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Crise dos Valores Tradicionaisfavoritos

Em pleno século XXI, quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores, ou pelo menos a
falência dos tradicionais. Mas desde sempre esta consciência de crise de valores existiu, numa
perspetiva geográfica mais restrita e sem as dimensões de generalização como sucede hoje. A
globalização económica e o neoliberalismo, o individualismo e o relativismo, a par do progresso
tecnológico, aceleraram a toma de consciência de crise de valores por parte da população. Por um lado
esbateram-se ou já não existem mesmo critérios seguros para distinção do bem e do mal, do justo e do
injusto, entre outras categorias morais e pessoais, imperando pois a subjetividade e o relativismo.
Radicalmente, alguns vão mais longe e afirmam mesmo que já não existem sequer valores, tudo é
circunstancial. O que era antes intemporal e inalterável, é agora volátil ou inconsistente, passando-se do
relativismo à descrença niilista absoluta.

As principais causas para a crise de valores são:

- a desvalorização da tradição, quer através do marxismo, que tudo subjuga à história e ao plano social,
desvalorizando os valores antigos, da burguesia, dos opressores, que substitui pelos do povo
trabalhador, quer através de Nietzsche e a sua negação dos valores absolutos, ou mesmo com Freud,
que tornou os valores morais como produto de mecanismos mentais repressivos.

- a crise na instituição familiar, das suas relações, do próprio modelo de família, primeira fonte de
transmissão de valores. O aumento de divórcios, separações, violência doméstica, pressões económicas
e stress social das famílias podem prejudicar também a transmissão de valores seguros aos filhos.

- modificações de ordem material, nos aspetos tecnológico e científico, e as sucessivas mutações


económicas podem conduzir ao distanciamento cada vez maior da sociedade moderna face aos valores
tradicionais.

- menor peso dos bons costumes e da cultura popular na sociedade moderna, visível na descrença nos
valores absolutos e na moral social, substituída pela moral autónoma e pelo relativismo.

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural, mais intercultural, assumindo melhor as
diferenças, mas também tornando-se mais insegura, violenta, tendendo para a repressão e até para um
individualismo egoísta e esvaziado de valores de relações interpessoais. Para muitos analistas, não
existe crise, antes abertura; para outros, a maior crise é a incapacidade humana de enfrentar o
problema da crise de valores, pois subsiste a ideia de que nas democracias não há valores impessoais ou
suprapessoais, parecendo que cada um escolhe os seus. Alguns autores sugerem que a crise não será
apenas de valores mas também de referências estáveis e sólidas.

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