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A) Ato passível de responsabilização: ação ou omissão do Legislativo, Executivo ou Judiciário contra o Direito
Internacional; não se busca risco zero, mas minimização das dúvidas, numa análise de riscos aceitáveis. Princípio da
prevenção – consolidado no SI é aplicável quando se conhece a possibilidade de dano e, portanto, há uma decisão de
assumi-lo x princípio da precaução é aplicável quando há uma suspeita fundada de dano eventual e se prefere agir de
forma negativa. Responsabilidade: quando ação ou omissão causam um dano transfronteiriço a outro Estado, não
precisa estar em tratados. A responsabilidade internacional é compreendida tanto em atos praticados no cumprimento
dos deveres estatais, ilícitos ou não proibidos como de atos ilícitos no direito doméstico (em descumprimento de
ordens recebidas, por exemplo). No entanto, neste último, para que o Estado seja responsabilizado por seus atos, é
preciso pelo menos que o ato ilegal esteja revestido de oficialidade. Ação ou omissão do Estado ou de uma
Organização: lei nacional ou decisão judiciária nacional pode ser considerada ilegal do ponto de vista internacional
B) Dano grave
C) Nexo de causalidade entre o ato e o dano e imputabilidade da ação ao Estado ou OI
Intervenção: secularmente proibida, com base no reforço histórico do princípio da soberania dos Estados. A Segunda Guerra
Mundial evidenciou um cenário em que o uso da força pelos Estados não poderia ser mais tolerado, diante dos resultados
desastrosos que provocava e dos interesses envolvidos. “Somente com a criação da Organização das Nações Unidas que o uso
da força fica proibido na ordem internacional, conforme determina o artigo 2º, § 4 da Carta, e surge a obrigação de resolução
pacífica dos conflitos, como prevê o artigo 2º § 3. Se, porém, os meios de resolução pacífica de conflitos falharem, em caso de
ameaça à paz e à segurança internacionais, as partes devem remeter a disputa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas,
haja vista, o monopólio que a ONU possui da coação legítima no plano internacional.”
Intervenção positiva (em prol dos direitos humanos): p/ ajuda humanitária -> recurso à força armada por tempo limitado fora do
estabelecido pela ONU, objetivo de proteger grupos de indivíduos vítimas de violações, caráter unilateral (seja ela individual ou
coletiva), uso da força: respeitar critérios da necessidade, proporcionalidade e a observância do DI humanitário
- Ausência de legitimidade do ato pelo Conselho de Segurança da ONU: marca que diferencia a intervenção humanitária das
hipóteses de legítima defesa ou a ingerência humanitária. - Falta de anuência do Estado alvo: existindo o consentimento, deixa-
se de caracterizar ato de intervenção, pois não se verifica a violação da soberania. - Proteção de grupos de indivíduos vítimas de
violações dos seus direitos mais fundamentais: elemento principal da intervenção humanitária, não pode ser afastado em
nenhuma hipótese. É o que justifica todas as outras características. - Limitação temporal: os atos de intervenção só podem durar
o proporcional, suficiente, necessário e razoável para que se atinja o objetivo principal.
Intervenção e Responsabilidade Internacional dos Estados: - O conceito de intervenção humanitária é amplo, mas para alguns
autores pode assumir diferentes facetas: a assistência humanitária, a ingerência humanitária, a intervenção democrática e a
intervenção a favor ou para proteção de nacionais no estrangeiro. - Essas facetas da intervenção humanitária, porém, podem
assumir elementos distintivos. a) Assistência humanitária “se concretiza pela distribuição não discriminatória e neutra de
alimentos, medicamentos e outros bens de primeira necessidade, bem como na proteção de cuidados médicos. (...) é levada a
cabo por ONGs ou, pelo menos, entidades governamentais desarmadas e de forma não violenta, tendo por objetivo exclusivo
apoiar humanitariamente a população civil”. (Baptista) - Operação a ser “realizada quando os direitos mais elementares da
pessoa humana estiverem em crise e esteja sendo originada não só por elementos humanos” Golin. - Ajuda de emergência ou
de urgência (Pereira) - A assistência humanitária é realizada, normalmente, por OIs não governamentais (ex.: Cruz Vermelha).
- Nada impede, porém, que seja realizada por entidades privadas ou governamentais. - Art. 27 da I convenção de Genebra de
1949. b) Ingerência humanitária dentro do conceito de segurança coletiva (inclui o uso da força para atingir a paz)- Resolução
688, de 1991 [ONU], que objetivava proteger a minoria curda que se tinha revoltado contra o Governo Iraquiano da repressão
deste, no final da Guerra do Golfo. c) Intervenção democrática visa à instituição de um regime democrático e não de proteger
em grupo de vitimas de Estados. d) Intervenção a favor ou para proteção de nacionais no estrangeiro. Pontos em comum com a
intervenção humanitária: uso da força, falta de anuência do Estado territorial, não estão enquadrados entre as exceções ao
recurso da força, permitidos pela Carta da ONU.