Você está na página 1de 2

Fontes do DIP: Doutrina, tratados, jurisprudencia, costumes (tem material.

Psicológico e espacial), atos unilaterais (vontade de


um único estado produz direitos e/ou obrigações), equidade, princ gerais do DI (igualdade soberana, autonomia, interdição do
recurso à força e solução pacífica de controvérsias, respeito aos DH, cooperação internacional)
Soc. Int: isonomia, descentralização, universalização, abertura, heterogeneidade, novos atores, anarquia, orig jurídica
DIP: inexistência de subordinação dos sujeitos de direito a um Estado, norma constitucional ou atos jurídicos unilaterais
obrigatórios; criativo, perceptivo, consentimento
Dualismo: direito internac e interno:sistemas distintos e indep. Monismo: Kelsein DI acima do interno x primado do dir nacional
DIP (regras e princípios que regulam a sociedade internacional (Varella): Estado ou atores int (OIs, sistemas regionais, indivíduos,
ONGs) x DIPr: relações privadas, como contrato
Estatuto da Corte de Haia (art. 38): decidir de acordo com o DI controvérsias -> convenções intl reconhecidas, costume intl,
princípios gerais de dir, doutrina de juristas
Tratado (Rezek): acordo formal pessoas jurídicas de DI. Instrumentos documentais. Convenção de Viena (1969): dir dos tratados.
Classificação: nº de partes-> bilateral x multilateral ou coletivo (3 ou+ atores de DI); procedimento->bifásico - duas fases de
expressão do consentimento: prenunciativo (assinatura) e definitivo (ratificação) x unifásico - consentimento na assinatura;
natureza das normas-> contratuais x normativos (tratado-lei, ex: Viena 69); execução no tempo-> situação jurídica estática x
dinâmica; espaço-> pode se limitar a determinados Estados ou sequer a toda sua abrangência. Estrutura-> Preâmbulo,
dispositivo, cláusulas especiais e anexos. Gênese -> procedimento unifásico/curto: negociação, adoção, assinatura x
bifásico/longo: inclui ratificação. Negociação: capacidade originária ou capacidade derivada (plenipotenciário). Extinção:
execução integral, consentimento mútuo, termo final, superveniência de condição resolutória, renúncia, desuso, conflitos
armados, fato de terceiro, impossibilidade de execução, ruptura de relações diplomáticas, inexecução, denúncia unilateral,
mudança substancial de circunstâncias e norma superior de jus cogens. Costumes podem revogar tratados.
Estados: Principal sujeito de direito internacional; único que possui plena capacidade jurídica, iguais entre si e em direitos e
obrigações, poderosos sistemas econômicos e políticos -> maior autoridade; a criação, alteração e extinção do Estado: fatores
internos e externos determinados pela dinâmica da história (política). Convenção de Montevidéu de 1933: o Estado deve reunir
os requisitos de população permanente, território determinado, governo e relação com outros Estados.
População: conjunto de habitantes com ligação estável a Estado, por meio de vínculo jurídico, o da nacionalidade; elemento
material e pessoal do Estado. Nação é uma ideologia, não vínculo jurídico (Varella). Surge com RF. Povo: conceito sociológico
População, nação e povo são conceitos diferentes (segundo Varella).
Soberania: relação com poderes no interior de um território e para fora dele (Rezek). O governo é uma ideia ligada à soberania,
mas pode ser considerado, também, como elemento do Estado. Exercício exclusivo de jurisdição territorial (sem concorrência
com outro Estado) e exercício de competências de direito público.
Território: espaço onde se exerce a soberania estatal, não há um espaço mínimo definido, Estados com microterritórios
reconhecidos pelo direito internacional (princípio da igualdade soberana). Delimitar: estabelecer os limites com base em
tratados ou costumes x demarcar: implantar marcos físicos. Limite é um ponto que determina com certa precisão até
onde vai o território de um Estado. Fronteira é uma região em torno do limite territorial. Expansão de território é termo mais
apropriado do que aquisição “não se trata de título de propriedade, mas da extensão do domínio soberano do Estado sobre
determinada região”. Formas de expansão: ocupação efetiva, conquista, secessão, fusão convencional, decisão unilateral,
descolonização e dissolução. Elementos territoriais naturais ou artificiais, como linhas geográficas.
Estado como pessoa internacional pode ser dividido de acordo com seus três elementos principais: população, soberania e
território.
Pessoas internacionais: destaque para os Estados soberanos e as organizações Internacionais. Concepção ampla: todas aquelas
que participam da elaboração das normas de direito internacional e que por elas são afetadas direta ou indiretamente. Também
aquelas que estão autorizadas a acessar à jurisdição internacional. Todos os sujeitos de direito internacional são atores no
cenário internacional, mas nem todo ator é também sujeito de direito internacional. Há atores que não são destinatários diretos
de normas de direito internacional (não assumem diretamente direitos e deveres). As concepções clássicas (Rezek, por
exemplo): são pessoas internacionais os Estados, as Organizações Internacionais e a Santa Sé (todas pessoas jurídicas que não
são só como pessoas ou atores, mas também sujeitos de direitos). Concepções contemporâneas: atualmente, existem outros
atores que elaboram normas no cenário internacional e que se submetem à direitos e deveres nesse ambiente. International
Organization for Standardization – ISO.
Restrições aos direitos dos Estados - 1) Noções iniciais - As restrições aos direitos dos Estados estão ligadas à sua
responsabilidade internacional. - Assim existe um tripé a ser avaliado nesta temática: atos passíveis de responsabilização;
produção de danos e gradação da responsabilidade. 2) Atos passíveis de responsabilização
- Em regra, “os Estados podem ser responsabilizados internacionalmente em caso de violações ao direito internacional ou de
danos provocados a outros Estados a particulares.” (Varella) - A responsabilização por força dos motivos expostos representa,
em si, restrições aos direitos dos Estados. No DI, a responsabilidade civil e penal evolui conforme o grau de integração entre os
Estados. A proliferação de instrumentos internacionais ou supranacionais de solução de controvérsias, o movimento que se
identifica atualmente tende a institucionalização de mecanismos específicos que buscam majorar a relevância do direito e
minorar as influências políticas nesse cenário, tendente juridicização dos conflitos como mecanismo que restringe os direitos
dos Estados, difícil devido à soberania. Violação dos DH vem ganhando atenção. O processo de adensamento jurídico da
responsabilidade internacional dos Estados, com limitação de seus direitos, tem sido um processo lento, muitas vezes dificultado
pela desigualdade entre os Estados e os indíviduos. Problemáticas: imunidade absoluta de jurisdição e de execução, dificultam a
efetividade da restrição de direitos internacionais dos Estados em prol das eventuais reparações de danos. Rezek: restrições
decorrentes da responsabilização jurídica, na esfera internacional, limita-se aos sujeitos de direito das gentes: Estados e OIs.
“Não se investiga, para afirmar a responsabilidade do Estado ou da organização internacional por um ato ilícito, a culpa
subjetiva: é bastante que tenha havido afronta a uma norma de direito das gentes, e que daí tenha resultado dano para outro
Estado ou organização. Muitos são os casos em que a falta consiste apenas na insuficiência de zelo ou diligência no tocante à
preservação da ordem pública (daí resultando injúria sobre pessoas ou bens estrangeiros), ou à garantia de segurança em áreas
pelas quais o Estado é responsável. Igualmente certo é que não se admite em direito das gentes uma responsabilidade objetiva,
independente da verificação de qualquer procedimento faltoso, exceto em casos especiais e tópicos, disciplinados por
convenções recentes.” (Rezek) Ex.: atividades nucleares.
Requisitos para a responsabilidade civil internacional (Varella):

A) Ato passível de responsabilização: ação ou omissão do Legislativo, Executivo ou Judiciário contra o Direito
Internacional; não se busca risco zero, mas minimização das dúvidas, numa análise de riscos aceitáveis. Princípio da
prevenção – consolidado no SI é aplicável quando se conhece a possibilidade de dano e, portanto, há uma decisão de
assumi-lo x princípio da precaução é aplicável quando há uma suspeita fundada de dano eventual e se prefere agir de
forma negativa. Responsabilidade: quando ação ou omissão causam um dano transfronteiriço a outro Estado, não
precisa estar em tratados. A responsabilidade internacional é compreendida tanto em atos praticados no cumprimento
dos deveres estatais, ilícitos ou não proibidos como de atos ilícitos no direito doméstico (em descumprimento de
ordens recebidas, por exemplo). No entanto, neste último, para que o Estado seja responsabilizado por seus atos, é
preciso pelo menos que o ato ilegal esteja revestido de oficialidade. Ação ou omissão do Estado ou de uma
Organização: lei nacional ou decisão judiciária nacional pode ser considerada ilegal do ponto de vista internacional
B) Dano grave
C) Nexo de causalidade entre o ato e o dano e imputabilidade da ação ao Estado ou OI

Intervenção: secularmente proibida, com base no reforço histórico do princípio da soberania dos Estados. A Segunda Guerra
Mundial evidenciou um cenário em que o uso da força pelos Estados não poderia ser mais tolerado, diante dos resultados
desastrosos que provocava e dos interesses envolvidos. “Somente com a criação da Organização das Nações Unidas que o uso
da força fica proibido na ordem internacional, conforme determina o artigo 2º, § 4 da Carta, e surge a obrigação de resolução
pacífica dos conflitos, como prevê o artigo 2º § 3. Se, porém, os meios de resolução pacífica de conflitos falharem, em caso de
ameaça à paz e à segurança internacionais, as partes devem remeter a disputa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas,
haja vista, o monopólio que a ONU possui da coação legítima no plano internacional.”
Intervenção positiva (em prol dos direitos humanos): p/ ajuda humanitária -> recurso à força armada por tempo limitado fora do
estabelecido pela ONU, objetivo de proteger grupos de indivíduos vítimas de violações, caráter unilateral (seja ela individual ou
coletiva), uso da força: respeitar critérios da necessidade, proporcionalidade e a observância do DI humanitário
- Ausência de legitimidade do ato pelo Conselho de Segurança da ONU: marca que diferencia a intervenção humanitária das
hipóteses de legítima defesa ou a ingerência humanitária. - Falta de anuência do Estado alvo: existindo o consentimento, deixa-
se de caracterizar ato de intervenção, pois não se verifica a violação da soberania. - Proteção de grupos de indivíduos vítimas de
violações dos seus direitos mais fundamentais: elemento principal da intervenção humanitária, não pode ser afastado em
nenhuma hipótese. É o que justifica todas as outras características. - Limitação temporal: os atos de intervenção só podem durar
o proporcional, suficiente, necessário e razoável para que se atinja o objetivo principal.
Intervenção e Responsabilidade Internacional dos Estados: - O conceito de intervenção humanitária é amplo, mas para alguns
autores pode assumir diferentes facetas: a assistência humanitária, a ingerência humanitária, a intervenção democrática e a
intervenção a favor ou para proteção de nacionais no estrangeiro. - Essas facetas da intervenção humanitária, porém, podem
assumir elementos distintivos. a) Assistência humanitária “se concretiza pela distribuição não discriminatória e neutra de
alimentos, medicamentos e outros bens de primeira necessidade, bem como na proteção de cuidados médicos. (...) é levada a
cabo por ONGs ou, pelo menos, entidades governamentais desarmadas e de forma não violenta, tendo por objetivo exclusivo
apoiar humanitariamente a população civil”. (Baptista) - Operação a ser “realizada quando os direitos mais elementares da
pessoa humana estiverem em crise e esteja sendo originada não só por elementos humanos” Golin. - Ajuda de emergência ou
de urgência (Pereira) - A assistência humanitária é realizada, normalmente, por OIs não governamentais (ex.: Cruz Vermelha).
- Nada impede, porém, que seja realizada por entidades privadas ou governamentais. - Art. 27 da I convenção de Genebra de
1949. b) Ingerência humanitária dentro do conceito de segurança coletiva (inclui o uso da força para atingir a paz)- Resolução
688, de 1991 [ONU], que objetivava proteger a minoria curda que se tinha revoltado contra o Governo Iraquiano da repressão
deste, no final da Guerra do Golfo. c) Intervenção democrática visa à instituição de um regime democrático e não de proteger
em grupo de vitimas de Estados. d) Intervenção a favor ou para proteção de nacionais no estrangeiro. Pontos em comum com a
intervenção humanitária: uso da força, falta de anuência do Estado territorial, não estão enquadrados entre as exceções ao
recurso da força, permitidos pela Carta da ONU.

Você também pode gostar