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Sra.

“L” , compareceu ao CRAS com demanda espontânea, logo foi feito a acolhida
pelo educador social que verificou a necessidade de um atendimento técnico ,esse
foi realizado pela Assistente social Juliana juntamente comigo “estágiara Thais”.
na entrevista verificamos uma situação de vulnerabilidade social Sra. “L” relatou
que morava na cidade de Tiradentes, e exatamente a um mês está na morando na cidade
de Suzano, pois seu companheiro havia conseguido um emprego na cidade.
A mesma relatou que estava morando de aluguel, e que seu esposo havia
lhe abandonado e juntamente com os 3 filhos sendo um deles recém nascido, informou
que não sabia o paradeiro do seu companheiro e nem o motivo de seu abandono visto
que não havia tido nenhum tipo de discussão. Tentamos entender melhor a situação de
vivência do casal (fizemos as perguntas como: sofria agressão? Ele era usuário de
alguma substância química? Onde era seu serviço? Como era a relação de vocês com a
família? Etc.)
Verificamos que a usuária estava receosa em responder as perguntas, mas
confirmou que não sofria agressão e não sabia onde era o atual local de trabalho de
seu companheiro. Sobre a rede familiar, disse que tinha um pai e uma mãe, mas não
podia contar com o apoio deles, porque segundo ela “havia feito uma escolha
errada”, e seus pais não aceitava seu relacionamento. Com os dados apresentados
finalizamos o atendimento, mas com muitas lacunas em aberto o que nos chamou
atenção no caso! Sabíamos que Sra. “L” tinha muita demanda a ser resolvida, mas não
se sentiu a vontade no primeiro atendimento. Esse caso gerou um discursão de caso
com a equipe multidisciplinar.
Enfim, alguns dias depois novamente senhora “L” venho solicitar um
atendimento, dessa vez, se encontrava mais angustiada, pois estava visivelmente
abalada “chorando”. No decorrer do atendimento confessou que sofria agressão
física, psicológica e que seu esposo a abandonou devido os vizinhos e a dona da
residência terem presenciado uma agressão, onde gerou a sua expulsão da residência
e ameaças para que não houvesse um retorno ao local. Sobre a rede familiar através
de outros atendimentos descobrimos que na verdade a Sra. “L” tem um padrasto, e
seu medo de retornar os laços é de que o mesmo maltrate as suas filhas! Pois ela
relata que sofreu tentativa de abuso sexual do mesmo, e que sua mãe não acreditou
em sua fala na época. E esse era o motivo a qual ela não se abriu muito nos
atendimentos sociais; (Tinha medo, de que vocês não acreditassem em mim)
Ligando Teoria x prática (Caso)
Ao analisar o caso vi a importância dos instrumentais técnicos
operativos, pois foi através de entrevistas e visita domiciliar que conseguimos nos
aproximar da usuária para fazer uma intervenção mais completa. Esse caso teve
várias intervenções como: Saúde: Acompanhamento médico dos filhos; acompanhamento
médico da Sra. “L”; Insegurança alimentar: Cesta básica; demanda escolar pois as
crianças não estavam matriculadas na creche; encaminhamento para emissão de
documentos civil “ RG”.
Os estudos teóricos que me auxiliaram no atendimento foram á teoria da
família, onde observamos uma família onde a mãe é a provedora do lar e tem
histórico agressões a deixando mais fragilizada e com traumas, no momento não pode
contar com a sua rede familiar, porém existe a possibilidade de um contato futuro.
Usei também como base a teoria do materialismo histórico dialético onde da sentindo
a questão social que a família está presenciando.

A realidade em que a família está inserida está em torno desemprego, o grande


causador da insegurança alimentar e financeira, Sra “L” quer mudar sua realidade
mas devido as dificuldades enfrentadas encontra mais obstáculos para ter sucesso.

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