demanda para aquele produto nos seus vários níveis de preços dentro
da mesma curva.

Teoria Elementar da Oferta


Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação
da oferta apresenta o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto eles estão
dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente a dos compradores, frente aos preços altos.
Se os preços elevados, por um lado, desestimulam os consumidores, por outro, estimulam
os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto, quanto maior o preço, maior a
quantidade ofertada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Em relação à oferta, guarde principalmente o seguinte:


1 - Oferta é a quantidade de bens que os produtores desejam ofertar para cada nível de preço;
2 - A curva de oferta demonstra a relação direta entre preço e quantidade ofertada;
3 - Variações no preço provocam alterações ao longo da curva de oferta;
4 - Variações em fatores exógenos deslocam a curva de oferta;
5 - A função de oferta é uma equação que demonstra como a oferta varia em decorrência
de valores assumidos pelas variáveis que a afetam.

Elasticidade
A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas
mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Elasticidade-Preço da Demanda

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA


O raciocínio é o mesmo do preço, porém deve-se lembrar da diferença entre bens normais e
bens inferiores, pois a relação da demanda em função da renda é modificada pelo bem em
análise.
• Bens normas ou superiores: O AUMENTO da renda tende a AUMENTAR o consumo.
• Bens inferiores: relação inversa, ou seja, com o AUMENTO da renda o consumo
tende a DIMINUIR.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

MAPA MENTAL

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) De acordo com a teoria econômica, julgue o item
que se segue.
Um bem é denominado inferior se o aumento do seu preço induzir o consumidor a reduzir a
quantidade demandada deste bem.

002. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) De acordo com a teoria econômica, julgue o item


que se segue.
Bem normal é aquele em que o aumento de sua demanda dependa do aumento da renda do
consumidor.

003. (CESPE/FUB/TÉCNICO-NEGÓCIOS-IMOBILIÁRIOS/2015) De acordo com a teoria


econômica, julgue o item que se segue.
Todo bem inferior é um bem de Giffen, mas nem todo bem de Giffen é um bem inferior.

004. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item subsequente, relativo à curva de demanda.


A curva de demanda é deslocada quando há variação da renda, variação no preço dos bens e
variação do preço dos insumos.

005. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Em relação à função demanda QD = 5.000 − 10P,


julgue o item subsequente.
Havendo uma inclinação da função de demanda, que seja - 5, e preço de mercado de 100 unidades
monetárias, a demanda de consumo dessa economia será de 4.500 unidades.

006. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2012) Com base na teoria microeconômica, julgue (C ou E)


o item que se segue.
Suponha que o aumento substancial dos preços cobrados para o estacionamento de veículos
nas grandes cidades eleve a quantidade demandada de corridas de táxi nesses locais. Dessa
forma, conclui-se que esse aumento de preços provoca um deslocamento ao longo da curva
de demanda por serviços de táxi.

007. (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico entre escassez


e escolha, representado pela curva de possibilidade de produção (CPP), e ao equilíbrio de
mercado, resultado da interação das curvas de oferta e demanda, julgue o item a seguir.
O surgimento de uma nova tecnologia que permita uma menor utilização de insumos e que
reduza os custos de produção deslocará a curva de oferta para a esquerda.

008. (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) No que diz respeito à oferta do produtor, julgue o


item a seguir.
A expectativa de elevação futura do preço de certo bem ou serviço pode implicar a redução da
oferta desse bem no presente e, assim, deslocar a curva de oferta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

009. (CESPE/ANEEL/ESPECIALISTA/2010) Com relação aos conceitos e às aplicações do


equilíbrio parcial e geral e às estruturas de mercado e suas falhas, julgue o item subsequente.
O mercado de um bem é considerado em equilíbrio quando a quantidade que os consumidores
estiverem dispostos a adquirir a determinado preço coincidir com a quantidade que os produtores
estiverem dispostos a vender a esse mesmo preço. O preço de equilíbrio será aquele em que a
oferta e a demanda são iguais.
010. (CESPE/FUB/TÉCNICO-NEGÓCIOS-IMOBILIÁRIOS/2015) Considerando que as equações
de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em
que D é a quantidade de mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e
p, em unidades monetárias, é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
Se p = 10, então haverá excesso de demanda.
011. (CESPE/FUB/TÉCNICO-NEGÓCIOS-IMOBILIÁRIOS/2015) Considerando que as equações
de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em
que D é a quantidade de mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e
p, em unidades monetárias, é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
A quantidade de mercadoria de equilíbrio é igual a 60 unidades.
012. (CESPE/ FUB/TÉCNICO NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS/2015) Considerando que as equações
de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em
que D é a quantidade de mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e
p, em unidades monetárias, é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
Ao preço de 10 unidades monetárias, haverá tendência de queda dos preços e gradual aumento
da quantidade demandada.
013. (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) Considerando que as equações de demanda e oferta de
um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em que D é a quantidade de
mercadoria demandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e p, em unidades monetárias,
é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
O preço de equilíbrio é igual a 8.
014. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Considere o seguinte modelo de demanda e oferta
de determinado bem:
Qd=x−P
Qs=−y+P
sendo Qd a quantidade demandada, Qs a quantidade ofertada, P o preço do bem, e x e y constantes
positivas, julgue o item subsequente.
Se x + y = 4, o preço de equilíbrio será igual a 2.
015. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e às
hipóteses que regem as preferências do consumidor.
Se o coeficiente da elasticidade preço da demanda for menor que a unidade, então o bem
demandado será insensível a alterações no seu preço.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

016. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) Julgue:


A elasticidade de procura de uma empresa é determinada pela relação de concorrência dessa
empresa com as demais empresas atuantes no mercado, pelo número de empresas concorrentes
e pela elasticidade de demanda de mercado.
017. (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Julgue o item a seguir, acerca de microeconomia.
A essencialidade e a restrição de mercado de determinado bem são os principais elementos que
motivam a elasticidade preço da demanda. O horizonte temporal não é um desses elementos,
pois permite que os consumidores de determinada mercadoria encontrem outras formas de
substitui-la, quando seu preço aumenta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO
018. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017) De acordo com a teoria da demanda ou
procura, assinale a alternativa correta.
a) Existe uma relação direta entre o preço do bem, i (Pi), e a quantidade demandada desse bem,
i (Qdi), ceteris paribus.
b) Na teoria da demanda ou procura, ao diminuir o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), também diminui, ceteris paribus.
c) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), aumenta, ceteris paribus.
d) Na teoria da demanda ou procura, a relação é inversa devido aos chamados efeitos de
substituição e renda, que não agem conjuntamente.
e) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), diminui, ceteris paribus.
019. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013-ADAPTADA) A macroeconomia estuda a economia
de forma agregada. Propõe soluções para melhorar crescimento, variações de preços e
emprego. Analise a afirmação a seguir.
De maneira geral, modelos que pressupõem preços flexíveis buscam descrever a economia no
curto prazo. Os que pressupõem preços rígidos descrevem a economia no longo prazo.
020. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos
microeconômicos, julgue:
Pode-se considerar que a Teoria dos Preços considera como se formam os preços no mercado,
considerando a interação produtor e consumidor.
021. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos
microeconômicos, julgue:
Pode-se considerar que a Lei Geral da Oferta correlaciona diretamente a quantidade ofertada,
por exemplo, de um produto, e o nível de preços.
022. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos
microeconômicos, julgue:
O princípio ceteris paribus considera que as empresas sempre buscam a maximização do lucro.
023. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013) O gráfico a seguir é um esboço do equilíbrio
de um mercado específico em relação a preço e quantidade. As duas linhas representam a
oferta (S) e a demanda (D).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Analise as afirmações abaixo.


I – Assim como ocorre na economia real, o gráfico estima que a quantidade demandada depende
apenas do preço.
II – A curva de oferta é, usualmente, ascendente, ou seja, quando os preços sobem, há mais
estímulos para o aumento da produção.
III – Um aumento da renda terá como resposta esperada o deslocamento da curva de demanda
para a direita.
Pode-se afirmar que:
a) todas estão corretas.
b) apenas uma está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) todas estão incorretas.
024. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013) Suponha que a curva de demanda por carros
populares flex no Brasil seja, em mil unidades, determinada por:
Qd = 1.350 - 6P + 3R, sendo P o preço (em R$ mil) e R a renda média semanal do brasileiro de
classe média com idade entre 25 e 40 anos. Já a oferta obedeceria, também em mil unidades,
à equação Q0 = 2.500 + 4P. Considerando o R de R$ 500,00.
Analise as afirmações abaixo.
I – O preço de equilíbrio é de R$ 36 mil.
II – O mercado entra em equilíbrio (oferta x demanda) com produção de 2.640.000 unidades.
III – Considerando o preço de equilíbrio pelas equações do enunciado, se a renda (R) subisse
para R$ 678, a demanda por esses carros se elevaria para mais de 3 milhões de unidades.
Pode-se afirmar que:
a) todas estão corretas.
b) apenas uma está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) todas estão incorretas.
025. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012) A demanda por um produto ou serviço depende
de seu preço, da renda dos consumidores, bem como do preço de outros produtos e serviços.
O gráfico a seguir demonstra a relação ‘’preço x quantidade demandada’’ de dois produtos: A,
de linha mais escura; e B, de linha mais clara. Analise as afirmações a seguir.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

I – A elasticidade de preço da demanda é geralmente um número negativo. Significa que, quando


o preço de uma mercadoria aumenta, a quantidade demandada em geral cai.
II – Pelo gráfico, a demanda do produto A é mais elástica que a do produto B.
III – Se a curva do produto A fosse totalmente horizontal, a demanda seria infinitamente elástica.
Assinale a alternativa correta.
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Apenas uma afirmação está correta.
c) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
d) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
e) Todas as afirmações estão incorretas.

026. (FGV/BANESTES/ANALISTA/2018) Certa firma fez uma análise de mercado para


identificar a demanda por produtos de sua marca e constatou que, quando o preço de outra
marca sobe, a demanda por seus produtos diminui; e quando a renda dos consumidores
aumenta em alguma proporção, a demanda por seus produtos aumenta em uma proporção
maior. É correto concluir que os bens dessa firma são:
a) substitutos aos da outra marca e classificados como bens inferiores;
b) substitutos aos da outra marca e classificados como bens de luxo;
c) complementares aos da outra marca e classificados como bens inferiores;
d) complementares aos da outra marca e classificados como bens de luxo;
e) classificados como bens de Giffen.

027. (FGV/SEPOG-RO/EPPGG/2017) O pão serve de insumo para a venda de diversos tipos


de lanche. Suponha que o preço do pão se eleve. No caso de um lanche que necessite de
pão para sua montagem, o que acontece com a oferta, a demanda e o preço desse lanche?
a) A demanda se retrai e o preço cai.
b) A demanda e oferta se expandem com efeito ambíguo sobre o preço.
c) A oferta se reduz com o aumento do preço.
d) A oferta se expande com a queda do preço.
e) A oferta e demanda se reduzem com efeito ambíguo sobre o preço.

028. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Carolina é estudante do curso de arquitetura da Universidade


Madgab. Como hoje é sua formatura, sabe-se que amanhã ela perderá o direito de pagar
metade do valor da entrada das sessões de cinema. Se sua elasticidade-preço da demanda
por cinema é igual a -0,15, a demanda de Carolina por cinema a partir de amanhã:
a) terá uma queda de 30%;
b) terá uma queda de 15%;
c) não sofrerá alteração;
d) terá um aumento de 15%;
e) terá um aumento de 30%.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

029. (FGV/PREF-SALVADOR/TÉCNICO-NÍVEL-SUPERIOR/2017) No século XIX, na Irlanda,


uma crise alimentar elevou o preço da batata provocando um aumento de sua demanda. Isso
decorreu do fato desse bem ser a base da alimentação da população e, em consequência,
o aumento de preço obrigou as pessoas a reduzirem seu orçamento com os demais bens.
Assim a batata é um exemplo de bem
a) normal, pois a demanda varia positivamente com a renda.
b) comum, pois a elasticidade preço da demanda é maior do que a unidade em termos absolutos.
c) muito inferior, pois a elasticidade preço da demanda é positiva.
d) inferior, mas não de Giffen.
e) substituto, por ser um bem necessário.

030. (FGV/ TCM-SP/AGENTE FISCAL/2015) Suponha que o mercado de chocolate do país


Abust se encontre em equilíbrio E0 = (Q0 , P0) ilustrado no gráfico abaixo.

Considere, agora, que haja um choque no mercado de açúcar (insumo para a fabricação das
barras de chocolate) que eleve seus preços.
O novo equilíbrio E1 = (Q1, P1) no mercado de chocolates será dado por:
a) Q1 > Q0 e P1 > P0;
b) Q1 < Q0 e P1 > P0;
c) Q1 < Q0 e P1 < P0;
d) Q1 > Q0 e P1 < P0;
e) Q1 = Q0 e P1 = P0.

031. (FGV/ TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Na década de 1960, o governo dos Estados


Unidos passou a regular o preço do gás natural. Suponha que, naquele período, as curvas
de demanda e de oferta do gás natural no país fossem dadas, respectivamente, por
QD(P) = 14,8 – 1,6P e QS(P) = 2,8 + 0,4P, medidas em mil pés cúbicos de gás natural.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Caso a regulação adotada por parte do governo dos Estados Unidos fosse um controle de
preço que estipulasse um preço máximo por mil pés cúbicos de gás natural dado por PMAX =
3 unidades monetárias, então o mercado de gás natural seria caracterizado por um excesso de:
a) oferta de 5 mil pés cúbicos de gás natural;
b) demanda de 5 mil pés cúbicos de gás natural;
c) oferta de 6 mil pés cúbicos de gás natural;
d) demanda de 6 mil pés cúbicos de gás natural;
e) oferta de 7 mil pés cúbicos de gás natural.

032. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Em relação à teoria do consumidor, à elasticidade-


preço e à elasticidade-renda, analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s)
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( ) A elasticidade-preço da demanda é definida como a variação percentual na quantidade
dividida pela variação percentual no preço, ou seja, mede como a quantidade demandada muda
com uma variação no preço.
( ) Se um bem tiver elasticidade-preço da demanda menor do que 1(um) em valor absoluto,
dizemos que ele tem uma demanda elástica.
( ) A elasticidade-renda da demanda descreve como a quantidade demandada reage a
variações na renda.
( ) Um bem é dito normal quando o aumento da renda provoca uma redução da sua quantidade
demandada.
A sequência correta é:
a) F, F, V e V;
b) V, V, F e F;
c) V, F, F e V;
d) V, F, V e V;
e) V, F, V e F.

033. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Suponha, hipoteticamente, que a curva de


demanda por trigo na Alemanha seja dada por QD(P) = 2400 – 120P, enquanto a curva de
oferta é dada por QS(P) = 1800 + 80P.
O valor em módulo da elasticidade-preço da demanda em equilíbrio nesse mercado é de
aproximadamente:
a) 0,10;
b) 0,18;
c) 0,25;
d) 0,33;
e) 0,42.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

034. (FGV/TJ-BA/ANALISTA/2015) Em países mais pobres, a participação no orçamento de


gastos com bens mais básicos, como pães, é muito elevada, enquanto em países mais ricos,
essa participação é baixa. Em termos de elasticidade, a demanda por esses bens tende a ser:
a) mais elástica em relação ao preço nos países mais pobres em relação aos mais ricos;
b) mais elástica em relação ao preço nos países mais ricos em relação aos mais pobres;
c) menos elástica em relação ao preço no longo prazo tanto nos países mais ricos como nos
mais pobres;
d) elástica em relação à renda nos países mais pobres e mais ricos;
e) mais elástica em relação ao preço se há poucos bens substitutos em ambos os países.

035. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Em relação aos fatores que afetam a elasticidade-preço


da demanda, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A demanda será mais elástica quanto maior o horizonte temporal.
( ) Quanto mais competitivo o mercado, maior a elasticidade.
( ) Quanto mais necessário e essencial o bem, a demanda tende a ser mais elástica.
As afirmativas são, respectivamente,
a) A - V – V – V.
b) B - V – V – F.
c) C - V – F – V.
d) D - F – F – V.
e) E - F – V – F.

036. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Assinale a opção que indica o fator que torna a oferta
mais elástica.
a) Maior horizonte temporal de análise.
b) Limitação na oferta de terrenos.
c) Choque positivo na oferta de insumos produtivos.
d) Disponibilidade de substitutos próximos.
e) Bens menos necessários.

037. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Considere que as curvas de demanda e de oferta de um


determinado mercado são dadas pelas seguintes expressões, respectivamente:
Qd = 10 – 2P
Qs = 5 + 3P,
em que Qd é a quantidade demandada, Qs é a quantidade ofertada, e P é o nível de preço.
Considere duas situações: na situação A esse mercado está em equilíbrio; nesse caso, o preço
de equilíbrio é representado por P* e a quantidade de equilíbrio, por Q*.
Na situação B, esse mercado apresenta excesso de oferta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Assinale a opção correta em relação ao preço e quantidade de equilíbrio na situação A e o


intervalo em que o preço deve estar para ser válida a situação B.
a) Na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P < 1.
b) Na situação A, P* = 8 e Q* = 1; na situação B, P > 8.
c) Na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P > 1.
d) Na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P > 0.
e) Na situação A, P* = 8 e Q* = 1; na situação B, P < 8.
038. (FGV/EPE/ANALISTA/2022) A elasticidade-preço da demanda compara a variação
percentual na quantidade demandada com a variação percentual do preço, conforme apresentado
na curva da demanda a seguir.

A partir da observação da curva acima, é correto afirmar que


a) a curva não está correta uma vez que os percentuais de aumento de preço e queda de
consumo deveriam ser iguais.
b) essa curva de demanda pertence a algum tipo de bem que dá alternativas para os consumidores
e, quando seu preço aumenta, eles deixam de comprar.
c) a elasticidade-preço da demanda desse bem é de -0,1492.
d) a elasticidade-preço da demanda, exceto para os bens de Giffen, nem sempre é negativa,
pois preço e quantidade demanda andam na mesma direção.
e) a representação gráfica da procura do bem em relação à variação do preço, seria uma reta
vertical, paralela ao eixo das ordenadas (preço), representando um bem perfeitamente elástico.
039. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) Um comprador do departamento de uma empresa
de fretamento de ônibus se deparou com a seguinte variação de preço e demanda para um
determinado item:
Ponto A: Preço R$ 40,00 e demanda de 1.200 peças
Ponto B: Preço R$ 60,00 e demanda de 800 peças.
A elasticidade-preço da demanda, entre estes dois pontos, pelo método do ponto médio, é de
a) 0,05.
b) 1.
c) 0,5.
d) 5.
e) 4.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

040. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) O aluguel médio de imóveis situados no centro


de uma grande cidade caiu sensivelmente em certo período, causando significativo impacto
para a renda dos proprietários e trazendo preocupação para o orçamento da prefeitura. Esta,
buscando analisar a situação, empreendeu estudo específico. Considerando tudo o mais
constante, a possível razão para essa queda do preço médio dos aluguéis foi
a) a elevada redução da oferta de imóveis para locação, na região.
b) a mudança na preferência dos usuários, em face da degradação da região.
c) o generalizado aumento da renda no país.
d) a redução da oferta de imóveis para locação em outras regiões da cidade.
e) o aumento da demanda por mão de obra na cidade e no país.
041. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Considere que um determinado bem teve seu preço
elevado de duas unidades monetárias para três unidades monetárias.
A elasticidade-preço da demanda desse bem, apresentada em módulo, para a equação de
demanda QD = 150 − 25p, onde QD é a quantidade demandada e p o preço, é igual a
a) 0,5.
b) 0,75.
c) 1,00.
d) 1,25.
e) 6,00.
042. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) Conforme a teoria microeconômica, o conceito de elasticidade
define a sensibilidade de uma variável dependente a mudanças em variáveis que influenciam
o seu comportamento. No caso da demanda, variações no preço do bem e na renda do
consumidor afetam a quantidade demandada do produto no mercado sob análise. Sobre o
conceito da elasticidade, é correto afirmar que a
a) elasticidade-renda da demanda pode ser positiva, nula ou negativa, ao passo em que a
elasticidade-preço da demanda é sempre negativa (fora do módulo) devido à lei geral da demanda.
b) a demanda é sensível em relação ao preço quando a elasticidade − em módulo − é menor
que 1, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais do que a mudança no preço.
c) a demanda é perfeitamente elástica ao preço quando a elasticidade-preço da demanda é
igual a 0, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais do que o preço.
d) a demanda é perfeitamente inelástica à renda quando a elasticidade-renda da demanda
converge ao infinito.
e) a demanda é elástica ao preço quando a elasticidade − em módulo − é menor que 1, de forma
que a quantidade varia proporcionalmente menos do que o preço.
043. (FCC/TCE-CE/AUDITOR /2015) A demanda varia
a) com a quantidade demandada.
b) inversamente com o preço.
c) inversamente com o preço de bens substitutos.
d) diretamente com a população.
e) inversamente com o preço dos bens complementares.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

044. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) Um dos fatores que leva ao deslocamento a curva de


demanda são as preferências. Um aumento do gasto com propaganda e marketing tende a:
a) levar a firma a gastar mais sem efeito algum sobre o nível de vendas.
b) deslocar a curva de demanda para a esquerda, aumentando a demanda do bem.
c) deslocar a curva de demanda para a direita, aumentando a demanda do bem.
d) deslocar a curva de oferta e de demanda para a esquerda, reduzindo a demanda do bem.
e) deslocar a curva de oferta para a direita reduzindo a oferta do bem.

045. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) Uma queda em ambos – preço e quantidade – é devido


a) à queda da oferta, com a demanda constante.
b) ao aumento da oferta, com a demanda constante.
c) à queda da demanda, com a oferta constante.
d) ao aumento da demanda, com a oferta constante.
e) ao aumento da oferta e ao aumento da demanda.

046. (FCC/METRO-SP/ADVOGADO-JR./2014) A “demanda individual” pode ser definida como


a) a quantidade de dada mercadoria adquirida por um consumidor individual.
b) as despesas em bens e serviços de consumo, investimento, despesas governamentais e
exportações, em dado período.
c) a quantidade de determinada mercadoria que efetivamente se realiza no mercado.
d) a quantidade de um determinado bem ou serviço que se deseja consumir em certo período.
e) a realização do desejo de compra de um consumidor.

047. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) Considere as seguintes assertivas relativas à elasticidade


− preço da demanda:
I – A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o que significa que
a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.
II – A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1, o que significa
que a quantidade varia proporcionalmente menos que o preço.
III – Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, menor
será a elasticidade-preço da demanda.
IV – Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, maior
será a elasticidade-preço da demanda.
Está correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e IV, apenas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

048. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) Considere o gráfico a seguir:

A inclinação da curva de demanda é um dos elementos matemáticos que afetam a elasticidade-


preço de demanda, a qual expressa o quanto as compras respondem a mudanças de preços.
O resultado do cálculo da inclinação da Curva de Demanda D1, entre os pontos A e B, é:
a) −3/4
b) −1/3
c) −1/4
d) −2/3
e) −2/4
049. (FCC/ANALISTA DPE-RS/2013-ADAPTADA) A curva de demanda
a) individual possui inclinação descendente, enquanto a curva de demanda de mercado dela
derivada sempre apresenta inclinação ascendente.
b) de mercado de um dado bem resulta da agregação, para cada preço, das demandas dos
consumidores individuais.
c) individual está relacionada ao desejo dos consumidores em adquirir determinado bem, ao
passo que a demanda de mercado se refere à concretização da compra, o que se denomina
demanda efetiva.
d) de mercado é resultado da soma vertical das diversas curvas de demanda individual.
050. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) A cidade de São Paulo tem enfrentado
nos últimos anos os efeitos da crise hídrica e no último verão o produto água mineral, em
decorrência das altas temperaturas registradas no período, sofreu aumento de sua demanda
mesmo com a inflação dos preços superior àquela observada nos índices de preços ao
consumidor. Sendo um bem de consumo essencial, caso fosse desconsiderado o aumento
de demanda decorrente das altas temperaturas, ainda assim, independentemente dos preços
praticados, a curva de demanda
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

a) seria representada por uma linha reta vertical, paralela, portanto, ao eixo do preço.
b) seria representada por uma linha reta horizontal, paralela, portanto, ao eixo do preço.
c) seria representada por uma linha reta vertical, paralela, portanto, ao eixo da quantidade.
d) seria representada por uma linha reta horizontal, paralela, portanto, ao eixo da quantidade.
e) seria que a elasticidade, calculada no ponto médio, é sempre igual a 1.
051. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) Um determinado munícipe da cidade de
São Paulo, em uma condição controlada, ao perceber a redução de preços de um determinado
bem adquirido localmente, avaliasse, concomitantemente, que a sua renda, seus gostos e
preferências, os preços de outros relacionados e suas expectativas não se alteraram e, dessa
forma, decidisse por adquirir mais produtos desse bem que sofreu a redução de preços, pode-
se afirmar que
a) a curva de demanda desse produto será obtida pela soma vertical das quantidades das curvas
de demanda individuais a cada possível preço.
b) a oferta do bem em questão depende da renda, ceteris paribus.
c) a quantidade demandada desse bem depende de seu preço, ceteris paribus.
d) a curva de demanda deve-se inclinar positivamente e revelar a inversão do sentido do
comportamento entre preço e quantidade, desde que não sejam bens de Giffen ou Bens de Veblen.
e) sendo esse produto em questão um bem de Giffen ou um bem de Veblen a sua curva de
demanda terá obrigatoriamente uma inclinação negativa, demonstrando que quanto menor seja
o preço do bem, maior deverá ser a quantidade demandada dele.
052. (VUNESP/DESENVOLVE/ECONOMISTA/2014) A demanda por um medicamento de
uso contínuo e vital para a sobrevivência tem elasticidade:
a) próxima de zero.
b) unitária.
c) infinita.
d) maior do que um.
e) difícil de determinar
053. (VUNESP/TJ-SP/ANALISTA/2014) Se uma empresa opera em um mercado com demanda
elástica, pode-se afirmar:
a) a oferta também será elástica.
b) a oferta será inelástica.
c) uma diminuição do preço aumentará a receita da empresa.
d) o consumidor será insensível a mudanças no preço.
e) este pode ser o caso de um mercado de um bem de primeira necessidade.
054. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA/2012) Considerando a demanda por sal
e a demanda por carne, em relação à renda, pode-se afirmar que
a) a primeira é elástica e a segunda inelástica.
b) a primeira é inelástica e a segunda elástica.
c) ambas são elásticas.
d) ambas são inelásticas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

055. (IADES/APEX/ANALISTA/2018)

Dadas as curvas de oferta e demanda O1 e D1, ao preço P1, há excesso de demanda (QD > QO).
Suponha que houve aumento da demanda, deslocando a curva de demanda para D2. Acerca do
preço de equilíbrio (PE) em D1 e D2, assinale a alternativa correta.
a) PE(D2) > PE(D1) < P1
b) PE(D2) = PE(D1) > P1
c) PE(D2) > PE(D1) = P1
d) PE(D2) > PE(D1) > P1
e) PE(D2) < PE(D1) < P1
056. (IADES/APEX/ANALISTA/2018) As curvas de oferta e demanda do bem X são dadas,
respectivamente, por
Qo = - 5 + 2P
Qd1 = 10 - 3P
Suponha que a curva de demanda se altere para
Qd2 = 15 - 3P
Considerando o equilíbrio de mercado entre as curvas de oferta e demanda, assinale a
alternativa correta.
a) O preço de equilíbrio caiu de 4 para 3.
b) O preço de equilíbrio aumentou mais de 30%.
c) O preço de equilíbrio aumentou, e a quantidade de equilíbrio diminuiu.
d) A curva de oferta se deslocou para a direita.
e) A curva de demanda se deslocou para a esquerda.
057. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) Bens normais são aqueles cuja procura aumenta
com o aumento da renda, ou a procura diminui, quando o rendimento diminui. Se o produto
A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento da renda do consumidor,
provavelmente,
a) aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a quantidade demandada de B ficará
inalterada com essa flutuação.
b) aumentarão simultaneamente os preços de A e B.
c) reduzirá o consumo de B e incrementará o consumo de A.
d) o consumo dos dois bens aumentará, porém em proporções diferentes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

058. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) Se o aumento da demanda de um bem, em


função da redução do seu preço, ocasionar a diminuição da procura de outro bem, considera-
se que tais bens são
a) complementares.
b) substitutos.
c) de luxo.
d) supérfluos.
059. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) A curva de demanda mostra o efeito da
variação do preço na quantidade que os compradores desejam adquirir. Quando se desloca
para baixo, ao longo da curva, a quantidade demandada
a) diminui e o preço aumenta.
b) aumenta e o preço diminui.
c) diminui e o preço diminui.
d) aumenta e o preço aumenta.
060. (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/AUDITOR/2014) Considere dois bens, A e B, em um
determinado mercado. Suponha que a demanda por A é inelástica e que a demanda por B é
elástica. Logo, é correto afirmar:
a) ( ) Uma das características do bem B é possuir um grande número de bens substitutos.
b) ( ) Uma redução de 10% no preço de A e no preço de B resulta um aumento percentual na
quantidade demandada maior em A do que em B.
c) ( ) Um mesmo choque contracionista de oferta gera uma elevação de preços maior em B
do que em A.
d) ( ) Os empresários que produzem o bem A têm maiores receitas do que os empresários que
produzem o bem B quando ambos adotam estratégias de redução de preços.
e) ( ) Exemplos de bens que apresentam as carac­terísticas de B são o sal, o pão francês e
a gasolina.
061. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) Os bens que os consumidores consideram de
extrema necessidade têm demanda inelástica. Por outro lado, os bens considerados de luxo
têm demanda mais elástica.
Neste sentido, pode-se afirmar que, quanto mais um bem tem substitutos,
a) menos elástica é sua demanda.
b) mais elástica é sua demanda.
c) maior a rigidez de sua demanda.
d) mais inelástica é sua demanda.
062. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA/2012) Na teoria econômica, a curva de
demanda tem inclinação negativa porque representa o comportamento
a) dos produtores em relação aos preços.
b) do governo em relação aos preços.
c) dos exportadores em relação aos preços.
d) dos consumidores em relação aos preços.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

063. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) A relação entre a quantidade demandada do bem i (qi )


e a renda dos consumidores (R ) pode ser expressa pela demanda do tipo qi = f(R ), em que as
preferências dos consumidores, os preços do próprio bem i, dos seus bens complementares
e dos seus substitutos são mantidos constantes. Nesse contexto, um aumento na renda que
leve à queda na demanda do bem i ocorrerá
a) devido ao efeito substituição.
b) devido à elasticidade-preço da oferta.
c) devido à elasticidade-preço da demanda.
d) se i for um bem inferior.
e) se i for um bem normal.
064. (CESPE/FUB/ECONOMISTA/2018) Em relação ao conceito de custo de oportunidade
e o papel dos preços nos mercados, julgue o item seguinte.
Em um mercado de aluguel de casas, haverá excesso de oferta de casas disponíveis para aluguel
quando o preço praticado no mercado estiver acima do preço de equilíbrio de mercado.
065. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Considerando a demanda do consumidor e a
classificação dos bens, julgue o item.
Os bens de Giffen possuem elasticidade-preço negativa.
066. (FCC/PGE-MT/ANALISTA/2016) De acordo com a lei da demanda,
a) existe uma relação positiva entre quantidade demanda e preço.
b) quando o preço sobe, a demanda irá se deslocar para a esquerda.
c) existe uma relação negativa entre quantidade demandada e preço.
d) quando o preço sobe, a demanda irá se deslocar para a direita.
e) quando o preço sobe, os consumidores irão deslocar suas compras para bens complementares.
067. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) Considere a elasticidade-preço da demanda e da oferta de
um bem qualquer e as formas de incidência tributária na economia de um país:
I – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do que sobre
os consumidores.
II – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores do que sobre
os produtores.
III – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores do que sobre
os produtores.
IV – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do que sobre
os consumidores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I e IV.
068. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) A quantidade ofertada aumenta com o aumento de
preços porque
a) os produtores passam a considerar mais lucrativo produzir o bem.
b) os consumidores saem do mercado e assim compradores encontram um excesso de oferta.
c) quando a demanda aumenta com um preço alto surge um excedente.
d) a demanda sobe quando a oferta aumenta.
e) este aumento de preço reduz o custo marginal.
069. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Considere que a figura abaixo ilustre a demanda por
diet pepsi, para um consumidor que é indiferente em relação a diet coke.

Com uma queda no preço da diet coke, a demanda por diet pepsi:
a) mudará de D1 para D2.
b) mudará de D2 para D1.
c) mudará de D2 para D3.
d) mudará de D1 para D3.
e) não sofrerá alteração.
070. (INÉDITA/2021) Marque a alternativa correta acerca da curva de demanda:
a) Quando a curva de demanda se desloca para a direita, a curva de oferta também se desloca
para a direita.
b) A mudança na demanda é equivalente a um movimento ao longo da curva de demanda.
c) O aumento do preço dos carros levará a uma queda na demanda por motocicleta.
d) Quando o preço cai, a quantidade demandada também cai.
e) A mudança no preço das bicicletas não levará a um deslocamento da curva de demanda por
bicicletas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

071. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) O site Folha de S. Paulo publicou, no dia 08 de


outubro de 2021, notícia intitulada “Carnes, combustíveis e passagens aéreas disparam na
pandemia; veja a alta de preços”, cujo trecho é reproduzido a seguir:
“Carnes, alimentos diversos, combustíveis e passagens aéreas. Esses são alguns exemplos de
itens que ilustram a disparada de preços sentida pelos brasileiros durante a pandemia de covid-19.
O cenário é retratado por um levantamento do economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), a pedido da Folha.
Para analisar a escalada da inflação, o pesquisador utilizou resultados do IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) verificados ao longo da crise sanitária, entre fevereiro de 2020 e setembro de 2021.
A pesquisa, realizada pelo FGV Ibre, contempla sete capitais: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. De fevereiro de 2020 a setembro de 2021, o IPC
teve variação de 11,59% em termos gerais.
No recorte por grupos, chama atenção o aumento maior e disseminado por alimentos
frequentemente usados em churrascos e festas.
Carnes bovinas (35,31%), frango em pedaços (32,62%), frango inteiro (28,21%) e carnes suínas
(25,26%), por exemplo, dispararam (...)”
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/10/carnes-combustiveis-e-passagem-aerea-disparam-
-na-pandemia-veja-a-alta-de-precos.shtml)

Dentre as possíveis causas para a disparada de preços dos diferentes tipos de carnes e frango,
não é possível mencionar
a) aumento da demanda internacional por esse tipo de alimento.
b) aumento do custo de commodities que são utilizadas como insumos na criação de animais.
c) desestruturação da cadeia produtiva causada pela pandemia.
d) aumento do desemprego, que reduziu o poder de barganha dos trabalhadores do setor.
e) aumento das exportações de carne pelo país.
072. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Assuma uma economia de dois bens (x1 e x2). Se
x1 é bem inferior, então necessariamente x2 é bem
a) normal.
b) inferior.
c) complementar a x1.
d) substituto a x1.
e) de luxo.
073. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Considere a demanda linear q = a – bp, em que q
é a quantidade demandada, p é o preço e a e b são parâmetros da equação.
Quando q > a/2 e p > 0, então a demanda
a) é perfeitamente elástica.
b) é elástica.
c) não é elástica nem inelástica.
d) é inelástica.
e) é perfeitamente inelástica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

074. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) A elasticidade-preço de uma demanda linear é


a) constante.
b) positiva e depende de seus parâmetros.
c) é maior do que um quando a quantidade demandada é próxima de zero.
d) é menor do que um quando a quantidade demandada é próxima de zero.
e) é zero quando a quantidade demanda é nula.
075. (FGV/SEMSA-MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Segundo o estudo “Elasticidade da
demanda por gasolina no brasil e o uso da tecnologia flex fuel no período 2001-2012”,
apresentado no 42º Encontro Nacional de Economia (ANPEC) em 2014, a elasticidade-preço
da gasolina passou de -0,581 no período 2001-2005 para -1,264 no período 2005-2012.
(Fonte: https://www.anpec.org.br/encontro/2014/submissao/files_I/i8-acfa1a7b20d29026ee0ee9ec9b04e17f.
pdf)

Do ponto de vista da teoria microeconômica, um dos possíveis motivos para essa mudança na
elasticidade-preço da gasolina não decorre
a) da maior possibilidade de uso do etanol como substituto da gasolina.
b) da redução da participação da despesa da gasolina no orçamento da família.
c) do maior investimento da indústria e do governo em fontes renováveis de energia.
d) da razão do preço do etanol em relação ao da gasolina ter caído ao longo do tempo.
e) do aumento de subsídios do governo para produção de automóveis movidos à gasolina.
076. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) Suponha que em uma economia existam
apenas dois bens. Se um dos bens é inferior, então o outro bem será, necessariamente,
a) inferior.
b) de luxo.
c) essencial.
d) de Giffen.
e) normal.
077. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) A tabela abaixo mostra as elasticidade-
preço de alimentos por faixas de renda.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Com relação à tabela acima, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e
(F) para a falsa.
( ) Nenhum alimento pode ser considerado bem de Giffen.
( ) Carnes bovina e suína são mais essenciais do que frango e ovos.
( ) O sinal negativo das elasticidades indica que todos os alimentos são bens inferiores.
( ) A população de renda baixa são menos sensíveis às mudanças de preços de massas e
panificados do que do leite e iogurtes.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – V – V – V.
b) V – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) F – F – F – F.
078. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Considere o mercado de venda de imóveis, no qual
a oferta é fixa no curto prazo e a demanda é negativamente inclinada. Assinale a opção que
apresenta a estática comparativa que melhor se aplica a essa situação.
a) Um aumento no preço sem alteração na demanda eleva a quantidade de imóveis disponíveis
para venda.
b) A elasticidade-preço da oferta varia com o equilíbrio de mercado.
c) Se as curvas de oferta e demanda se deslocarem no mesmo sentido e em magnitudes iguais,
o preço de equilíbrio não se altera.
d) A elasticidade-preço da demanda depende da elasticidade-preço da oferta.
e) Se o preço de equilibro é p, então o excesso de oferta e demanda serão iguais se o preço
praticado for p+1 e p-1, respectivamente.
079. (CETAP/CM-ANANIDEUA/TÉCNICO/2012) Quando se presta atendimento ao público,
uma das estratégias adotadas para obter equilíbrio entre oferta e demanda baseia-se na
redução da demanda em períodos de pico. Para isto, é importante que a organização:
I – comunique-se com os usuários dos serviços, informando-os e alertando-os sobre os
horários de pico;
II – ofereça incentivos para utilização dos serviços em horários fora do pico;
III – ofereça opções alternativas de local, além de novas modalidades de acesso ao serviço.
Está(ão) CORRETO(S):
a) apenas o item I.
b) apenas o item II.
c) apenas o item III.
d) apenas os itens II e III.
e) os itens I, II e III.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

GABARITO

1. E 36. a 71. d
2. E 37. c 72. a
3. E 38. c 73. d
4. E 39. b 74. c
5. C 40. b 75. e
6. E 41. a 76. e
7. E 42. a 77. c
8. C 43. b 78. c
9. C 44. c 79. e
10. E 45. c
11. E 46. d
12. C 47. b
13. C 48. c
14. C 49. b
15. C 50. a
16. C 51. c
17. E 52. a
18. e 53. c
19. E 54. b
20. C 55. d
21. C 56. b
22. E 57. c
23. d 58. b
24. d 59. b
25. a 60. a
26. d 61. b
27. c 62. d
28. b 63. d
29. c 64. C
30. b 65. E
31. d 66. c
32. e 67. d
33. b 68. a
34. a 69. b
35. b 70. e

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

GABARITO COMENTADO
018. (QUADRIX/TERRACAP/ECONOMISTA/2017) De acordo com a teoria da demanda ou
procura, assinale a alternativa correta.
a) Existe uma relação direta entre o preço do bem, i (Pi), e a quantidade demandada desse bem,
i (Qdi), ceteris paribus.
b) Na teoria da demanda ou procura, ao diminuir o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), também diminui, ceteris paribus.
c) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), aumenta, ceteris paribus.
d) Na teoria da demanda ou procura, a relação é inversa devido aos chamados efeitos de
substituição e renda, que não agem conjuntamente.
e) Na teoria da demanda ou procura, ao aumentar o preço do bem, i (Pi), a quantidade demandada
desse bem, i (Qdi), diminui, ceteris paribus.

A única correta é a letra e. De acordo com a teoria da demanda, para a maioria dos bens e
serviços, existe uma relação negativa/inversa entre quantidade demandada e preço.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errado. Na verdade, a relação é inversa e não direta.
b) Errado. Na verdade, quando o preço diminui, a quantidade demandada aumenta.
c) Errado. Na verdade, quando o preço aumenta, a quantidade demandada diminui.
d) Errado. Na verdade, os efeitos substituição e renda agem conjuntamente, seja em sentido
contrário ou se reforçando.
Letra e.

019. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013-ADAPTADA) A macroeconomia estuda a economia


de forma agregada. Propõe soluções para melhorar crescimento, variações de preços e
emprego. Analise a afirmação a seguir.
De maneira geral, modelos que pressupõem preços flexíveis buscam descrever a economia no
curto prazo. Os que pressupõem preços rígidos descrevem a economia no longo prazo.

Na verdade, é o oposto do que diz a assertiva. Note que os fatores que levam à rigidez de preços
e salários tendem a perder força no longo prazo. Veja o caso, por exemplo, daqueles contratos de
trabalho e de prestação de serviços cujo valor tem vigência anual e são reajustados anualmente
por determinado índice de inflação definido nos respectivos contratos.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

020. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos


microeconômicos, julgue:
Pode-se considerar que a Teoria dos Preços considera como se formam os preços no mercado,
considerando a interação produtor e consumidor.

A microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda (procura) na formação


do preço. Em outras palavras, a microeconomia, também chamada de teoria dos preços,
fundamentalmente analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresas (firmas,
vendedores ou produtores) e o consumidores interagem no mercado e seus reflexos nos preços
e quantidades de determinado produto ou serviço.
Certo.

021. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos


microeconômicos, julgue:
Pode-se considerar que a Lei Geral da Oferta correlaciona diretamente a quantidade ofertada,
por exemplo, de um produto, e o nível de preços.

A relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto eles


estão dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente da dos compradores, frente aos preços altos. Se os
preços elevados, por um lado, desestimulam os consumidores, por outro, estimulam os vendedores
a produzirem e venderem mais. Portanto, quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada.
Assim, a quantidade ofertada sofre alterações somente quando é alterado o preço do produto
que está sendo estudado. Note que, nesse caso, estamos avaliando o efeito isolado de alteração
apenas de uma variável, usando-se a hipótese do ceteris paribus (todas as demais variáveis
permanecendo constantes).
Certo.

022. (QUADRIX/COREN/ADMINISTRADOR/2014-ADAPTADA) Quanto aos estudos


microeconômicos, julgue:
O princípio ceteris paribus considera que as empresas sempre buscam a maximização do lucro.

Ceteris Paribus é uma expressão em latim que significa “tudo o mais constante”. Assim, quando
falarmos em ceteris paribus, significa que todas as outras variáveis permanecem inalteradas”.
A condição ceteris paribus é usada na economia para fazer uma análise de mercado da influência
de um fator sobre outro, sem que as demais variáveis sofram alterações. Em suma, apenas uma
variável pode ser alterada de cada vez.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

023. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013) O gráfico a seguir é um esboço do equilíbrio


de um mercado específico em relação a preço e quantidade. As duas linhas representam a
oferta (S) e a demanda (D).

Analise as afirmações abaixo.


I – Assim como ocorre na economia real, o gráfico estima que a quantidade demandada depende
apenas do preço.
II – A curva de oferta é, usualmente, ascendente, ou seja, quando os preços sobem, há mais
estímulos para o aumento da produção.
III – Um aumento da renda terá como resposta esperada o deslocamento da curva de demanda
para a direita.
Pode-se afirmar que:
a) todas estão corretas.
b) apenas uma está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) todas estão incorretas.

Vamos avaliar os itens.


I – Falso. Na verdade, o gráfico demonstra a quantidade demandada (e ofertada) para cada
preço aplicado, mas não podemos dizer que a demanda depende apenas do preço.
II – Verdadeiro. Quanto maior o preço de um bem ou serviço, maior será o interesse em ofertá-
lo no mercado.
III – Verdadeiro. Basicamente, o aumento da renda eleva o poder de compra dos consumidores
e, por tabela, aumenta a demanda.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 77 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

024. (QUADRIX/ABDI/ESPECIALISTA/2013) Suponha que a curva de demanda por carros


populares flex no Brasil seja, em mil unidades, determinada por:
Qd = 1.350 - 6P + 3R, sendo P o preço (em R$ mil) e R a renda média semanal do brasileiro de
classe média com idade entre 25 e 40 anos. Já a oferta obedeceria, também em mil unidades,
à equação Q0 = 2.500 + 4P. Considerando o R de R$ 500,00.
Analise as afirmações abaixo.
I – O preço de equilíbrio é de R$ 36 mil.
II – O mercado entra em equilíbrio (oferta x demanda) com produção de 2.640.000 unidades.
III – Considerando o preço de equilíbrio pelas equações do enunciado, se a renda (R) subisse
para R$ 678, a demanda por esses carros se elevaria para mais de 3 milhões de unidades.
Pode-se afirmar que:
a) todas estão corretas.
b) apenas uma está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) todas estão incorretas.

Vamos avaliar os itens.


I – Falso. Vamos calcular o preço de equilíbrio P igualando quantidade ofertada e quantidade
demandada:
Q0 = Qd
2.500 + 4P = 1.350 − 6P +3R
2.500 + 4P =1.350− 6P + 3×500
2.500 + 4P = 1.350 − 6P + 1.500
10P = 350
P = 35
II – Verdadeiro. Calculamos a quantidade de equilíbrio substituindo o preço em uma das equações:
Q0 = 2.500 + 4P
Q0 = 2.500 + 4×35
Q0 = 2.500 + 140
Q0 = 2.640
Considerando a medida em 1.000 unidades, a quantidade de equilíbrio é 2.640.000.
III – Verdadeiro. Vamos substituir o preço de equilíbrio na curva de demanda com a renda
por R$ 678:
Qd = 1.350 −6P + 3R
Qd = 1.350 −6×35 +3×678
Qd = 1.350 −210 + 2.034
Qd = 3.174
Calculamos a demanda em 3.174.000 unidades, ou seja, maior que 3 milhões de unidades.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 78 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

025. (QUADRIX/CRP1-DF/ANALISTA/2012) A demanda por um produto ou serviço depende


de seu preço, da renda dos consumidores, bem como do preço de outros produtos e serviços.
O gráfico a seguir demonstra a relação ‘’preço x quantidade demandada’’ de dois produtos: A,
de linha mais escura; e B, de linha mais clara. Analise as afirmações a seguir.

I – A elasticidade de preço da demanda é geralmente um número negativo. Significa que, quando


o preço de uma mercadoria aumenta, a quantidade demandada em geral cai.
II – Pelo gráfico, a demanda do produto A é mais elástica que a do produto B.
III – Se a curva do produto A fosse totalmente horizontal, a demanda seria infinitamente elástica.
Assinale a alternativa correta.
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Apenas uma afirmação está correta.
c) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
d) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
e) Todas as afirmações estão incorretas.

Vamos verificar as alternativas.


I – Verdadeiro. Vamos usar um exemplo para ilustrar melhor a importância de se conhecer a
elasticidade pelo lado do consumidor. O raciocínio básico aqui é que se os preços das geladeiras
aumentam, a quantidade demandada cairá, ou seja, temos uma relação inversa, que é representada
por um número negativo.
II – Verdadeiro. A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de
certas mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.
Podemos ver no gráfico que o produto A é mais sensível à variação dos preços.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 79 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

III – Verdadeiro. Confira os gráficos abaixo para cada tipo de elasticidade da demanda:

Letra a.

026. (FGV/BANESTES/ANALISTA/2018) Certa firma fez uma análise de mercado para


identificar a demanda por produtos de sua marca e constatou que, quando o preço de outra
marca sobe, a demanda por seus produtos diminui; e quando a renda dos consumidores
aumenta em alguma proporção, a demanda por seus produtos aumenta em uma proporção
maior. É correto concluir que os bens dessa firma são:
a) substitutos aos da outra marca e classificados como bens inferiores;
b) substitutos aos da outra marca e classificados como bens de luxo;
c) complementares aos da outra marca e classificados como bens inferiores;
d) complementares aos da outra marca e classificados como bens de luxo;
e) classificados como bens de Giffen.

Vamos avaliar a duas situações apresentadas na questão de forma separada.


Em relação à elasticidade-preço cruzada da demanda, por meio da qual classificamos um bem
em substituto ou complementar, o enunciado informa que “quando o preço de outra marca sobe,
a demanda por seus produtos diminui”. Perceba que estamos falando de um bem complementar,
pois se o preço do bem X aumenta e a demanda por Y diminui, é porque a redução da demanda
por X também gerou uma redução da demanda por Y. Em suma, os bens complementaras
tendem a ser consumidos conjuntamente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 80 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Em relação ao segundo aspecto a ser analisado na questão, temos que “quando a renda dos
consumidores aumenta em alguma proporção, a demanda por seus produtos aumenta em uma
proporção maior”. Note que estamos tratando da elasticidade-renda da demanda, por meio da
qual classificamos os bens em inferiores ou normais. Perceba que o bem em tela é normal, já
que a demanda variou na mesma direção da renda. Lembre-se de que os bens normais podem
ser subdivididos em bens essenciais ou superiores ou de luxo. Aqui temos um bem de luxo, já
que a demanda variou mais do que proporcionalmente à renda.
Letra d.

027. (FGV/SEPOG-RO/EPPGG/2017) O pão serve de insumo para a venda de diversos tipos


de lanche. Suponha que o preço do pão se eleve. No caso de um lanche que necessite de
pão para sua montagem, o que acontece com a oferta, a demanda e o preço desse lanche?
a) A demanda se retrai e o preço cai.
b) A demanda e oferta se expandem com efeito ambíguo sobre o preço.
c) A oferta se reduz com o aumento do preço.
d) A oferta se expande com a queda do preço.
e) A oferta e demanda se reduzem com efeito ambíguo sobre o preço.

Note que o enunciado da questão não apresenta informações acerca da demanda e do


comportamento ou da capacidade dos consumidores. Assim, analisando que o preço de um
insumo aumentou, podemos concluir que os custos de produção dos lanches aumentaram.
Em condições normais, quando os custos de produção aumentam, temos por consequência
natural uma redução da capacidade de ofertar, ou seja, a curva de oferta é deslocada para cima
e para a esquerda.
Nessa toada, considerando (ceteris paribus) uma demanda inalterada, uma contração da oferta
faz com que a quantidade de equilíbrio diminua e o preço aumente.
Letra c.

028. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017) Carolina é estudante do curso de arquitetura da Universidade


Madgab. Como hoje é sua formatura, sabe-se que amanhã ela perderá o direito de pagar
metade do valor da entrada das sessões de cinema. Se sua elasticidade-preço da demanda
por cinema é igual a -0,15, a demanda de Carolina por cinema a partir de amanhã:
a) terá uma queda de 30%;
b) terá uma queda de 15%;
c) não sofrerá alteração;
d) terá um aumento de 15%;
e) terá um aumento de 30%.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 81 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Note que se a elasticidade-preço da demanda é -0,15, se o preço do ingresso no cinema subir


1%, a demanda de Ana cairá 0,15%.
Assim, se a partir de amanhã ela perder o direito de pagar a metade, o preço dobrará para ela,
ou seja, ela terá um aumento de 100%.
Nessa linha de raciocínio, como a elasticidade-preço da demanda é -0,15, o fato de o preço
aumentar 100% fará com que a demanda de Carolina por ingresso do cinema diminua 15%.
Letra b.

029. (FGV/PREF-SALVADOR/TÉCNICO-NÍVEL-SUPERIOR/2017) No século XIX, na Irlanda,


uma crise alimentar elevou o preço da batata provocando um aumento de sua demanda. Isso
decorreu do fato desse bem ser a base da alimentação da população e, em consequência,
o aumento de preço obrigou as pessoas a reduzirem seu orçamento com os demais bens.
Assim a batata é um exemplo de bem
a) normal, pois a demanda varia positivamente com a renda.
b) comum, pois a elasticidade preço da demanda é maior do que a unidade em termos absolutos.
c) muito inferior, pois a elasticidade preço da demanda é positiva.
d) inferior, mas não de Giffen.
e) substituto, por ser um bem necessário.

Normalmente, a demanda pelos bens inferiores aumenta quando o preço diminui (e vice-versa), já
que o efeito-preço positivo é maior do que o efeito-renda negativo. Entretanto, essa regra não se
aplica a bens muito inferiores (bens de Giffen), que constituem uma exceção à Lei da Demanda.
Esses bens não obedecem à Lei da Demanda, já que o consumo deste aumenta quando o seu
preço sobe. Em outras palavras, a elasticidade-preço desses bens é positiva.
Letra c.

030. (FGV/ TCM-SP/AGENTE FISCAL/2015) Suponha que o mercado de chocolate do país


Abust se encontre em equilíbrio E0 = (Q0 , P0) ilustrado no gráfico abaixo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 82 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Considere, agora, que haja um choque no mercado de açúcar (insumo para a fabricação das
barras de chocolate) que eleve seus preços.
O novo equilíbrio E1 = (Q1, P1) no mercado de chocolates será dado por:
a) Q1 > Q0 e P1 > P0;
b) Q1 < Q0 e P1 > P0;
c) Q1 < Q0 e P1 < P0;
d) Q1 > Q0 e P1 < P0;
e) Q1 = Q0 e P1 = P0.

Aqui temos um aumento de preço de um insumo reduzindo a produção.


O choque de custos oriundo do aumento do preço do açúcar gera uma diminuição na oferta de
chocolates, deslocando a curva de oferta para a esquerda até o atingimento de um novo equilíbrio.
A alternativa que representa a situação exposta é a b, pois ocorre aumento de preço e redução
de quantidade.
Letra b.

031. (FGV/ TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Na década de 1960, o governo dos Estados


Unidos passou a regular o preço do gás natural. Suponha que, naquele período, as curvas
de demanda e de oferta do gás natural no país fossem dadas, respectivamente, por QD(P) =
14,8 – 1,6P e QS(P) = 2,8 + 0,4P, medidas em mil pés cúbicos de gás natural.
Caso a regulação adotada por parte do governo dos Estados Unidos fosse um controle de
preço que estipulasse um preço máximo por mil pés cúbicos de gás natural dado por PMAX =
3 unidades monetárias, então o mercado de gás natural seria caracterizado por um excesso de:
a) oferta de 5 mil pés cúbicos de gás natural;
b) demanda de 5 mil pés cúbicos de gás natural;
c) oferta de 6 mil pés cúbicos de gás natural;
d) demanda de 6 mil pés cúbicos de gás natural;
e) oferta de 7 mil pés cúbicos de gás natural.

Vamos, de início, encontrar o preço e a quantidade de equilíbrio (oferta = demanda) antes da


intervenção do governo, partindo das equações dadas, beleza?
2,8 + 0,4p = 14,8 - 1,6p
2p = 12
P=6
Assim, sem a interferência do governo, o preço de equilíbrio era 6.
Mas o governo “entrou na jogada e embolou o meio-campo”!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 83 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Agora, com preço máximo de 3, certamente teremos excesso de demanda.


Já vemos, portanto, que só nos restam as alternativas b e d!
Vamos calcular qual é esse excesso de demanda, usando o preço de 3 nas equações.
Oferta = 2,8 + 0,4 p = 2,8 + 0,4 x 3 = 2,8 + 1,2 = 4
Demanda = 14,8 – 1,6p = 14,8 – 1,6 x 3 = 14,8 – 4,8 = 10
Após a interferência do governo com a mudança do preço para 3, a Oferta ficou inferior à
demanda em 6 (10 -4)!
Letra d.

032. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Em relação à teoria do consumidor, à elasticidade-


preço e à elasticidade-renda, analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s)
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( ) A elasticidade-preço da demanda é definida como a variação percentual na quantidade
dividida pela variação percentual no preço, ou seja, mede como a quantidade demandada muda
com uma variação no preço.
( ) Se um bem tiver elasticidade-preço da demanda menor do que 1(um) em valor absoluto,
dizemos que ele tem uma demanda elástica.
( ) A elasticidade-renda da demanda descreve como a quantidade demandada reage a
variações na renda.
( ) Um bem é dito normal quando o aumento da renda provoca uma redução da sua quantidade
demandada.
A sequência correta é:
a) F, F, V e V;
b) V, V, F e F;
c) V, F, F e V;
d) V, F, V e V;
e) V, F, V e F.

Vamos julgar e analisar cada uma das assertivas.


A primeira é verdadeira. Essa é uma das maneiras de definir a elasticidade-preço da demanda.
Já a segunda, é falsa! Houve uma inversão, pois a assertiva deu a característica da demanda
inelástica. Para a demanda ser elástica, sua elasticidade-preço em “módulo” é maior que 1.
A terceira é verdadeira. Bela definição para elasticidade-renda da demanda.
A quarta é falsa. Falou ao contrário! São os bens inferiores (lembre-se da carne de 3ª) aqueles
cuja demanda cai quando a renda melhora. Para o bem normal, melhorou a renda o consumo
aumenta (filé).
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 84 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

033. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Suponha, hipoteticamente, que a curva de


demanda por trigo na Alemanha seja dada por QD(P) = 2400 – 120P, enquanto a curva de
oferta é dada por QS(P) = 1800 + 80P.
O valor em módulo da elasticidade-preço da demanda em equilíbrio nesse mercado é de
aproximadamente:
a) 0,10;
b) 0,18;
c) 0,25;
d) 0,33;
e) 0,42.

A questão quer saber a elasticidade-preço no ponto de equilíbrio do mercado, ou seja, quando


oferta e demanda são iguais.
Então vamos começar igualando as funções.
1800 + 80p = 2400 – 120p
200p = 600
P=3
Beleza! Já sabemos o preço de equilíbrio.
Agora vamos calcular a quantidade usando qualquer uma das 2 equações.
Q = 1800 + 80p = 1800 + 80 x 3 = 2040
Pronto!
Já sabemos a quantidade de equilíbrio!

Mas o que isso significa?

Vamos interpretar essas informações:


O mercado está em equilíbrio quando o preço é 3 e a quantidade comercializada é 2040.
A elasticidade-preço da demanda, como nós estudamos, é a variação percentual na quantidade
demandada dada uma variação percentual do preço.
Vamos calcular então a elasticidade-preço da demanda, substituindo:
Elasticidade = 3 / 2040 x (-120)
Elasticidade = 0,1765 = 0,18
Letra b.

034. (FGV/TJ-BA/ANALISTA/2015) Em países mais pobres, a participação no orçamento de


gastos com bens mais básicos, como pães, é muito elevada, enquanto em países mais ricos,
essa participação é baixa. Em termos de elasticidade, a demanda por esses bens tende a ser:
a) mais elástica em relação ao preço nos países mais pobres em relação aos mais ricos;
b) mais elástica em relação ao preço nos países mais ricos em relação aos mais pobres;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 85 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

c) menos elástica em relação ao preço no longo prazo tanto nos países mais ricos como nos
mais pobres;
d) elástica em relação à renda nos países mais pobres e mais ricos;
e) mais elástica em relação ao preço se há poucos bens substitutos em ambos os países.

Note que, quanto mais pobre um país, mais elástica tende a ser a demanda de sua população em
relação aos bens básicos, como os gêneros alimentícios de primeira necessidade, como o feijão.
Assim, em um país pobre, uma pequena redução no preço, por exemplo, do feijão, tende a
aumentar a demanda pelo feijão em maior proporção.
Em contraste, uma diferença no preço do feijão em um país rico não tende a alterar tanto assim
a quantidade demandada.
Letra a.

035. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Em relação aos fatores que afetam a elasticidade-preço


da demanda, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A demanda será mais elástica quanto maior o horizonte temporal.
( ) Quanto mais competitivo o mercado, maior a elasticidade.
( ) Quanto mais necessário e essencial o bem, a demanda tende a ser mais elástica.
As afirmativas são, respectivamente,
a) A - V – V – V.
b) B - V – V – F.
c) C - V – F – V.
d) D - F – F – V.
e) E - F – V – F.

Vamos avaliar os itens.


I – Verdadeiro. As pessoas e firmas vão se ajustando ao longo tempo.
II – Verdadeiro. Isso acontece pelo fato de termos mais bens substitutos.
III – Falso. Na verdade, é o contrário. Quanto mais essencial um bem, mais inelástica a sua
demanda. Lembre-se do sal.
Letra b.

036. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Assinale a opção que indica o fator que torna a oferta
mais elástica.
a) Maior horizonte temporal de análise.
b) Limitação na oferta de terrenos.
c) Choque positivo na oferta de insumos produtivos.
d) Disponibilidade de substitutos próximos.
e) Bens menos necessários.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 86 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

As pessoas e firmas vão se ajustando ao longo tempo.


No que diz respeito à demanda, Mankiw nos traz o exemplo do aumento do preço de gasolina,
situação em que inicialmente a quantidade demandada diminui pouco, mas com o passar do
tempo, as pessoas usarão mais transporte público, moram mais próximo do trabalho, compram
carros mais econômicos e a demanda por gasolina fica mais elástica.
Em relação à oferta, nas palavras de Mankiw:

na maioria dos mercados, um determinante-chave da elasticidade-preço da oferta é o período que


está sendo considerado. A oferta é geralmente mais elástica no longo prazo do que no curto. No
curto prazo, as empresas não podem mudar facilmente o tamanho de suas plantas para produzir
uma quantidade maior ou menor. No longo prazo, as empresas podem construir ou fechar fábricas.
Além disso, novas empresas podem entrar e sair. Assim, no longo prazo, a quantidade ofertada
pode reagir de maneira substancial a mudanças no preço.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


b) Errado. Na verdade, gera deslocamento da curva de oferta, mas não alteração de sua inclinação
(sensibilidade).
c) Errado. Gera deslocamento da curva de oferta, mas não alteração de sua inclinação
(sensibilidade).
d) Errado. Afeta a demanda.
e) Errado. Na verdade, afeta a demanda.
Letra a.

037. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Considere que as curvas de demanda e de oferta de um


determinado mercado são dadas pelas seguintes expressões, respectivamente:
Qd = 10 – 2P
Qs = 5 + 3P,
em que Qd é a quantidade demandada, Qs é a quantidade ofertada, e P é o nível de preço.
Considere duas situações: na situação A esse mercado está em equilíbrio; nesse caso, o preço
de equilíbrio é representado por P* e a quantidade de equilíbrio, por Q*.
Na situação B, esse mercado apresenta excesso de oferta.
Assinale a opção correta em relação ao preço e quantidade de equilíbrio na situação A e o
intervalo em que o preço deve estar para ser válida a situação B.
a) Na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P < 1.
b) Na situação A, P* = 8 e Q* = 1; na situação B, P > 8.
c) Na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P > 1.
d) Na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P > 0.
e) Na situação A, P* = 8 e Q* = 1; na situação B, P < 8.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 87 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Vamos calcular preço e quantidade de equilíbrio. Para isso, basta igualar a equação da demanda
com a da oferta.
Vamos começar pelo cálculo do preço de equilíbrio:
Qd = 10 – 2P
Qs = 5 + 3P
10 - 2P = 5 + 3P
5=5P
P =1
Agora vamos à quantidade:
Qd = 10 – 2P
Qd = 10 – 2*1
Qd = 8
Temos que na situação A em equilíbrio:
P* = 1
Q* = 8
Na situação B, a questão diz que há uma situação de excesso de oferta e pede qual seria o valor
de P nessa situação. Confira no gráfico de excesso de oferta:

Note, portanto, que na situação B, diante de um excesso de oferta, estaremos em uma faixa
onde o preço é maior que 1. Assim, na situação A, P* = 1 e Q* = 8; na situação B, P > 1.
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 88 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

038. (FGV/EPE/ANALISTA/2022) A elasticidade-preço da demanda compara a variação


percentual na quantidade demandada com a variação percentual do preço, conforme apresentado
na curva da demanda a seguir.

A partir da observação da curva acima, é correto afirmar que


a) a curva não está correta uma vez que os percentuais de aumento de preço e queda de
consumo deveriam ser iguais.
b) essa curva de demanda pertence a algum tipo de bem que dá alternativas para os consumidores
e, quando seu preço aumenta, eles deixam de comprar.
c) a elasticidade-preço da demanda desse bem é de -0,1492.
d) a elasticidade-preço da demanda, exceto para os bens de Giffen, nem sempre é negativa,
pois preço e quantidade demanda andam na mesma direção.
e) a representação gráfica da procura do bem em relação à variação do preço, seria uma reta
vertical, paralela ao eixo das ordenadas (preço), representando um bem perfeitamente elástico.

Note que o preço subiu de $ 6 para $ 10 (aumentou 67%) e, por isso, a quantidade demandada
caiu de 10 para 9 (caiu 10%).
A EPD - Elasticidade-Preço da Demanda é a razão entre as variações relativas da quantidade
demandada e do preço:
EPD = −10% / 67%
EPD = −0,1492
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errado. Não existe essa condição, podendo a curva estar correta com ou sem ela.
b) Errado. É o inverso. Note que um grande movimento relativo no preço gera um movimento
proporcionalmente muito menor na quantidade demandada.
d) Errado. Na verdade, pela lei geral da demanda, quantidade demandada e preço variam em
direções opostas.
e) Errado. Na verdade, quando a reta é vertical, observamos que, para qualquer preço praticado,
a quantidade demandada é a mesma (demanda perfeitamente inelástica).
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 89 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

039. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) Um comprador do departamento de uma empresa


de fretamento de ônibus se deparou com a seguinte variação de preço e demanda para um
determinado item:
Ponto A: Preço R$ 40,00 e demanda de 1.200 peças
Ponto B: Preço R$ 60,00 e demanda de 800 peças.
A elasticidade-preço da demanda, entre estes dois pontos, pelo método do ponto médio, é de
a) 0,05.
b) 1.
c) 0,5.
d) 5.
e) 4.

A variação relativa da quantidade em relação à variação relativa do preço é a temida elasticidade,


ou seja, nada mais é do que a sensibilidade da demanda em relação à variação do preço!
No caso do método do ponto médio, como pede o examinador, é a variação em relação ao
ponto médio.
Vamos para a prática!
Repare que a quantidade demandada Q variou de 800 para 1.200, logo, a variação é de 400, e,
matematicamente falando, o ponto médio entre 800 e 1.200 é 1.000. Concorda?
Já o preço P variou de 40 para 60, logo, a variação é de 20, e, o ponto médio entre 40 e 60 é
50. Concorda?
Então, temos:
Ed = 400/1000
20/50
Ed= 0,4
0,4
Ed=1
Isso, em módulo, claro, afinal a Ed é, geralmente, negativa.
Letra b.

040. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) O aluguel médio de imóveis situados no centro


de uma grande cidade caiu sensivelmente em certo período, causando significativo impacto
para a renda dos proprietários e trazendo preocupação para o orçamento da prefeitura. Esta,
buscando analisar a situação, empreendeu estudo específico. Considerando tudo o mais
constante, a possível razão para essa queda do preço médio dos aluguéis foi
a) a elevada redução da oferta de imóveis para locação, na região.
b) a mudança na preferência dos usuários, em face da degradação da região.
c) o generalizado aumento da renda no país.
d) a redução da oferta de imóveis para locação em outras regiões da cidade.
e) o aumento da demanda por mão de obra na cidade e no país.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 90 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Em outras palavras, a letra b apresenta uma mudança negativa na preferência dos usuários que
tem o efeito de deslocar a curva de demanda para a esquerda, reduzindo o preço de equilíbrio.
Vamos apontar os erros das demais:
a) Errado. Uma redução da oferta tem como efeito deslocar a curva para a esquerda, aumentando
o preço de equilíbrio.
c) Errado. Um aumento da renda tem reflexo na demanda, deslocando a curva para a direita e
aumentando o preço de equilíbrio.
d) Errado. Na verdade, a redução da oferta de imóveis para locação em outras regiões visa fazer
com que a demanda seja direcionada para o centro da cidade, isto é, a curva de demanda se
desloca para a direita, aumentando o preço de equilíbrio.
e) Errado. Um aumento da demanda por mão de obra na cidade e no país tem como efeito o
aumento na renda das famílias e, consequentemente, na demanda, deslocando sua curva para
a direita e aumentando o preço de equilíbrio.
Letra b.

041. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Considere que um determinado bem teve seu preço


elevado de duas unidades monetárias para três unidades monetárias.
A elasticidade-preço da demanda desse bem, apresentada em módulo, para a equação de
demanda QD = 150 − 25p, onde QD é a quantidade demandada e p o preço, é igual a
a) 0,5.
b) 0,75.
c) 1,00.
d) 1,25.
e) 6,00.

Lembre-se de que a elasticidade-preço da demanda é calculada assim:

Como o preço aumentou de $ 2 para $ 3, ou seja, subiu 50%, nosso denominador é 50% (0,5).
Vamos agora colocar esses preços na função de demanda e, assim, calcularmos as quantidades
demandadas:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 91 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

QD=150−25p
Com o preço = 2
QD(2)=150−25×2
QD(2)=150−50=100
Com o preço = 3
QD(3)=150−25×3
QD(3)=150−75 =75
Podemos concluir, portanto, que o aumento de preço fez a quantidade demandada cair de 100
para 75 unidades, ou seja, ela cai 25%.
Então, temos o seguinte:
Epd=−0,25
0,5
Epd=−0,5
Isso, em módulo, já que a elasticidade da demanda, em regra, é negativa.
Letra a.

042. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) Conforme a teoria microeconômica, o conceito de elasticidade


define a sensibilidade de uma variável dependente a mudanças em variáveis que influenciam
o seu comportamento. No caso da demanda, variações no preço do bem e na renda do
consumidor afetam a quantidade demandada do produto no mercado sob análise. Sobre o
conceito da elasticidade, é correto afirmar que a
a) elasticidade-renda da demanda pode ser positiva, nula ou negativa, ao passo em que a
elasticidade-preço da demanda é sempre negativa (fora do módulo) devido à lei geral da demanda.
b) a demanda é sensível em relação ao preço quando a elasticidade − em módulo − é menor
que 1, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais do que a mudança no preço.
c) a demanda é perfeitamente elástica ao preço quando a elasticidade-preço da demanda é
igual a 0, de modo que a quantidade varia proporcionalmente mais do que o preço.
d) a demanda é perfeitamente inelástica à renda quando a elasticidade-renda da demanda
converge ao infinito.
e) a demanda é elástica ao preço quando a elasticidade − em módulo − é menor que 1, de forma
que a quantidade varia proporcionalmente menos do que o preço.

A letra a está correta e é o gabarito. Vamos identificar o erro das demais.


b) Errado. O erro aqui está na palavra menor. Para ficar correta deveria dizer que a demanda é
elástica (sensível) quando a elasticidade (em módulo) é maior que 1.
c) Errado. A demanda é perfeitamente elástica ao preço quando a elasticidade é infinita.
d) Errado. Converge a zero ao invés de ao infinito.
e) Errado. Deveria constar a informação de que é maior que 1.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 92 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

043. (FCC/TCE-CE/AUDITOR /2015) A demanda varia


a) com a quantidade demandada.
b) inversamente com o preço.
c) inversamente com o preço de bens substitutos.
d) diretamente com a população.
e) inversamente com o preço dos bens complementares.

A relação entre demanda e preço de determinado bem normal, em regra, é inversa!


Assim, se o produto está caro, as compras diminuem!
E se o preço diminuir, as compras aumentam!
Letra b.

044. (FCC/TCM-RJ/AUDITOR/2015) Um dos fatores que leva ao deslocamento a curva de


demanda são as preferências. Um aumento do gasto com propaganda e marketing tende a:
a) levar a firma a gastar mais sem efeito algum sobre o nível de vendas.
b) deslocar a curva de demanda para a esquerda, aumentando a demanda do bem.
c) deslocar a curva de demanda para a direita, aumentando a demanda do bem.
d) deslocar a curva de oferta e de demanda para a esquerda, reduzindo a demanda do bem.
e) deslocar a curva de oferta para a direita reduzindo a oferta do bem.

O efeito esperado do incremento nas ações de propaganda e marketing é estimular o aumento


da demanda por um bem ou serviço.
É preciso ressaltar que este efeito é externo, ou seja, exógeno à própria curva de demanda,
deslocando a curva para a direita já que a demanda pelo bem ou serviço aumenta.
Assim, concluímos que a letra c é a correta, pois, de fato, deslocará a curva de demanda para
a direita, aumentando a demanda do bem.
Letra c.

045. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) Uma queda em ambos – preço e quantidade – é devido


a) à queda da oferta, com a demanda constante.
b) ao aumento da oferta, com a demanda constante.
c) à queda da demanda, com a oferta constante.
d) ao aumento da demanda, com a oferta constante.
e) ao aumento da oferta e ao aumento da demanda.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 93 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Imagine que o preço e quantidade vendida da carne no Brasil em 2015 tenha caído!
A questão não fala em alterações de renda, só em alterações de demanda e oferta.
Bem, se o preço e quantidade caíram, a demanda caiu e a oferta ficou constante.

Concorda?

Vamos ver as demais alternativas.


a) Errado. A queda de oferta com demanda constante implicaria em aumento de preço.
b) Errado. Teríamos preço em queda, mas a quantidade constante.
d) Errado. As consequências seriam aumento de preço, e, talvez de quantidade.
e) Errado. Aumento da quantidade.
Letra c.

046. (FCC/METRO-SP/ADVOGADO-JR./2014) A “demanda individual” pode ser definida como


a) a quantidade de dada mercadoria adquirida por um consumidor individual.
b) as despesas em bens e serviços de consumo, investimento, despesas governamentais e
exportações, em dado período.
c) a quantidade de determinada mercadoria que efetivamente se realiza no mercado.
d) a quantidade de um determinado bem ou serviço que se deseja consumir em certo período.
e) a realização do desejo de compra de um consumidor.

Tecnicamente falando, a demanda individual, ou melhor, a curva de demanda individual é aquela


que relaciona a quantidade de um bem que determinado consumidor comprará com o preço
desse bem.
Assim, a demanda individual tem a ver com a vontade do consumidor de consumir em um período.
Logo, podemos afirmar que a demanda individual é a quantidade de um determinado bem ou
serviço que se deseja consumir em certo período.
Letra d.

047. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) Considere as seguintes assertivas relativas à elasticidade


− preço da demanda:
I – A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o que significa que
a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço.
II – A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1, o que significa
que a quantidade varia proporcionalmente menos que o preço.
III – Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, menor
será a elasticidade-preço da demanda.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 94 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

IV – Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, maior
será a elasticidade-preço da demanda.
Está correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e IV, apenas.

Vamos analisar as erradas e apontar seus erros!


O item III é falso, pois curvas mais horizontais indicam maior elasticidade-preço da demanda.
Já o tópico IV está errado, pois, quanto mais vertical é a curva de demanda, menor será elasticidade
preço da demanda.
Letra b.

048. (FCC/ICMS-RJ/ATE/2014) Considere o gráfico a seguir:

A inclinação da curva de demanda é um dos elementos matemáticos que afetam a elasticidade-


preço de demanda, a qual expressa o quanto as compras respondem a mudanças de preços.
O resultado do cálculo da inclinação da Curva de Demanda D1, entre os pontos A e B, é:
a) −3/4
b) −1/3
c) −1/4
d) −2/3
e) −2/4

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 95 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Essa questão de economia vai exigir também seus conhecimentos matemáticos. Precisamos
da inclinação da curva de demanda, que não é a elasticidade preço da demanda!
Lembre-se de que elasticidade é diferente de inclinação!
A inclinação do gráfico (uma reta neste caso) é a tangente do ângulo entre os pontos A e B.
Lembre-se de que tangente é o cateto oposto (preço de B menos preço de A) dividido pelo cateto
adjacente (quantidade de B menos a quantidade de A).
Assim, temos:
Inclinação = (6 – 8) / (21 – 13)
Inclinação = -1/4
Letra c.

049. (FCC/ANALISTA DPE-RS/2013-ADAPTADA) A curva de demanda


a) individual possui inclinação descendente, enquanto a curva de demanda de mercado dela
derivada sempre apresenta inclinação ascendente.
b) de mercado de um dado bem resulta da agregação, para cada preço, das demandas dos
consumidores individuais.
c) individual está relacionada ao desejo dos consumidores em adquirir determinado bem, ao
passo que a demanda de mercado se refere à concretização da compra, o que se denomina
demanda efetiva.
d) de mercado é resultado da soma vertical das diversas curvas de demanda individual.

A curva de demanda de mercado de um dado bem resulta da agregação, para cada preço, das
demandas dos consumidores individuais.
Perfeito!
Guarde essa definição acerca da curva de demanda!
Vamos agora apontar os erros das demais:
a) Errado. A curva de demanda apresenta inclinação descendente, seja ela individual, seja ela de
mercado, pois mesmo para a curva de mercado a relação entre preço e quantidade demandada
é inversa, já que quando o preço do bem sobe, a quantidade demandada cai.
c) Errado. Veja a definição perfeita da alternativa b.
d) Errado. Lembre-se de que a curva de demanda de mercado é resultado da soma horizontal
das diversas curvas de demanda individual.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 96 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

050. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) A cidade de São Paulo tem enfrentado


nos últimos anos os efeitos da crise hídrica e no último verão o produto água mineral, em
decorrência das altas temperaturas registradas no período, sofreu aumento de sua demanda
mesmo com a inflação dos preços superior àquela observada nos índices de preços ao
consumidor. Sendo um bem de consumo essencial, caso fosse desconsiderado o aumento
de demanda decorrente das altas temperaturas, ainda assim, independentemente dos preços
praticados, a curva de demanda
a) seria representada por uma linha reta vertical, paralela, portanto, ao eixo do preço.
b) seria representada por uma linha reta horizontal, paralela, portanto, ao eixo do preço.
c) seria representada por uma linha reta vertical, paralela, portanto, ao eixo da quantidade.
d) seria representada por uma linha reta horizontal, paralela, portanto, ao eixo da quantidade.
e) seria que a elasticidade, calculada no ponto médio, é sempre igual a 1.

Temos uma situação em que a demanda não se altera em virtude das alterações do preço
do bem. Nessa linha de raciocínio, perceba que, no limite, uma curva de demanda pode ser
perfeitamente elástica (horizontal) ou perfeitamente inelástica (vertical).
No caso de uma demanda completamente insensível a alterações nos preços, temos uma curva
representada por uma linha reta vertical. Ora, se estamos tratando de uma linha reta vertical, então
ela é paralela ao eixo de preços e, assim, a letra a está correta, já excluímos as três seguintes.
Repare que a letra e está errada porque não temos uma elasticidade unitária, já que, quando
isso ocorre, uma variação no preço sempre causará uma variação na mesma proporção daquela
na quantidade demandada e não é o caso aqui, já que nossa demanda não varia com o preço.
Letra a.

051. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) Um determinado munícipe da cidade de


São Paulo, em uma condição controlada, ao perceber a redução de preços de um determinado
bem adquirido localmente, avaliasse, concomitantemente, que a sua renda, seus gostos e
preferências, os preços de outros relacionados e suas expectativas não se alteraram e, dessa
forma, decidisse por adquirir mais produtos desse bem que sofreu a redução de preços, pode-
se afirmar que
a) a curva de demanda desse produto será obtida pela soma vertical das quantidades das curvas
de demanda individuais a cada possível preço.
b) a oferta do bem em questão depende da renda, ceteris paribus.
c) a quantidade demandada desse bem depende de seu preço, ceteris paribus.
d) a curva de demanda deve-se inclinar positivamente e revelar a inversão do sentido do
comportamento entre preço e quantidade, desde que não sejam bens de Giffen ou Bens de Veblen.
e) sendo esse produto em questão um bem de Giffen ou um bem de Veblen a sua curva de
demanda terá obrigatoriamente uma inclinação negativa, demonstrando que quanto menor seja
o preço do bem, maior deverá ser a quantidade demandada dele.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 97 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

A quantidade demandada desse bem depende de seu preço, ceteris paribus. Essa é a variável
fundamental, pois, em regra, a demanda varia inversamente com o preço. Assim, a lógica é que
quanto maior o preço do bem, menor será a quantidade demandada.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errado. A curva de demanda de mercado pelo bem é a soma horizontal das curvas de demanda
individuais.
b) Errado. É a demanda que depende da renda do consumidor. A oferta não depende da renda,
mas dos custos de produção e dos preços de mercado.
d) Errado. A regra é a demanda ser negativamente inclinada. Isso só não acontece para bens
de Giffen ou bens de Veblen. Os primeiros são bens tão inferiores que o seu efeito renda é
negativo e de magnitude suficiente para superar o efeito substituição. Já os bens de Veblen são
aqueles bens de luxo cuja demanda aumenta quando os preços sobrem devido ao desejo dos
consumidores de exteriorizar seu poder de compra. Nesses casos, a demanda é positivamente
inclinada.
e) Errado. Geralmente, a demanda é negativamente inclinada, ou seja, quanto menor for o preço,
maior será a quantidade demandada. Para os bens de Giffen ou de Veblen, temos o contrário:
a relação entre preço e quantidade demandada é inversa.
Letra c.

052. (VUNESP/DESENVOLVE/ECONOMISTA/2014) A demanda por um medicamento de


uso contínuo e vital para a sobrevivência tem elasticidade:
a) próxima de zero.
b) unitária.
c) infinita.
d) maior do que um.
e) difícil de determinar

A elasticidade preço da demanda é uma medida da variação da quantidade demandada de um


bem quando ocorre uma variação em seu preço.
Nessa toada, dizemos que quanto mais sensível os demandantes desse bem forem à variação
em seu preço, mais elástica é a demanda deste.
Tal sensibilidade está associada, em certo grau, à essencialidade do bem - quanto mais essencial
e necessário menor será a variação da demanda em relação à variação do preço (demanda
mais inelástica).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 98 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Assim, temos que bens muito bens essenciais são consumidos no limite do seu preço, ou seja,
não importa o quanto o preço aumente, as pessoas vão continuar demandando, ainda que
consuma toda ou quase toda a sua renda.
Como um medicamento de uso contínuo e vital é de grande essencialidade, é um bem pouco
ou quase nada elástico. Em outras palavras é um bem que a inelasticidade tende a infinito ou,
de outra forma, a elasticidade tende a zero, já que os indivíduos que precisam do remédio para
sobreviver irão consumi-lo não importa o preço.
Letra a.

053. (VUNESP/TJ-SP/ANALISTA/2014) Se uma empresa opera em um mercado com demanda


elástica, pode-se afirmar:
a) a oferta também será elástica.
b) a oferta será inelástica.
c) uma diminuição do preço aumentará a receita da empresa.
d) o consumidor será insensível a mudanças no preço.
e) este pode ser o caso de um mercado de um bem de primeira necessidade.

Na verdade, se uma empresa opera em um mercado com demanda elástica, não podemos afirmar
nada sobre a elasticidade da oferta (letras a e b falsas), mas a diminuição do preço aumentará
a receita da empresa, pois aumenta o dispêndio total dos consumidores, já que o consumidor
não será insensível a mudanças no preço (letra d falsa), mas não podemos afirmar que este
pode ser o caso de um mercado de um bem de primeira necessidade (alternativa E falsa).
Letra c.

054. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA/2012) Considerando a demanda por sal


e a demanda por carne, em relação à renda, pode-se afirmar que
a) a primeira é elástica e a segunda inelástica.
b) a primeira é inelástica e a segunda elástica.
c) ambas são elásticas.
d) ambas são inelásticas

O exemplo clássico de demanda inelástica é a do sal. Bill Gates não vai comprar mais sal que
você por ter mais dinheiro. O produto é barato e a sua demanda independe muito do preço.
Já a carne, não. Como a carne está cara hoje. E com a queda da renda devido à crise, seu
consumo tem caído desde 2015 pelas famílias brasileiras. Demanda ELÁSTICA.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 99 de 118
NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

055. (IADES/APEX/ANALISTA/2018)

Dadas as curvas de oferta e demanda O1 e D1, ao preço P1, há excesso de demanda (QD > QO).
Suponha que houve aumento da demanda, deslocando a curva de demanda para D2. Acerca do
preço de equilíbrio (PE) em D1 e D2, assinale a alternativa correta.
a) PE(D2) > PE(D1) < P1
b) PE(D2) = PE(D1) > P1
c) PE(D2) > PE(D1) = P1
d) PE(D2) > PE(D1) > P1
e) PE(D2) < PE(D1) < P1

Tenha em mente que, se temos excesso de demanda, o preço vigente é menor que o preço de
equilíbrio, gerando uma tendência natural de que o preço suba e o mercado fique equilibrado
com uma redução da demanda.
Entretanto, o enunciado fala que houve novo aumento da demanda, deslocando a curva de
demanda para D2, conforme demonstrado no gráfico:

Assim, se há aumento da demanda com deslocamento da curva (D2), o efeito é que o preço
de equilíbrio após o deslocamento da demanda (PE(D2)) fica ainda maior e, assim, a relação
correta é: PE(D2) > PE(D1) > P1.
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 100 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

056. (IADES/APEX/ANALISTA/2018) As curvas de oferta e demanda do bem X são dadas,


respectivamente, por
Qo = - 5 + 2P
Qd1 = 10 - 3P
Suponha que a curva de demanda se altere para
Qd2 = 15 - 3P
Considerando o equilíbrio de mercado entre as curvas de oferta e demanda, assinale a
alternativa correta.
a) O preço de equilíbrio caiu de 4 para 3.
b) O preço de equilíbrio aumentou mais de 30%.
c) O preço de equilíbrio aumentou, e a quantidade de equilíbrio diminuiu.
d) A curva de oferta se deslocou para a direita.
e) A curva de demanda se deslocou para a esquerda.

Vamos igualar oferta e demanda para as duas situações de modo a equilibrar o mercado,
identificando o preço responsável por esse equilíbrio entre oferta e procura. Então, temos
inicialmente:
Qo = Qd1
−5 + 2P = 10 − 3P
5P = 15
P=3
Agora, basta substituir o preço em qualquer das equações para encontrar a respectiva quantidade
de equilíbrio:
Q = − 5 + 2P
Q = −5 + 2×3
Q = −5 + 6
Q=1
Assim, inicialmente, temos o preço de equilíbrio de $ 3 e respectiva quantidade de uma unidade.
Entretanto, o enunciado nos informa que a curva de demanda mudou para Qd2 = 15 - 3P. Vamos
ao novo equilíbrio:
Qo = Qd2
− 5 + 2P = 15 − 3P
5P = 20
P=4
Agora basta substituir novo preço de equilíbrio para encontrar a nova quantidade de equilíbrio:
Q = − 5 + 2P
Q = −5 + 2×4
Q = −5 +8
Q=3
Note que o preço de equilíbrio subiu de 3 para 4, ou seja, subiu 33%.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 101 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

057. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) Bens normais são aqueles cuja procura aumenta


com o aumento da renda, ou a procura diminui, quando o rendimento diminui. Se o produto
A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento da renda do consumidor,
provavelmente,
a) aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a quantidade demandada de B ficará
inalterada com essa flutuação.
b) aumentarão simultaneamente os preços de A e B.
c) reduzirá o consumo de B e incrementará o consumo de A.
d) o consumo dos dois bens aumentará, porém em proporções diferentes.

A resposta está no próprio enunciado.


Os bens normais, como a carne de 1ª por exemplo, têm o seu consumo aumentado, quando a
renda aumenta. Já os bens inferiores, como o fígado, têm o consumo diminuído quando a renda
aumenta, já que os consumidores optarão por consumir bens “mais caros”. Essa é a regra geral,
mas claro que existem exceções.
Letra c.

058. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) Se o aumento da demanda de um bem, em


função da redução do seu preço, ocasionar a diminuição da procura de outro bem, considera-
se que tais bens são
a) complementares.
b) substitutos.
c) de luxo.
d) supérfluos.

O exemplo clássico é a relação entre manteiga e margarina. Quando o preço de uma sobe, o
consumo da outra aumenta e vice-versa. São produtos substitutos.
Letra b.

059. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) A curva de demanda mostra o efeito da


variação do preço na quantidade que os compradores desejam adquirir. Quando se desloca
para baixo, ao longo da curva, a quantidade demandada
a) diminui e o preço aumenta.
b) aumenta e o preço diminui.
c) diminui e o preço diminui.
d) aumenta e o preço aumenta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 102 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Vamos rever a curva de demanda:

Podemos ver no gráfico acima que o deslocamento da curva de demanda pode ocorrer para a
direita ou para a esquerda.
Se a demanda aumentar, a curva se desloca para direita. Contrariamente, se a demanda diminuir,
a curva se desloca para a esquerda.
Quando se desloca para baixo, ao longo da curva, a quantidade demandada aumenta e o
preço diminui.
Letra b.

060. (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/AUDITOR/2014) Considere dois bens, A e B, em um


determinado mercado. Suponha que a demanda por A é inelástica e que a demanda por B é
elástica. Logo, é correto afirmar:
a) Uma das características do bem B é possuir um grande número de bens substitutos.
b) Uma redução de 10% no preço de A e no preço de B resulta um aumento percentual na
quantidade demandada maior em A do que em B.
c) Um mesmo choque contracionista de oferta gera uma elevação de preços maior em B
do que em A.
d) Os empresários que produzem o bem A têm maiores receitas do que os empresários que
produzem o bem B quando ambos adotam estratégias de redução de preços.
e) Exemplos de bens que apresentam as carac­terísticas de B são o sal, o pão francês e a gasolina.

Vamos analisar cada uma das opções.


a) Certo. Quanto mais substitutos um bem tiver, mais elástica será a demanda.
b) Errado. Se A é inelástico e B elástico, o aumento percentual na quantidade demandada vai
ser maior em B do que em A.
c) Errado. A assertiva fala de medida pela elasticidade-preços da OFERTA e não da demanda.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 103 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

d) Errado. Se tiver redução de preços, os empresários que produzem o bem B terão maiores
receitas, já que sua demanda é elástica.
e) Errado. Aqueles exemplos são mais inelásticos, tendo a ver com A.
Letra a.

061. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/AOF/2012) Os bens que os consumidores consideram de


extrema necessidade têm demanda inelástica. Por outro lado, os bens considerados de luxo
têm demanda mais elástica.
Neste sentido, pode-se afirmar que, quanto mais um bem tem substitutos,
a) menos elástica é sua demanda.
b) mais elástica é sua demanda.
c) maior a rigidez de sua demanda.
d) mais inelástica é sua demanda.

Lembre-se do sal. Ele é o exemplo clássico de bem inelástico.


Lembre-se, agora, do caso clássico de bem com substituto: manteiga e margarina. Quando o
preço de um sobe, o consumo do outro aumenta. Logo, sua demanda é mais elástica.
Letra b.

062. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA/2012) Na teoria econômica, a curva de


demanda tem inclinação negativa porque representa o comportamento
a) dos produtores em relação aos preços.
b) do governo em relação aos preços.
c) dos exportadores em relação aos preços.
d) dos consumidores em relação aos preços.

Falou em demanda, falou em consumo, em compras, logo falou em consumidores.


Letra d.

063. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) A relação entre a quantidade demandada do bem i (qi )


e a renda dos consumidores (R ) pode ser expressa pela demanda do tipo qi = f(R ), em que as
preferências dos consumidores, os preços do próprio bem i, dos seus bens complementares
e dos seus substitutos são mantidos constantes. Nesse contexto, um aumento na renda que
leve à queda na demanda do bem i ocorrerá
a) devido ao efeito substituição.
b) devido à elasticidade-preço da oferta.
c) devido à elasticidade-preço da demanda.
d) se i for um bem inferior.
e) se i for um bem normal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 104 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Em relação à elasticidade-renda da demanda, um bem pode ser normal ou inferior. Assim, como a
questão pede uma relação entre renda e demanda, vemos que o gabarito seria necessariamente
a alternativa d ou a e. Note que a questão trata de um bem inferior, aquele que tem a elasticidade-
renda da demanda é negativa, ou seja, a sua demanda varia inversamente com a renda. Note
que o aumento na renda gerou uma queda na demanda pelo bem i.
Letra d.

064. (CESPE/FUB/ECONOMISTA/2018) Em relação ao conceito de custo de oportunidade


e o papel dos preços nos mercados, julgue o item seguinte.
Em um mercado de aluguel de casas, haverá excesso de oferta de casas disponíveis para aluguel
quando o preço praticado no mercado estiver acima do preço de equilíbrio de mercado.

Em um mercado de aluguel de casas, se o preço praticado estiver acima do preço de equilíbrio,


os locadores ofertarão mais casas que a quantidade que será demandada, gerando um excesso
de casas para alugar no curto prazo. Confira graficamente:

No gráfico acima, p∗ é o preço de equilíbrio, para o qual há uma quantidade q∗ de equilíbrio.


Note que os preços acima do preço de equilíbrio, digamos p1, os ofertantes ofertarão uma
quantidade maior que a de equilíbrio (q1>q∗), ao mesmo tempo em que os demandantes, diante
de um preço maior, demandarão uma quantidade menor que a de equilíbrio (q2 < q*). Tal situação
gera um excesso de produto no mercado, dado por (q1−q2).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 105 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Em contraste, para preços abaixo do preço de equilíbrio, digamos p2, os ofertantes ofertarão
uma quantidade menor que a de equilíbrio (q2), ao mesmo tempo em que os demandantes,
diante de um preço menor, demandarão uma quantidade maior que a de equilíbrio (q1>q∗). Tal
situação gera uma escassez de produto no mercado, dada por (q2−q1).
Certo.

065. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Considerando a demanda do consumidor e a


classificação dos bens, julgue o item.
Os bens de Giffen possuem elasticidade-preço negativa.

Normalmente, preço e quantidade demandada variam em sentido contrário, ou seja, para quase
todos os bens, a elasticidade-preço da demanda é negativa. Entretanto, os bens de Giffen são
exceção, já que são bens cuja quantidade demandada varia diretamente com o preço, ou seja,
os bens de Giffen têm elasticidade-preço positiva.
Errado.

066. (FCC/PGE-MT/ANALISTA/2016) De acordo com a lei da demanda,


a) existe uma relação positiva entre quantidade demanda e preço.
b) quando o preço sobe, a demanda irá se deslocar para a esquerda.
c) existe uma relação negativa entre quantidade demandada e preço.
d) quando o preço sobe, a demanda irá se deslocar para a direita.
e) quando o preço sobe, os consumidores irão deslocar suas compras para bens complementares.

De acordo com a lei da demanda, quanto maior o preço, menor a quantidade demandada e
vice-versa.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) Errado. A relação entre preço e quantidade demandada é INVERSA, ou seja, NEGATIVA.
b) Errado. Variações no preço causam deslocamento APENAS ao longo da curva.
d) Errado. Variações no preço causam deslocamento APENAS ao longo da curva.
e) Errado. Quando o preço sobe, os consumidores vão procurar bens substitutos.
Letra c.

067. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) Considere a elasticidade-preço da demanda e da oferta de


um bem qualquer e as formas de incidência tributária na economia de um país:
I – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do que sobre
os consumidores.
II – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores do que sobre
os produtores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 106 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

III – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores do que sobre
os produtores.
IV – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta (preço-
inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do que sobre
os consumidores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I e IV.

O item I está errado, pois o maior peso da tributação cai nas costas do contribuinte, já que a
demanda é mais inelástica que a oferta, ou seja, ocorre maior variação na quantidade ofertada
que na demandada quando o preço é majorado.
Seguindo a linha de raciocínio do item I, o II está correto.
Já o III, por sua vez, é falso! Observe que quando a demanda tem maior grau de elasticidade em
função dos preços que a oferta, os ofertantes arcarão mais com o ônus tributário.
Seguindo a linha de raciocínio do item III, a IV está correto.
Assim temos II e IV corretas.
Letra d.

068. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) A quantidade ofertada aumenta com o aumento de


preços porque
a) os produtores passam a considerar mais lucrativo produzir o bem.
b) os consumidores saem do mercado e assim compradores encontram um excesso de oferta.
c) quando a demanda aumenta com um preço alto surge um excedente.
d) a demanda sobe quando a oferta aumenta.
e) este aumento de preço reduz o custo marginal.

De acordo com os princípios da lei da oferta, quanto maior o preço, maior é a quantidade ofertada,
já que, basicamente, a produção se torna cada vez mais lucrativa para o ofertante.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 107 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

069. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Considere que a figura abaixo ilustre a demanda por


diet pepsi, para um consumidor que é indiferente em relação a diet coke.

Com uma queda no preço da diet coke, a demanda por diet pepsi:
a) mudará de D1 para D2.
b) mudará de D2 para D1.
c) mudará de D2 para D3.
d) mudará de D1 para D3.
e) não sofrerá alteração.

Eu, particularmente, adoro Coca zero e detesto Pepsi zero, mas como aqui na questão a Coca
e a Pepsi são bens considerados substitutos, uma queda no preço da Coca leva a substituição
de Pepsi por Coca, isto é, reduz a demanda por Pepsi. Logo, há um deslocamento da curva D2
para esquerda (D1).
Letra b.

070. (INÉDITA/2021) Marque a alternativa correta acerca da curva de demanda:


a) Quando a curva de demanda se desloca para a direita, a curva de oferta também se desloca
para a direita.
b) A mudança na demanda é equivalente a um movimento ao longo da curva de demanda.
c) O aumento do preço dos carros levará a uma queda na demanda por motocicleta.
d) Quando o preço cai, a quantidade demandada também cai.
e) A mudança no preço das bicicletas não levará a um deslocamento da curva de demanda por
bicicletas.

Lembre-se de que a mudança no preço não leva a um deslocamento da curva, mas a um


deslocamento ao longo da curva de demanda.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 108 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Vamos apontar os erros das demais:


a) Errado. Os motivadores dos deslocamentos da curva de demanda não são necessariamente
os mesmos que deslocam a curva de oferta.
b) Errado. A mudança na demanda envolve o deslocamento da curva inteira.
c) Errado. Como motocicleta e carros são bens substitutos, o aumento do preço dos carros
estimula a sua substituição por motocicleta e vice-versa.
d) Errado. Quanto menor o preço, maior a demanda!
Letra e.

071. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) O site Folha de S. Paulo publicou, no dia 08 de


outubro de 2021, notícia intitulada “Carnes, combustíveis e passagens aéreas disparam na
pandemia; veja a alta de preços”, cujo trecho é reproduzido a seguir:
“Carnes, alimentos diversos, combustíveis e passagens aéreas. Esses são alguns exemplos de
itens que ilustram a disparada de preços sentida pelos brasileiros durante a pandemia de covid-19.
O cenário é retratado por um levantamento do economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), a pedido da Folha.
Para analisar a escalada da inflação, o pesquisador utilizou resultados do IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) verificados ao longo da crise sanitária, entre fevereiro de 2020 e setembro de 2021.
A pesquisa, realizada pelo FGV Ibre, contempla sete capitais: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. De fevereiro de 2020 a setembro de 2021, o IPC
teve variação de 11,59% em termos gerais.
No recorte por grupos, chama atenção o aumento maior e disseminado por alimentos
frequentemente usados em churrascos e festas.
Carnes bovinas (35,31%), frango em pedaços (32,62%), frango inteiro (28,21%) e carnes suínas
(25,26%), por exemplo, dispararam (...)”
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/10/carnes-combustiveis-e-passagem-aerea-disparam-
-na-pandemia-veja-a-alta-de-precos.shtml)

Dentre as possíveis causas para a disparada de preços dos diferentes tipos de carnes e frango,
não é possível mencionar
a) aumento da demanda internacional por esse tipo de alimento.
b) aumento do custo de commodities que são utilizadas como insumos na criação de animais.
c) desestruturação da cadeia produtiva causada pela pandemia.
d) aumento do desemprego, que reduziu o poder de barganha dos trabalhadores do setor.
e) aumento das exportações de carne pelo país.

Dentre as possíveis causas para a disparada de preços dos diferentes tipos de carnes e frango, não é
possível mencionar o aumento do desemprego, que reduziu o poder de barganha dos trabalhadores
do setor (letra d), visto que o desemprego reduz a demanda e, consequentemente, os preços.
As demais alternativas estão corretas, já que têm impacto no aumento da demanda (letras a,
d, e) ou na redução de oferta (letra c).
Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 109 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

072. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Assuma uma economia de dois bens (x1 e x2). Se


x1 é bem inferior, então necessariamente x2 é bem
a) normal.
b) inferior.
c) complementar a x1.
d) substituto a x1.
e) de luxo.

A lei generalizada de Engel diz que se um bem é inferior, o outro bem seja necessariamente
um bem normal.
Letra a.

073. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Considere a demanda linear q = a – bp, em que q


é a quantidade demandada, p é o preço e a e b são parâmetros da equação.
Quando q > a/2 e p > 0, então a demanda
a) é perfeitamente elástica.
b) é elástica.
c) não é elástica nem inelástica.
d) é inelástica.
e) é perfeitamente inelástica.

Vamos ao gráfico das elasticidades para uma curva de demanda linear:

Note que no ponto A da curva, temos um preço muito acima do preço de equilíbrio do mercado.
Assim, a quantidade demandada é igual a zero e a elasticidade é infinita.
Depois, com preço ainda alto, a quantidade é pequena, e a elasticidade é grande em magnitude,
ou seja, temos um trecho em que a demanda é elástica. A elasticidade vai ficando menor quando
descemos ao longo da curva.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 110 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Chegando no ponto C, estamos no ponto médio exato da curva de demanda e, onde temos (A/2
e B/2). Nesse ponto a elasticidade da curva é unitária. No ponto B, por sua vez, temos a menor
elasticidade, zero.
De acordo com o enunciado da questão, quando q > a/2 e p > 0, estamos no trecho em vermelho
da curva de demanda.
Note a questão diz que p >0, eliminando, assim, o ponto em que a elasticidade é igual a zero.
Podemos concluir, portanto, que a resposta da questão é o trecho que a demanda é inelástica.
Letra d.

074. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) A elasticidade-preço de uma demanda linear é


a) constante.
b) positiva e depende de seus parâmetros.
c) é maior do que um quando a quantidade demandada é próxima de zero.
d) é menor do que um quando a quantidade demandada é próxima de zero.
e) é zero quando a quantidade demanda é nula.

Vamos ao gráfico das elasticidades para uma curva de demanda linear:

Note que no ponto A da curva, temos um preço muito acima do preço de equilíbrio do mercado.
Assim, a quantidade demandada é igual a zero e a elasticidade é infinita.
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 111 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

075. (FGV/SEMSA-MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Segundo o estudo “Elasticidade da


demanda por gasolina no brasil e o uso da tecnologia flex fuel no período 2001-2012”,
apresentado no 42º Encontro Nacional de Economia (ANPEC) em 2014, a elasticidade-preço
da gasolina passou de -0,581 no período 2001-2005 para -1,264 no período 2005-2012.
(Fonte: https://www.anpec.org.br/encontro/2014/submissao/files_I/i8-acfa1a7b20d29026ee0ee9ec9b04e17f.
pdf)

Do ponto de vista da teoria microeconômica, um dos possíveis motivos para essa mudança na
elasticidade-preço da gasolina não decorre
a) da maior possibilidade de uso do etanol como substituto da gasolina.
b) da redução da participação da despesa da gasolina no orçamento da família.
c) do maior investimento da indústria e do governo em fontes renováveis de energia.
d) da razão do preço do etanol em relação ao da gasolina ter caído ao longo do tempo.
e) do aumento de subsídios do governo para produção de automóveis movidos à gasolina.

É preciso destacar que a elasticidade-preço da demanda subiu, visto que seu valor passou de
0,581 no período 2001-2005 para 1,264 no período seguinte, em módulo, e isso significa que a
demanda ficou mais sensível às variações nos preços.
Atente-se ao fato de que o examinador pede para escolhermos a alternativa que NÃO apresenta
um dos possíveis motivos para que essa mudança na elasticidade-preço da gasolina.
O gabarito da questão foi a letra e, já que a concessão de subsídios gera aumento na produção
de carros e, por tabela, na demanda por gasolina, tornando-a mais indispensável e, portanto,
com demanda mais inelástica.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errado. Quanto maior a possibilidade de substituir um bem, mas elástica a sua demanda.
b) Errado. Essa alternativa foi considerada como correta pela banca, mas não é. Na verdade, quanto
menor for a participação do bem no orçamento da família, menor tende a ser a elasticidade-preço
porque mesmo variações muito grandes de preço vão impactar pouco no orçamento familiar.
Assim, a questão tem duas alternativas erradas e deveria ter sido anulada.
c) Errado. Reduz a dependência da gasolina, aumentando a sua elasticidade.
d) Errado. Reduz a dependência da gasolina, aumentando a sua elasticidade.
Letra e.

076. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) Suponha que em uma economia existam


apenas dois bens. Se um dos bens é inferior, então o outro bem será, necessariamente,
a) inferior.
b) de luxo.
c) essencial.
d) de Giffen.
e) normal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 112 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Considerando que a economia só possua dois bens A e B, temos que a soma de todas as
elasticidades-renda, ponderadas pelas frações da renda gasta com os respectivos bens, será
igual a 1. Assim, se na economia em tela é um bem inferior, o outro bem necessariamente deve
ser um bem normal.
Letra e.

077. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) A tabela abaixo mostra as elasticidade-


preço de alimentos por faixas de renda.

Com relação à tabela acima, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e
(F) para a falsa.
( ) Nenhum alimento pode ser considerado bem de Giffen.
( ) Carnes bovina e suína são mais essenciais do que frango e ovos.
( ) O sinal negativo das elasticidades indica que todos os alimentos são bens inferiores.
( ) A população de renda baixa são menos sensíveis às mudanças de preços de massas e
panificados do que do leite e iogurtes.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – V – V – V.
b) V – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) F – F – F – F.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 113 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Vamos avaliar os itens.


1 – Verdadeiro. Se tivéssemos algum bem de Giffen, teríamos valores de elasticidade positiva,
ou seja, aqueles que diante de aumento de preços aumentam a quantidade demandada.
2 – Falso. Normalmente os bens mais essenciais tendem a ser mais inelásticos. Assim, para uma
variação de preços, eles têm uma redução menos que proporcional na quantidade demandada.
Note que as elasticidades das carnes bovina e suína apresentam elasticidade nas três faixas
de renda de - 1,3; - 1,3 e - 0,7. Note também que os frangos e ovos apresentam elasticidade nas
três faixas de renda de - 0,1; -0,4 e -0,1. Podemos verificar, portanto, que, em módulo, as carnes
bovina e suína apresentam elasticidades maiores do que os frangos e ovos, o que demonstra
que os primeiros são menos essenciais.
3 – Falso. Normalmente, a elasticidade é um número negativo, já que quando o preço de um
bem aumenta, a quantidade demandada diminui. Assim, quando ΔQ/ΔP é negativo, temos
elasticidade negativa, típica de bens comuns.
4 – Verdadeiro. Note que para a população de baixa renda, as massas e panificados apresentam
elasticidade de -0,3, enquanto leite e iogurtes apresentam elasticidade de -1,2. Dessa forma,
podemos ver que nessa classe social as massas e panificados são mais essenciais, visto
que, dada uma variação de preço, eles irão variar menos que proporcionalmente a quantidade
demandada.
Letra c.

078. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Considere o mercado de venda de imóveis, no qual


a oferta é fixa no curto prazo e a demanda é negativamente inclinada. Assinale a opção que
apresenta a estática comparativa que melhor se aplica a essa situação.
a) Um aumento no preço sem alteração na demanda eleva a quantidade de imóveis disponíveis
para venda.
b) A elasticidade-preço da oferta varia com o equilíbrio de mercado.
c) Se as curvas de oferta e demanda se deslocarem no mesmo sentido e em magnitudes iguais,
o preço de equilíbrio não se altera.
d) A elasticidade-preço da demanda depende da elasticidade-preço da oferta.
e) Se o preço de equilibro é p, então o excesso de oferta e demanda serão iguais se o preço
praticado for p+1 e p-1, respectivamente.

Quando ocorre um deslocamento da oferta e da demanda no mesmo sentido e na mesma


proporção, o preço de equilíbrio permanece o mesmo, já que uma oferta maior será absorvida
por uma demanda igualmente maior. Confira no gráfico:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 114 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errado. Como a oferta é fixa, não temos alteração da quantidade de imóveis disponíveis para
venda. Em outras palavras, a oferta fixa é insensível às variações de preços.
b) Errado. Note que, como a oferta não é sensível a variações de preço, a elasticidade-preço da
oferta é nula.
d) Errado. Na verdade, a elasticidade-preço da demanda e da oferta são variáveis e
independentes entre si.
e) Errado. Depende da curva de demanda. Se a demanda for não linear, a alternativa é falsa.
Letra c.

079. (CETAP/CM-ANANIDEUA/TÉCNICO/2012) Quando se presta atendimento ao público,


uma das estratégias adotadas para obter equilíbrio entre oferta e demanda baseia-se na
redução da demanda em períodos de pico. Para isto, é importante que a organização:
I – comunique-se com os usuários dos serviços, informando-os e alertando-os sobre os
horários de pico;
II – ofereça incentivos para utilização dos serviços em horários fora do pico;
III – ofereça opções alternativas de local, além de novas modalidades de acesso ao serviço.
Está(ão) CORRETO(S):
a) apenas o item I.
b) apenas o item II.
c) apenas o item III.
d) apenas os itens II e III.
e) os itens I, II e III.

A questão trata de medidas a serem tomadas para a contenção da demanda de determinado


serviço nos horários de pico.
A demanda é a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores estão
aptos e dispostos a adquirir, em determinado período, aos diversos preços alternativos.
Note que todas as medidas apresentadas servem para desestimular a demanda desse serviço
nos horários de pico
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 115 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

REFERÊNCIAS

PYNDYCK, Robert. RUBINFIELD, Daniel. Microeconomia. [S. l.]: Makron Books, 2013.

SAMPAIO, Luiza. Microeconomia: Esquematizado. 1. ed. [S. l.]: Saraiva, 2019. 668 p.

VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enrique. Fundamentos de


Economia. [S. l.]: Saraiva, 2018. 368 p.

VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de. et al. Manual de Economia dos Professores da
USP. 7. ed. [S. l.]: Saraiva Uni, 2017. 752 p.

VICECONTI, Paulo; DAS NEVES, Silvério. Introdução à Economia: Silvério das Neves. [S. l.]: FRAS,
2017.

Caro(a) aluno(a),
Como diria Mark Twain:
“Daqui a vinte anos, você não terá arrependimento das coisas que fez, mas das que deixou
de fazer.”
Por isso, veleje longe do seu porto seguro. Pegue os ventos. Explore. Sonhe. Descubra.
ESTUDE!!!
Faça o seu melhor!
Isso é o que importa!
O resto é consequência!
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
E-mail: manuelpinon@hotmail.com
Siga-me (@profmanuelpinon) no Instagram e Facebook. Temos excelentes cards para revisão!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 116 de 118


NOÇÕES DE MICROECONOMIA
Teoria da Demanda e Oferta e Elasticidades
Manuel Piñon

Manuel Piñon

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 117 de 118


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para HELDER BEZERRA TEIXEIRA - 59563001400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar