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ANA CAROLINA CARAMEZ LEBIOM

ESTRUTURA ATÓMICA E LIGAÇÃO INTERATÓMICA:

Um átomo é formado pelo núcleo e pela nuvem eletrónica.

No núcleo desse átomo estão presentes os neutrões (sem carga) e os protões (carga positiva).

Na nuvem eletrónica estão presentes os eletrões (carga negativa).

Por norma um ião é sempre carregado eletricamente, tem excesso de cargas negativas ou
cargas positivas.

O número atómico Z, corresponde ao número de protões, ou seja, ao número de eletrões.

Por sua vez o número de massa A, corresponde à soma do número de protões com o número
de neutrões.

Os eletrões giram à volta do núcleo em camadas bem definidas, chamadas orbitais, com
distâncias diferentes ao núcleo.

Existe um número potencial máximo de 7 camadas que contêm eletrões. K L M N O P Q


(ordem crescente de distância ao núcleo).

Os eletrões da camada mais externa chamam-se eletrões de valência, e são eles que
determinam as propriedades químicas do átomo.

Se tem a camada de valência completa, então a estrutura eletrónica é estável (os átomos
trocam, ganham ou perdem eletrões para atingir essa estabilidade).

Nas orbitais: eletrões atraídos pelos protões, os níveis de energia são bem definidos, os
eletrões não podem assegurar níveis de energia intermediários e para trocarem de nível os
eletrões têm de receber a energia exata que diferencia os níveis em questão.

Quanto mais perto do núcleo, mais ligado o eletrão está.

O eletrão recebe energia suficiente, é arrancado, torna-se num eletrão livre e o átomo é
ionizado.

Os estados com o mesmo número quântico principal formam uma camada.

Os estados que têm o mesmo valor de n e l formam uma subcamada (s, p, d, f).

n- Número quântico principal;

l- Número quântico orbital;

ml- Número quântico magnético orbital;

ms- Número quântico magnético de spin;

Na configuração eletrónica, se o último spin for para cima então ms=-1/2, se for para baixo
ms=1/2.
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n- Camada l- Subcamada
Número Número
quântico quântico
principal orbital
1 K 0 s

2 L 1 p

3 M 2 d

4 N 3 f

Princípio da Exclusão de Pauli: cada estado eletrónico não pode ter mais de 2 eletrões, com
spins opostos (imaginar as caixinhas). Como giram em sentidos opostos, cria-se uma força
magnética de atração.

Regra de Hund: um dado subnível deve ter o maior número possível de eletrões
desemparelhados (isolados). Primeiro as setas para cima e só depois as setas para baixo.

Primeiro os eletrões preenchem os estados mais baixos de energia e só depois seguem para os
mais elevados.

Os estados que não cumprem com as regras dos números quânticos, não existem.

A energia de ligação é a energia necessária para remover um eletrão de uma orbital.

É mais elevada para a camada K, devido à sua proximidade ao núcleo, carregado


positivamente.

Ligação Iónica: Os eletrões de valência são transferidos entre átomos, formando iões; Formam-
se entre átomos de diferentes eletronegatividades; Não é direcional, a atração é mútua;
Ligação forte, o ponto de fusão dos materiais com este tipo de ligação é alto; Ligação
predominante nos materiais cerâmicos; A intensidade da força obedece à Lei de Couloumb; A
inclinação da curva no ponto de equilíbrio, dá a força necessária para separar os átomos sem
promover a quebra da ligação; Inclinação grande= materiais rígidos; Inclinação ténue=
materiais flexíveis.

Ligação Covalente: Compartilhamento de eletrões de valência entre os átomos; Forma-se com


átomos de alta eletronegatividade; É direcional e forma ângulos de ligação bem definidos;
Ligação forte; Comum entre compostos orgânicos e materiais poliméricos.

Quanto maior for a diferença nas eletronegatividades dos átomos, mais iónica é a ligação e
menos covalente é.

A diferença nas eletronegatividades entre os elementos leva a uma polarização da ligação.

Ligação Metálica: Nos metais existe uma grande quantidade de eletrões livres (eletrões de
condução), que não estão presos a nenhum átomo em particular; Estes são compartilhados
pelos átomos, formando uma nuvem eletrónica, responsável pela alta condutividade térmica e
elétrica destes materiais; Não é direcional; Há compartilhamento de eletrões, envolvendo
todos os átomos; Ligação forte, mas menos que a iónica e covalente.
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Ligações de Van Der Walls: Ligação sem troca/compartilhamento de eletrões; Ligação gerada
por pequenas assimetrias na distribuição das cargas elétricas dos átomos, que criam dipolos
(par de cargas opostas que mantêm uma certa distância entre si- permanente ou induzido).

Os átomos de CARBONO no GRAFITE são unidos fortemente pelas ligações covalentes, mas só
ao longo de 1 plano, diferente da estrutura 3D do DIAMANTE. Estes planos de átomos de
CARBONO empilham-se uns nos outros sendo as forças muito fracas, deslizam uns nos outros,
daí a GRAFITE ser extremamente lubrificante.

Nanotubos de carbono- Têm a maior resistência mecânica entre todos os materiais


conhecidos, não quebram nem deformam quando submetidos a altas pressões. São os
melhores condutores de calor e podem transportar eletricidade.

ESTRUTURA DE SÓLIDOS CRISTALINOS:

A estrutura de sólidos explica a diferença significativa nas propriedades de materiais cristalinos


e não cristalinos da mesma composição.

Materiais cristalinos- os átomos encontram se ordenados sobre longas distâncias atómicas


formando uma estrutura tridimensional que se chama rede/retícula cristalina (arranjo 3D de
pontos que coincidem com as posições dos átomos, ou seja, os centros das esferas). Materiais
cerâmicos, poliméricos (ambos complexa) e metais (simples).

Materiais não cristalinos/amorfos- não existem ordem de longo alcance na disposição dos
átomos.

Modelo atómico da esfera rígida- no caso dos metais, todos os átomos do modelo atómico são
iguais; no caso dos materiais cerâmicos, todos os átomos do modelo atómico são diferentes.

Curto alcance: materiais amorfos, organização apenas até aos átomos vizinhos, desorganização
nas posições dos átomos, sem estrutura periódica, estruturas complexas e resfriamento rápido
(quenching).

Longo alcance: materiais cristalinos, arranjo espacial de átomos que se estende por longas
distâncias, organização na posição dos átomos, arranjos 3D periódicos.

Célula unitária- unidade básica estrutural repetitiva da estrutura tridimensional; menor


número de átomos que representam a simetria de uma estrutura cristalina; todas as posições
dos átomos no cristal podem ser geradas por translações das distâncias integrais da célula
unitária ao longo das suas arestas.

A ligação metálica não tem restrições acerca do número e posição dos átomos vizinhos mais
próximos.
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Características Sistema Cúbico Sistema CFC- Sistema CCC- Sistema HC-


Simples Cúbico de Face Cúbico de Hexagonal
Centrada Corpo Compacta
Centrado
a: parâmetro de
rede a= 2R a=2raiz2 R a= 4R/raiz3 a= 2R
R: raio
Número de 6 átomos 12 átomos 8 átomos 12 átomos
coordenação (n) vizinhos mais vizinhos mais vizinhos mais vizinhos mais
próximos próximos próximos próximos
Fator de
empacotamento 0, 56 0,74 (valor 0,68 0,74 (valor
atómico (FEA) máximo) máximo)
Número de átomos 1 átomo na 4 átomos na 2 átomos na 6 átomos na
na célula unitária célula unitária célula unitária célula unitária célula unitária

Calcular densidades= (número de átomos vezes Massa molar) / (Volume da célula unitária
vezes Na)

Polimorfismo- alguns metais e não metais podem ter mais do que 1 estrutura cristalina,
dependendo da temperatura e pressão.

Alotropia- Polimorfismo em elementos puros.

Direções cristalográficas:

1- Desenhar um vetor que passe pela origem;


2- Determinar as posições em função de a, b e c;
3- Ajustar para os menores valores inteiros;
4- Colocar na forma [uvw].

E quando o vetor não passar na origem?

1- Determinar as projeções em função de a, b e c no início e no final do vetor;


2- Subtrair (final-inicial);
3- Os números devem ainda ser divididos ou multiplicados por um fator comum, para
obtermos números inteiros.

Direções equivalentes: certos grupos de direções são equivalentes, formando uma família
<hkl>.

Por exemplo, no sistema cúbico simples:

1. <100> para as faces;


2. <110> para as diagonais das faces;
3. <111> para as diagonais do cubo.

No sistema cúbico de corpo centrado CCC:

1. Os átomos tocam-se ao longo da diagonal do cubo <111>;


2. A direção <111> é a que tem maior empacotamento atómico.

No sistema cúbico de face centrada:


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1. Os átomos tocam-se ao longo da diagonal da face, que corresponde a <110>;


2. A direção <110> é a que tem maior empacotamento atómico.

Planos cristalográficos: Representação similar às direções; representados pelos índices de


Miller (hkl); planos paralelos são equivalentes se tiverem os mesmos índices.

Índices de Miller: menores valores inteiros obtidos a partir dos inversos dos pontos de
interseção do plano com os eixos.

1- Interseções dos planos com os eixos;


2- Inverso de 1;
3- Multiplicação para obter os menores valores inteiros.

Nota: quando as interseções com os eixos não são óbvias, deslocar o plano ou origem para
obter as interseções corretas.

Materiais monocristalinos: o arranjo atómico estende-se por todo o material, sem


interrupções; As células unitárias ligam se da mesma forma e possuem a mesma orientação;
Existem na Natureza, mas podem ser produzidos artificialmente (é difícil o ambiente deve ser
controlado).

Anisotropia: direccionalidade das propriedades, associada com a variação de espaçamento


atómico/iónico de acordo coma direção cristalográfica associada;

Substâncias isotrópicas: as propriedades medidas são independentes das direções da medição.

Materiais policristalinos: muitos dos sólidos são compostos de cristais mais pequenos/grãos; a
orientação cristalográfica varia de grão para grão, formando os contornos de grão (região de
encontro de 2 grãos); a textura é a orientação preferencial dos grãos; as orientações de grãos
individuais são aleatórias; cada grão é anisotrópico, mas uma amostra de grãos comporta-se
isotropicamente.

Densidade Atómica Planar: área total de átomos / área total do plano

Densidade Atómica Linear: comprimento total de átomos / comprimento total do plano

São ambas considerações importantes em relação ao processo de deslizamento, ou seja, o


mecanismo pelo qual os materiais se deformam plasticamente.

O deslizamento ocorre nos planos com maior DAP e, para os planos ao longo de direções, com
o maior empacotamento atómico.

Lei de Bragg: 2 d sen 0= n h

0 corresponde ao ângulo de Bragg, 20 corresponde ao ângulo da difração.

A difração atómica ocorre quando uma onde encontra uma série de obstáculos regularmente
separados que são capazes de dispersar a onde e possuem espaçamentos comparáveis ao
comprimento de onda h; A difração é uma consequência de relações de fase específicas
estabelecidas entre 2 ou mais ondas que foram dispersas pelos obstáculos; Fenómeno de
interferência construtiva ou não construtiva.

1- A difração só vai ocorrer para células unitárias que só têm átomos nos vértices das
células;
2- Na estrutura CCC, h+k+l=par para ocorrer difração;
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3- Na estrutura CFC, h k l tem de ser ou todos pares ou todos ímpares para ocorrer a
difração;

Os picos de alta intensidade ocorrem quando a condição da difração de Bragg é satisfeita para
um dado número de planos cristalográficos.

IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS:

Defeito cristalino: irregularidade na rede cristalina (arranjo periódico) dos átomos do cristal.

Os defeitos são classificados de acordo com a sua geometria e dimensões:

1. Defeitos Pontuais (lacunas e impurezas);


2. Defeitos Lineares (discordâncias);
3. Defeitos Planares (interfaciais e contornos);
4. Defeitos Volumétricos (vazios, fraturas e inclusões);

Lacunas: sítio vago na rede cristalina que está com a falta de um átomo ou ião; não é possível
criar um material livre de lacunas; a presença de lacunas aumenta a aleatoriedade (entropia)
do cristal; o número de lacunas aumenta exponencialmente com a temperatura.

Defeito intersticial: átomo do cristal que se encontra comprimido num sítio intersticial, que é
um espaço vazio que deveria estar ocupado; um defeito destes introduz distorções
relativamente grandes aos seus vizinhos da rede cristalina, uma vez que o átomo é bem maior
que o espaçamento do interstício; a formação de um defeito auto-intersticial implica a criação
de uma lacuna, por isso é menos provável de acontecer.

Defeito substitucional: um átomo da rede cristalina é substituído por outro átomo de tamanho
diferente.

Defeito Frenkel: ocorre em sólidos iónicos; ocorre quando um ião saí da sua posição normal e
vai para um interstício; catião intersticial + lacuna catiónica.

Defeito Schottky: lacuna aniónica + lacuna catiónica; presentes em compostos que têm de
manter o balanço de cargas; falta de um anião e de um catião.

Ligas: átomos de impurezas foram adicionados intencionalmente para conferir características


específicas ao material (aumentar a resistência mecânica, aumentar a resistência à corrosão,
aumentar a condutividade elétrica); formação de uma solução sólida (adição < limite de
solubilidade) ou de uma nova 2 fase (adição > limite de solubilidade); depende do tipo de
impurezas, da concentração das mesmas e da temperatura da liga.

Solubilidade: quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida numa dada quantidade de
solvente, a uma dada temperatura.

Soluto: elemento da liga ou impureza, em menor quantidade.

Solvente: matriz ou hospedeiro, em maior quantidade.

Formam-se mais facilmente quando a impureza e a matriz apresentam estruturas cristalinas e


dimensões eletrónicas semelhantes.

Soluções sólidas intersticiais:


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1. Os átomos de impureza preenchem os espaços vazios ou interstícios entre os átomos


hospedeiros;
2. O raio atómico da impureza deve ser menor que o raio atómico dos átomos
hospedeiros;
3. Os materiais metálicos têm o valor de FEA elevado, logo as posições intersticiais são
pequenas;
4. Os átomos de impurezas pequenos são maiores que os espaços, logo, provocam uma
maior distorção na rede cristalina dos átomos hospedeiros;
5. A concentração máxima permissível de átomos de impurezas intersticiais é de 10%.

Soluções sólidas substitucionais:

1. Os átomos de soluto repõem ou substituem os átomos hospedeiros;


2. Para se dissolverem no solvente, os átomos de soluto:
a. A diferença entre os raios atómicos dos dois tipos de átomos deve ser de 15%;
b. As estruturas cristalinas devem ser iguais, para que a solubilidade sólida seja
viável;
c. Eletropositivo + eletronegativo = composto intermetálico ;
d. O soluto tem maior tendência para se dissolver num hospedeiro se tiver maior
valência que este.

Discordâncias: Defeito linear ou unidimensional em torno do qual alguns átomos estão


desalinhados.

1. Discordância em cunha= porção extra de um plano de átomos/ semiplano cuja aresta


termina no interior do cristal. Fica centralizada sobre a linha de discordância
(perpendicular ao plano da página). Na região em torno da linha de discordância existe
alguma distorção na rede cristalina. Ligeira curvatura dos planos verticais de átomos
que se curvam em torno desse semiplano extra. A magnitude dessa distorção diminui
com o aumento da distância à linha de discordância.
2. Discordância helicoidal= consequência da tensão de cisalhamento aplicada. A região
anterior superior do cristal é deslocada uma distância atómica para a direita em
relação à posição inferior. Localizada ao longo da linha de discordância pelos planos
atómicos de átomos, com a trajetória helicoidal/espiral.
3. Discordância mista

Vetor de Burgers (b):

1. Discordância em cunha = linha de discordância e b são perpendiculares;


2. Discordância helicoidal = linha de discordância e b são paralelas;

A discordância pode mudar de direção e de natureza no interior do cristal, mas o seu vetor de
Burgers será o mesmo em todos os pontos ao longo da sua linha.

Defeitos interfaciais: contornos que possuem 2 dimensões e que separam regiões que
possuem estruturas cristalinas e/ou direções cristalográficas diferentes.

1. Superfície externa= os átomos da superfície não estão ligados ao nº máximo de


vizinhos mais próximos e estão num estado de menor energia que os átomos nas
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posições interiores. As ligações desses átomos de superfície, que não estão completas,
dão origem a uma energia de superfície;
2. Contornos de grão= contorno que separa 2 pequenos grãos ou cristais com
orientações cristalográficas diferentes nos materiais policristalinos. Na região do
contorno, que possui uma largura de poucos átomos, existe um desajuste atómico na
transição da orientação cristalina de um grão para a de um grão adjacente. Quando o
desajuste da orientação é pequeno, o termo é contorno de grão pequeno ângulo.
Quando ângulo de desorientação é paralelo ao contorno, o resultado é um contorno
de torção (arranjo de discordâncias espirais);
3. Contorno de fase= materiais multifásicos. Fase diferente de cada lado do contorno.
Cada uma das fases possui as suas próprias características FQ.
4. Contorno de macla= átomos do lado 1 estão espelho a espelho em relação aos átomos
do lado 2. As maclas resultam de deslocamentos atómicos produzidos a partir da
aplicação de forças de cisalhamento (maclas de deformação), e também durante
tratamentos térmicos de recozimento após deformações (maclas de recozimento).
5. Defeitos interfaciais diversos= falhas de empilhamento em planos compactos. Paredes
de domínio Ferromagnético, o contorno que separa regiões com diferentes direções
de magnetização.

Defeitos volumétricos: poros, trincas, inclusões exógenas. Introduzidas nas etapas de


processamento e fabrico de materiais.

Vibrações atómicas: a uma dada temperatura haverá uma distribuição de energias para os
átomos constituintes.

Formação de Grãos e Tamanho:

1. A forma do grão é controlada pela presença dos grãos circunvizinhos;


2. O tamanho do grão influi nas propriedades dos materiais;
3. A ASTM preparou 10 cartas todas com diferentes tamanhos de grão médio:
a. Para cada carta, é atribuída um número entre 1 e 10, que é o nº de tamanhos
de grão, quanto maior nº, maior os tamanhos de grão.
b. Uma amostra deve ser preparada devidamente para revelar a estrutura do
grão, fotografada numa ampliação de 100x;
c. N= 2^n-1; n= nº de tamanho de grão e N= nº médio de grãos por polegada
quadrada numa ampliação de 100x.

DIFUSÃO ATÓMICA:

Fenómeno de transporte de matéria por movimento atómico; Fluxo de átomos/espécies


químicas devido ao gradiente de concentração (depende da temperatura, devido à cinética
associada). O sistema vai procurar a estabilidade termodinâmica.

Autodifusão: quando a difusão ocorre em metais puros, onde os átomos trocam de posição.

Interdifusão: os átomos de um metal difundem se para outro metal.

Mecanismos de difusão:
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1. Existir posição adjacente vazia;


2. O átomo deve ter energia necessária para quebrar as ligações atómicas com o vizinho
e causar distorção na rede cristalina durante o seu deslocamento.

Difusão por lacunas: um átomo deixa o seu lugar na rede cristalina para preencher uma lacuna
próxima, vão contra o gradiente de concentração.

Difusão intersticial: migração de átomos de uma posição intersticial para outra, que esteja
vazia. Comum em impurezas e átomos pequenos (facilidade em moverem-se).

NOTA: Nos metais é mais comum o movimento intersticial (o átomo pequeno move-se sem
distorção) do que o movimento por lacunas (tenho de desfazer várias ligações e provocar uma
distorção na rede.

1 Lei de Fick/Difusão em regime estacionário: o gradiente de concentração é a força motriz (é


o que induz a reação a ocorrer).

2 Lei de Fick/Difusão em regime não estacionário: o fluxo de difusão e o gradiente de


concentração num ponto particular no sólido variam com o tempo, o que leva a um acúmulo
ou esgotamento das espécies em difusão. O coeficiente da difusão é independente da
composição.

Antes da difusão, todos os átomos de soluto em difusão possuem C0.

O valor de x na superfície é 0 e aumenta com a distância para o sólido.

O tempo é 0 no instante anterior ao início do processo de difusão.

Fatores que influenciam a difusão:

1. Espécie em difusão
2. Energia de ativação (energia necessária para produzir o movimento difusivo de 1 mol
de átomos)
3. Temperatura
4. Coeficiente de Difusão
5. Composição

Difusão em contornos de grão/superfícies livres:

1. O processo de difusão ocorre na superfície de amostras metálicas e nos contornos de


grão entre cristais;
2. A difusão é facilitada no contorno de grão porque o empacotamento do átomo é
desordenado e menos denso;
3. Como os átomos se podem espremer com maior facilidade através da fronteira de
grão, a energia é baixa (a de ativação);
4. A difusão superficial é mais fácil de ocorrer porque ainda há menos restrição na
difusão dos átomos à superfície;
5. A difusão em contornos de grão é mais imediata uma vez que as amostras metálicas
possuem áreas de contorno maiores que a superfície;
6. O menor tamanho do grão, e uma maior área total do contorno de grão disponível
para difusão de contorno, maior será a importância dos contornos;
7. Difusão volumétrica: átomos movem-se pelo cristal de uma posição para outra
(energia de ativação alta e difusão lenta).
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DIAGRAMAS DE FASE:

Componente: metais puros e /ou compostos dos quais uma liga é composta.

Solvente: é o elemento ou composto presente em maior quantidade.

Soluto: é usado para denotar um elemento ou composto presente numa concentração menor.

Sistema:

1- Corpo específico de material em consideração;


2- Série de ligas possíveis com os mesmos componentes, mas sem ter em conta a
composição da liga.

Solução sólida: consiste em átomos de pelo menos dois tipos diferentes; os átomos de soluto
ocupam posições substitucionais/ intersticiais na rede do solvente e a estrutura cristalina é
mantida.

Limite Solubilidade: concentração máxima de átomos de soluto que se pode dissolver no


solvente para formar uma solução sólida; A adição de soluto em excesso resulta na formação
de outra solução ou composto sólido que tem uma composição diferente.

Fases: porção homogénea de um sistema que possui características FQ uniformes; Todo o


material puro é considerado uma fase, o mesmo acontece com as soluções sólidas, líquidas e
gasosas.

Microestrutura: é caracterizada pelo número de fases presentes, as suas proporções e a


maneira como estão distribuídas ou arranjadas. A microestrutura de uma liga depende de
variáveis como os elementos da liga presentes, as suas concentrações e o tratamento térmico
da liga.

Equilíbrio de fases: a energia livre é uma função da energia interna de um sistema, e também,
da aleatoriedade/desordem dos átomos/ moléculas (entropia). Um sistema está em equilíbrio
se a sua energia livre está num valor mínimo sob uma condição específica de temperatura,
pressão e composição.

Diagrama Unário: diagrama do sistema de 1 componente, gráfico de pressão em função da


temperatura. O ponto onde as 3 curvas de limite de fase se cruzam chama-se ponto triplo.

Sistema isomorfo: apresentam solubilidade completa nos estados sólido e líquido.

Regra da alavanca em sistemas binários & Evolução microestrutural

1. Fases que estão presentes


2. Composição dessas fases
3. Percentagens dessas fases

Sistema eutéctico binário & Evolução microestrutural & Regra da Alavanca

Diagrama de Fase- Sistema Ferro-Carbono & Evolução microestrutural & Regra da Alavanca

Fases e compostos intermediários;

Reações trifásicas;

Regra das Fases de Gibbs


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