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Sobre esta apos la:

Esta apos la foi elaborada para auxiliar o estudo dos


Traumas sobre a face e noções primarias sobre o assunto

Bons estudos e Sucesso!


URGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Neste material, serão apresentadas as principais emergências na área da cirurgia do trauma. O
profissional de saúde que atua na área terá informações importantes sobre anatomia, fisiologia,
manejo e principais condutas a serem tomadas no atendimento ao trauma zado.

➔ Trauma de face

Obje vos de aprendizagem


• Conhecer a anatomia da face.
• Saber como proceder à avaliação de um paciente com trauma de face.

• Conhecer a forma de inves gação de trauma de face.


• Conhecer a classificação das
fraturas de face.
• Conhecer as urgências em trauma de face e como proceder em cada uma delas.
Urgências Traumáticas

Trauma
de face

[Digite aqui]
5
1. Introdução

O trauma de face, na maioria das vezes, está associado a outros traumas,


porém apresenta aspectos específicos que merecem atenção, com a fi -
nalidade de diminuir sequelas funcionais e esté cas.
Esse po de trauma costuma ocorrer em eventos relacionados ao trânsito, à
prá ca espor va (como em lutas de boxe e jogos de rúgbi) e, frequentemen- te, à
violência interpessoal, em cerca de 18,6 a 48,1% dos casos.
As lesões de face podem ocorrer no tecido mole devido a lacerações, abrasões e
ferimentos corto-contusos, ou no arcabouço ósseo em função de fraturas.
Anatomia
É importante conhecer a anatomia dos ossos da face e dos pares de nervos cra-
nianos que a inervam, bem como entender o contexto anatômico relacionado às vias
aéreas e à base do crânio.

Ossos da face
Os ossos da face são aqueles que compõem o crânio, como os ossos frontal, temporal,
esfenoide, nasal, maxilar e zigomá co, além da mandíbula.

Osso frontal

Osso parietal

Osso temporal

Osso esfenoide

Osso lacrimal
Osso
zigomático

Osso nasal
Maxila

Vomer

Mandíbula
Pares Cranianos
Uma fratura de face pode acometer os nervos com lesões parciais ou completas. Os
principais pares cranianos que fazem trajeto na face são os nervo oculomo- tor
(terceiro par), troclear (quarto par), trigêmeo (quinto par), abducente (sexto par),
facial (sé mo par) e ves bulococlear (oitavo par).

Pares de nervos Tipo Função

Movimento dos mús-


III – oculomotor Motor culos da pálpebra e do
globo ocular Nervo oculomotor
(III par)

Movimento dos mús-


IV – troclear Motor
culos do globo ocular
Nervo troclear
(IV par)

Divisão
Oftálmica
Percepção da face e Divisão Nervo
V – trigêmeo Misto boca e movimento da maxilar trigêmeo

bochecha Divisão
mandibular

Movimento do globo
VI – abducente Motor
ocular
Nervo Abducente
(VI par)

Sentido do paladar e
movimento dos mús-
VII – facial Misto
culos da face e das
glândulas salivares
Nervo vestibulococlear
(VIII par)

VIII – vestibulococlear Sensorial Audição e equilíbrio


Relação com vias aéreas

Os ossos da face têm correlação direta com as vias aéreas. Por isso, é importante
conhecer a anatomia das vias aéreas, já que uma eventual lesão pode comprometê-
las e gerar obstrução. A maxila forma o palato na parte interna da boca, e a
mandíbula forma o assoalho da boca.

Maxila

Mandíbula
Avaliação
A avaliação do trauma de face deve adotar os mesmos princípios de todo atendimento
ao trauma zado, seguindo a sequência do “ABCDE”.
O trauma de face pode resultar em problemas de vias aéreas (“A”) pela des- truição
do arcabouço ósseo, com consequente impossibilidade da entrada ade- quada de ar,
ou, em decorrência das fraturas, originar intenso sangramento que dificulta a
entrada de ar.
Em ambas as condições, está indicada a proteção de vias aéreas com via aé- rea
defini va. Deve-se tentar a intubação orotraqueal ou nasotraqueal. Se isso não for
possível, deve-se indicar brevemente a realização de crico reoidostomia cirúrgica.
Além de possíveis problemas nas vias aéreas, o trauma de face pode ser foco de
instabilidade hemodinâmica através de profuso sangramento do couro cabeludo e
dos vasos da face (“C”). Deve ser tratado conforme protocolo de reanimação e
tentar cessar a hemorragia.
Alguns traumas de face podem estar associados a outras lesões cranianas e
intracranianas. É importante descartar a possibilidade de trauma smo cra -
nioencefálico (TCE) (“D”).
Na avaliação secundária, deve-se realizar exames minuciosos dos ór- gãos localizados
na face, como exame ocular, incluindo avaliação de acuidade, motricidade e
caracterís cas da visão; exame da orelha, incluindo otoscopia; exame do nariz,
incluindo avaliação especular; e exame da cavidade oral, in - cluindo den ção e
mordida.
Inves gação
A inves gação do trauma de face é feita com métodos de imagem. A to- mografia
computadorizada (TC) tem subs tuído as radiografias, por mostrar melhor as lesões e
realizar uma reconstrução, que permite o planejamento do tratamento. Porém, nem
todos os centros possuem TC. Nesses casos, pode-se realizar as incidências de
radiografias de face para iden ficar eventuais fraturas.

Radiografia de ossos da face


As incidências a serem consideradas são:
Incidência Imagem O que avalia

Caldwell Região frontal, nasal e órbita

Waters Maxila, seios maxilares, órbita e ossos do nariz

Hirtz Arco zigomático

Towne Côndilos

Perfil da face Fratura nasal e mandíbula

* Fonte: Centro de Simulação da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp - acervo pessoal 2017.
Tomografia computadorizada (TC)
Classificação
Existem diversos pos de fraturas de face, porém as maxilofaciais são classi-
ficadas por Le Fort em I a III, conforme a tabela abaixo.
Le Fort I Envolve a maxila, separando-a do palato.

Le Fort II Piramidal. Envolve os ossos nasais e a órbita.


Disjunção craniofacial. Envolve as suturas zigomaticofrontal, maxilofrontal e
Le Fort III
nasofrontal, e os assoalhos da órbita (etmoide e esfenoide).

Urgências em trauma de face


A maioria das fraturas de face são tratadas alguns dias após o trauma devido à
necessidade de diminuição do edema para uma adequada reconstrução, porém há
situações que são consideradas urgentes.

Lesão da pálpebra
A sutura da pálpebra deve ser cui-
dadosa para evitar retrações que
podem levar à exposição do globo
ocular quando a pálpebra es ver fe-
chada e ao comprome mento da lu-
brificação e drenagem do olho atra-
vés do ducto lacrimal.
Sangramento
A face possui uma rica rede de vasos sanguíneos que promovem a sua irrigação. A
principal causa de sangramento em trauma de face são lesões do couro cabe- ludo,
porém algumas fraturas podem envolver lesão de artéria.

Artéria temporal
superficial

Artéria maxilar

Artéria occipital

Artéria carótida
interna

Artéria facial

Artéria carótida
externa

Artéria lingual

Artéria
vertebral

Artéria
Artéria carótida
subclávia
comum
Em alguns casos, o sangramento é
intenso e pode ser necessário o
tamponamento nasal anterior e/
ou posterior para auxiliar a ces-
sá-lo.
Em outros casos, o sangramen- to
pode ocorrer posteriormente,
para a orofaringe, e gerar obs-
trução das vias aéreas. Pode ser
necessária a realização de via
aérea defini va.

Fraturas da órbita
A órbita é formada por sete ossos e, como algumas fraturas podem comprome - ter a
visão, deve ser avaliada adequadamente toda a dinâmica ocular através da
motricidade e acuidade visual.
O local mais frequentemente acome do em fraturas de órbita é o forame infraor-
bitário, um local de maior fragilidade. Isso pode levar à lesão do nervo infraorbi- tário
com sintoma de parestesia (formigamento).
É indica vo de cirurgia de urgência quando houver:
• diplopia (visão dupla);

• fratura extensa que pode originar eno almia (entrada do olho);

• eno almia ou exo almia;

• déficit da acuidade visual por aprisionamento do nervo óp co no canalóp co;

• fraturas do po blow-in – fraturas que ocorrem nas paredes laterais ou me- diais
da órbita, reduzindo o volume desta e com consequente aumento da pressão
intraorbital;
• fraturas do po blow-out – fraturas que decorrem de trauma sobre rebordo,
globo ocular e tecidos moles da órbita (por exemplo, um soco), com conse-
quente aumento súbito da pressão intraorbital.
Luxação da mandíbula

A luxação da mandíbula é uma condição em que há deslocamento do côndilo em


relação à sua ar culação. Trata -se de uma condição dolorosa que deve ser reduzida
assim que diagnos cada, pois pode originar distúrbios de mas gação.

Acome mento de nervos


Uma fratura de face pode gerar lesão completa ou parcial ou aprisionamento de um
nervo periférico. Inicialmente, o edema decorrente do trauma não permi rá uma
avaliação adequada, porém, assim que possível, deve ser avaliada a função desses
nervos para evitar sequelas posteriores com déficits ou nevralgias (dores em
trajetos).
Considerações Finais

Parabéns! Você deu um passo importante ao concluir a leitura da


nossa apos la sobre traumas de face.

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