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Departamento de Farmacologia
Professor Dr. Tarciso Tadeu Miguel
Curso Odontologia
Uberlândia, MG
Antivirais
D) Quais são os diferentes tipos de Herpes e os vírus causadores? Explique os oito tipos
de vírus da família HHV. Explique também as diferenças na sintomatologia dos tipos de
herpes (doença).
HHV-1: Também conhecido como herpes simples tipo 1 (HSV-1), é responsável pelo
quadro de herpes labial, que se caracteriza por vermelhidão, ardor e pequenas bolhas
preenchidas com líquido claro, comumente na região do lábio ou na parte interna da
boca, pode haver febre e dor. Geralmente, o primeiro contato com o vírus ocorre durante
a infância, por secreções orais. Em seguida, o vírus se aloja em um neurônio e lá pode
permanecer durante toda a vida do indivíduo sem causar qualquer sintoma, em um
estado que chamamos de latência. Entretanto, ele pode reativar e voltar a provocar
sintomas, principalmente em casos de queda da imunidade.
HHV-2: Também conhecido como herpes simples tipo 2 (HSV-2), é o principal
responsável pelo quadro de herpes genital, na qual observamos também vermelhidão,
ardor e pequenas bolhas com líquido claro na região da vulva, pênis ou ânus, ou ainda
em regiões como nádegas e virilha, pode haver febre e dor. Em geral, o primeiro contato
com o vírus ocorre na adolescência ou início da vida adulta e as lesões podem ser
intensas a ponto de provocar ardor para urinar e desconforto que impede as relações
sexuais. Depois do primeiro contato, algumas pessoas apresentam repetidos quadros de
herpes, o que caracteriza o herpes genital recorrente. Além disso, a presença de lesões
pelo herpes tipo 2 aumenta o risco de contágio por outras infecções sexualmente
transmissíveis, incluindo o HIV (vírus causador da aids).
HHV-3: Também conhecido como vírus varicela-zóster (VZV), é responsável pela
catapora (varicela) e pelo herpes-zóster. A infecção inicial ocorre frequentemente
durante a infância, através do contato com secreções orais, e é seguida pelo quadro
clássico da catapora, com lesões avermelhadas espalhadas pelo corpo e pequenas bolhas
com líquido claro, raramente ocorrem complicações. O vírus permanece latente no
sistema nervoso central após a cura da catapora e pode ser reativado mais tarde na vida
adulta, causando herpes-zóster. Essas lesões seguem o padrão das demais infecções por
herpes, mas costumam acompanhar a trajetória do nervo.
HHV-4: Também conhecido como vírus Epstein-Barr (EBV), está diretamente ligado à
mononucleose infecciosa (doença do beijo), ao linfoma de Burkitt e ao carcinoma
nasofaríngeo. No caso da mononucleose infecciosa a sintomatologia pode variar de
assintomático até sintomas de fadiga, febre, faringite e linfadenopatia. A fadiga pode
persistir durante semanas ou meses. Complicações graves, incluindo obstrução das vias
respiratórias, ruptura esplênica e síndromes neurológicas, ocorrem de maneira ocasional.
HHV-5: Também conhecido como citomegalovírus (CMV), pode causar sintomas como
febre, dor de garganta, fadiga, dores musculares, perda de apetite, dor de cabeça, inchaço
da barriga, náuseas e diarreia. Em geral, a infecção pelo CMV é assintomática e passa
despercebida. No entanto, o vírus pode permanecer latente no corpo e ser reativado em
caso de deficiência imunológica, em alguns casos pode levar a malformações congênitas.
HHV-6: A infecção primária pelo HHV-6B é a causa do exantema súbito comum da
infância (também conhecida como roséola infantil ou sexta doença). Os sintomas
incluem febre alta, que pode ultrapassar os 40ºC, dor de ouvido, aumento dos linfonodos
do pescoço, irritação, perda do apetite, nariz entupido, dor de garganta ou diarreia. Além
disso, os pacientes com exantema súbito também costumam apresentar inflamação da
membrana timpânica, irritabilidade, manchas Nagayama (manchas avermelhadas na
úvula e no palato) e perda do apetite. O HHV-6A foi descrito como mais neurovirulento
e, como tal, é mais frequentemente encontrado em pacientes com doenças neuro-
inflamatórias, como esclerose múltipla. O HHV-6B também pode causar encefalite,
supressão da medula óssea e pneumonite em receptores de transplante.
HHV-7: Pode não causar nenhuma sintomatologia, mas em casos raros, a infecção pelo
HHV-7 pode causar uma erupção cutânea semelhante ao exantema súbito. Além disso, o
HHV-7 foi associado a algumas doenças neurológicas, como a encefalite e a mielite
transversa. No entanto, a relação causal entre o vírus e essas doenças ainda não está clara
e mais pesquisas são necessárias para entender melhor essa associação.
HHV-8: Está estreitamente ligado ao sarcoma de Kaposi, que apresenta-se como lesões
na pele de coloração vermelho-arroxeada, que podem surgir em qualquer parte do corpo,
podem estar acompanhado por inchaço nos membros inferiores devido a retenção de
líquido, e, nos casos mais graves, sangramentos digestivos e insuficiência respiratória.
A monoterapia teve seu desuso devido aos efeitos colaterais graves e interações
medicamentosas indesejáveis, acompanhados de uma baixa efetividade na sua ação
contra o vírus da AIDS a longo prazo, devido ao surgimento de organismos resistentes
ao fármaco utilizado na monoterapia.
D) Quais são as necessidades para que se consiga resultado satisfatório do ponto de vista
de tempo de início e tempo de utilização dos fármacos?
5) O que é PrEP? Quais são os fármacos que a compõe? Qual a antecedência que se
deve fazer o uso do medicamento para ter efeito?
Hepatite A: É uma doença contagiosa causada pelo vírus VHA. A transmissão ocorre por via
fecal-oral. Na grande maioria dos casos, é assintomática. Quando apresenta sintomas, envolve:
mal-estar passageiro, dor abdominal, náusea, vômito, febre, pele e olhos amarelados (icterícia),
coceira pelo corpo (prurido), urina de cor escura e fezes claras ou esbranquiçadas.
Hepatite B: É uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus VHB. A transmissão
ocorre por via sexual, contato com sangue contaminado ou de mãe para filho durante o parto.
Os sintomas podem incluir: fadiga, náusea, vômito, dor abdominal, icterícia e urina escura. A
hepatite B pode levar a complicações graves como cirrose e câncer de fígado.
Hepatite C: É uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus VHC. A transmissão
ocorre por via sexual, contato com sangue contaminado ou de mãe para filho durante o parto.
Na maioria dos casos, a hepatite C não causa sintomas. Quando apresenta, os sintomas podem
incluir: fadiga, náusea, vômito, dor abdominal e icterícia. A hepatite C pode levar a
complicações graves como cirrose e câncer de fígado.
O Interferon, pode ser alfa, beta ou gama, e são proteínas produzidas naturalmente pelo
nosso organismo, sendo auxiliar no combate a infecções virais, devido a sua ação. As
IFNs ligam-se a receptores gangliosídicos específicos nas membranas celulares do
hospedeiro, e induzem, nos ribossomos das células do hospedeiro, a produção de
enzimas que inibem a translação do RNAm nas proteínas virais, interrompendo, assim, a
replicação viral. A interferona alfa é a empregada no tratamento de hepatite B e C.
Antifúngicos
Antissépticos e Desinfetantes:
14.1. O álcool iodado, é um importante agente desinfetante e envolve dois agentes ativos
contra germes: o álcool etílico e o iodo. Nesse sentido, explique o mecanismo de ação de
cada um.
Também conhecido como Merthiolate, é usado como antisséptico bucal por prevenir
gengivites e placas bacterianas, sendo eficaz contra bactérias G+ e G-, e menos eficaz
contra vírus, fungos e esporos. Seu mecanismo de ação consiste em provocar lise da
membrana por adsorção e precipitação de proteínas, levando a morte celular. É menos
tóxica que o álcool, e seus efeitos colaterais consistem em formação de bolhas, descamação
de pele, vermelhidão, sensação de queimação intensa, coceira e aumento de volume
tecidual.
14.4. Explique o mecanismo de ação, usos e efeitos colaterais dos aldeídos – Formaldeído
e Glutaraldeído.
14.5. Explique o mecanismo de ação, usos e efeitos colaterais da água oxigenada (peróxido
de oxigênio), um exemplo de constituinte da classe dos peroxigênios.
A) Coronavac da Sinofarma/Butantan
A Coronavac é uma vacina de vírus inativado. Isso significa que o vírus SARS-CoV-2 é
cultivado e depois inativado para que não possa se replicar, mas ainda pode desencadear
uma resposta imunológica. Nessa resposta, ocorre a produção de anticorpos e células de
defesa contra o vírus.
C) Comirnaty da Pfizer/Biontech
A Comirnaty é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Ela contém uma molécula de
mRNA que instrui as células do corpo a produzir a proteína spike do vírus. Isso prepara
o sistema imunológico para reconhecer e combater o vírus caso a pessoa seja exposta.
D) Vacina COVID19 da Janssen
A vacina da Janssen utiliza um adenovírus humano modificado para carregar a
informação genética da proteína spike do SARS-CoV-2. Assim, ocorre estímulo do
sistema imunológico para produzir uma resposta contra essa proteína e
consequentemente o SARS-CoV-2.
Referências:
DE OLIVEIRA, Andresa Moura et al. Mecanismo de ação das vacinas utilizadas para a
COVID-19 Atualmente Como Uso Emergencial no Brasil. Revista Ibero-Americana de
Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 11, p. 1087-1106, 2021.