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República de Angola

Ministério da educação
Universidade de Belas

Trabalho de: Odontopediatria


PATOLOGIAS DENTARIAS

Grupo 3
Sala 02
Período :MANHÃ
Turma A

Docente
………………………
Integrantes do grupo
1 Sulilson Selaquio 43015
2 Andrea Albino
3
4
5

1
Introdução

Odontopediatria é a parte da medicina dentária encarregado de estudar,


cuidar e prevenir a saúde oral dos pacientes infantis.
Patologias dentárias estudam as alterações morfológicas e fisiológicas dos estados
de saúde do dente.

A medicina dentária ou odontologia é uma especialidade que tem evoluído bastante nos
últimos anos, dotando o médico dentista de avançadas formas de diagnóstico e tratamento das
doenças orais.

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As patologias dentárias mais comuns nos pacientes infantis encontram
se as seguintes :

Cárie

A cárie dentária ou dente com cárie ocorre uma destruição dos tecidos
duros, ficando o dente cariado resultante da ação de determinadas
bactérias presentes na boca que podem levar à perda do dente afetado,
caso não seja efetuada uma intervenção adequada e atempada no
sentido da sua preservação.

Por definição, a cárie no dente é uma doença ou processo patológico


infecioso e contagioso que se manifesta nos dentes após a sua erupção
na cavidade oral, sendo um dos problemas que atualmente mais afeta a
população mundial e, por isso, considerado um problema de saúde
pública.
.

A cárie não é uma doença específica de alguma idade em particular,


podendo ocorrer desde uma idade muito precoce até à idade geriátrica.

3
A cárie dentária infantil ou cárie precoce na infância é aquela que afeta a criança, podendo esta
ocorrer logo após a erupção dos primeiros dentes de leite, ou seja, com apenas alguns meses de
vida (no bebé), sendo este tipo de cáries normalmente provocado por deixar o bebé adormecer com
o biberão na boca, ou mesmo através da amamentação, que irá fazer com que o açúcar presente
nos líquidos permaneça à volta dos dentes provocando cárie.

Tipos de cárie :

A cárie coronária é o tipo mais comum de cárie e aquela que ocorre na coroa do dente, quer
seja nas superfícies oclusais (cárie oclusal), faces dos dentes ou entre os dentes.
A cárie radicular ou cárie na raiz do dente, caso se trate já de uma cárie profunda, é
geralmente grave devido à sua proximidade com o nervo do dente e que ocorre quando a raiz já
está exposta por retração da gengiva.
Já a cárie cervical situa-se no limiar das duas localizações acima descritas, ou seja, na zona de
transição da coroa para a raiz do dente.
A cárie dentária ocorre com maior facilidade entre os dentes e nos sulcos e fissuras dos dentes
devido à maior facilidade de retenção de resíduos alimentares e maior dificuldade de
higienização. Contudo, como vimos, as cáries podem desenvolver-se em qualquer parte dos
dentes.
A cárie molar ou cárie nos dentes molares, devido à sua localização (parte de trás da dentição)
é das mais frequentes, pois é mais difícil conseguir a limpeza ou higiene destes dentes e existe
uma maior facilidade de acumulação de resíduos de alimentos.
A cárie no dente da frente, apesar de menos frequente do que nos dentes de trás, possui a
desvantagem de afetar a estética ou visual do indivíduo, podendo com isso inibir a pessoa de
sorrir ou mesmo baixar a sua autoestima.
Na cárie dentária os sinais e sintomas podem variar bastante, dependendo da localização, e
dimensão da cárie (principalmente em profundidade), e da própria suscetibilidade à dor de cada
indivíduo, pois a presença de uma cárie no dente não implica obrigatoriamente sintomatologia.

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Gengivite

A gengivite é a inflamação da gengiva que pode ser acompanhada de sintomas que podem
variar de acordo com as causas. A gengiva inflamada é a fase inicial percursora da doença
periodontal, pois, se não tratada, tende a progredir até atingir e destruir o ligamento periodontal
e osso alveolar que envolve e sustenta os dentes (tecidos de suporte), podendo nos casos mais
avançados levar mesmo à perda dos dentes pela mobilidade acentuada consequente.

Os principais sinais e sintomas da gengivite passam pela alteração da cor da gengiva, que
pode ir de pouco a muito mais avermelhada do que o normal ou mesmo até arroxeada, e o
sangramento gengival, que se pode verificar ao escovar os dentes e ao usar o fio dentário, ao
trincar ou mastigar alimentos duros, ou mesmo até de forma espontânea.

O paciente pode, ainda, sentir as gengivas muito sensíveis, tumefactas ou inchadas, e endurecidas,
ou até já algo afastadas dos dentes ("descoladas").
Apesar da gengivite poder ser bastante dolorosa, principalmente quando já se verifica um
sangramento espontâneo, muitas vezes, e principalmente no seu estágio ou estadío inicial, a
gengivite não causa dor, mas perante estes sinais ou sintomas o paciente deverá recorrer ao Médico
Dentista com a maior brevidade possível para despistar ou diagnosticar esta afeção, a fim de evitar a
sua progressão e todas as consequências nefastas inerentes.
O aparecimento de mau hálito (halitose), pode também ser consequência de gengivite.
Causas
Na grande maior parte das vezes, a gengivite é causada por uma má higiene oral. Não lavar os
dentes, ou não o efetuar de uma forma correta, leva à acumulação de placa bacteriana na zona
da gengiva junta aos dentes.

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Periodontite

A periodontite ou doença periodontal, popularmente conhecida como piorreia, é uma infeção


bacteriana que envolve o periodonto (tecidos de suporte dos dentes). É uma patologia oral
bastante frequente. Cerca de 50% dos adultos apresentam problemas periodontais.
Trata-se de um processo infecioso da gengiva que também atinge os tecidos de suporte como o
osso e o ligamento periodontal (veja fotos superiores). Na base desta doença estão certos
microrganismos associados à presença de placa bacteriana.

As causas para a periodontite estão na maioria dos casos relacionadas com uma deficiente
higiene oral. Não escovar ou lavar os dentes, ou não o efetuar de uma forma correta, permite
que placa bacteriana na zona da gengiva junto aos dentes se acumule. Surge uma camada
inicialmente incolor, mas que se vai tornando com o tempo amarelada ou esbranquiçada. Se
esta camada não for removida irá provocar a inflamação das gengivas (gengivite), e formar
tártaro que, por sua vez, se não for tratada, evoluirá para a doença periodontal ou periodontite.
A cárie dentária, o mau posicionamento dos dentes (tortos ou apinhados), eventuais próteses
dentárias ou aparelhos ortodônticos mal adaptados, restaurações dentárias mal executadas ou
deterioradas, certos medicamentos.

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Alveolite

A alveolite dentária ocorre quando se verifica uma infeção do alvéolo, ou seja, do interior do
osso onde o dente se encontrava alojado. As alveolites manifestam-se após a extração
dentária, caso haja infeção posterior, provocando normalmente dores muito fortes que tendem a
iniciar 2 a 3 dias após a exodontia (extração do dente), podendo-se prolongar até aos 10 ou 15
dias seguintes. Este estado de dor causa um desconforto muito acentuado, interferindo
inclusivamente na ingestão normal da comida.

A alveolite dentária, por vezes, também referida de osteíte alveolar pós-operatória,


corresponde a uma complicação que surge após a extração de um dente, em que se verifica um
atraso na cicatrização, normalmente provocada pela desintegração parcial ou total do coágulo
sanguíneo que se forma imediatamente após a exodontia ou pela ausência da sua formação.
Esta alveolite maxilar pode verificar-se tanto na arcada superior como na inferior e pode afetar
qualquer dente presente na boca. A alveolite do siso é das alveolites mais prevalentes nas
situações após a extração de dentes inclusos ou semi-inclusos, dada a prevalência de
problemas associados aos dentes do siso durante a sua erupção, para além da eventual
dificuldade de acesso cirúrgico aos mesmos, o que pode originar um maior trauma durante os
procedimentos inerentes à extração

Alveolite seca
A alveolite seca instala-se quando não se verifica a formação do coágulo sanguíneo
pós-extração, ficando o interior do alvéolo seco, ou seja, com exposição do respetivo osso e
correspondentes terminações nervosas, conduzindo a uma situação de desconforto e dor muito
acentuada.
Alveolite purulenta
A alveolite purulenta ocorre quando o alvéolo é infetado verificando-se a secreção e produção
de pus. Esta presença de pus proliferado dentro do alvéolo, ou seja, dentro do “orifício” ósseo
onde o dente se encontrava implantado, provoca não só dor forte e normalmente difusa, como
um cheiro ou odor fétido e acentuado (halitose).

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A pulpite (dente inflamado) é uma inflamação dolorosa da polpa dentária que é a parte mais
interna no dente, onde se localizam os vasos sanguíneos e os nervos responsáveis pela
vitalidade do dente.
A dor no dente afetado pode ser bastante intensa, sendo mais frequente na presença de
estímulos (na mastigação, de alimentos/ bebidas frios e/ou quentes). Quando a polpa já se
encontra demasiado afetada e impossível de ser salva por entrar em degeneração, a dor
persistirá mesmo após a eliminação do estímulo (mastigação, frio e/ou quente) ou poderá
mesmo aparecer naturalmente, ou seja, de forma espontânea.
Com o intuito de avaliar a vitalidade da polpa, o médico dentista poderá recorrer a um
estimulador térmico ou elétrico, porém este método não lhe permitirá avaliar se ela se encontra
saudável.
Pode-se afirmar que a polpa se encontra viva quando o doente sente a pequena descarga
elétrica ou a diferença de temperatura que lhe foi aplicada no dente. A sensibilidade à percussão
de um dente indica frequentemente que a inflamação se espalhou para os tecidos e ossos
adjacentes, e neste caso deverá ser ponderada a realização de endodontia (desvitalização do
dente).
As pulpites ocorrem quando se verifica uma agressão ao dente, levando a um aumento de
volume da polpa (vasodilatação), em consequência do aumento de fluxo sanguíneo (hiperemia
ou congestão pulpar) que tem como objetivo fazer chegar à polpa dentária um maior número de
células de defesa e anticorpos, no sentido de combater essa mesma agressão.
É essa vasodilatação, provocada pelo maior aporte sanguíneo, que implica uma compressão da
polpa contra as paredes internas dos dentes, originando o estado de pulpite, e
consequentemente a dor forte que invariavelmente se verifica durante o estado dessa pulpite
hiperreativa.

De entre as causas mais frequentes desta afeção benigna da polpa dentária, a cárie dentária
destaca-se das demais. Na cárie ocorre uma destruição dos tecidos duros, ficando o dente
cariado em consequência da atuação de determinadas bactérias presentes na boca. É,
efetivamente, uma doença ou processo patológico infecioso e contagioso que pode afetar os
dentes após a sua erupção na cavidade oral, constituindo um dos problemas com maior
prevalência junto da população mundial. A cárie pode ocorrer desde tenra idade, em qualquer
dente de leite ou dente queiro ou em dentes definitivos, até à idade geriátrica, não sendo por
isso uma doença específica de determinada idade.

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Abcesso dentário

Um abcesso dentário ou abscesso dentário é um acúmulo de pus, resultante de uma infeção


dentária. Possui a forma de uma bolsa visível com aspeto de “cisto, caroço ou bolha na gengiva
” ou de “pequena bola branca ou de cor esbranquiçada e de conteúdo purulento.
Embora referido como um abcesso ou abscesso no dente, devido à sua origem, este acaba por
se evidenciar na gengiva adjacente ao dente infecionado.
Os abcessos dentários surgem na sequência da contaminação por bactérias que invadem e
infetam a polpa dentária. Como consequência desta infeção, caso não seja tratada, a patologia
evolui até à formação e acumulação de pus.

Abcesso dentário - causas


Entre as causas mais frequentes para o surgimento do abcesso dentário encontra-se a cárie
dentária, quando se verifica uma agressão infeciosa da polpa dentária mediada pelas bactérias
que a originam. Muitas vezes, as situações de pulpite são afeções percursoras ao
desenvolvimento de abcessos dentários.
A cárie dentária possui uma alta incidência entre a população. As complicações que podem
resultar de uma cárie não tratada podem ser diversas, entre elas encontra-se o abcesso
dentário.

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Fluorose

O que é fluorose dentária?


A fluorose dentária é uma patologia que afeta os dentes e que se desenvolve durante a sua
formação. Esta afeção é desencadeada pela presença em excesso de fluoreto (ou flúor), e
manifesta-se ao nível do esmalte dentário na forma de manchas e/ou defeitos anatómicos.
É um problema que se evidencia logo no bebé ou em crianças (fluorose infantil), pois é no
decorrer desta faixa etária que se dá a formação e desenvolvimento dos primeiros dentes, quer
sejam dentes de leite (dentes decíduos), quer sejam dentes definitivos. No entanto, é um
problema que continua a evidenciar-se em adulto, ou seja, é independente da faixa etária.
Nos casos em que se verifica fluorose na criança, as manchas características (ver em sinais e
sintomas) mantêm-se visíveis com o passar do tempo, caso não seja efetuado qualquer tipo de
intervenção médico dentária. Acresce que o surgimento deste problema ocorre durante o
desenvolvimento da estrutura dentária (amelogénese), ou seja, antes ainda da erupção dos
dentes, podendo afetar tanto a dentição decídua como a permanente, como já foi referido.

Um dos sinais mais evidentes e visíveis da fluorose dentária são a presença de manchas nos
dentes que normalmente apresentam uma forma irregular e podem ter várias tonalidades
consoante o seu grau de gravidade e intensidade.
O aspeto das manchas que alteram a cor do esmalte pode variar entre a cor branca opaca e
apenas alguns traços brancos, isto quando estamos perante um caso menos acentuado de
fluorose dentária. Porém, se a situação for de carácter mais grave, as manchas que aparecem
na dentição apresentam já uma tonalidade mais escura, variando entre tonalidades
acastanhadas e/ou o marrom.
Nos casos mais severos, poderá mesmo haver irregularidades e perda da estrutura dentária,
pois a fluorose torna o esmalte hipomineralizado, mais poroso e friável, e como tal, mais fácil de
se desgastar, podendo em alguns casos surgir mesmo sensibilidade dentária e/ou dor de
dentes.

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O que é estomatite?
A estomatite é o termo utilizado para designar doenças que originam inflamações que se
manifestam na boca ou cavidade bucal. O significado de estomatite deriva da palavra
“estômato”, que por sua vez tem origem na palavra grega “stoma”, que significa “boca”, seguido
da terminologia que a associa a processo inflamatório.
As estomatites podem afetar os doentes de ambos os sexos e em qualquer idade, ocorrendo no
entanto maioritariamente na primeira infância, afetando os tecidos moles da boca até à
garganta. Veja imagens superiores.
A estomatite infantil é, como o próprio nome indica, aquela que ocorre na criança, sendo mais
frequente nos primeiros anos de vida. A estomatite em adultos é mais multifatorial, ou seja,
está associada a variadas causas ou fatores que veremos mais adiante. Veja mais informação
em estomatite infantil e estomatite no adulto.

A estomatite em crianças é mais frequente do que em adultos, sendo mais prevalente na


primeira infância, sobretudo a partir do sexto mês de vida, momento em que o bebé costuma
deixar de receber anticorpos da mãe que lhe são transmitidos através do leite materno nos
primeiros meses. No entanto, a estomatite infantil ocorre com maior incidência entre os dois e os
cinco anos de idade, período em que as crianças normalmente iniciam a vida escolar e
permanecem muito mais em contacto com outras crianças, e acomete ambos os sexos de igual
forma.
A estomatite no bebé que surge com alguma frequência é a estomatite herpética infantil, por
vezes referida como gengivoestomatite infantil, e a estomatite aftosa infantil, e tornam-se
mais propensos nos meses mais frios e húmidos.
Geralmente, as manifestações da estomatite na criança, surgem passados cerca de 5 dias após
o contágio com uma pessoa doente, e incluem regra geral, falta de apetite, irritabilidade, febre e
dor, para além de pequenas lesões que aparecem na boca e garganta, o que leva os pais, e
bem, a recorrer ao profissional de saúde.

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