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Titulo do trabalho
Objectivos............................................................................................................................ 5
Metodologias ....................................................................................................................... 5
Conceito .............................................................................................................................. 6
Doutrina............................................................................................................................... 8
Legislação............................................................................................................................ 8
Jurisprudência...................................................................................................................... 9
ARTIGO 11 ....................................................................................................................... 12
ARTIGO 12 ....................................................................................................................... 12
Ancoradouros .................................................................................................................... 12
INTRODUÇÃO
A base fundamental da responsabilidade internacional está amparada na noção de que o Estado
é responsável pela prática de um ato ilícito segundo o direito internacional deve ao Estado a
que tal ato tenha causado danos uma reparação adequada.
Pela subjetiva, além do descumprimento de uma norma ou obrigação jurídica internacional por
parte de um Estado, deve este também ter agido com dolo ou culpa para que seja considerado
responsável no plano internacional.
Objectivos
Objectivos gerais
Conhecer a responsabilidade internacional dos direitos e o direito do mar nos estados
arquipelágicos.
Objectivos específicos
Conhecer os princípios gerais;
Descrever a atribuição da conduta a um estado;
Conhecer a responsabilidade de um estado em conexão com um ato de outro estado;
Conhecer a convenção de direitos do mar.
Metodologias
Para materialização deste trabalho foi necessário o uso de matérias como revistas, métodos ou
consultas bibliográficas, livros e manuais.
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Conceito
A responsabilidade internacional dos direitos e o direito do mar nos estados
arquipelágicos.
Para o direito internacional, o Estado é o responsável por um ato ilícito que tenha causado por
este determinado Estado. Assim como as pessoas físicas e jurídicas podem sofrer as implicações
da responsabilidade civil, os Estados podem vir a responder por responsabilidade internacional.
Para que seja possível a responsabilidade internacional, é necessário a violação a uma norma
de direito de gentes e que tenha resultado um dano para outro Estado ou organização.
O responsável pela prática do ato ilícito será o Estado ou organização que tenha praticado o
referido ato ilícito e tenha prejudicado outra nação ou organização, sendo que os sujeitos da
responsabilidade devem ser, ambos, pessoas jurídicas de direito internacional.
Destaque-se que o Estado só responderá pela ação de particulares quando não houver repressão
ou prevenção de tais ações, tratando-se, pois, de um caso de exceção.
PRINCÍPIOS GERAIS
Art. 1º A responsabilidade do Estado por seus atos internacionalmente ilícitos
Um Estado que auxilia ou assiste outro Estado a cometer um ato internacionalmente ilícito é
internacionalmente responsável por prestar este auxílio ou assistência se:
Um Estado que coage outro Estado a cometer um ato é internacionalmente responsável se:
a) em não havendo coação, tal ato constituísse um ato internacionalmente ilícito do Estado
coagido; e
Este capítulo não prejudica a responsabilidade internacional, em outras previsões destes artigos,
do Estado que comete o ato em questão, ou qualquer outro Estado.
Kelsen, define o direito internacional como “um complexo de normas que regulam a
conduta recíproca dos Estados”3. O modelo predominante era o tradicional, no qual o Estado
era o principal sujeito do direito internacional, sendo este basicamente considerado como “um
direito das relações entre Estados”
Doutrina
Francisco Rezeck leciona sobre o tema: “O Estado responsável pela prática de um ato
ilícito segundo o direito internacional deve ao Estado a que tal ato tenha causado dano uma
reparação adequada. É essa, em linhas simples, a ideia da responsabilidade internacional.
Cuida-se de uma relação entre sujeitos de direito das gentes: tanto vale dizer que, apesar de
deduzido em linguagem tradicional, com mera referência a Estados, o conceito se aplica
igualmente às organizações internacionais. Uma organização pode, com efeito, incidir em
conduta internacionalmente ilícita, arcando assim com sua responsabilidade perante aquela
outra pessoa jurídica de direito das gentes que tenha sofrido o dano; e pode, por igual, figurar a
vítima do ilícito, tendo neste caso direito a uma reparação”.
Legislação
Código Civil:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
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Jurisprudência
A Corte Internacional de Direitos Humanos, por sua vez, é uma instituição judiciária autônoma
cujo objetivo é a aplicação e a interpretação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos,
possuindo atribuição jurisdicional e consultiva, de acordo com o art. 2º, de seu respectivo
Estatuto. 5. As deliberações internacionais de direitos humanos decorrentes dos processos de
responsabilidade internacional do Estado podem resultar em: recomendação; decisões quase
judiciais e decisão judicial. A primeira revela-se ausenta de qualquer caráter vinculantes,
ostentando mero caráter “moral”, podendo resultar dos mais diversos órgãos internacionais. Os
demais institutos, porém, situam-se no âmbito do controle, propriamente dito, da observância
dos direitos humanos. […].
O texto do tratado foi aprovado durante a Terceira Conferência das Nações Unidas sobre
o Direito do Mar, que se reuniu pela primeira vez em Nova York em dezembro de 1973,
convocada pela Resolução no. 3067 (XXVIII) da Assembleia-Geral da ONU, de 16 de
novembro do mesmo ano. Participaram da conferência mais de 160 Estados.
O Brasil, que ratificou a Convenção em dezembro de 1988, ajustou seu Direito Interno,
antes de encontrar-se obrigado no plano internacional. A Lei n. 8.617, de 4 de janeiro adota o
conceito de zona econômica exclusiva para as 188 milhas adjacentes.
águas adjacentes (e, por oposição, conceitua o alto-mar), mas também as normas a respeito da
gestão dos recursos marinhos e do controle da poluição.
Em dezembro de 1973, foi convocada a Terceira Conferência das Nações Unidas sobre
Direitos do Mar, com a presença de 164 Estados (membros e não-membros da ONU), que
logrou adotar uma Convenção sobre o Direito do Mar, mediante a votação de 130 Estado-a-
favor, 4 contra (Estados Unidos da América, Venezuela, Israel e Turquia) e 17 abstenções tendo
sido assinado em Montego Bay, na Jamaica, em 10 de dezembro de 1982.
O regime jurídico do alto mar importa em reconhecer aos Estados alguns direitos sobre ele.
Tais direitos, internacionalmente reconhecidos, são os seguintes: a) liberdade de navegação e
sobrevoo; b) a liberdade da pesca; c) o direito de efetuar instalações de cabos submarinos e
oleodutos. Essa enumeração é meramente exemplificativa.
1. Liberdade de navegação e sobrevoo: No alto mar, como está redigido em vários acordos,
todas as embarcações navegam livremente, sem que tenham que se submeter às leis de outra
bandeira que não a sua, como esclareceu Gilda Maciel Corrêa Russomano (Direito
Internacional Público, pág. 296 e 297). Sabe-se que, atualmente, pode-se dizer que essa
liberdade se encontra um tanto reduzida, com o aparecimento da Zona Econômica Exclusiva,
com a extensão de 200 milhas a partir da linha costeira. Esse mesmo princípio de liberdade é
reconhecido com relação ao sobrevoo em alto mar de aeronaves de qualquer natureza
(comerciais ou militares). O espaço aéreo sobre o alto mar é tão livre quanto as águas que o
banham. O mesmo não ocorre com o espaço aéreo sobre o mar territorial, onde o Estado costeiro
exerce soberania. Mas, mesmo nesse caso, a liberdade de sobrevoo inocente não exclui a
possibilidade de aterrisagem forçada, em caso de pane na aeronave ou outros motivos de força
maior;
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No que concerne à liberdade do alto mar fala-se no Código Internacional de Sinais, além de
outros sistemas internacionais de proteção, como a Convenção de Bruxelas de 1910, sobre a
abordagem e assistência, às de Londres de 1914 e 1929, referentes à salvaguarda da vida
humana no mar e a Organização Meteorológica Mundial, criada em Washington, em 1947.
As águas interiores às quais se refere a Convenção são águas que fazem parte do mar aberto,
não sendo “interiores” propriamente ditas. Trata-se de uma ficção jurídica, uma vez que as
mesmas não chegam a penetrar no território do Estado. Tais águas localizam-se entre a costa e
a linha de base do mar territorial do Estado e constituem parte do território nacional. Por isso é
que não se reconhece a navegação estrangeira de qualquer Estado o direito de passagem
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inocente nas águas internas, ao contrário do que sucede no mar território, à exceção do artigo
8º, § 2º, da Convenção que será aplicado quando o traçado de uma linha de base reta produz o
efeito de encerrar como águas interiores zonas que, anteriormente, se consideravam como parte
do mar territorial ou do alto mar.
ARTIGO 11
Portos
ARTIGO 12
Ancoradouros
Os ancoradouros utilizados habitualmente para carga, descarga e fundeio de navios, os
quais estariam normalmente situados, inteira ou parcialmente, fora do traçado geral do limite
exterior do mar territorial, são considerados como fazendo parte do mar territorial.
Para efeitos da medição da distância à costa, as baías e estuários são fechadas por linhas
retas (chamadas linhas-de-base), para o interior das quais fica a porção marinha das águas
interiores. As ilhas e estados arquipelágicos têm direito a definir a sua ZEE, mas excetuam-se
as ilhas artificiais ou plataformas, assim como os rochedos sem condições de habitabilidade. A
Convenção estabelece ainda que o limite da ZEE de estados com costas fronteiras, cuja
distância, em alguma porção, seja inferior a 400 milhas, deve ser a linha média entre as suas
costas, o que deve ser estabelecido por acordo entre os Estados. No que respeita aos Estados
sem litoral, a Convenção estabelece que esses países têm direito de participar, em base
equitativa, do aproveitamento excedente dos recursos vivos (não recursos minerais, portanto)
das zonas econômicas exclusivas de seus vizinhos, mediante acordos regionais e bilaterais.
O regime jurídico do alto mar importa em reconhecer aos Estados alguns direitos sobre
ele. Tais direitos, internacionalmente reconhecidos, são os seguintes: a) liberdade de navegação
e sobrevoo; b) a liberdade da pesca; c) o direito de efetuar instalações de cabos submarinos e
oleodutos. Essa enumeração é meramente exemplificativa.
Estreitos. Nos estreitos a que se refere, todos os navios e aeronaves gozam do direito de
passagem em trânsito que não será impedido a não ser que o estreito seja formado por uma ilha
de um Estado ribeirinho deste estreito e o seu território continental e do outro lado da ilha exista
uma rota de alto mar ou uma rota que passe por uma zona econômica exclusiva, igualmente
conveniente pelas suas características hidrográficas e de navegação. Passagem em trânsito
significa o exercício da liberdade de navegação exclusivamente para fins de trânsito contínuo e
rápido pelo estreito entre uma parte do alto mar ou de uma zona econômica exclusiva e uma
outra parte do alto mar ou uma zona econômica exclusiva. Contudo, a exigência de trânsito
contínuo e rápido não impede a passagem pelo estreito para entrar no território do Estado
ribeirinho ou dele sair ou a ele regressar sujeito às condições que regem a entrada no território
desse Estado. Qualquer atividade que não constitua um exercício do direito de passagem em
trânsito por um estreito fica sujeita às demais disposições aplicáveis da presente Convenção.
Deveres dos navios e aeronaves durante a passagem em trânsito por estreitos e canais. Ao
exercerem o direito de passagem em trânsito, os navios e aeronaves devem:
Canais. Estão sujeitos à soberania do Estado ou Estados por eles atravessados. Formam as
Servidões Internacionais. Daí porque, na prática, estarem sujeitos a regimes internacionais.
Exemplos de canais marítimos são: o Canal de Suez, no Egito, o Canal do Panamá, e o diminuto
Canal de Corinto, na Grécia, dentre outros.
Tais rotas marítimas e aéreas devem ser definidas por uma série de linhas axiais contínuas desde
os pontos de entrada das rotas de passagem até aos pontos de saída. Os navios e aeronaves, na
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sua passagem pelas rotas marítimas arquipelágicas, não podem afastar-se mais de 25 milhas
marítimas para cada lado dessas linhas axiais, ficando estabelecido que não possam navegar a
uma distância da costa inferior a 10% da distância entre os pontos mais próximos situados em
ilhas que circundam as rotas marítimas.
O Estado arquipélago pode, quando as circunstâncias o exijam, e após ter dado a devida
publicidade a esta medida, substituir por outras rotas marítimas ou sistemas de separação de
tráfego quaisquer rotas marítimas ou sistemas de separação de tráfego por ele anteriormente
designados ou prescritos.
Conclusão
Chegando nesta apenas uma parcela da magnitude que envolve e engloba o Direito
Internacional, qual seja, Convenção de Montego Bay e a Jurisdição do Tribunal Internacional
do Direito do Mar, buscou-se mostrar a importância da ausência de barreiras entre os Estados,
e ao mesmo tempo uma delimitação do que pertence a cada Estado e do que é bem comum da
humanidade.
Conclui-se, assim, e por todo o exposto, bem como por toda a pesquisa realizada, que a
cooperação internacional entre todos os países é de extrema importância para a diminuição dos
conflitos que possam surgir em âmbito global, bem como para a preservação do meio ambiente
como um todo.
Mesmo com a existência de Cortes internacionais para tornar efetivo o cumprimento das
Convenções ratificas pelos Estados que se tornaram partes, é necessário que haja um
comprometimento pelos Estados para que cada vez mais a jurisdição seja o último recurso para
a solução das controvérsias, para que possa sempre haver possibilidade de resolução de
conflitos através de meios como a negociação entre Estados e seus governos, buscando sempre
os interesses comuns, e se possível, o respeito, acima de tudo, pelos Tratados Internacionais de
caráter erga omnes.
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Referências bibliográficas
ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento. Manual de Direito
Internacional Público. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
Kelsen mudou sua concepção em relação ao direito, ao longo de sua vida; na obra Teoria Geral
do Direito e do Estado, a diferença entre Direito Interno e Direito Internacional é relative e
reside no grau de descentralização (ou centralização) encontrado no Direito; ver: KELSEN,
Hans; Teoria Geral do Direito e do Estado, 3ª ed., São Paulo, Editora Martins Fontes, 1998, p.
463 a 466.
AMARAL JÚNIOR, Alberto do. Manual de Direito Internacional. São Paulo: Editora
Saraiva. 2013.
CASELLA, Paulo Borba. Manual de Direito Internacional Público. São Paulo: Editora
Saraiva. 19. Ed. 2011.