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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

UNEB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS I
LICENCIATURA LETRAS PORTUGUÊS

ANIELLY SILVA OLIVEIRA


DALILA FERNANDES DA SILVA
MARIA DE FÁTIMA PEREIRA DE SOUSA

A IMPORTÂNCIA DAS METODOLOGIAS ATIVAS E DAS TECNOLOGIAS


DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TDIC) NAS AULAS DE
LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

IPUPIARA-BA
2023.1
ANIELLY SILVA OLIVEIRA
DALILA FERNANDES DA SILVA
MARIA DE FÁTIMA PEREIRA DE SOUSA

A IMPORTÂNCIA DAS METODOLOGIAS ATIVAS E DAS TECNOLOGIAS


DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TDIC) NAS AULAS DE
LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Atividade Avaliativa I realizada como exigência para


obtenção de nota da disciplina TCC I do curso
Licenciatura de Letras Português da Universidade
Estadual da Bahia, Campus I.

Orientadora: Prof.ª Maria Avani Nascimento Paim

IPUPIARA-BA

2023.1
PROJETO DE PESQUISA – ETAPA I

1. TEMA:
Metodologias Ativas e o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
(TDIC) nas aulas de Língua Portuguesa.

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA:
A importância das metodologias ativas e das tecnologias digitais da informação e da
comunicação nas aulas de Língua Portuguesa nos anos finais do Ensino Fundamental.

3. PRINCIPAIS REFERENCIAIS DE PESQUISA


Com o intuito de fundamentar a pesquisa, buscaremos referencial teórico sobre as TDIC
(Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação), metodologias ativas e estratégias de
multiletramento. Ferraz, (2019), Moran, (2014, 2017), Buzato (2010), Levy (1999), Paviani e
Fontana (2009), serão os principais referenciais a serem consultados, além de artigos publicados
nos sites da capes sobre a temática em estudo.
De acordo com Levy (1999), a realidade tecnológica na qual a escola está imersa,
demanda saberes, percepções e práticas por parte dos professores de LP de forma diferenciada
das tradicionais que regiam o processo de ensino-aprendizagem. Diante dos novos modelos de
sala que a realidade tecnológica nos impõe na contemporaneidade, Moran (2014) acrescenta:
“A sala de aula se amplia, dilui, mistura com muitas outras salas e espaços físicos,
digitais e virtuais, tornando possível que o mundo seja uma sala de aula, que qualquer
lugar seja um lugar de ensinar e de aprender, que em qualquer tempo possamos
aprender e ensinar, que todos possam ser aprendizes e mestres, simultaneamente,
dependendo da situação, que cada um possa desenvolver seu ambiente pessoal de
aprendizagem (PLE) compartilhando-o com outros e neste compartilhamento,
enriquecendo-se mutuamente” (MORAN, 2014, p.34)

Conforme as ideias de Moran, “este novo cenário pressiona o conceito de sala de aula
tradicional”, visto que na atualidade não dar mais para o docente ignorar o universo virtual em
que os estudantes estão inseridos. A escola precisa rever as suas práticas, proporcionando
atividades múltiplas que instiguem o estudante a conhecer outros ambientes além da sala de
aula. O espaço físico da sala de aula deve ser o espaço de compartilhamento dos conhecimentos
e experiências adquiridas em outros espaços de pesquisa. Para tanto, é imprescindível a
formação docente sob a perspectiva dos multiletramentos e das tecnologias da informação e da
comunicação.
As tecnologias digitais atualmente são várias e disponíveis para serem usadas para
que se aprenda e que se ensine, sem contar que também se pode fazer uso delas a
qualquer instante e onde quer que se esteja, e o que faz a distinção nesse caso não são
os sistemas operacionais existentes, mas o propósito para o qual são direcionados e a
função a que podem ser destinados por educadores, gestores e alunos (MORAN,
2017).

Moran contribui para a compreensão de que não basta utilizar as tecnologias digitais,
mas é preciso fazer com propósito direcionado. O professor deverá articular o seu planejamento
utilizando as tecnologias como aliada e com objetivos bem definidos, a fim de evitar resultados
desagradáveis. Moran (2017, p. 2) assevera que outro benefício indiscutível das tecnologias
digitais em sala de aula, seria para aplicação da Sala de Aula Invertida – Flipped Classroom,
cuja proposta seria: “prover aulas menos expositivas, mais produtivas e participativas, capazes
de engajar os alunos no conteúdo e melhor utilizar o tempo e conhecimento do professor”. A
metodologia da sala de aula invertida pode contribuir para que se ofereça uma educação mais
emancipatória, libertadora e democrática, uma vez que permite uma participação mais dinâmica
e efetiva por parte do aluno.
Dessa maneira, fazer dos recursos tecnológicos uma estratégia para o ensino da literatura
e língua portuguesa é de suma importância, uma vez que o professor precisa promover a
aprendizagem do aluno para que este possa construir o conhecimento dentro de um ambiente
que o desafie e o motive para a descoberta. (ALMEIDA, 2000, p. 41). No entanto, conforme
afirmam Carlini e Tarcia (2010, p.47) “as tecnologias, seus recursos e suas ferramentas não têm
significado pedagógico se forem tratadas de forma isolada e desconexa no ensino de quaisquer
áreas do saber. É o professor quem atribui valor pedagógico a elas, tornando-as geradoras de
situações de aprendizagem”.
Convém salientar ainda, que esses espaços são parte da cultura digital, na qual os alunos
estão imersos e já participam ativamente. Fomentar a existência desses espaços na escola
permite a valorização do conhecimento dos alunos e o aprofundamento técnico, que é
fundamental para uma apropriação crítica e participativa dos recursos digitais, e pode-se dizer
que é mais um lugar que promove o prazer pelo saber (BUZATO, 2010).
REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, M. E. B. de. Informática e formação de professores. Coleção Informática para


a mudança na Educação. ProInfo: Programa Nacional de Informática na Educação, Secretaria
de Educação a Distância, Ministério da Educação. Brasília: USP/Estação Palavra, 2000.
ALVES, Aglaé Cecília Toledo Porto. EaD e a Formação de Formadores. In: VALENTE, J.A.
& ALMEIDA, M. E. B. (Orgs). Formação de Professores a Distância e Integração de
Mídias. São Paulo: Avercamp, 2007. p. 117-129.
BEM, Daiane Madalena de. Dificuldades de leitura: professor e aluno no ensino
fundamental. 2009. 205 f. Monografia (Língua e Literatura com ênfase nos gêneros do
discurso) - Universidade Do Extremo Sul Catarinense. Criciúma, 2009.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, DF: MEC. 2018.Disponível
em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf>. Acesso em:
26/03/2023.
BUZATO, M. Cultura digital e apropriação ascendente: apontamentos para uma
educação 2.0. Educação em Revista, Belo horizonte, v. 26, n. 3, p. 283-303, dez. 2010.
Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s010246982010000300014&lng=pt&
nrm=iso. Acesso em: 24 mar. 2023
CARLINI, Alda Luiza; TARCIA, Rita Maria Lino. 20% a distância e agora? Orientações
práticas para o uso de tecnologia de educação a distância no ensino presencial. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2010.
CHAVES, REBECA BALTAZAR. Roteiro de elaboração da oficina educomunicativa. M
E C S M A - UN I F O A, 2017.
FERRAZ, Obdália (Org.). Educação, (multi)letramentos e tecnologias: tecendo redes de
conhecimento sobre letramentos, cultura digital, ensino e aprendizagem na cibercultura.
Salvador: EDUFBA, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/30951/3/ed-
multiletramentos-tecno-miolo-RI.pdf. Acesso em 23 março 2023

LEVY, Pierre. Cibercultura /Pierre Lévy; tradução de Carlos Irineu da Costa. – São Paulo:
Ed.34, 1999.264 p. (COLEÇÂO TRANS).

MATTAR, J. Metodologias ativas para a educação presencial, blended e a distância. São


Paulo: Artesanato Educacional, 2017.

MORAN, José. Novos modelos de sala de aula. Revista Educatrix, Ano 4. n.7. Editora
Moderna, p. 33-37. 2010 Disponível em:
https://en.calameo.com/read/0028993271fb4d724b1cb.

MORAN, J. M. A educação que desejamos e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007.
Atualização do texto Tecnologias no Ensino e Aprendizagens Inovadoras. USP, 2017.
Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp
content/uploads/2017/11/tecnologias_moran.pdf Acesso em 27 de março 2023.

MORAN, J. M. A educação que desejamos – novos desafios e como chegar lá. 4 ed.
Campinas: Papirus, 2009
MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa; KRAMER, Sônia. Contemporaneidade, educação e
tecnologia. Revista Educação & Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 1037-1057,
out. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a1928100.pdf. Acesso em: 27
março. 2023.

REVISTA EDUCAÇÃO. 5 Lições sobre Tecnologias Digitais de Informação


e Comunicação. 25 abr. 2018. Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/tdic-5-
licoes-sobre-tecnologias-digitais-de-informacao-e-comunicacao. Acesso em 23 março 2023.

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