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Mitos, tabus e crenças relacionadas à ingestão de

alimentos na gestação e na lactação

Crenças alimentares no aleitamento materno. Um estudo entre


gestantes e nutrizes atendidas em uma maternidade pública no
município de São Paulo

Resumo
Introdução: O leite materno é a melhor e mais adequada fonte de nutrientes, fatores de proteção
e fortalecimento emocional para o lactente durante o seu primeiro ano de vida. A cultura, a
crença e os tabus têm influenciado de forma crucial a prática do aleitamento materno,
principalmente, quanto à alimentação da nutriz. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo
identificar as restrições alimentares às quais se submetem as puérperas, acreditando contribuir
favoravelmente para a sua saúde e a do bebê. Método: Estudo realizado com 30 mães
atendidas em uma maternidade pública no município de São Paulo. Aplicou-se um questionário
com perguntas abertas para avaliação das atitudes e práticas em amamentação, especialmente
relacionadas à restrição alimentar materna. Resultados: Os dados encontrados neste estudo
apontaram para a existência de tabus e crenças com relação à alimentação durante a lactação.
Os alimentos mais citados como restritos foram: refrigerantes (43%), alimentos gordurosos
(37%), bebidas alcoólicas (27%), seguidos de chocolate (20%), pimenta (20%) e café (17%). O
principal motivo alegado para que tais alimentos não fossem consumidos foi a possibilidade de
causar cólicas na criança. Por outro lado, os alimentos citados como benéficos para a lactação
foram frutas, verduras e legumes (43%) e leite e derivados (43%). Conclusões: Não foram
identificadas restrições alimentares preocupantes ligadas às crenças das entrevistadas, porém
reforça-se aqui a necessidade de orientações adequadas às lactantes dentro de um sólido e
eficiente programa de educação nutricional, afastando os fatores que possam colaborar com o
desmame precoce.

Investigação dos tabus e crenças alimentares


em gestantes e nutrizes do Hospital Regional de
Mato Grosso do Sul, Rosa Pedrossian

Resumo
Diante da importância do aleitamento materno, é fundamen-tal conhecer as vias que
interferem negativamente no momento da relação entre mãe e filho. O objetivo do
trabalho foi investigar os tabus e crenças alimentares, relacionados aos aspectos culturais,
que podem ocasionar riscos nutricionais tanto para a mãe quanto para o bebê. Trata-se de
um estudo descritivo, quantitativo, qualitativo de campo e transversal, cujo público-alvo foi
constituído de 30 gestantes e/ou nutrizes. Para a realização da pesquisa utilizou um
formulário aberto de própria autoria. Observou-se que 86,66% das mães possuem tabus
alimentares e que 13,33% não possuem nenhum tipo de tabu. As restrições mais comuns
foram com relação aos refrigerantes, os alimentos gordurosos e os temperados. Conclui-se
que os tabus e as crenças alimentares estão fortemente presentes, podendo interferir no
estado nutricional das gestantes e lactantes, pois restringem a ingestão de nutrientes
necessários à manutenção da saúde.

Significado de nutriz
Aquela cuja função é amamentar; ama ou ama de leite

Galactagogos significado

Os fármacos galactagogos utilizados atualmente são antagonistas dopaminérgicos,


que aumentam a prolactina sérica.

Prolactina
é um hormônio produzido pela glândula hipófise, localizada na região inferior do
cérebro. Entre as principais funções dessa substância está o estímulo para a
produção de leite nas gestantes, possibilitando, assim, que aconteça a
amamentação.

Crenças alimentares de lactantes durante o aleitamento


materno: uma revisão narrativa de literatura.
Objetivo: encontrar as principais crenças alimentares de lactantes sobre lactogogos e alimentos prejudiciais à
amamentação em estudos nacionais, reconhecer suas causas e motivos e confrontar esses achados com a
literatura acerca de cada tema, verificando se há ou não respaldo científico para tais práticas relacionadas à
alimentação. Metodologia: revisão narrativa de literatura com artigos selecionados por meio das bases de dados
LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências de Saúde), MEDLINE (Sistema Online de Busca e
Análise de Literatura Médica) e Scielo (Biblioteca Eletrônica Científica Online) e CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Os descritores utilizados foram: “crenças alimentares”,
“aleitamento materno”, “alimentos lactogogos” e “hipogalactia”. Excluíram-se os artigos de revisão, estudos
estrangeiros, os que explicitaram somente crenças que não fossem alimentares, dissertações e duplicatas.
Foram selecionados 18 artigos. Desses, 15 falavam sobre alimentos lactogogos e 12 sobre alimentos
prejudiciais à lactação. Resultados: as crenças alimentares em alimentos lactogogos de maior prevalência
foram: canjica, alimentos derivados do milho, cerveja preta, canja de galinha e leite de vaca. Os mais citados
como prejudiciais à amamentação foram: refrigerantes, alimentos ácidos/frutas cítricas, alimentos gordurosos,
chocolate, doces, bebidas alcoólicas, café, carne de porco e peixes. A influência de fatores culturais é muito
forte na propagação dessas crenças, passadas muitas vezes pelas avós e mães das lactantes, sem que haja
real explicação dos porquês. Conclusão: nenhum alimento tem capacidade de aumentar a produção de leite
materno, mas possivelmente podem entrar para suprir as demandas energéticas da mãe. A restrição ou
exclusão de alguns alimentos pode ser necessária para manutenção da saúde da mãe e da criança, mas deve-
se ter cautela para que essa restrição não acarrete prejuízos no estado nutricional da nutriz e não leve a
prejuízos na diversificação alimentar. O contexto cultural e social no qual a nutriz está envolvida tem grande
importância no estabelecimento de crenças e pode ter influência positiva ou negativa no prolongamento do
aleitamento materno

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