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Trauma
de face
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1. Introdução
Ossos da face
Os ossos da face são aqueles que compõem o crânio, como os ossos frontal, temporal,
esfenoide, nasal, maxilar e zigomá co, além da mandíbula.
Osso frontal
Osso parietal
Osso temporal
Osso esfenoide
Osso lacrimal
Osso
zigomático
Osso nasal
Maxila
Vomer
Mandíbula
Pares Cranianos
Uma fratura de face pode acometer os nervos com lesões parciais ou completas. Os
principais pares cranianos que fazem trajeto na face são os nervo oculomo- tor
(terceiro par), troclear (quarto par), trigêmeo (quinto par), abducente (sexto par),
facial (sé mo par) e ves bulococlear (oitavo par).
Divisão
Oftálmica
Percepção da face e Divisão Nervo
V – trigêmeo Misto boca e movimento da maxilar trigêmeo
bochecha Divisão
mandibular
Movimento do globo
VI – abducente Motor
ocular
Nervo Abducente
(VI par)
Sentido do paladar e
movimento dos mús-
VII – facial Misto
culos da face e das
glândulas salivares
Nervo vestibulococlear
(VIII par)
Os ossos da face têm correlação direta com as vias aéreas. Por isso, é importante
conhecer a anatomia das vias aéreas, já que uma eventual lesão pode comprometê-
las e gerar obstrução. A maxila forma o palato na parte interna da boca, e a
mandíbula forma o assoalho da boca.
Maxila
Mandíbula
Avaliação
A avaliação do trauma de face deve adotar os mesmos princípios de todo atendimento
ao trauma zado, seguindo a sequência do “ABCDE”.
O trauma de face pode resultar em problemas de vias aéreas (“A”) pela des- truição
do arcabouço ósseo, com consequente impossibilidade da entrada ade- quada de ar,
ou, em decorrência das fraturas, originar intenso sangramento que dificulta a
entrada de ar.
Em ambas as condições, está indicada a proteção de vias aéreas com via aé- rea
defini va. Deve-se tentar a intubação orotraqueal ou nasotraqueal. Se isso não for
possível, deve-se indicar brevemente a realização de crico reoidostomia cirúrgica.
Além de possíveis problemas nas vias aéreas, o trauma de face pode ser foco de
instabilidade hemodinâmica através de profuso sangramento do couro cabeludo e
dos vasos da face (“C”). Deve ser tratado conforme protocolo de reanimação e
tentar cessar a hemorragia.
Alguns traumas de face podem estar associados a outras lesões cranianas e
intracranianas. É importante descartar a possibilidade de trauma smo cra -
nioencefálico (TCE) (“D”).
Na avaliação secundária, deve-se realizar exames minuciosos dos ór- gãos localizados
na face, como exame ocular, incluindo avaliação de acuidade, motricidade e
caracterís cas da visão; exame da orelha, incluindo otoscopia; exame do nariz,
incluindo avaliação especular; e exame da cavidade oral, in - cluindo den ção e
mordida.
Inves gação
A inves gação do trauma de face é feita com métodos de imagem. A to- mografia
computadorizada (TC) tem subs tuído as radiografias, por mostrar melhor as lesões e
realizar uma reconstrução, que permite o planejamento do tratamento. Porém, nem
todos os centros possuem TC. Nesses casos, pode-se realizar as incidências de
radiografias de face para iden ficar eventuais fraturas.
Towne Côndilos
* Fonte: Centro de Simulação da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp - acervo pessoal 2017.
Tomografia computadorizada (TC)
Classificação
Existem diversos pos de fraturas de face, porém as maxilofaciais são classi-
ficadas por Le Fort em I a III, conforme a tabela abaixo.
Le Fort I Envolve a maxila, separando-a do palato.
Lesão da pálpebra
A sutura da pálpebra deve ser cui-
dadosa para evitar retrações que
podem levar à exposição do globo
ocular quando a pálpebra es ver fe-
chada e ao comprome mento da lu-
brificação e drenagem do olho atra-
vés do ducto lacrimal.
Sangramento
A face possui uma rica rede de vasos sanguíneos que promovem a sua irrigação. A
principal causa de sangramento em trauma de face são lesões do couro cabe- ludo,
porém algumas fraturas podem envolver lesão de artéria.
Artéria temporal
superficial
Artéria maxilar
Artéria occipital
Artéria carótida
interna
Artéria facial
Artéria carótida
externa
Artéria lingual
Artéria
vertebral
Artéria
Artéria carótida
subclávia
comum
Em alguns casos, o sangramento é
intenso e pode ser necessário o
tamponamento nasal anterior e/
ou posterior para auxiliar a ces-
sá-lo.
Em outros casos, o sangramen- to
pode ocorrer posteriormente,
para a orofaringe, e gerar obs-
trução das vias aéreas. Pode ser
necessária a realização de via
aérea defini va.
Fraturas da órbita
A órbita é formada por sete ossos e, como algumas fraturas podem comprome - ter a
visão, deve ser avaliada adequadamente toda a dinâmica ocular através da
motricidade e acuidade visual.
O local mais frequentemente acome do em fraturas de órbita é o forame infraor-
bitário, um local de maior fragilidade. Isso pode levar à lesão do nervo infraorbi- tário
com sintoma de parestesia (formigamento).
É indica vo de cirurgia de urgência quando houver:
• diplopia (visão dupla);
• fraturas do po blow-in – fraturas que ocorrem nas paredes laterais ou me- diais
da órbita, reduzindo o volume desta e com consequente aumento da pressão
intraorbital;
• fraturas do po blow-out – fraturas que decorrem de trauma sobre rebordo,
globo ocular e tecidos moles da órbita (por exemplo, um soco), com conse-
quente aumento súbito da pressão intraorbital.
Luxação da mandíbula
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