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17/06/2021

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA
FORJAMENTO

Prof. Charles L. Israel


israel@upf.br

FORJAMENTO

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FORJAMENTO

O forjamento consiste na deformação de um metal sob


ação de compressão direta de tal modo que o mesmo tenda
a assumir o contorno ou perfil da ferramenta de trabalho
com superfície geralmente plana ou côncava.

FORJAMENTO

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Forjamento x Fundição

Forjamento x Usinagem

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FORJAMENTO

Vantagens

• Precisão dimensional;

• Excelentes propriedades mecânicas (boa resist. Mecânica,


ductilidade, tenacidade e resist à fadiga)

• Bom aproveitamento de matéria-prima;

• Boa repetibilidade;

• Custos baixos de produção.

FORJAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSO DE FORJAMENTO

FORJAMENTO

MATRIZ ABERTA
MATRIZ FECHADA

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FORJAMENTO

Na maioria das operações de forjamento emprega-se um


ferramental constituído por um par de ferramentas de superfície
plana ou côncava, denominadas
matrizes ou estampos

FORJAMENTO
FORJAMENTO EM MATRIZ FECHADA

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FORJAMENTO

Exemplos de peças obtidas

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FORJAMENTO

Exemplos de peças obtidas

Cubos e Biela

Divisória de titânio do avião F-22


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FORJAMENTO
Os processos convencionais de forjamento são executados
tipicamente nas seguintes etapas consecutivas:

1. Corte do material;

2. Aquecimento (para forjamento a quente);

3. Pré-conformação mediante operações de forjamento livre, também


conhecida como conformação intermediária;

4. Forjamento em matriz (em uma ou mais etapas);

5. Rebarbação;

6. Tratamento térmico (remoção de tensões, homogeneização da


estrutura, melhoria da usinabilidade e propriedades mecânicas).

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Fatores que afetam o forjamento

1. Material

2. Tamanho do lote

3. Temperatura (a quente, a morno e a frio)

4. Forma

5. Redução de peso

6. Integridade do Produto

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FORJAMENTO

Tipos

Em matriz aberta
Em matriz fechada
(forjamento livre)

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

O material é conformado entre matrizes planas ou de formato simples,


que normalmente não se tocam.

É usado geralmente para

- peças grandes,
- forma relativamente simples;
- pequeno número;

- Matéria prima para forjamento mais complexas.

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Recalque ou recalcamento

Compressão direta do material entre um par de


ferramentas de face plana ou côncava, visando
primariamente reduzir a altura da peça e aumentar a sua
secção transversal.

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Recalque ou recalcamento

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Estiramento

Visa aumentar o
comprimento de uma peça às
custas da sua espessura
Ex. Cutelaria

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Estiramento

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Encalcamento

Variedade de estiramento em que se


reduz a secção de uma porção
intermediária da peça, por meio de uma
ferramenta ou impressão adequada.

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Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Encalcamento

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Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Rolamento

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

TIPOS DE FORJAMENTO LIVRE

Caldeamento

Visa produzir a soldagem de duas superfícies


metálicas limpas e aquecidas, colocadas em
contato e submetidas à compressão

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Aberta (Forjamento Livre)

COMBINAÇÃO DAS OPERAÇÕES

• formas regulares (anéis, eixos)


• peças de grandes dimensões
• baixa produtividade
• normalmente realizado em martelos

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Fechada

Peças de formas complexas ou de precisão não podem


ser obtidas por técnicas de forjamento livre, exigindo
matrizes especialmente preparadas que contenham o
negativo (ou contorno) da peça a ser produzida.

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FORJAMENTO
Pré forjamento Forjamento
Corte da tira Processo em Matriz Fechada

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FORJAMENTO

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Fechada

VANTAGENS

• para peças de geometrias complexas;

• alta produtividade;
• maior homogeneidade estrutural;

• melhor qualidade dimensional;


• normalmente realizado em prensas;

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Fechada

LIMITAÇÕES

• Dada a dificuldade de dimensionar a quantidade exata fornecida


de material, é mais comum empregar um pequeno excesso.
• As matrizes são providas de uma zona oca especial para
recolher o material excedente ao término do preenchimento da
cavidade principal.
• O material excedente forma uma faixa estreita (rebarba) em
torno da peça forjada.
• A rebarba exige uma operação posterior de corte (rebarbação)
para remoção.
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FORJAMENTO
Processo em Matriz Fechada

FORMAÇÃO DA REBARBA

• Atuar como "válvula de segurança" para o excesso de metal na


cavidade das matrizes; e

• Regular o escapamento do metal, aumentando a resistência ao


escoamento do sistema de modo que a pressão cresça até valores
elevados, assegurando que o metal preencherá todos os recessos
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da cavidade.
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FORJAMENTO
REBARBA

1. região mais tensionada do


forjado
2. garantir preenchimento correto
das matrizes
3. escoar excesso de material do
tarugo
4. acomodar defeitos de
forjamento

Rebarba!
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FORJAMENTO
REBARBA
Processo em Matriz Fechada

Procura-se dimensionar a garganta da rebarba de modo


que a extrusão do metal através dela seja mais DIFÍCIL que
o preenchimento do mais intrincado detalhe da matriz
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FORJAMENTO

Processo em Matriz Fechada

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FORJAMENTO

Processo em Matriz Fechada

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FORJAMENTO
Processo em Matriz Fechada

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FORJAMENTO

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FORJAMENTO

Aplicação do carregamento compressivo

A compressão é aplicada por meio de:

1. GOLPES: (p. ex.: martelos)

2. CONTÍNUA: (p. ex.: prensas hidráulicas)

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FORJAMENTO
DEFEITOS
Defeitos típicos do forjamento

1. Falta de redução;
2. Trincas superficiais;
3. Trincas na rebarba;
4. Trincas internas;
5. Juntas frias;
6. Incrustrações de óxidos;
7. Descarbonetação;
8. Queima.

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FORJAMENTO

Defeitos típicos do forjamento

1. Falta de redução - caracteriza-se pela penetração


incompleta do metal na cavidade da ferramenta. Isso
altera o formato da peça e acontece quando são
usados golpes rápidos e leves do martelo, quando a
garganta da rebarba é mal dimensionada ou quando
existem gases aprisionados.

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FORJAMENTO

Defeitos típicos do forjamento

1. Falta de redução

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FORJAMENTO

Defeitos típicos do forjamento

2. Trincas superficiais - causadas por trabalho


excessivo na periferia da peça em temperatura
baixa, ou por alguma fragilidade a quente

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FORJAMENTO

Defeitos típicos do forjamento

Trincas Superficiais
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FORJAMENTO

Defeitos típicos do forjamento

3. Trincas nas rebarbas - causadas pela presença de


impurezas nos metais ou porque as rebarbas são
pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e podem
penetrar na peça durante a operação de rebarbação.

4. Trincas internas - originam-se no interior da peça,


como conseqüência de tensões oriundas de
grandes deformações.

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FORJAMENTO

Defeitos típicos do forjamento

5. Juntas frias - são descontinuidades originadas pela dobra de


superfícies, sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por
fluxos anormais de material quente dentro das matrizes,
incrustações de rebarbas, colocação inadequada do material na
matriz.

Fonte: www.forgemag.com
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FORJAMENTO

Defeitos típicos do forjamento

6. Incrustações de óxidos - causadas pela camada de óxidos que


se formam durante o aquecimento. Essas incrustações
normalmente se desprendem mas, ocasionalmente, podem
ficar presas nas peças.
7. Descarbonetação - caracteriza-se pela perda de carbono na
superfície do aço, causada pelo aquecimento do metal.

8. Queima - gases oxidantes penetram nos limites dos contornos


dos grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo
aquecimento próximo ao ponto de fusão.

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FORJAMENTO

Etapas do processo de forjamento

6. Incrustações de óxidos - causadas pela camada de óxidos que


se formam durante o aquecimento. Essas incrustações
normalmente se desprendem mas, ocasionalmente, podem
ficar presas nas peças.
7. Descarbonetação - caracteriza-se pela perda de carbono na
superfície do aço, causada pelo aquecimento do metal.

8. Queima - gases oxidantes penetram nos limites dos contornos


dos grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo
aquecimento próximo ao ponto de fusão.

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Etapas do processo de forjamento

• 1) Raios de concordância.
• 2) Ângulo de saída:
• Normalmente 7o
• 3) Sobremetal para usinagem:
• Peças até 20mm de diâmetro ou largura) – 0,5 a
1,0 mm
• Peças entre 20mm e 80mm de diâmetro ou
largura) – 1,0 a 10 mm.
• 4) Considerar a contração térmica dos metal:
• Aço 1,0%(de 1020oC a 20oC)
• Bronze 0,8%(de 520oC a 20oC)
• Latão 0,9%(de 520oC a 20oC)
• Cobre 0,8%(de 520oC a 20oC)
• Ligas leves 0,9%(de 420oC a 20oC)
• 5) Posição e quanEdade de rebarba:
• a rebarba deve ser plana;
• deve ser posicionada no plano de simetria;
• plano mais externo possível para facilitar a
rebarbação;
• dimensionamento da rebarba (b=largura e
s=espessura).

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Força no forjamento livre

ℎ0
𝑉. 𝑅(ln )
𝑃= ℎ𝑖
∆ℎ

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Dimensionamento da M.P. para forjamento

𝑆 = 0,015 𝐴! (1)
"
#
= 0,63 𝐷 (2) s
b
$!%$&
𝑉𝑔 = ',)* (,...) (3)

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FORJAMENTO

• h"ps://www.youtube.com/watch?v=lPt3XPYcrdY
• h"ps://www.youtube.com/watch?v=n6Vzg106SVw

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