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A CONSTRUÇÃO DE UM SCREENCAST PARA O ENSINO DAS

PROPRIEDADES DA RADICIAÇÃO

JANAINA ALVES BOTELHO


Universidade Estadual da Paraíba/PPGECEM
janainabotelho2011@hotmail.com

Resumo: Este trabalho vem apresentar a experiência da construção de um Podcast para


o ensino de matemática com o conteúdo das Propriedades da Radiciação, trazendo todas
as etapas para a sua construção, desde a proposta feita em sala de aula, construção dos
slides e do roteiro de locução até a sua gravação na disciplina de Tecnologia da
Informação e Comunicação e a Prática Docente, no Programa de Pós-graduação em
Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual da Paraíba/
PPGECEM.

Palavras-chaves: podcast; ensino de matemática; tecnologia.

Abstract: This exhibition come to present the experience of a Podcast’s construction for
the teaching of mathematics with the content of the Property of Radiciation, bringing all
the steps for it’s construction, since the proposal made in class, construction of slides and
the locution script until its recording in the discipline of Information Technology and
Communication and the Teaching Practice, in the Postgraduate studies of Science Teach
and Mathematics Education of the Universidade Estadual da Paraíba/ PPGECEM.

Keywords: podcast’s; mathematics teaching; technology.

1.Introdução

Desde que a discussão acerca da inserção do uso das tecnologias nas aulas de
matemática passou a ser foco em palestras, congressos e seminários na área de Educação
Matemática que pesquisadores e professores tem voltado seus estudos no interesse em
promover o uso de diferentes recursos tecnológicos como aliados no ensino-
aprendizagem. O uso do computador na sala de aula fomenta esta discussão porque foi o
primeiro recurso que nos possibilitou o uso de softwares, editores de texto, planilhas,
jogos e vídeos voltados para o ensino, pois os mesmos apresentam características que
podem favorecer o processo de ensino-aprendizagem. Mais tarde, os celulares foram
tomando o seu espaço em sala de aula, por ser um instrumento de fácil acesso e comum
a todos, sendo mais uma porta de entrada para o uso das tecnologias.
As Tecnologias Digitais da Comunicação e Informação (TDCI) trouxeram uma
nova forma de ensinar, facilitando a interação entre professor-aluno no compartilhar do
conhecimento. Com o avanço cada vez mais rápido da web, em sua versão 2.0 surgem os
recursos de áudio e vídeo que proporcionaram ao ensino um instrumento a mais como
metodologia, trazendo tanto para o aluno mais uma opção de interação e aproximação do
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conteúdo ensinado em sala de aula quanto ao professor rever suas práticas e sua forma de
comunicar o conhecimento e compartilhar a informação.
Afirmar que as tecnologias são pontes é dizer que leva a um caminho, e esse
caminho pode promover conhecimento e informação, quando bem utilizados dentro do
seu potencial, e isso depende da busca de cada um para sua utilização, e sabemos, de fato,
que essas tecnologias invadiram a vida escolar e social.
Portanto, promover ao aluno uma ferramenta de acesso rápido ao conhecimento,
seja em cursos presenciais ou a distância é permitir que todos tenham a oportunidade de
conhecer a informação com qualidade e seriedade, é formar e informar profissionais
capazes de atuar em áreas diversas de trabalho, acompanhando em paralelo a rapidez
como a informação se propaga. Sabemos que a escola é uma porta de entrada para o novo
conhecimento, muito embora ela esteja ainda propensa, em sua maioria, apenas ao uso
restrito da técnica milenar da escrita e ainda haja resistência ao uso das tecnologias.

E certo que a escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no
falar/ditar do mestre, na escrita manuscrita do aluno e, há quatro séculos, em
um uso moderado da impressão. Uma verdadeira integração da informática
(como audiovisual) supõe portanto o abandono de um hábito antropológico
mais que milenar, o que não pode ser feito em alguns anos. Mas as
“resistências” do social tem bons motivos. O governo, escolheu material da
pior qualidade, perpetuamente defeituoso, fracamente interativo, pouco
adequado aos usos pedagógicos. Quanto a formação dos professores, limitou-
se aos rudimentos da programação (de um certo estilo de programação, porque
existem muitos deles...), como se fosse o único uso possível de um
computador! (LEVY, 1993, p. 05).

Sendo assim, o professor deve ser o primeiro profissional a se inteirar do uso de


práticas que alavancam o ensino para que desta forma proporcione ao aluno outras opções
de aprendizagem e ao acesso à tecnologia.
E é nesse contexto e considerando as propostas dos Parâmetros Curriculares
nacionais (BRASIL, 1998), que tem como uma de suas propostas fazer o aluno utilizar
diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir
conhecimentos que viemos ressaltar a contribuição que o uso das tecnologias na Educação
Matemática podem promover ao ensino, com o objetivo de apresentar a experiência da
construção de um Podcast para o ensino-aprendizagem de matemática com o conteúdo
das Propriedades da Radiciação.

2. A proposta

Ao ouvir, pela primeira vez, o termo Podcast, não fazia a menor ideia do que se
tratava. Aconteceu durante a disciplina de Tecnologia da Informação e Comunicação e a
Prática Docente, ministrada pela Profª. Dra. Filomena Moita do Programa de Pós-
graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual da
Paraíba/ PPGECEM. Na ocasião, a proposta feita a todos os alunos era a construção de
um Podcast para ser apresentado em uma turma do ensino básico ou superior. O
importante era que se construísse uma aula diferente que pudesse mostrar outra forma de
metodologia de ensino, no conteúdo oferecido, e que servisse de complemento às aulas
presenciais, o que caracteriza uma das funções do Podcast.
Mesmo se referindo desta forma, eu ainda não tinha percebido a dimensão da
proposta e de tudo que a envolveria. Ao serem disponibilizados artigos sobre o assunto e
um livro tutorial que trazia a história do Podcast foi que vim entender de que ferramenta
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se tratava, percebendo ali o universo do uso dessa tecnologia tão útil no ensino. Percebi
também de que não era tarefa fácil e que iria exigir horas de dedicação. Com a leitura do
tutorial entendi que a construção de um Podcast exigiria habilidades com outros recursos
de mídia bastante presentes e utilizadas no ensino, tais como o Power Point, o Windows
Media Player, o Camtasia, o Audacity, enfim, instrumentos que são essenciais para
gravações de imagens e áudios, além do uso do computador, fones de ouvido e microfone.
A partir daí, decidir que conteúdo explorar e a que público direcionar. Foi então
que, baseada em minha experiência como professora em uma turma de ensino superior,
ministrando a disciplina de Matemática para o Ensino Básico II (MEB II), que contempla
o ensino de Trigonometria no Triângulo Retângulo onde se dá ênfase a operação de
Radiciação, que é caracterizada pelo uso de operações e simplificações com radicais, que
percebi a deficiência dos alunos em realizar tais operações, ao ponto de retomar aulas
desse conteúdo para que se pudesse avançar na disciplina. Assim, decidimos construir um
Podcast, que trouxesse uma linguagem acessível, básica e objetiva no ensino de
Radiciação, com ênfase nas Propriedades dos Radicais com o objetivo de ensinar e
proporcionar ao aluno uma revisão desse conteúdo em uma linguagem que pudesse
esclarecer as dúvidas apresentadas em sala de aula tornando o acesso a essa informação
um caminho rápido, de fácil consulta e apresentada pelo próprio professor da disciplina.

3. O que é um Podcast e por quê usá-lo?

De acordo com Carvalho e Aguiar (2010), Podcast é um ficheiro áudio digital que
pode contemplar tanto gravações em áudio como também inserir a captura de imagens
associadas a esse áudio, onde são particularmente chamados de Vodcast, Vidcast, ou
simplesmente Screencast. Esse recurso digital pode assumir várias funções, no caso aqui,
vamos apresentar alguns objetivos de cunho pedagógico, o Podcast no ensino.
Segundo as autoras, os primeiros Podcasts surgiram como gravações de aulas,
mas hoje assume várias finalidades. Tais como:

disponibilizar material de revisão, resumos de conceitos, motivar para a leitura


de artigos ou livros, rever procedimentos de trabalho, dar feedback aos alunos,
fornecer conteúdos suplementares, informar e orientar as atividades semanais,
preparar aulas laboratoriais, distribuir sumários, disponibilizar avisos, indicar
trabalhos a realizar e facilitar a comunicação em equipe, entre outros.
(CARVALHO & AGUIAR, 2010, p. 22).

Para os professores o uso do Podcast tem proporcionado aos alunos o acesso a


tópicos da aula em que há uma necessidade de uma explanação mais precisa e
esclarecedora, pois possibilita que os mesmos revejam os vídeos tanto quanto julgarem
necessários, auxiliando em uma aprendizagem independente. É importante ressaltar que
no decorrer da formação do professor se faz necessário o desenvolvimento de novas
habilidades e competências, provenientes de saberes acumulados ao longo da formação
como docente, e é nesse contexto que defendemos o desenvolvimento de práticas com o
uso de novos instrumentos que auxiliam o ensino que se incorporam ao professor em sua
trajetória mediante o acúmulo de diversos saberes.

Esses saberes provem de fontes diversas (formação inicial e contínua dos


professores, currículo e socialização escolar, conhecimento das disciplinas a
serem ensinadas, experiência na profissão, cultura pessoal e profissional,
aprendizagem com os pares, etc) (TARDIF, 2012, p.60).
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Ainda, segundo as autoras, os Podcasts podem ter diferentes propósitos


pedagógicos:
fomentar o desenvolvimento de determinadas competências, promover a
aprendizagem independente, a aprendizagem colaborativa e a aprendizagem
activa, proporcionar extensões às aulas através de resumos, fornecer instruções
para os alunos realizarem no laboratório de informática ou em estudos de
campo (EDIRISINGHA, et al., 2007, apud CARVALHO & AGUIAR, 2010,
p.22-23).

A autora ainda considera que o uso do Podcast deve ter em vista algumas questões,
como: a especificidade da disciplina, o perfil dos alunos e o perfil do professor.
Sendo assim, os Podcasts foram classificados considerando seis dimensões: tipo,
formato, duração, autoria, estilo e finalidade. Desta forma é possível direcionar o uso do
Podcast e toda a sua elaboração para que se obtenha o melhor resultado possível tanto em
sua composição como em sua área de atuação. A taxonomia de um Podcast ficou assim
estruturada:
• Quanto ao tipo: Expositivo/informativo; Feedback/Comentários;
Instruções/Orientações;
• Quanto ao formato: Áudio; Vídeo; Enhanced podcast;
• Quanto a duração: curto; moderado; longo;
• Quanto a autoria: professor; aluno; outros;
• Quanto ao estilo: formal ou informal;
• Quanto a finalidade: informar, analisar, motivar, sensibilizar, resumir, sintetizar,
refletir, questionar, explicar, desafiar, etc;

O nosso Podcast assume as características de um Screencast, por se constituir em


imagens dinâmicas e animadas com a introdução de uma locução, do tipo
Expositivo/Informativo por explicar um conteúdo já trabalhado em sala de aula, de curta
duração, exatamente 3’34”(três minutos e trinta e quatro segundos), com estilo formal por
apresentar um contexto pedagógico e com a finalidade de apresentar um conteúdo
matemático de grande dificuldade no Ensino Básico.

4. A elaboração do roteiro

Após decidir o conteúdo que seria revisado no Podcast, a elaboração do roteiro


para a inserção do áudio é exatamente o início de todo o processo. Inserir uma locução
planejada em um vídeo requer atenção ao tom de voz, à dicção, ao vocabulário utilizado
que deve ser compatível e direcionado ao público que assistirá, no caso, aos alunos de
graduação em Licenciatura em Matemática, que serão futuros docentes, e por isso a
preocupação em utilizar a palavras e conotações adequadas, leva-se em consideração
também o tempo da locução, pois a objetividade e clareza são essenciais para não haver
redundância nas informações e nem ambiguidade.
Assim,
Numa continuidade com o espaço da sala de aula, a voz da professora
funcionou essencialmente, e segundo os alunos, como captador de atenção e
facilitador da compreensão. Esta é uma dimensão fundamental, associada à
qualidade perceptiva da gravação, uma perceptibilidade que não é meramente
fônica mas tem a ver com a planificação do texto lido/dito pelo professor. A
clareza da informação é uma característica positiva unanimemente salientada
pelos alunos. (...) que o tom de voz transmitia uma sensação de empatia, e que
eram claros na informação que transmitia. (...) estes são dados importantes para
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a construção do Podcast no contexto académico e, especialmente acentuam a


importância que a voz do professor pode assumir. (MARQUES, 2010, p. 261).

Mas não tomamos ciência desses critérios automaticamente ao começarmos a


produção do áudio, tudo isso vai tomando forma à medida que se vai escrevendo o roteiro
e tentando expressar da forma mais sucinta, o possível, o que se quer realmente
apresentar. Percebemos que, ao escrever, é necessário visualizar o que vai surgir na tela
junto com a locução e foi nesse momento que vimos que antes da escrita do roteiro ter-
se-ia que construir cada slide contendo o tópico que se queria apresentar do conteúdo
escolhido para assim, haver consonância entre a imagem e o áudio.
Desta forma, a escrita foi acontecendo naturalmente, pois com a imagem pronta a
narração se dá como uma leitura do que está se vendo, em um tom de voz suave e pausado
para a sintonia dos dois, tendo em conta, segundo estudos e depoimentos de estudantes
de nível superior com o uso do Podcast, que a duração do mesmo para esses fins não
devem ultrapassar dos cinco minutos, pois o tornaria exaustivo, já que a finalidade é ser
objetivo.
O roteiro foi digitado em uma tabela de duas colunas, no Word, apresentando-se
da seguinte forma:

Figura 1- Modelo do roteiro em word

Na coluna da esquerda a imagem do slide, com suas respectivas figuras e na coluna


da direita, o roteiro de fala, que deve ser lido em sua íntegra. Todos os slides passavam
por esse processo para a garantia do planejamento em cada situação apresentada, já que
se tratava de uma aula para complementação do conteúdo.

5. A construção dos slides

Como dito anteriormente, a construção dos slides se deu inicialmente para que se
pudesse elaborar a locução de cada um.
No caso desse Podcast, escolhemos o uso do Power Point, que é uma ferramenta
do Office bastante utilizada entre os docentes, o que facilita já o início dessa etapa de
construção. Além desse, há outros caminhos para a construção da tela de imagens do
Screencast, citadas anteriormente, mas o Power Point por ser uma ferramenta mais
comum e acessível a qualquer computador, preferimos utilizá-lo para também ampliar o
seu uso, pois o mesmo pode ser convertido, dentro de suas próprias funções, em um vídeo
Media Player.
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Cada slide foi montado utilizando a ferramenta Equation, do próprio Power Point
juntamente com as suas animações. A cada sentença formada no editor matemático, era
utilizada uma animação onde se inseria efeito de entrada e ênfase em cada item,
separadamente, mediante a fala que era introduzida simultaneamente ao seu aparecimento
na tela. Esse trabalho requer habilidade com o Equation e com a ferramenta de animação
do software, trabalho que leva horas para ser finalizado, pois exige a conferência de cada
um para uma real sintonia entre imagem e locução.
Foram construídos oito slides, onde o primeiro trazia apenas as boas-vindas e a
apresentação do conteúdo e do professor, o último referia-se aos agradecimentos e os
demais traziam os tópicos de radiciação com suas propriedades, iniciando pela
representação da operação de radiciação, como raiz quadrada e raiz cúbica, que são as
mais utilizadas seguidos dos que apresentavam a ideia de raiz quadrada e seus objetivos
operacionais, e os outros slides cada um, trazendo as quatro propriedades da radiciação,
objetivo geral da construção do Screencast.

5.1 A criação do Avatar

Foi sugerido pela professora a criação de um avatar para incremento do nosso


Screencast. O avatar é uma espécie de caricatura da pessoa que o cria, apresentando
características faciais e corporais no corpo de um “boneco” para realçar a animação dos
slides. Para isso, utilizou-se o aplicativo Bitmoji, disponível em www.bitmoji.com na qual
foi feito o seu download no tablet, onde foi criado a figura e, em seguida, transferido para
o computador como uma imagem JPEG. Com essa ferramenta é possível obter a imagem
do avatar em diferentes situações estáticas, como “estar pensando”, “sorrindo”,
“indicando uma dúvida”, “chorando”, “chamando a atenção”, “acenando um Adeus”,
entre outras.

Figura 2- Algumas imagens do avatar utilizadas nos slides

Utilizar aplicativos como este enriquecem o trabalho do Screencast e possibilita o


uso de outros recursos tecnológicos que ilustram o trabalho com a qualidade visual.

6. A gravação

A introdução da locução em cada slide durou cerca de umas 4 horas, onde se vê o


quanto requer ajustes para a sintonia com as imagens animadas, já que o Screencast tem
apenas a duração de 3’34”.
A inserção da voz foi gravada no próprio software Power Point, que permite a
captura de um áudio gravado em tempo real e separadamente em cada slide. Com o roteiro
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de fala pronto, em mãos, ao dar-se o comando do play, na captura de voz, fazia-se a


narração em que o microfone do computador registrava a voz; tudo feito em um ambiente
de total silêncio e livre de qualquer ruído, pois a sensibilidade do microfone poderia captar
qualquer outro som em paralelo com a voz, e assim, não permitiria a qualidade do áudio
gravado. Todo esse percurso de gravação foi interrompido algumas vezes por erro de
dicção, atropelo na leitura do roteiro, ruídos inesperados, pausas longas ou curtas demais
para o tempo necessário que deveria durar a fala naquele slide, o que nos fazia rever todo
o trajeto.
Uma vez terminada a gravação de um determinado slide, era hora de sintonizar
com a animação já realizada, o que levava minutos para concluir. A locução já gravada
deveria estar em sintonia com a imagem que ia surgindo na tela, de forma paralela. Cada
item que ia surgindo era preciso alterar o seu tempo de apresentação para que todos não
aparecessem de uma só vez. Em alguns casos, acontecia da narração terminar antes que
os itens surgissem no slide e isso teve que ser modificado várias vezes.
Essas situações são exemplos do que pode acontecer com a construção de um
Screencast com o uso do Power Point, por isso se faz necessário a habilidade com os
recursos do software.
Terminada a gravação de cada slide com seus devidos ajustes, então é possível
transformar o arquivo em um vídeo, comando que há na barra de execução de tarefas do
Power Point, no item “ARQUIVO”, depois, “Exportar” e, em seguida, “Alterar tipo de
arquivo”, desta forma, dependendo do tamanho do arquivo, aguarde-se o tempo de
conversão para o vídeo Media Player e está pronto seu Screencast.

7. Reflexões e considerações

Após concluída a conversão do slide em vídeo é impressionante o resultado, pois


foi a sensação que tive. Um trabalho que leva quase três minutos, apenas, para ser
apresentado, mas que precisou de quase trinta dias para nascer, mostra o quanto podemos
ir longe na construção de um instrumento para a sala de aula, pois é assim que o Podcast
pode ser visto e avaliado. Independente do conteúdo a ser abordado, o potencial desse
material traz ao professor, tanto no Ensino Básico como no Ensino Superior, subsídio
para inovar e complementar os estudos dentro e fora de sala de aula que dependendo da
criatividade de quem o utiliza pode trazer benefícios pedagógicos e até suprir outras
necessidades básicas no ensino como, por exemplo, as aulas que não puderam ser
administradas dentro do cronograma presencial, entre outras funções.

O podcast, entendo-o como estratégia/instrumento de alargamento do espaço


da aula, de abertura a novas possibilidades na interacção do professor com os
alunos, segundo a modalidade conhecida como b-learning, ou ensino
combinado (CARVALHO & AGUIAR, 2010, p. 253).

Assim, podemos ver que para o professor dinamizar sua aula é possível criar
inúmeras formas de utilizar um Podcast, seja ele em qualquer uma de suas variações,
estilo, duração e finalidade. O uso desta ferramenta pode proporcionar tanto ao aluno que
o utiliza como meio de rever o conteúdo, como para o professor que o cria para
complementar e/ou inovar em suas aulas, uma estratégia de aprendizagem inovadora que
enriquece e valoriza o trabalho pedagógico, aproximando a relação entre professor e
aluno.
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Referências Bibliográficas

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais de


5ª a 8ª séries: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CARVALHO, Ana Amélia; AGUIAR, Cristina A. Almeida. (Org.) Podcasts para


ensinar e aprender em contexto. Portugal: De facto Editores, 2010.

https://www.bitmoji.com. Acesso em 15/11/2016, as 14h.

LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

MARQUES, Maria Aldina. Podcasts no Ensino superior – uma estratégia de


complementação lectiva. In: CARVALHO, Ana Amélia; AGUIAR, Cristina A. Almeida.
(Org.). Podcasts para ensinar e aprender em contexto. Portugal: De facto Editores,
2010, p. 250-264.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 13 ed. Petrópolis, RJ:


Vozes, 2012.

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