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14/03/2024

Introdução:
QUESTÕES SOBRE ■ Solo → Ambientes naturais sustentam ecossistemas.

ADUBAÇÃO E ■ Agricultura → exige uso de corretivos e fertilizantes

CORREÇÃO DE SOLOS → permitam conciliar resultados econômicos com preservação dos recursos naturais do solo e
com a elevação das culturas.

NA FORRAGICULTURA Parte superficial intemperizada


contendo M.O. e seres vivos

■ Físico: Sistema heterogêneo→fases sólidas, líquidas e gasosa.


■ Os fatores de formação do solo são cinco:
- Material de origem (rocha ou solo)
■ Composição→ fração inorgânica(mineral) e orgânica.
- Clima
- Relevo
■ Fertilidade do Solo→Interrelação entre fatores que afetam os efeitos de corretivos,
- Biosfera fertilizantes sobre plantas cultivadas, organizando os conhecimentos para uso na
- Tempo produção. (RIAJ B.V., 1991).

■ pH → Ácidas→ Solubilização de Fe, Mn e Al


Básicas→ Solos calcários com presença de
carbonato de cálcio livres

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■ M.O → Demonstra a ação dos agentes biológicos. →Solo passa a ter C e N.


■ Granulometria →Influi na produtividade.
Cadeias Orgânicas→Funciona como condicionador do solo→agrega partículas
minerais→condições favoráveis de porosidade. →Arenosos→ teor de M.O.,  capacidade. Ret. Nutrientes,  capacidade ret. Água(limitante).
 retenção de água e participa da CTC.

→Argilosos → Afetam fertilidade por encrostamento superficial, a compactação e a tendência ao


anaerobismo.
■ Organismos → relacionado à processos de transformações → principalmente
relacionado a M.O. → Processos bioquímicos que decorrem da busca dos organismos
por nutrientes e energia.
■ Nutrientes → afetados por fenômenos de natureza física, química, biológica.Destacam-se :
trocas de íons, adsorção fosfatos, processos biológicos envolvendo alguns nutrientes, processo
de oxi-redução (condições anaeróbicas), movimentação e lixiviação.

■ Absorção→raízes / a partir da solução do solo→não absorvidos


por forma direta→ocorrem na forma de íon. ■ H→papel na acidez e na reação do solo.

■ Al→tóxico em solos ácidos

− − +
N = NO , NO , NH
3 2 4 H = H+
■ Na→pode ocorrer em teores trocáveis bastante elevados.

P = H 2 PO 4− , HPO 42− Cl = Cl − ■ Troca de Cátions→ Permite aos solos reter diversos elementos na forma acessível p/ as plantas.
K = K+ Al = Al 3+
2+
Ca = Ca Na = Na +
Mg = Mg 2+
S = SO42−

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ANÁLISE DE SOLO

Análise do Solo → Antes de iniciar qualquer programa de adubação

Essa análise fornece informações importantes sobre a fertilidade do solo, os


níveis de nutrientes disponíveis e o pH do solo.

Com base nesses resultados, é possível determinar quais nutrientes estão em


falta ou em excesso.

Do Local da coleta

Ferramentas para coleta do solo Retirar em sub amostra de solo → + ou – 300 gramas de solo por local retirado

Escolher locais com homogeneidade → tipo de vegetação, cor do solo homogêneo e evitar
faixas do terreno que sofreram escorrimento d´agua (Trechos erodidos), formigueiros,
cupins, brejos, caminhos, etc.

Para retirada de cada sub amostra, fazer capina superficial com enxada, de forma a
eliminar todo e qualquer material que existir sobre o solo (galhos, folhas e vegetação).

Para culturas perenes/florestais já implantadas: retirar sub amostras do meio das ruas
(entrelinhas) e na projeção da copa (nos locais onde os adubos são aplicados).

Para pastagens/culturas anuais: retirar da área total caminhando-se sempre em zig-zag


na área.

Retirar amostras separadas da parte alta, média e baixa do terreno.

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Da época da Retirada
Devem ser retiradas no período seco do ano. Para região sudeste nos meses de abril,
maio ou junho. Da análise a solicitar

Para efeito de atividades florestais ou agrossilvipastoris:


Da quantidade de amostras
De cada área homogênea basear-se em: a cada 10 hectares (Área máxima para uma → solicitar sempre uma análise química completa incluindo “S”=enxofre, “Al”= alumínio,
amostra) retirar de 10 a 12 sub amostras. “H + Al”= hidrogênio + Alumínio e todos os micronutrientes para a profundidade
de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm.
Das sub amostras retiradas de cada área, após mistura, recolher cerca de 300 g,
embalá-las em sacos plásticos formando-se então uma amostra.
Uma análise física deve ser solicitada somente quando houver solicitação técnica. No
Identifica-las (nome da propriedade, proprietário, local de onde se retirou a amostra, primeiro ano de plantio é recomendável fazer a análise física.
profundidade retirada, data da coleta) e enviá-las a laboratório credenciado.

Não misturar terra da camada de 0 a 20 cm com terra da camada de 20 a 40 cm de


profundidade. Identifica-las separadamente.
Retirar amostras de solo no mínimo a cada dois anos ou de acordo com orientação
técnica.

Calcário → Calagem

• Fornecimento de Ca e Mg
• Aumenta o pH ■ Diminuição da disponibilidade de micronutrientes
• Reduz o Al3+, Mn2+, Fe3+ em excesso
• Aumenta a disponibilidade de N, P, K, Mg, S, Mo, etc ■ Aumenta eficiência dos fertilizantes

• Melhora a atividade bacteriana


■ Aumenta a produtividade das culturas
• Aumenta a CTC do solo
• Diminui a fixação do P

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→ Reação
■ Os processos e as reações pelos quais o calcário reduz a acidez do solo são
muito complexos.

■ Simplificação → o pH e um solo é uma expressão da atividade do íon H+ → O


calcário reduz a acidez do solo (eleva o pH) pela conversão de alguns desses íons
H+ em água.

A reação acontece assim: ■ O inverso desse processo também pode ocorrer: Um solo
ácido pode tornar-se mais ácido se um programa de
calagem não for seguido.

■ À medida que os íons como Ca 2+, Mg 2+ e K+ são


removidos, geralmente por absorção pelas culturas, eles
podem ser substituídos por H+.
■ Estes íons também podem ser perdidos por lixiviação,
novamente sendo substituídos por H+.

■ A atividade do H+ aumentará continuamente, abaixando o


pH do solo, se não for feita a calagem adequada

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→ Frequência de aplicação

■ Para rotações que incluem leguminosas → o calcário deve ser aplicado


entre três a seis meses antes da semeadura, especialmente em solos
muito ácidos.

■ A calagem feita poucos dias antes do plantio geralmente produz


resultados decepcionantes, porque o calcário pode não ter tido tempo
suficiente para reagir com o solo

■ As afirmações generalizadas sobre a frequência da calagem são →Fatores que influenciam a frequência da calagem:
provavelmente inadequadas.
■ Textura do solo - Os solos arenosos precisam receber nova calagem
■ Muitos fatores estão envolvidos. A melhor maneira para se com mais frequência do que os solos argilosos;
determinar a necessidade de uma nova calagem, é analisando-
se o solo.
■ Dose de adubação nitrogenada – Altas doses de adubos NH4 +
(amoniacais) geram considerável acidez;
■ As amostras de solo devem ser feitas a cada dois ou três anos –
mais frequentemente em solos arenosos
■ Taxa de remoção pelas culturas – As leguminosas removem mais Ca e
Mg do que as não leguminosas

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→ LOCALIZAÇÃO DO CALCÁRIO
■ Mesmo quando adequadamente misturado ao solo, o calcário terá pouco
efeito sobre o pH, se o solo estiver seco.
fator importante

■ A umidade é essencial para que o calcário reaja no solo.


■ É essencial que a incorporação seja feita de modo a permitir o
máximo contato com o solo da camada arável.
■ Quando grandes quantidades de calcário são aplicadas em solos
argilosos, a mistura fica mais bem feita aplicando-se uma parte antes da
aração, e outra, depois desta operação
■ Os materiais calcários mais comuns são apenas ligeiramente
solúveis em água, assim sendo, é absolutamente necessária a
incorporação para que ocorra a reação do calcário

■ Em solos arenosos, que podem ser preparados à profundidade de 10-15cm, ■ Uma vez estabelecida a cultura, o calcário só poderá ser aplicado a
uma aplicação apenas, antes ou depois da gradagem, é suficiente. lanço, em cobertura.

■ Em alguns sistemas de cultivo, como as culturas perenes e as pastagens, a


mistura somente pode ser feita antes da semeadura
■ O calcário aplicado à superfície reage lentamente e não tão
completamente quanto o calcário misturado com o solo

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→ Fontes

■ Existem três tipos de calcário em relação a sua composição: ■ O uso de cada tipo de calcário é relativo a concentração de cálcio e
magnésio no solo medida a partir dos resultados das analises de solo.

1) Calcítico tem muito cálcio e pouco magnésio →


<5% de MgO ■ Um solo equilibrado tem uma relação entre Ca:Mg:K igual a 13:4:1.

2) Magnesiano tem cálcio e um pouco mais magnésio → → a cada 13 partes de Ca é necessário ter 4 partes de Mg e 1 parte de K.
>5% e <12% de MgO
→ A escolha do tipo de calcário é relativo a relação entre Ca e Mg no solo
3) Dolomítico tem cálcio e é o que tem mais magnésio →
>12% de MgO

■ Se em base as análise de solo foi encontrada a relação:


■ Existem quatro faixas de classificação de calcário em relação a sua
rapidez de correção:
■ Ca/Mg <1 usar o Calcítico

■ 1> Ca/Mg >2,5 usar o magnesiano ■ 1) Faixa A PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total) 45 a 60% -
de reação mais lenta. Em 5 meses a correção é completada.
■ 2,5< Ca/Mg <4 usar o dolomitico
■ 2) Faixa B PRNT 60,1 a 75%
■ Ca/Mg >4 usar dolomitico com correção de sulfato de magnésio
■ 3) Faixa C PRNT 75,1 a 90%

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NC (t/ha) = (V2-V1) x T x f / 100


Onde,
■ Faixa D PRNT >90% - de reação mais rápida. Em 3 meses a correção V2 - é o valor que queremos elevar;
é completada. V1 - é valor encontrado na análise;
T = capacidade de troca de cátions a pH 7,0;
■ Maior o valor de PRNT → maior o custo. f - fator de correção do PRNT do calcário a ser utilizado.
Toda recomendação de calagem é baseada em calcário com PRNT = 100%.
■ Existe o calcário calcinado, que pode ser feito com qualquer tipo de Se o calcário a ser aplicado possui um PRNT diferente deste, deve ser feita
calcário. A diferença é que ele é calcinado em fornos e a correção.
posteriormente moído. f = 100 / PRNT do calcário usado.
Seja um calcário com PRNT de 80% que vai ser usado para a calagem.
• Tem o PRNT em torno de 140%, o que indica que é muito rápido para Logo,
corrigir a acidez do solo (1 mês para reagir). f = 100/80 = 1,25.
Aplicando na fórmula, para elevar o V2 = 60%, teremos:
Este é o mais caro NC t/ha = (60 - 33,78) x 7,55 x 1,25 / 100 → NC = 2,5 t/ha.
Se quisermos elevar o V2 para 70%, a NC será:
NC t/ha = (70-33,78) x 7,55 x 1,25 / 100 → NC = 3,4 t/ha.

ADUBAÇÃO - CONCEITOS
Métodos de Aplicação:

Adubação de forrageiras → é um processo complexo que requer


Estabelecimento da pastagem conhecimento DETALHADO sobre as necessidades nutricionais das plantas,
→ a lanço → com incorporação (1/2 antes da aração,1/2 antes da análise do solo e implementação de práticas de manejo para garantir a
gradagem) → 0-40 cm produção sustentável de forragem de qualidade.

Manutenção
→a lanço → com a pastagem rebaixada, sem incorporação

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Exemplo
Resultado Indicação:
Adubação → é recomendada de acordo com as tabelas oficiais de cada Estado, Planta: Soja
e para cada cultura. Estado: Paraná
P
mm/dm3
Cada Estado tem a sua tabela própria que, baseada nos resultados de pesquisa 3,2
em adubação, coloca os nutrientes do solo em faixas de muito baixo ou baixo,
médio, alto ou muito alto.

No caso do fósforo e do potássio, devemos verificar em que faixas os teores da


análise de solo são incluídos.

Feito isto, é mostrada uma recomendação de P2O5 e K2O, em kg/ha.

Multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27.


É uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.
Pela análise do solo:
→O teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³
→O teor de potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.
Quantos kg/ha?
Se é preciso 90 kg/ha de K2O (dado da tabela) então
→Olhando a tabela: a recomendação para esta faixa (assinaladas em vermelho) → (90÷27) x 100 = 333 kg.

Arredonda para uma aplicação de 340 kg/ha.


N=0
Estes 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) ÷ por 100 vão fornecer
P2O5 = 70 a 80 kg/ha
= 75 kg/ha de P2O5.
K2O = 90 kg/ha.

Portanto, a relação NPK é 00-75-90. → utiliza 75 que é a média de 70-80 da


recomendação. → ÷ por 10 ➔ 00 – 7,5 – 9,0

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Se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18.


PARA O TRABALHO

Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha. Considerar → necessidade de calcário 2 toneladas por ha (sugiro para
isso fazer a terra de todos juntos para facilitar a pesagem)
Estes 500 kg/ha x 18 ÷ 100 = 90 kg/ha de K2O (garantia de K2O na fórmula)
Ou 3,5 g de calcário por litro de substrato

Quanto ao P2O5 Adubação de Plantio → verificar a necessidade de cada forrageira →


500 kg/ha x 15 ÷ 100 = 75 kg P2O5/ha. utilizar o Boletim 100 (sugiro para isso considerar famílias).

Ou 4-14-8 → 5g por litro de substrato


Esperar umas 2 semanas entre a correção e a adubação

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