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SPVV- INSTITUTO VIDA

Rua: Manuel Gadelho, 44 – Penha


spvvpenha@gmail.com
tel: 3554-4043

VISITA DOMICILIAR
IDENTIFICAÇÃO:
Nome: Laura Beatriz Lima Silva e Larissa Lima Silva
D.Nasc: 23/03/2017 e 12/05/2009
Responsavél: Luana Alves de Lima Silva

Endereço: Rua Rio das Antas, 215 – Jardim Santo Antonio – São Paulo

RELATO DA VISITA

No dia 29/08/2022, a técnica Assistente Social Mirian Eufrazio e a gerente Ivone


Hilário, realizaram visita domiciliar no endereço informado, a fim de ter compreensão
acerca do caso e da demanda de Larissa, e informar acerca da inserção da criança
Laura.
Fomos recebidos pela avó materna das meninas, a Sra. Aparecida, que pediu que nós
a chamassemos de Cida e estava presente também a criança Laura. A mesma nos
acompanhou até a residência de Luana, que mora no mesmo quintal da mãe. São
quatro casas no quintal, a de Luana, a da Dona Cida, a de um irmão de Luana com
sua esposa e um neto de Dona Cida com sua família.
Luana nos recebeu sonolenta e estava com o bebê Samuel, sentamos na cozinha para
conversarnos e pedimos que a Sra. Cida levasse Laura para sua residência para que
pudessemos falar com Luana. A genitora nos conta que atualmente estão residindo na
casa, ela, Laura e o bebê Samuel. A filha Larissa está ficando na casa da avó, que
mora no mesmo quintal, ao questionarmos o porquê, a mesma não entra em muitos
detalhes, só diz que a filha preferiu assim.
Luana nos relata que quando aconteceu os fatos, a mesma ainda estava no hospital,
pois após o parto de Samuel, a mesma realizou a laqueadura, então estava em
recuperação. A mesma diz ainda estar processando todas as informações. Parecia
dispersa e parece não compreender a gravidade de toda a situação, porém demonstra
bastante tristeza ao conversar conosco. Ela conta que tomou todas as providências
cabíveis e que não tem contato nenhum com o suposto autor, que teria bloqueado o
mesmo em todas as redes e que além da Medida Provisória que a mesma e as crianças
possuem, o autor está sendo ameçado pela comunidade, caso retorne à residência.
Luana relata que nunca viu nada suspeito em relação ao comportamento do
companheiro com as crianças, portanto não poderia falar nada em relação a isso,
porém que as filhas viriam em primeiro lugar. Relata que fazia acompanhamento
psicológico na UBS Padre Anchieta, antes da gravidez e fazia uso de medicação,
porém após descobrir a gestação, iniciou o pré-natal e abandonou o acompanhamento
psicológico. Atualmente está fazendo uso de setralina. Sobre a relação com o autor da
violência, a genitora informa que viveu momentos bons e momentos ruins, “como
todo casal, a gente tinha desavenças, mas também teve momentos bons” (sic)
Sobre a Laura, a mesma estuda em uma EMEI próximo a residência, que a mãe não
soube informar o nome, estuda no período da manhã das 7:00 ás 12:30. Questionamos
sobre a situação escolar atual, a mãe informa que a mesma está indo à escola, porém
não teria ido neste dia, devido a ter garoado pela manhã e feito muito frio. A Larissa
está estudando no período das 7:00 às 14:00 e está fazendo acompanhamento
psicoterapêutico na UBS Padre Anchieta.
A Sra Laura tem como principal renda, o Auxílio Brasil e a ajuda da comunidade
religiosa que frequenta.
Informamos à Sra. Luana, que Laura está sendo inserida nesse próximo mês, e se teria
alguém para acompanha-la até o serviço, entendendo que a mesma estava em
processo de recuperação da operação. A genitora informa que a Sra. Cida irá
acompanhar Laura até que a mesma se recupere. Nos despedimos e solicitamos
darmos uma paalvra com a Sra. Cida, a mesma nos acompanhou até o portão e disse
que poderíamos conversar na garagem.
A avó inicia relatando que Laura havia pedido que a mesma a levasse ao médico, pois
ela estava com uma verruga na “periquita” (sic) que estava doendo muito, e que o pai
dela passava pomada e fazia massagem na “periquita” só que estava doendo muito. A
avó gravou um vídeo da neta relatando essa situação e em conversa com os filhos
decidiu levar a criança no médico. Porém, segundo a Sra. Cida, o pai de Laura era
muito controlador, e não permitia que as crianças saíssem sem ele, ele acompanhou a
Sra. Cida até o médico, que teve que inventar uma história para conseguir passar com
a criança.
No instante em que a criança é atendida, já são acionados os orgão como Conselho
Tutelar pelo próprio hospital, e a criança fica internada para a realizar a extração da
verruga através de cirurgia.
Segundo a Sra. Cida, o companheiro da filha era muito violento com ele, chegando a
arrancar sangue da mesma, e também era extremamente controlador com as filhas, o
que difere da percepção da Sra. Luana de seu relacionamento com o suposto autor.
A mesma informa que o suposto autor, tinha por hábito dormir com as filhas, e
guardava um facão em casa que usava para ameaçar as filhas caso saissem da linha.
Nos contou ainda, que o Sr. Edimilson já tinha passagens na polícia, porém a família
só teria descoberto essa informação recentemente. Não soube informar do que se
tratava todas as passagens, mas disse que uma foi abuso sexual contra uma criança
com síndrome de Down e a outra atentado a pudor contra uma pessoa deficiente do
seu bairro.
Ficamos preocupadas em relação a segurança dessas crianças e dessas mães ao
sermos informadas do histórico desse genitor. Nos colocamos á disposição para
possíveis orientações e encaminhamentos, e ficamos de enviar via mensagem a data
do primeiro atendimento de Laura, que já seria inserida esse mês. Nos despedimos da
avó e Laura apareceu para se despedir, parecia feliz quando falamos sobre a mesma
vir aos atendimentos no SPVV.

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