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Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte Turismo e Comunicações
Nacala 2023
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Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte Turismo e Comunicações
Nacala 2023
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 5
3. Conclusão ............................................................................................................................. 15
1. Introdução
A gestão estratégica é um elemento essencial para o sucesso de qualquer organização,
independente do seu tamanho ou sector de actuação. No cenário empresarial em constante
evolução, a capacidade de planear e executar estratégias eficazes pode determinar a diferença
entre o crescimento sustentável e o declínio. Nesse contexto, compreender os diferentes tipos
de estratégias disponíveis e sua implementação se torna crucial para alcançar os objectivos
organizacionais.
As estratégias empresariais abrangem uma variedade de abordagens que podem ser adoptadas
para direccionar uma organização em direcção aos seus objectivos de longo prazo. Cada tipo
de estratégia possui suas próprias características e aplicações específicas, variando desde
estratégias de crescimento e inovação até estratégias de redução de custos e competitividade.
2. Referencial Teorico
A gestão estratégica é uma “metodologia” importante que visa assegurar o sucesso da empresa
no momento atual, bem como principalmente o seu sucesso no futuro.
Ela, a gestão estratégica, inclui no mínimo três etapas distintas: (i) - o planeamento estratégico,
(ii) - a execução e (iii) - o controle. O planeamento estratégico, a primeira etapa da gestão
estratégica, visa:
Isso refere-se à análise SWOT – É uma ferramenta de gestão estratégica e tem como objetivo
avaliar a competitividade de uma organização através de quatro variáveis: Strengths (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
O planeamento estratégico está relacionado com os objetivos de longo prazo e às ações que
serão realizadas para alcançá-los que afetam a organização como um todo. Ele é conceituado
como um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido. É
geralmente de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa. Na realidade, sem o
envolvimento direto do principal executivo da empresa, como o líder da condução do processo
estratégico em uma empresa, ele dificilmente ocorrerá a contento.
Segundo Júlio (2007), aqui estão os exemplos dos objetivos estratégicos mais comuns de uma
organização:
Crescer, ou seja, aumentar as vendas: Isto até pode ser escrito de outra maneira, como
“inauguração de novas lojas”, “aquisição de outra empresa”, “estabelecimento de
aliança estratégica”. Porém, segundo Prahalad, crescer tem de ser o objetivo de todas as
empresas. “É crescer ou morrer”, diz ele.
Ganhar participação no mercado: Trata-se de estabelecer um determinado nível de
market share para ser atingido em determinado período de tempo. Por exemplo: quando
uma empresa entra em um novo mercado e quer construir nele uma participação de 15%
nele em cinco anos.
Aumentar a rentabilidade: Um objetivo empresarial bastante comum é o aumento dos
lucros. Porter chega a dizer que esse é o único objetivo que realmente importa. Para ele,
a eficiência e o acerto da estratégia de uma empresa devem ser medidas pelo seu
resultado econômico. Superar uma crise. No mundo dos negócios, o objetivo de
“sobreviver” é básico, principalmente, em épocas turbulentas para a economia ou para
preparar-se para superar uma crise que poderá a vir acontecer futuramente.
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De acordo com Mary et al (1999), estratégia é o núcleo de qualquer plano, a chave para
responder a todas as perguntas que digam respeito aos rumos de uma empresa ou negócio.
Segundo Chrisman, Hofer e Boulton (1988), uma classificação deve atender aos objectivos
básicos de diferenciação, identificação, generalização e recuperação da informação. A
diferenciação refere-se ao carácter distinto de cada uma das classes, enquanto a generalização
diz respeito à possibilidade de realização de estudos comparativos, baseados nessa
classificação.
Uma classificação terá atendido o objectivo da identificação se, após a realização de estudos
comparativos, ela mantiver sua consistência. Faz-se necessário que um sistema de classificação
seja capaz não somente de acumular conhecimento, mas também de permitir sua recuperação.
Alcançando-se esse objectivo, permitirá a aplicação de generalizações resultantes dos estudos
comparativos (Costa & Silva, 2002).
Hayes e Wheelwright (1984) descrevem que a estratégia de produção pode ser apresentada
como uma sequência de decisões para a unidade do negócio alcançar uma estrutura de produção
desejada, assim como a obtenção de capacidades específicas. A produção é considerada, nos
dias atuais, um dos principais processos dentro de uma organização, mesmo que ela nem sempre
seja abordada nas estratégias empresariais, por não estar relacionada directamente ao ambiente
competitivo externo da empresa.
Essa diferenciação, para Fahey (1994), pode se apresentar em diversas dimensões, como
amplitude da linha de produtos, características do produto, funcionalidade, qualidade dos
serviços, disponibilidade, imagem e reputação, vendas e preço.
Porter (1991) diz que a vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma
empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação pela
empresa. O valor é aquilo que os compradores estão dispostos a pagar e o valor superior provém
da oferta de preços mais baixos do que os da concorrência por benefícios equivalentes ou do
financiamento de benefícios singulares que mais do que compensam um preço mais alto.
De acordo com Porter (1991), a estratégia de liderança no custo é a de mais fácil entendimento.
A empresa que adopta essa estratégia tem como características um escopo amplo, atendendo a
diversos segmentos do mercado. Oferece um produto padrão e procura obter vantagens de custo
absoluto e de escala em todas as fontes. Entretanto, um líder de custo não deve desconsiderar a
diferenciação uma vez que precisa garantir que seu produto tenha padrões mínimos de
qualidade para garantir a competição com outros.
A liderança de custo exige que a empresa seja a melhor e não apenas uma das líderes, o que se
traduz como uma estratégia que depende fundamentalmente de preempção (Porter, 1991), isto
é, da capacidade que a empresa tem de se antecipar aos demais concorrentes.
A terceira estratégia genérica classificada por Porter (1991) é o enfoque. A empresa que opta
por esse tipo de acção está procurando obter uma vantagem competitiva em apenas um
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segmento do mercado e, portanto, não tem uma vantagem competitiva geral. Essa estratégia
associa-se às outras duas, gerando duas subdivisões: enfoque no custo e enfoque na
diferenciação, que possuem as mesmas características já mencionadas, porém, neste caso, em
segmentos-alvos Específicos. Essa estratégia mostra-se eficaz em casos de um segmento de
mercado que esteja sendo negligenciado pelas empresas de mira vasta.
De acordo com Kaplan e Norton (2008), os critérios a serem seguidos para a implementação
estratégica são:
estratégia. Aqui, entram em jogo modelos como o Balanced Scorecard, que ajudam a traduzir
a estratégia em objectivos específicos em diferentes áreas;
Execução e gestão de recursos: a fase de execução é onde a estratégia ganha vida. Envolve a
alocação eficaz de recursos, a definição de responsabilidades claras e a criação de um plano
detalhado de acção. A liderança desempenha um papel crucial na motivação das equipes,
garantindo que todos estejam alinhados com os objectivos estratégicos e se comprometam com
a realização de tarefas específicas. Nesse ponto, a comunicação transparente é fundamental,
permitindo que todos os colaboradores compreendam a importância de suas contribuições
individuais para o sucesso geral;
3. Conclusão
Em um cenário empresarial dinâmico e desafiador, a gestão estratégica surge como um farol
orientador para as organizações que buscam se destacar e prosperar. A variedade de tipos de
estratégias disponíveis reflecte a complexidade das decisões que os líderes devem tomar para
moldar o futuro de suas empresas. Desde estratégias focadas em expansão e conquista de novos
mercados até abordagens voltadas para a optimização interna e diferenciação, cada escolha
estratégica tem o potencial de definir a trajectória de uma organização.
No entanto, vale lembrar que a elaboração e implementação de estratégias não são tarefas
isoladas. A colaboração, a agilidade e a capacidade de adaptação são componentes
fundamentais para transformar planos em acções concretas e resultados tangíveis. À medida
que as empresas se engajam na execução de suas estratégias, é essencial manter um olhar atento
para as mudanças no ambiente empresarial e ajustar as abordagens conforme necessário.
Em última análise, a gestão estratégica não é um processo estático, mas sim uma jornada
contínua de aprendizado e evolução. Através da análise constante, da flexibilidade e do
comprometimento, as organizações podem navegar com sucesso pelas complexidades do
mercado, enfrentar os desafios imprevistos e aproveitar as oportunidades emergentes. Ao
investir no desenvolvimento de estratégias sólidas e na sua implementação eficaz, as empresas
estarão posicionadas de maneira mais favorável para alcançar o crescimento sustentável, a
resiliência competitiva e a realização de seus objectivos de longo prazo.
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4.Referências bibliográficas
Júlio, Carlos Alberto. A Arte da Estratégia. 7º Ed. Rio de Janeiro. Campus. 2005.
Kaplan, R; Norton, D. Kaplan e Norton na Prática. Rio de Janeiro. Campus. 2004
Kaplan, R; Norton, D. A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. Rio de Janeiro. Campus.
1997
Kaplan, R; Norton, D. Mapas Estratégicos. Rio de Janeiro. Campus. 2004
Mintzberg, H; Ahlstrand, B.; Lampel, J. Safari de Estratégia: um roteiro pela selva do
planeamento estratégico. Porto Alegre. Bookman. 2004
Oliveira, Djalma P.R, Planeamento Estratégico: Conceitos, Metodologia e Práticas. 13º Ed.
São Paulo: Atlas. 1999
Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (2008). "A Premissa da Execução: Vinculando a Estratégia às
Rumelt, R. P. (2011). "Boa Estratégia Má Estratégia: A Diferença e Por Que Isso Importa."
Crown Business.
Hambrick, D. C., & Fredrickson, J. W. (2005). "Você Tem Certeza de Que Tem uma