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LIDERANÇA EM

ENFERMAGEM

LIDERANÇA
 De maneira geral, entende-se por
liderança a influência que certos
membros de um grupo exercem
sobre os demais.
 Durante muito tempo tratou-se a
liderança como uma
característica individual e, por
isso, um debate interessante era
a questão da liderança inata X
aprendida.
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LIDERANÇA

 Hoje esta questão não tem mais


sentido, já que, através do
desenvolvimento de habilidades
pessoais, todos podem se tornar
líderes.
 Além disso, segundo a psicologia,
ninguém é líder, mas apenas atua
como líder em determinadas
situações.
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LIDERANÇA

 Em outras palavras, só existe um


líder se existir um grupo, e uma
pessoa será líder de um grupo,
apenas enquanto o grupo assim o
quiser, enquanto ela auxiliar o
grupo a atingir os seus objetivos.
 A palavra liderança também é
usada com o sentido de “chefia”.

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LIDERANÇA

 Quando uma pessoa é designada


pela chefia para coordenar as
atividades de um grupo ou
instituição, fala-se de liderança
formal, em contraste com a
liderança informal, exercida por
uma pessoa com grande
influência sobre os membros do
grupo, sem ter sido formalmente
designada para isso.
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LIDERANÇA

 Algumas características de
personalidade tornam mais
provável que um indivíduo seja
escolhido como líder em grande
número de situações.

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LIDERANÇA

 A liderança enquanto característica do indivíduo


fundamenta-se na identificação dos traços
individuais, físicos, intelectuais e de personalidade
dos líderes (liderança inata) – Teoria de Traços de
Personalidade/características do líder.
 No entanto, estudos demonstraram, efetivamente,
que não existem características comuns entre
diferentes líderes, que possam ser qualificadas
como adequadas.
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LIDERANÇA
 A liderança, como propriedade de um grupo, é
considerada um fenômeno que surge à medida que
o grupo se forma e se desenvolve.
 Segundo esse ponto de vista, o papel que um
elemento assume no grupo é determinado pelas
necessidades do próprio grupo, pelas características
próprias de cada um dos elementos desse grupo e
pela forma como essas caracaterísticas são
percebidas pelos demais elementos.
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LIDERANÇA
 Assim, desaparece o "líder" e surgem diferentes
líderes em diferentes situações e momentos da vida
do grupo.
 Essa abordagem caracteriza o estilo de liderança
situacional – Teoria Situacional da
Liderança/comportamento do líder, ou seja, não
existe um estilo ou característica única para
liderança; o líder é eficaz quando é capaz de se
ajustar a determinadas situações, discute com o
grupo mas é ele quem toma a decisão.
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LIDERANÇA
 Assim, o exercício da liderança não se apóia
exclusivamente nas características de
personalidade do líder.
 A interação indivíduo/ meio é uma constante, e a
liderança é uma consequência dessa interação.
 A liderança como propriedade do grupo, ou
liderança contingencial, admite o dinamismo da
organização e permite a escolha, pelo líder, de
diferentes estilos de liderança em diferentes
situações.
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LIDERANÇA
Teoria sobre Estilos de Liderança
 Acredita-se que algumas características pessoais
colaborem com o ser líder, porém não são
determinantes, uma vez que o comportamento é
apreendido.
 O líder deve promover uma boa relação com seus
subordinados e fazer com que as metas e os prazos
sejam atingidos.
 Essa teoria dita que existem 3 estilos de liderança:
autocrático, democrático e liberal. 11

LIDERANÇA
 Nesta teoria, o trabalho inicial sobre liderança,
realizado por Lewin, Lippitt e White em 1939, mostra
que o mesmo grupo de pessoas se comporta de
diferentes formas quando interage com diferentes
líderes.
 Para essa pesquisa foram selecionados quatro grupos
de meninos, em torno de 16 anos de idade,
voluntários, que passaram a trabalhar em atividades
como pintura e escultura.
 A cada seis semanas, a direção de cada grupo era
desenvolvida por diferentes líderes. 12
LIDERANÇA
 Esses líderes assumiram três tipos de
comportamento em relação aos meninos:
Liderança autocrática ou autoritária:
 Todo procedimento era determinado pelo líder;
 o grupo não tinha conhecimento da próxima etapa
do trabalho;
 os membros do grupo eram escolhidos pelo líder, e
este mantinha-se afastado do grupo e os elogiava ou
criticava, de forma pessoal.
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LIDERANÇA

Liderança liberal:
 As decisões eram individuais ou em grupo, não
havendo interferência do líder em nenhuma etapa
do trabalho;
 o líder só participava se solicitado.

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LIDERANÇA

Liderança democrática:
 As decisões eram tomadas após discussões grupais
com o líder;
 as tarefas eram plajenadas após proposição pelo
líder e discussão pelo grupo;
 o grupo escolhia os participantes, e as críticas do
líder eram impessoais.

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LIDERANÇA
 Os meninos tiveram comportamentos diferentes de
acordo com os líderes.
 Na liderança autocrática, houve alta produção, mas
muita tensão, frustração e agressividade.
 Com a liderança liberal, o grupo teve produção alta,
mas com baixa qualidade e desenvolveu-se o
individualismo.
 Com a liderança democrática desenvolveu-se a
amizade, a integração grupal e a produção, embora não
tão alta, foi de melhor qualidade. 16
LIDERANÇA
 O líder deve ser capaz de
provocar mudanças:
➔ Fazer com que a sua equipe
não se sinta controlada o
tempo todo;
➔ Deixar para traz a
administração rígida e
controladora;
➔Mudar a visão de que os antigos subordinados devem passar a
ser colaboradores, apoiando e dando uma contribuição
positiva na execução de tarefas.

LIDERANÇA

 Vários autores concordam


que a liderança é um
processo de influenciar as
pessoas a mudarem, e que
consiste no exercício da
influência de um indivíduo
sobre um grupo.
LIDERANÇA

 Com o tempo a liderança


passou a ser definida como
um dos processos que
concretiza a administração
de pessoal nas
organizações e se
responsabilizava pela
condução ou coordenação
de grupos.

LIDERANÇA EM ENFERMAGEM

✓ O líder consiste naquela pessoa


que, por meio do diálogo, motiva
as pessoas a trabalhar com
entusiasmo na busca dos
objetivos a serem alcançados.

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LIDERANÇA EM ENFERMAGEM

 A liderança é uma habilidade que pode ser


construída por profissionais que almejem uma
posição de destaque no mercado de trabalho.
 Pelos princípios de sua formação, o enfermeiro
tende a desenvolver, quase que de forma
inevitável, habilidades de liderança, principalmente
em virtude das tarefas que lhe são exigidas.

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LIDERANÇA EM ENFERMAGEM

 Estudos têm destacado a importância do papel de


liderança do enfermeiro como elemento central não
só para a equipe de enfermagem, mas também
para a equipe de saúde.
 A visão ampliada do enfermeiro e sua atuação no
gerenciamento do cuidado o tornam uma referência
para toda a equipe de saúde.

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“ É necessário que o enfermeiro
desempenhe o papel de líder,
uma vez que seu trabalho está
diretamente envolvido com
análise crítica, identificação de
problemas, tomada de
decisões, planejamento e
implementação de cuidados,
alocação de recursos e
motivação da equipe .
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CONTEXTO HISTÓRICO
Década de 70

Nesta década o termo chefia era mais
discutido do que o termo liderança.

O enfermeiro era considerado o líder da
equipe, não haviam discussões sobre este
aspecto, e não se abriam mão desta posição.

A ênfase dada é que como líderes os
enfermeiros tinham como função coordenar e
controlar o trabalho da equipe de
enfermagem.
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CONTEXTO HISTÓRICO

A liderança era percebida de uma forma
incorreta, e existia uma grande expectativa
em relação às suas possibilidades.

Vivia-se uma hierarquia rígida, onde se
priorizava-se o estabelecimento de regras,
baseadas no controle, alienação e
dominação, para a manutenção do status
quo.

A preocupação com a liderança em
enfermagem vinha da década anterior,
quando em 1968 no XX Congresso Brasileiro
de Enfermagem. 25

CONTEXTO HISTÓRICO

O tema oficial proposto foi “Educar para a
Liderança”, estabelecendo também outras
recomendações.

O que se esperava dos enfermeiros era que
eles tivessem uma liderança participativa,
independentemente do local onde ele
prestasse serviço.

Neste período ser chefe significava ser
audacioso e habilidoso para saber como levar
as pessoas a trabalharem em grupo,
reconhecendo a melhor habilidade de cada
um. 26
CONTEXTO HISTÓRICO

O chefe era aquele que assumia a
responsabilidade pelo produto final criado por
várias pessoas.

Nesta época as palavras chefia, supervisão,
gerência e presidência eram consideradas
sinônimos.

Assim, liderança é uma “forma de exercer
poder sobre uma pessoa ou um grupo, isto é,
uma forma de dominação e domínio, e está
ligado à influência”, logo o líder é aquele que
exerce influência sobre pessoas.
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CONTEXTO HISTÓRICO

O líder é a pessoa que se destaca e aparece
no grupo.

Para se exercer a liderança era necessário ter
alguns conhecimentos essenciais como de
planejamento, organização, comunicação e
análise de problemas.

A liderança era algo que não poderia faltar na
enfermagem, pois a profissão necessitava de
líderes para o seu crescimento e para um
melhor desempenho do trabalho da equipe.
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CONTEXTO HISTÓRICO


A liderança neste período na enfermagem
estava centralizada no enfermeiro, e era vista
como um direito adquirido.

Isso a conduziu a condição de mito, e esta
condição era confirmada devido à aceitação
de todas as pessoas, inclusive dos outros
integrantes da equipe de enfermagem que
acreditavam que a liderança era privilégio do
enfermeiro.

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CONTEXTO HISTÓRICO

Somente quando os auxiliares de
enfermagem começaram a se sobressair na
atenção primária ao paciente, foi que os
enfermeiros começaram a perceber que
estavam perdendo sua liderança e a
preocupar-se com esta possível perda.

Nesta década a liderança estava associada à
função de gerência, todavia as posições
ocupadas pelos enfermeiros não eram
utilizadas para produzir mudanças, e sim
racionalizar e agilizar o trabalho realizado em
equipe. 30
CONTEXTO HISTÓRICO


Neste período começava uma busca pela
eficiência nos serviços de enfermagem,
acarretando uma crise.

Com isto iniciou-se uma preocupação com a
formação dos enfermeiros, levando a
elaboração de um currículo mínimo para
formar profissionais mais qualificados e
capazes de exercer liderança.

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CONTEXTO HISTÓRICO


Destaca-se que até aí os enfermeiros
estavam sendo educados para cuidar e não
para liderar, e os conhecimentos sobre
liderança e tomada de decisões não eram
abordados com a ênfase merecida, por isto
grande parte dos enfermeiros recém-
formados não compreendiam sua
importância e não conseguiam ser líderes de
sua equipe.

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CONTEXTO HISTÓRICO
Década de 1980

Neste período a liderança era definida como
um processo de influência que uma pessoa
exerce sobre outra, ou sobre um grupo de
pessoas.

Ela poderia ter como foco principal o cargo
ou o empregado, a produção ou as pessoas, a
tarefa ou os relacionamentos e isto
demonstrava que esta “forma de liderança
não era tão rígida pois o líder pode inclinar-se
mais para um lado do que para o outro”.
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CONTEXTO HISTÓRICO

Assim, entre as funções do enfermeiro era
reconhecido o papel de chefe, e ele tinha
algumas funções como prestar assistência ao
paciente nos diversos serviços de saúde, e
também o papel de educador junto a sua
comunidade e nas escolas.

Como educar é uma das funções do
enfermeiro, o curso de graduação tem como
obrigação prepará-los para que eles fossem
líderes, pois a liderança está estritamente
ligada à capacidade de educar.
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CONTEXTO HISTÓRICO

Defendia-se a ideia que um chefe consciente
poderia tornar-se um líder, procurando
identificar-se com o seu grupo de trabalho,
passando a ser um elemento do grupo que o
lidera, ao invés que ser uma pessoa estranha
que só emitia ordens para controlá-lo.

Com isto seria mais bem-sucedido o chefe
que se tornasse um líder e desenvolvesse um
processo de liderança junto ao seu grupo de
trabalho, do que os que continuassem sendo
pessoas distantes dele.
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CONTEXTO HISTÓRICO

As formas de liderança em que o líder dava
uma maior importância para o
relacionamento líder-subordinado, tendiam a
obter mais resultados satisfatórios.

Isso criava maior liberdade aos liderados de
participar das decisões, e aquelas em que o
líder detinha todo o poder de decisão sem
dar importância a opinião dos seus
subordinados, tinham resultados menos
satisfatórios.

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CONTEXTO HISTÓRICO

Foi neste século que começou a crescer o
interesse pela liderança no Brasil, e foi nesta
década que mais se publicou artigos e
trabalhos sobre o tema.

Apesar destes trabalhos terem sido muito
importantes para se entender o processo de
liderança, eles não fizeram uma análise
profunda e crítica do assunto, por isso, a
liderança na enfermagem continua sendo
vista como algo mítico e idealizado.

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CONTEXTO HISTÓRICO

A principal dificuldade do
enfermeiro neste período para
liderar parece estar relacionada a
sua subordinação a outros
profissionais da área de saúde,
agindo apenas como um
intermediário do serviço de outros,
sendo está função denominada de
função administrativa burocrática,
delegando o cuidado do paciente
como tarefa principal aos auxiliares
de enfermagem 38
CONTEXTO HISTÓRICO
Década de 1990

Neste período a liderança ainda era
considerada um tema muito complexo e
estudado, por se tratar de algo “que se
processa com e entre as pessoas”.

O preparo do enfermeiro era considerado um
fator primordial para se tentar as mudanças
na sua prática diária, e para isto era
necessário que este tivesse um grande
embasamento teórico somado à sua prática
sua maior capacitação.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Somente quando os enfermeiros tiverem
total compreensão do processo de liderar, é
que conseguirão exercer uma liderança
eficaz.

As organizações começavam a cada vez
preocupar-se mais com os recursos humanos,
pois perceberam que valorizando este
aspecto teriam mais lucro, e com isto a
liderança foi reconhecida como um valioso
instrumento.
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CONTEXTO HISTÓRICO

A estrutura organizacional começa a ser
modificada para a busca de uma “liderança
efetiva, onde criatividade, empenho e
talento” passavam a ser características
imprescindíveis, e neste cenário “cautela e
prudência excessivas” não eram qualidades
que as empresas buscavam em um líder, pois
este necessita correr riscos.

Cai por terra o que dizia a teoria onde se
enfatizava que a pessoa já nascia com traços
de personalidade que o tornariam líder ou
liderado.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Começa-se a defender que a liderança é uma
habilidade, e que ela pode ser aprendida ou
desenvolvida através do ensino e das
experiências de vida.

Portanto, acredita-se já que o enfermeiro em
seu processo de formação ou e
aperfeiçoamento fosse capaz de “adquirir e
desenvolver as habilidades que o tornariam
um líder”.

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CONTEXTO HISTÓRICO

Aceita-se que o líder não está o tempo todo
liderando pois muitas vezes, em diversas
situações o liderado pode exercer uma ação
de liderança e o líder de liderado.

O enfermeiro líder deveria adquirir
capacidade de liderança com a ajuda da sua
equipe.

Apesar de se apregoar que não existiam
traços que possam definir um líder, o mesmo
poderia apresentar características tão fortes
de personalidade que influenciaria as
pessoas. 43

CONTEXTO HISTÓRICO

É muito importante que o líder conheça bem
a sua profissão e seja capaz de ensiná-la, que
conheça bem a si mesmo e sua equipe, e que
sempre a mantenha informada sobre tudo o
que lhe diz respeito, mantendo assim o bem-
estar de todos.

O bom desempenho do líder está relacionado
com a sua capacidade de comunicação, ele
pode usar todas as formas de comunicação,
desde que ele consiga fazer com que aja o
total “entendimento” do que foi dito.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Neste período, os enfermeiros precisavam se
dar conta que não haveria transformação no
processo de liderança sem que eles dessem a
devida relevância aos liderados, que
precisam ser valorizados e participar
ativamente.

Devem ser vistos como construtores de sua
própria história, e não como sujeitos a
cumprir decisões onde não tiveram nenhuma
participação.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Assim, enfatizava-se que para a
enfermagem a liderança deveria ser
vista como resultado da luta diária, do
trabalho coletivo e democratizado de
toda a equipe, sendo o resultado do
reconhecimento da relevância de
todos envolvidos neste processo.

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CONTEXTO HISTÓRICO


Ao assumir a liderança de uma equipe
o enfermeiro pode defrontar-se com
algumas dificuldades.

Estas dificuldades podem ser de curta
duração ou podem ser contínuas,
exigindo um grande conhecimento
administrativo.

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CONTEXTO HISTÓRICO


Algumas das dificuldades encontradas nesta
época eram:

Criação de prioridades, pois além de realizar
as técnicas corretamente ele precisa fazer
com que as outras pessoas também a
executem, ocorrendo assim mudanças na
relação enfermeiro-paciente e enfermeiro-
equipe de enfermagem, e

Dificuldades em relação às delegações de
tarefas.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Afirmava-se que na unidade de trabalho o
enfermeiro sofre cinco diferentes pressões,
aqui entendidas como dificuldades, quais
sejam: da equipe de enfermagem, da
hierarquia de enfermagem, da equipe
médica, dos familiares dos pacientes, dos
administradores hospitalares e
principalmente dos pacientes.

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CONTEXTO HISTÓRICO

Década de 2000 aos dias atuais



Hoje não existe lugar para aqueles
enfermeiros que só querem mandar e
esperam que a sua equipe trabalhe sozinha.

O enfermeiro precisa lembrar que ele está
liderando uma equipe composta por pessoas
com características diferentes, que devem
ser respeitadas e sua tarefa entre outras é de
treinar os membros para trabalhar com estas
diferenças tirando o máximo de proveito.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Com a globalização os enfermeiros precisam
cada vez mais qualificar-se, para que
assumam a liderança no seu trabalho
diariamente.

Para se trabalhar neste momento é muito
importante que o enfermeiro desenvolva
cada vez mais o seu potencial de liderança,
para isto, deve estar sempre buscando novos
processos de aprendizagem para construir
seus comportamentos e habilidades,
aperfeiçoando sempre suas competências.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Para se liderar e influenciar as pessoas é
imprescindível que o enfermeiro tenha
conhecimentos sobre liderança, comunicação
e motivação.

Outra característica que o líder deve
desenvolver é ser capaz de ver uma situação
através do ponto de vista de outras pessoas,
além de relacionar-se bem com todos, não só
de sua equipe, mas do seu local de trabalho.
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CONTEXTO HISTÓRICO


A confiança é outro aspecto que não pode
faltar no processo de liderança; além disso o
líder deve ser honesto, ter visão de futuro,
competência, inspiração, coragem, senso de
justiça e equidade.

O que todos esperam do líder é que ele
desperte confiança, porém ele também deve
obter a qualidade de ganhar a confiança de
seus liderados.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Um grande desafio que os líderes de hoje
enfrentam, é resolver quais são os aspectos
mais significativos, pois todos nós temos
interesses, valores, motivações e anseios
diferentes, por isso cada pessoa precisa
desenvolver o seu próprio modelo.

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CONTEXTO HISTÓRICO


A liderança hoje toma um novo rumo, pois
não é mais considerada uma característica
individual, e sim um recurso organizacional,
só que ainda hoje a formação do enfermeiro
é tecnicista, onde se aprende a preocupar-se
mais com a doença do que com o ser
humano.

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CONTEXTO HISTÓRICO


Afirma-se agora que para se liderar pessoas
não é mais necessário haver uma relação de
dominação entre o líder e o liderado, como
era dito nas décadas de 70 e 80, mas é
preciso que o líder tenha uma habilidade
para convencer as pessoas a realizarem um
objetivo em comum.

Ou seja, líder hoje é aquele que tem
seguidores.
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CONTEXTO HISTÓRICO


Hoje o que percebemos é que o que faz a
liderança moderna mais efetiva é o
fortalecimento do trabalho em grupo, e o
líder é aquele que faz com que a equipe se
desenvolva.

É preciso também dar a devida importância
às competências de cada pessoa, pois cada
um deve reconhecer o propósito e o
significado do seu trabalho e procurar melhor
desenvolver para executá-lo.
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CONTEXTO HISTÓRICO


O líder de agora deve fazer com que as
pessoas ajam, deve ser o agente de mudança
e transformar seguidores em líderes.

Com todas estas mudanças o enfermeiro que
hoje deseja ser um líder deve ser orientado
para o futuro, mais flexível, dinâmico e estar
pronto para assumir os riscos.

Nesta década que se inicia, líderes e
liderados tem a mesma importância, pois um
não pode existir sem o outro.
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O líder em enfermagem nunca
conseguirá ter êxito e nem
prestar uma assistência de
enfermagem com qualidade se
não valorizar os seus
liderados, pois, para prestar
um serviço de qualidade é
necessário a cooperação e
contribuição de toda a equipe.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Como vimos anteriormente, os
estudos de White e Lippitt mostraram
que os estilos de liderança
Autocrática, Democrática e
Laissez-Faire são formas diferentes
de exercer influência no grupo.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Na liderança autocrática o líder é aquele
que determina toda a atividade do grupo.

É o que acredita que, pelo simples fato de ser
investido de autoridade, todos lhe
obedecerão, independentemente da justiça
ou injustiça, acerto ou desacerto, viabilidade
ou não de suas determinações.

Neste contexto, as relações interpessoais são
deterioradas.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA



Os subordinados manifestam revolta,
hostilidade, retração, resistência passiva
ainda que veladamente.

O absenteísmo é outra conseqüência comum
em um grupo liderado de forma autoritária.

Os líderes organizacionais, cujo objetivo
principal é a manutenção do próprio poder ou
de um grupo ao qual representam, adotarão
a liderança autocrática como mais adequada
a seus objetivos.
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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Esse estilo de liderança favorece a
centralização do poder, enfraquece as
iniciativas individuais e promove o
comportamento dependente e submisso dos
membros do grupo.

A qualidade de trabalho realizado é inferior,
mas os resultados quantitativos podem ser
superiores aos atingidos nos grupos liderados
democraticamente.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Portanto, o líder autocrático explora e
estimula a dependência mediante a
satisfação de necessidades
evidenciadas pelos liderados, enquanto
o líder democrático desenvolve a
determinação, a responsabilidade e a
criatividade dos membros do grupo.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Na liderança democrática o líder é aquele
que dirige um grupo com o apoio e
colaboração espontânea e consciente de
seus membros, interpretando e sintetizando
o pensamento e os anseios do grupo.

As pessoas lideradas democraticamente
integram-se no trabalho livremente, com
otimismo, confiança e o rendimento é, em
geral, elevado.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


O grande problema na adoção do estilo
democrático é que ocorre a transferência de
poder e de influência para outros membros
do grupo.

Essa equalização de poder é ameaçadora,
especialmente para chefes que são técnica
ou profissionalmente inseguros e/ ou cuja
competência profissional é inferior à de seus
subordinados.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


A liderança democrática exige segurança
técnico-profissional daqueles que dirigem e o
compromisso com os direitos humanos dos
membros do grupo, com a qualidade das
realizações em lugar da preocupação com o
status ou com o próprio poder na
organização.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


A liderança democrática é mais adequada
quando o líder tem por objetivo a
autodeterminação do grupo, o
desenvolvimento das habilidades e
capacidades de seus membros, a qualidade
do desempenho e a interação dos indivíduos
do grupo.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Por fim, no estilo “laissez-faire”, o lider é o
que faculta ao grupo completa liberdade de
ação e, na verdade, não atua como líder.

Este tipo de liderança é fonte de atritos e
desorganização, anarquia, balbúrdia, e a
produção costuma ser muito baixa.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Apesar de a liderança democrática ser o tipo
ideal de liderança na maioria das situações
grupais, isto não é sempre verdade.

Em situações em que o grupo precisa efetuar
uma tarefa com urgência, ou em que as
tarefas sejam manuais e rotineiras, é
provável que a liderança autocrática consiga
maior produtividade.

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DIFERENTES ESTILOS DE LIDERANÇA


Quando o grupo é composto de pessoas
altamente responsáveis e a tarefa for
essencialmente criativa (como a de uma
equipe de cientistas ou artistas), a liderança
“laissez-faire” pode ser a mais indicada.

Na prática, o que se verifica é a inexistência
de tipos puros de líderes, parece mais
comum que os chefes sejam uma
composição de tipos.

71

Obrigada!

72

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