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No núcleo desse átomo estão presentes os neutrões (sem carga) e os protões (carga positiva).
Por norma um ião é sempre carregado eletricamente, tem excesso de cargas negativas ou
cargas positivas.
Por sua vez o número de massa A, corresponde à soma do número de protões com o número
de neutrões.
Os eletrões giram à volta do núcleo em camadas bem definidas, chamadas orbitais, com
distâncias diferentes ao núcleo.
Os eletrões da camada mais externa chamam-se eletrões de valência, e são eles que
determinam as propriedades químicas do átomo.
Se tem a camada de valência completa, então a estrutura eletrónica é estável (os átomos
trocam, ganham ou perdem eletrões para atingir essa estabilidade).
Nas orbitais: eletrões atraídos pelos protões, os níveis de energia são bem definidos, os
eletrões não podem assegurar níveis de energia intermediários e para trocarem de nível os
eletrões têm de receber a energia exata que diferencia os níveis em questão.
O eletrão recebe energia suficiente, é arrancado, torna-se num eletrão livre e o átomo é
ionizado.
Os estados que têm o mesmo valor de n e l formam uma subcamada (s, p, d, f).
Na configuração eletrónica, se o último spin for para cima então ms=-1/2, se for para baixo
ms=1/2.
ANA CAROLINA CARAMEZ LEBIOM
n- Camada l- Subcamada
Número Número
quântico quântico
principal orbital
1 K 0 s
2 L 1 p
3 M 2 d
4 N 3 f
Princípio da Exclusão de Pauli: cada estado eletrónico não pode ter mais de 2 eletrões, com
spins opostos (imaginar as caixinhas). Como giram em sentidos opostos, cria-se uma força
magnética de atração.
Regra de Hund: um dado subnível deve ter o maior número possível de eletrões
desemparelhados (isolados). Primeiro as setas para cima e só depois as setas para baixo.
Primeiro os eletrões preenchem os estados mais baixos de energia e só depois seguem para os
mais elevados.
Os estados que não cumprem com as regras dos números quânticos, não existem.
Ligação Iónica: Os eletrões de valência são transferidos entre átomos, formando iões; Formam-
se entre átomos de diferentes eletronegatividades; Não é direcional, a atração é mútua;
Ligação forte, o ponto de fusão dos materiais com este tipo de ligação é alto; Ligação
predominante nos materiais cerâmicos; A intensidade da força obedece à Lei de Couloumb; A
inclinação da curva no ponto de equilíbrio, dá a força necessária para separar os átomos sem
promover a quebra da ligação; Inclinação grande= materiais rígidos; Inclinação ténue=
materiais flexíveis.
Quanto maior for a diferença nas eletronegatividades dos átomos, mais iónica é a ligação e
menos covalente é.
Ligação Metálica: Nos metais existe uma grande quantidade de eletrões livres (eletrões de
condução), que não estão presos a nenhum átomo em particular; Estes são compartilhados
pelos átomos, formando uma nuvem eletrónica, responsável pela alta condutividade térmica e
elétrica destes materiais; Não é direcional; Há compartilhamento de eletrões, envolvendo
todos os átomos; Ligação forte, mas menos que a iónica e covalente.
ANA CAROLINA CARAMEZ LEBIOM
Ligações de Van Der Walls: Ligação sem troca/compartilhamento de eletrões; Ligação gerada
por pequenas assimetrias na distribuição das cargas elétricas dos átomos, que criam dipolos
(par de cargas opostas que mantêm uma certa distância entre si- permanente ou induzido).
Os átomos de CARBONO no GRAFITE são unidos fortemente pelas ligações covalentes, mas só
ao longo de 1 plano, diferente da estrutura 3D do DIAMANTE. Estes planos de átomos de
CARBONO empilham-se uns nos outros sendo as forças muito fracas, deslizam uns nos outros,
daí a GRAFITE ser extremamente lubrificante.
Materiais não cristalinos/amorfos- não existem ordem de longo alcance na disposição dos
átomos.
Modelo atómico da esfera rígida- no caso dos metais, todos os átomos do modelo atómico são
iguais; no caso dos materiais cerâmicos, todos os átomos do modelo atómico são diferentes.
Curto alcance: materiais amorfos, organização apenas até aos átomos vizinhos, desorganização
nas posições dos átomos, sem estrutura periódica, estruturas complexas e resfriamento rápido
(quenching).
Longo alcance: materiais cristalinos, arranjo espacial de átomos que se estende por longas
distâncias, organização na posição dos átomos, arranjos 3D periódicos.
A ligação metálica não tem restrições acerca do número e posição dos átomos vizinhos mais
próximos.
ANA CAROLINA CARAMEZ LEBIOM
Calcular densidades= (número de átomos vezes Massa molar) / (Volume da célula unitária
vezes Na)
Polimorfismo- alguns metais e não metais podem ter mais do que 1 estrutura cristalina,
dependendo da temperatura e pressão.
Direções cristalográficas:
Direções equivalentes: certos grupos de direções são equivalentes, formando uma família
<hkl>.
Índices de Miller: menores valores inteiros obtidos a partir dos inversos dos pontos de
interseção do plano com os eixos.
Nota: quando as interseções com os eixos não são óbvias, deslocar o plano ou origem para
obter as interseções corretas.
Materiais policristalinos: muitos dos sólidos são compostos de cristais mais pequenos/grãos; a
orientação cristalográfica varia de grão para grão, formando os contornos de grão (região de
encontro de 2 grãos); a textura é a orientação preferencial dos grãos; as orientações de grãos
individuais são aleatórias; cada grão é anisotrópico, mas uma amostra de grãos comporta-se
isotropicamente.
O deslizamento ocorre nos planos com maior DAP e, para os planos ao longo de direções, com
o maior empacotamento atómico.
A difração atómica ocorre quando uma onde encontra uma série de obstáculos regularmente
separados que são capazes de dispersar a onde e possuem espaçamentos comparáveis ao
comprimento de onda h; A difração é uma consequência de relações de fase específicas
estabelecidas entre 2 ou mais ondas que foram dispersas pelos obstáculos; Fenómeno de
interferência construtiva ou não construtiva.
1- A difração só vai ocorrer para células unitárias que só têm átomos nos vértices das
células;
2- Na estrutura CCC, h+k+l=par para ocorrer difração;
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3- Na estrutura CFC, h k l tem de ser ou todos pares ou todos ímpares para ocorrer a
difração;
Os picos de alta intensidade ocorrem quando a condição da difração de Bragg é satisfeita para
um dado número de planos cristalográficos.
Defeito cristalino: irregularidade na rede cristalina (arranjo periódico) dos átomos do cristal.
Lacunas: sítio vago na rede cristalina que está com a falta de um átomo ou ião; não é possível
criar um material livre de lacunas; a presença de lacunas aumenta a aleatoriedade (entropia)
do cristal; o número de lacunas aumenta exponencialmente com a temperatura.
Defeito intersticial: átomo do cristal que se encontra comprimido num sítio intersticial, que é
um espaço vazio que deveria estar ocupado; um defeito destes introduz distorções
relativamente grandes aos seus vizinhos da rede cristalina, uma vez que o átomo é bem maior
que o espaçamento do interstício; a formação de um defeito auto-intersticial implica a criação
de uma lacuna, por isso é menos provável de acontecer.
Defeito substitucional: um átomo da rede cristalina é substituído por outro átomo de tamanho
diferente.
Defeito Frenkel: ocorre em sólidos iónicos; ocorre quando um ião saí da sua posição normal e
vai para um interstício; catião intersticial + lacuna catiónica.
Defeito Schottky: lacuna aniónica + lacuna catiónica; presentes em compostos que têm de
manter o balanço de cargas; falta de um anião e de um catião.
Solubilidade: quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida numa dada quantidade de
solvente, a uma dada temperatura.
A discordância pode mudar de direção e de natureza no interior do cristal, mas o seu vetor de
Burgers será o mesmo em todos os pontos ao longo da sua linha.
Defeitos interfaciais: contornos que possuem 2 dimensões e que separam regiões que
possuem estruturas cristalinas e/ou direções cristalográficas diferentes.
posições interiores. As ligações desses átomos de superfície, que não estão completas,
dão origem a uma energia de superfície;
2. Contornos de grão= contorno que separa 2 pequenos grãos ou cristais com
orientações cristalográficas diferentes nos materiais policristalinos. Na região do
contorno, que possui uma largura de poucos átomos, existe um desajuste atómico na
transição da orientação cristalina de um grão para a de um grão adjacente. Quando o
desajuste da orientação é pequeno, o termo é contorno de grão pequeno ângulo.
Quando ângulo de desorientação é paralelo ao contorno, o resultado é um contorno
de torção (arranjo de discordâncias espirais);
3. Contorno de fase= materiais multifásicos. Fase diferente de cada lado do contorno.
Cada uma das fases possui as suas próprias características FQ.
4. Contorno de macla= átomos do lado 1 estão espelho a espelho em relação aos átomos
do lado 2. As maclas resultam de deslocamentos atómicos produzidos a partir da
aplicação de forças de cisalhamento (maclas de deformação), e também durante
tratamentos térmicos de recozimento após deformações (maclas de recozimento).
5. Defeitos interfaciais diversos= falhas de empilhamento em planos compactos. Paredes
de domínio Ferromagnético, o contorno que separa regiões com diferentes direções
de magnetização.
Vibrações atómicas: a uma dada temperatura haverá uma distribuição de energias para os
átomos constituintes.
DIFUSÃO ATÓMICA:
Autodifusão: quando a difusão ocorre em metais puros, onde os átomos trocam de posição.
Mecanismos de difusão:
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Difusão por lacunas: um átomo deixa o seu lugar na rede cristalina para preencher uma lacuna
próxima, vão contra o gradiente de concentração.
Difusão intersticial: migração de átomos de uma posição intersticial para outra, que esteja
vazia. Comum em impurezas e átomos pequenos (facilidade em moverem-se).
NOTA: Nos metais é mais comum o movimento intersticial (o átomo pequeno move-se sem
distorção) do que o movimento por lacunas (tenho de desfazer várias ligações e provocar uma
distorção na rede.
1. Espécie em difusão
2. Energia de ativação (energia necessária para produzir o movimento difusivo de 1 mol
de átomos)
3. Temperatura
4. Coeficiente de Difusão
5. Composição
DIAGRAMAS DE FASE:
Componente: metais puros e /ou compostos dos quais uma liga é composta.
Soluto: é usado para denotar um elemento ou composto presente numa concentração menor.
Sistema:
Solução sólida: consiste em átomos de pelo menos dois tipos diferentes; os átomos de soluto
ocupam posições substitucionais/ intersticiais na rede do solvente e a estrutura cristalina é
mantida.
Equilíbrio de fases: a energia livre é uma função da energia interna de um sistema, e também,
da aleatoriedade/desordem dos átomos/ moléculas (entropia). Um sistema está em equilíbrio
se a sua energia livre está num valor mínimo sob uma condição específica de temperatura,
pressão e composição.
Diagrama de Fase- Sistema Ferro-Carbono & Evolução microestrutural & Regra da Alavanca
Reações trifásicas;