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Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor – macho

Aula 2 de Reprodução e Obstetrícia - EMP


Anatomia do aparelho
reprodutor masculino
 Testículos

 Epidídimo

 Duto deferente

 Escroto
 Glândulas acessórias

 Pénis CORDÃO
VESÍCULA SEMINAL

ESPERMÁTICO
 Prepúcio
 Uretra

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Testículos
 Órgãos pares

 Contidos no escroto

 Epitelio germinativo
(espermatozoides)

 Hormona testosterona

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Envolturas testiculares
Dartos
Fascia *
espermática Ext.

M. cremáster

Fascia
espermática Int.
Túnica vaginal*

*
Escroto
Túnica vaginal dividida em
parietal e visceral
Túnica albuginea
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Posição dos testículos

Posição testículos

Bovino e equino: região inguinal

Porco e cão: região perineal

Gato: região perineal-ventral ao ânus

Relativo ao epidídimo

Ruminantes: cabeça epidídimo-dorsal

Carnívoros, equinos, porcos: corpo do


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epidídimo-dorsal; cabeça-cranial
Cordão espermático
 Artéria espermática
Plexo pampiniforme
 Veias espermáticas

 Linfáticos – que acompanham as veias

 Nervos simpáticos – acompanham a artéria

 Conduto deferente – desde a cauda do


epidídimo até à porção pélvica da uretra
 Músculo cremáster interno

 Túnica vaginal – saco seroso em forma de


redoma que se estende desde o canal
inguinal, até ao fundo do escroto
 Face visceral da túnica vaginal (cobre o
cordão espermático, o testículo e o
epidídimo)

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Testículo – bovino

Rafe escrotal

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Descida dos testículos
 Desenvolvimento embrionário: os
testículos estão situados na cavidade
abdominal

 Emigram caudalmente dentro do


abdómen, atravessando a parede
abdominal para emergir no anel
inguinal superficial (gubernáculo)

 Criptorquidia uni/bilateral – um ou os
dois testículos não entram no escroto

 Hérnia escrotal – quando uma víscera


abdominal passa até ao escroto através
do anel inguinal (particularmente comum
em porcos)

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Hérnia escrotal e inguinal

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Descida dos testículos
 Ruminantes completa-se antes do nascimento

 Equinos antes do nascimento sobrepassam o espaço inguinal


mas a descida completa-se 6-8 meses depois do nascimento

 Carnívoros No nascimento são intra-abdominais mas pouco


tempo depois começam a descida

 Porcos a descida ocorre justo depois do nascimento

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Espermatogénese
 O tamanho testicular varia durante o ano nas espécies com reprodução
estacional (carneiro, garanhão, camelo)

Espermatogénese
 Formação, armazenamento e posterior expulsão dos espermatozoides a
partir das espermatogónias, o que ocorre nos túbulos seminíferos do
parênquima testicular

 As células intersticiais (de Leydig), que se encontram entre os túbulos


seminíferos, secretam hormonas masculinas (testosterona)

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Espermatogénese
Regulam o desenvolvimento e função das
células de Leydig

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Espermatogénese
 Inicia-se em todas as espécies domésticas na puberdade (12 a 18 meses) e mantém-se
durante toda a vida sexual ativa

 Consequência da estimulação das hormonas gonadotrópicas, que induzem os túbulos


seminíferos a produzir espermatozoides

 O nº de células de Sertoli não aumenta depois da puberdade

 A produção de espermatozoides aumenta com a idade no período pospuberal e em muitas


espécies está sujeita a mudanças de estação

 A produção de espermatozoides é continua durante toda a vida pospuberal

 A castração de machos pré-púberes suprime o desenvolvimento sexual; em machos adultos,


induz mudanças estruturais e de comportamento

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Espermatogénese

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Espermatogénese

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Espermiogénese

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Termorregulação
 É um fator exógeno que afeta a espermatogénese

 Para funcionar corretamente, os testículos dos mamíferos devem


manter-se a uma temperatura menor que a do resto do corpo
 Regulação da temperatura testicular
 Plexo pampiniforme
 Túnica dartos e músculo cremáster
 Glândulas sudoríparas escrotais

 No cavalo aquela ação pode ser auxiliada pelo músculo liso dentro
do cordão espermático e da túnica albugínea que podem elevar ou
baixar os testículos

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Epidídimo
 Estrutura tubular situada na parte
superior do testículo e encontra-se
aderente a este

 Divide-se em cabeça, corpo e cauda

 A cabeça está ligada ao testículo por


ductos que saem deste

 A cauda é o principal local de


armazenamento de espermatozoide
(reserva extragonadal)

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Epidídimo
Cabeça epidídimo

Ducto deferente

Funções:
 Maturação
 Transporte
 Armazenamento dos espermatozoides
cauda epidídimo

 Os espermatozoides entram no epidídimo corpo epidídimo


pela cabeça e à medida que vão sendo
transportados em direção à cauda vão
amadurecendo, onde são armazenados

 A cauda do epidídimo forma uma


proeminência discreta na extremidade
posterior do testículo.

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Duto deferente
 O cordão espermático é constituído pelo ducto deferente, os vasos e os nervos
envolvidos por uma túnica
 Os espermatozoides são transportados ao longo do duto deferente, onde se vão
misturar com as secreções provenientes das glândulas acessórias, formando o
sémen
 O duto deferente desemboca na uretra

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Glândulas acessórias
 As glândulas acessórias

 No seu percurso do testículo até à uretra, os espermatozóides


vão receber secreções a partir de determinadas glândulas. A
este conjunto (espermatozóides + secreções) vamos chamar o
sémen

 Glândulas da ampola do ducto deferente


 Vesículas seminais
 Próstata
 Glândulas bulbouretrais (Cowper)

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Glândulas acessórias

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Glândulas acessórias

Plasma seminal

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Glândulas acessórias
 Vesículas Seminais
 Em posição lateral em relação às porções terminais de cada conduto
deferente
 O conduto das vesículas seminais e o conduto deferente partilham
um conduto ejaculatório comum que se abre na uretra.
 Próstata
 Uma parte externa lobulada fora do músculo uretral e outra interna
rodeia a uretra. Estende-se caudalmente até às glândulas uretrais.
 Glândulas bulbouretrais
 Fornecer um meio líquido para o transporte de espermatozoides

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Glândulas acessórias
touro porco

C= próstata

Ampula do duto
deferente
Vesícula seminal
Vesícula seminal

Próstata interna Bulbouretrais

Bulbouretrais

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Glândulas acessórias
equino Cão

Vesícula seminal
A próstata no
garanhão é próstata
completamente
externa
Bulbouretrais

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Glândulas acessórias
 Gato

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Glândulas acessórias
Castração

Vista DV
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Glândulas acessórias

Touro-bull Porco-boar

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Pênis

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Pênis
Raiz

 a= pilares do pênis
 b= bulbo do pênis

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Pênis
Corpo do pênis

Fibroelástico bovino e suino


Musculomembranoso equino e cão

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Pênis
 Flexura sigmoidea

Post-escrotal Porco Pre-escrotal

Touro sim ereção Touro com ereção

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Pênis
Porção libre do pênis dos equinos

 a= Glande

 b= prolongamento uretral
 c= fosa do glande

 d= coronha do glande
 e= colo

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Pênis
Porção libre do pênis dos bovino

 a= Glande

 b= prolongamento uretral
 c= fosa do glande

 d= coronha do glande
 e= colo

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Pênis Porção libre do pênis dos suínos

Sem ereção

Com ereção

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Pênis
Porção libre do pênis dos caprinos
 1: glande

 2: corona do glande

 3: colo (rafe)
 4: prolongamento uretral

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Pênis
Porção libre do pênis dos cães
b= bulbo do glande
c= porção cumprida do glande
d= osso peniano
Porção libre

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Pênis
 Particularidade do glande dos gatos

 Localização anatómica

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Fisiologia – regulação
hormonal
 Os órgãos dos sentidos recebem
estímulos do meio ambiente

 Estes vão ser transmitidos ao


hipotálamo, responsável pela
produção GnRH

 A GnRH produzida é transportada


pela corrente sanguínea até à
hipófise, onde vai estimular a
produção de LH e FSH

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Regulação hormonal

 FSH age diretamente nos túbulos seminíferos dos testículos


(células germe e células de Sertoli), estimulando a
espermatogênese

 LH vai estimular a produção de testosterona por células


especializadas situadas no testículo – células de Leydig

 As células de Sertoli produzem inibina, que tem um efeito de


feedback negativo na secreção de FSH pela glândula pituitária

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Regulação Hormonal
 A testosterona (agindo nas células de Sertoli) também é
necessária para a espermatogênese

 Juntamente com outros andrógenos, é responsável pela


diferenciação e maturação dos órgãos reprodutivos masculinos,
pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas
secundárias, e pelo comportamento de macho

 A testosterona exerce efeito negativo na secreção de LH


suprimindo a liberação pulsátil de GnRH a partir do hipotálamo

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Efeito de
Efeito de feedback
feedback negativo negativo na
na secreção de LH secreção de FSH
suprimindo a pela glândula
liberação pulsátil pituitária
de GnRH a partir
do hipotálamo

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