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Objetivo do Encontro:
Conhecer os pais (Jeverson e Alessandra) do paciente Felipe, de 12 anos, e coletar
assinaturas de documentos. No restante da sessão buscar o máximo de informações
sobre o paciente e sua rede familiar.
Procedimentos:
Coleta de assinaturas, anamnese e escuta ativa.
para casa a relação mãe e filho ficou ainda mais próxima, de forma que eles nunca
mais dormiram separados do menino.
Me chamou muita a atenção quando Jeverson comentou sobre o restante da família
da esposa terem os mesmos comportamentos que ela e o filho, então perguntei se
havia alguma característica da família dela que ele considerava “estranho”. Muitos
membros da família de Alessandra têm histórico de depressão e três deles (avô
materno, tia, mãe) cometeram suicídio. É uma prática comum na família dela o
casamento entre primos, informou Jeverson, apesar de não ser uma regra apenas ela
e uma irmã se casaram com pessoas fora do laço familiar. Segundo ele ainda,
aparentemente não tiveram problemas, já que “as crianças algumas são meio
estranhas, mas nada muito diferente”.
Depois dos atendimentos do ano passado, Felipe passou a dormir durante a noite e
em uma cama apenas dele ao lado da cama dos pais, já que não tem outro quarto na
casa para ele. Um fator que pode ser preocupante nesse cenário é que os pais
passaram a ter seus momentos de intimidade no mesmo quarto do filho, enquanto ele
“dorme”.
Após verificar a documentação e as informações coletadas na anamnese, foi dado
espaço para Jeverson tirar possíveis dúvidas. Sem apresentar nenhuma foi feito o
fechamento e encerrada a sessão.
Impressões Pessoais:
Busquei muitas informações sobre a família do paciente e sobre a sua relação com
ela, pois acredito que antes de conhecer o adolescente se faz interessante saber a
origem de seus comportamentos e como o meio irá conspirar para as intervenções
terapêuticas. Pensando nisso, com o pouco de informação coletada inicialmente,
minha primeira hipótese é que o adolescente repete boa parte dos comportamentos
sintomas da mãe, devido a relação extremamente próxima que os dois apresentam.
Outro detalhe que me chamou muita a atenção é o costume da família de relacionar-
se com seus primos próximos, possivelmente perpetuando geneticamente os
sintomas depressivos. Provavelmente o gatilho para os sintomas de Alessandra foi o
parto.
Para a próxima sessão, planejarei o primeiro encontro com o adolescente, pretendo
entender a queixa que ele traz e se difere da trazida pelo pai. Apenas a título de
curiosidade, já que o foco do atendimento é o Felipe.