Você está na página 1de 3

alfaconcursos.com.

br

SUMÁRIO
3. DIREITOS HUMANOS E RESPONSABILIDADE DO ESTADO ......................................................................................... 2
3.1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ................................................................................................................................... 2

MUDE SUA VIDA!


1
alfaconcursos.com.br

3. DIREITOS HUMANOS E RESPONSABILIDADE DO ESTADO


3.1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
O direito internacional contemporâneo consolidou um catálogo de direitos fundamentais da
pessoa e, simultaneamente, também foram estabelecidos mecanismos de supervisão e controle do
respeito, pelo Estado, desses mesmos direitos protegidos.
A implementação dos direitos humanos ocorre em três fases:
 1° momento: Consagrar direitos em documentos internacionais;
 2°Momento: Captar os direitos de sua natural zona de flutuação por meio de dispositivos
próprios;
 3° Momento: Assegurar a responsabilização de seus contumazes agentes violadores
O terceiro momento trata da implementação dos direitos humanos.
Lembrando que os direitos humanos que se positivam em normas internacionais podem provir
do sistema global (pertencente à ONU e, por isso, chamado de “onusiano”) ou de sistemas regionais
de proteção (sistema interamericano, europeu e africano).
Cada sistema de proteção possui normas, órgãos e mecanismos.
As normas relacionam-se com os tratados internacionais em sentido amplo. Os órgãos podem ser
judiciais, quase judiciais ou políticos.
Os órgãos judiciais têm função contenciosa – julgarão os Estados que violarem direitos humanos
previstos em tratados internacionais.
Os órgãos quase judiciais são assim chamados pois podem receber petição individual
reclamadora de alguma violação a direito previsto em tratado do qual aquele Estado seja signatário.
Os órgãos políticos têm competência administrativa;
Os mecanismos, basicamente, relacionam-se a fiscalização do cumprimento (ou não) de Estados
aos tratados internacionais.
Os sistemas de proteção são dotados dos princípios da coexistência, subsidiariedade, livre-
escolha e cooperação.
Ao Estado incumbe, portanto, respeitar e garantir os direitos elencados nas normas
internacionais.
A responsabilidade internacional consiste em obrigação internacional de reparação em face de
violação prévia de norma internacional, sendo considerado por alguns como princípio geral do Direito
Internacional.
A responsabilidade internacional chama-se objetiva, ou seja, independe da vontade do Estado
em praticar o ato ilícito – não se discute culpa ou dolo.
Pode-se falar, basicamente, em duas ordens/espécies de obrigações estatais:

 adequação do direito interno - art. 2, 2 PIDCP, art. 2, 1, PIDESC e art. 2º, CADH) –
exemplo da Lei Maria da Penha (Lei 11.340\2016);

 respeito e garantia por parte dos Estados.


OBS.: Os tratados internacionais têm natureza de regime objetivo, ou seja, quando um país
assina um tratado internacional, obriga-se a respeitar o tratado. Não há qualquer direito estabelecido
ao País, só dever. Portanto, a natureza objetiva dos tratados quer dizer que o conteúdo de tratado não
estabelece direitos e obrigações, mas só obrigações.
Por cláusula federal, entende-se que o Brasil é Estado federal uno e, portanto, passível de
responsabilização mesmo quando o fato internacionalmente ilícito seja de atribuição interna de um

MUDE SUA VIDA!


2
alfaconcursos.com.br

Estado-membro. A União atua como ente com personalidade jurídica internacional (art. 21, I, CF –
competência para as relações internacionais), sendo responsável.
A prática do direito internacional destaca três elementos da responsabilidade internacional:
fato internacionalmente ilícito, resultado lesivo e nexo causal entre o fato e o resultado lesivo.
Quanto ao fato internacionalmente ilícito ou simplesmente conduta lesiva consiste no
descumprimento dos deveres básicos de garantia e respeito aos direitos fundamentais inseridos nas
dezenas de convenções internacionais ratificadas pelos Estados.
O resultado lesivo é toda a gama de prejuízos materiais e morais causados à vítima e familiares.
A imputabilidade ou nexo causal consiste no vínculo entre a conduta do agente e o Estado
responsável. O Estado comete atos violadores do Direito internacional por intermédio de pessoas e é
sempre necessário avaliar quais atos por elas cometidos podem vincular o Estado. Não importa a
natureza ou tipo de ato, o importante será o conceito jurídico de imputação.
A responsabilidade do Estado pode derivar de atos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário.

MUDE SUA VIDA!


3

Você também pode gostar