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Casos de racismo hoje em dia, infelizmente, ainda são muito recorrentes.

Por esse
motivo, quando ocorre mais um caso, ele é rapidamente esquecido pela mídia e trocado
por outro, ou nem sequer recebe tanta importância.
Existem, claro, algumas exceções, de casos que furam essa triste bolha, que já se
acostumou com algo que deixa explícito a decadência humana; casos estes que faz com
que algumas pessoas vejam que aquilo que um dia foi construído ainda não foi
destruído.
(Existem leis, campanhas e as escolas já tentam combater o racismo. O problema está
onde? No ciclo?)

Um exemplo dessas exceções, é o episódio que ocorreu em Caetité no dia 25 de janeiro:


Edis da Silva Ribeiro, dono da Loja SD Presente, publicou no seu perfil do Instagram o
anúncio de que sua loja abrira uma vaga de emprego. O problema eram as exigências
que a vaga solicitava:
"Solteira sem filho que se declara cor branca expressiva gentil e dócil..."
O anúncio foi rapidamente excluído, mas, obviamente, alguns internautas tiraram print e
colocaram novamente o Post em circulação; o que possibilitou que a publicação
chegasse a órgãos municipais e estaduais.

Os três Veículos de comunicação escolhido para a produção do texto será:


Correio (Notícia)
Folha de São Paulo (Notícia)
Bahia Meio Dia (Reportagem)
Correio:

Título da Matéria:
Loja gera polêmica com anúncio de vaga para funcionária “que se declara [de] cor
branca” em Caetité
É disponibilizado na Notícia a print onde foi feita o anúncio da vaga, na legenda: "O
Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial de Caetité (Compirc) repudiou o
caso";
Nada além do Repúdio do órgão Compirc e que o mesmo está atuando para punir o(s)
envolvido(s); e acrescentam, no final, os comentários de alguns internautas

Folha de São Paulo:

Título da Matéria:
"Loja na Bahia exige funcionária branca e sem filhos em anúncio de emprego e gera
revolta"

Mariana Brasil, responsável por essa matéria, deixa as informações "Mínimas": O nome
da Loja; os critérios excêntricos exigidos pela vaga; a localização da Loja; diferente da
notícia anterior, deixa o nome do dono da loja que fez a postagem do anúncio no seu
próprio perfil, Edis da Silva Ribeiro; o anúncio, com a legenda: "Print do anúncio de vaga
de emprego racista feita por loja de Caetité, no sudoeste baiano."
Em semelhança com o Jornal Correio, deixa aqui o discurso do Conselho Municipal da
Promoção da Igualdade Racial de Caetité, só que coloca o posicionamento completo,
sem recortes ou resumos, como fez o Jornal anterior.
A Folha fez uma entrevista com o próprio presidente do Conselho, Jorge Santana, que
nos diz que as devidas providências hão de ser tomadas em breve.

Deixa prints de comentário do X (antigo Twitter) comentário, na maioria, que ironizam e


questionam o Loja.

Bahia Meio Dia, Vitória da Conquista:

Título da Matéria:
"'Sem filhos e cor branca': loja é acusada de racismo e misoginia nas redes sociais"

Diferente das anteriores, essa é uma Reportagem.


Foram reservados 12 minutos para a cobertura, um "time" "longo" comparados a outras
notícias que os jornais de Tv reservam para alguns ocorrido; isso mostra que foi dada
uma certa relevância a essa reportagem em questão, se comparadas com as outras do
mesmo dia (26 de janeiro).

A print não foi disponibilizada, porém, Judson Almeida, O Apresentador, lê brevemente


os critérios da vaga;
Edson Nunes, apresentador eventual, nos conta que os clientes que sempre
frequentaram a loja, alegaram que não "abandoná-la";
Conta, também, que um dos filhos do Dono da Loja - não foi dito o nome do filho,-
postou nas suas redes sociais que não compactua com a atitude do pai;
Ele - Edson Nunes - entrevista a Dra. Aparecida, que é presidente da Comissão de
Combate ao Racismo/OAB em Vitória da Conquista e, graças a sua especialidade no
assunto, ela nos traz demasiadas informações sobre o assunto. Como por exemplo:
Diz-nos que, além do crime de racismo (Lei nº 7.716/89) no anúncio, o responsável irá
responder por crime Cibernéticos (Lei nº 12.737/2012) e por Misoginia (Lei nº 872/23);
Ela ainda diz que, de acordo com a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), não é
permitido ou necessário, antes da entrevista ou contratação, saber/fazer perguntas
sobre filhos ou algo do tipo;
Respondendo à pergunta do entrevistador, ela diz que as providências devem ser
tomadas pelos seguintes órgãos:
Ministério Público, pois o crime não foi direcionada a uma pessoa só, e sim a sociedade e
o Ministério do Trabalho;
Dentre outras informações.

Infelizmente não tenho acesso a relevância dada ao ocorrido nas Matérias que consultei,
a não ser que, pela lógica, foi dada uma certa importância a notícia na reportagem do
Jornal Bahia Meio Dia, pois, comparando com as outras notícias do dia, essa teve uma
maior duração e a entrevista de uma profissional no assunto.
Apenas as Notícias (Correio e Folha de São Paulo) nos disponibilizou imagens sendo,
ambas, a print do anúncio.
Jornal Correio e Folha de São Paulo não expressam sua opinião sobre o caso, o contrário
ocorre com a Reportagem.
Infelizmente nenhum dos Veículos de Comunicação utilizados conseguiram entrar em
contato com os autores do crime; mas a Folha e a Reportagem deixam explícita as
tentativas.

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