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INSEMINAÇÃO

ARTIFICIAL NA ESPÉCIE
EQUINA
PUBERDADE

 É o momento em que o animal encontra-se


capaz de liberar gametas e de manifestar uma
seqüência completa de comportamento sexual.

Ocorre entre 18 e 24 meses – Idade reprodutiva >30 meses


CICLO REPRODUTIVO DA
ÉGUA

• Poliéstrica estacional

• Fases do ciclo reprodutivo

Fase de atividade (Verão)


Fase de transição (Outono)
Fase de anestro (Inverno)
Fase de transição (Primavera)
FATORES QUE INFLUENCIAM NA
ATIVIDADE REPRODUTIVA

 Duração do fotoperíodo

- Quantidade de luz diária

- Secreção de melatonina pela Pineal


FATORES QUE INFLUENCIAM NA
ATIVIDADE REPRODUTIVA

GLÂNDULA
RETINA
PINEAL


+ MELATONINA
GnRH
Fatores que influenciam na atividade reprodutiva

 Localização geográfica
Circulo Polar
Artico

Tropico de
Cancer
Equador
Tropico de
Capricornio

Circulo Polar
Antartico
Fatores que influenciam na atividade reprodutiva

Anatomia
Fatores que influenciam na atividade reprodutiva

 Idade

• Éguas velhas
• Éguas no início da puberdade

 Nutrição
• Importante fator na atividade ovariana
• Conformação
• Desenvolvimento fetal

 Sanidade
• Vacinação, vermifugação, vetores ambientais
Hipotálamo
GnRH
+
+
Adeno-hipófise

LH
FSH
Inibina

-
Ovário
+ E2
 - P4
FASES DO CICLO ESTRAL
• 21 Dias (19 a 22 dias)

• Estro 7 dias (5 a 9 dias)

• Diestro “Fase lútea” 15 dias (14 a 16 dias)

• Cio do Potro:
- Ocorre entre o 5o e o 8o dias após o parto
- Muitas vezes é silencioso
FASES DO CICLO ESTRAL
FASES DO CICLO ESTRAL
FASES DO CICLO ESTRAL

Estro
• Desenvolvimento folicular
•folículo>33 mm de diâmetro

• Aumento dos níveis de E2


• Aceita o garanhão
• Cérvix flácida e aberta
• Útero flácido
• Aumento da secreção do útero
• Progesterona <1 ng/ml
Estro
Estro
Estro

Folículo pré-ovulatório
+
Edema
FASES DO CICLO ESTRAL

Diestro

• Corpo lúteo funcional

- Secreção de progesterona ( >5 ng/ml )


FASES DO CICLO ESTRAL

Diestro

• Égua não receptível ao garanhão

 Fase da P4
• Aparelho reprodutivo preparado para a prenhez

- Cérvix fechada
- Útero com tonicidade aumentada
• SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO

- Prostaglandina F2
- Progesterona (P4) por 14 dias e PGF2 no
ultimo dia de P4
Anatomia do Aparelho Reprodutivo
Feminino
Exame interno
Vestíbulo, Vagina e Cérvix
• Preparação da região perineal
• Isolamento da cauda
• Limpeza com sabão ou anti-sépticos

• Evitar pressão de água exagerada na vulva

• Limpeza da porção caudal interna da vulva


(aspecto dorsal)
Exame interno- Preparação
Exame interno - Vaginoscopia
• Instrumento tubular descartável, estéril,ou
espéculo de metal, ex: Polansk
Exame interno - Vaginoscopia
Exame interno - Vaginoscopia
• Grau de relaxamento da cérvix

• aspecto de secreções uterinas

• acúmulo de secreções na região da cérvix e


vagina

• persistência do hímen
Acúmulo de fluido porção cranial da
vagina)

Grau de relaxamento da cérvix Hímen persistente


Exame interno - vaginoscopia
• Mudanças na cérvix de acordo com o estágio do
ciclo estral
• Estro
• cérvix progressivamente relaxada na direção
ventral à vagina
• máximo relaxamento – localizada no assoalho da
vagina ( especialmente em éguas multíparas)
• éguas jovens e nulíparas – relaxamento mais
discreto
Exame interno - vaginoscopia
• Ação do estrógeno
• Mucosa da vagina e cérvix – hiperêmica
• Edêma, secreção no orifício externo da cérvix no
início do cio, diminuindo progressivamente até a
ovulação
Exame interno – vaginoscopia
Cérvix
• Diestro
• superfície da mucosa vaginal e cervical
pálida e seca
Orifício externo da cérvix – projeção em direção a
porção cranial da vagina, distante do assoalho.
( correlacionada com a firme consistência e aspecto
contraído detectado durante a palpação retal)
Anestro: branca, relaxada no assoalho e aberta
Exame manual – vagina e cérvix
Primeira barreira
• Junção vestíbulo – vaginal (importante para
detecção de membrana remanescente em caso de
má ruptura do hímen)

• predispõe a fístulas reto- vaginais com o trabalho


de parto
Exame digital da cervix

• Introdução do dedo indicador no orifício externo


em direção ao interno (extensão total da cérvix)

 Presença de lacerações, aderências ou abcessos


• Melhor avaliação durante o diestro (ação
progesterônica)

 verificar fechamento completo da cervix


Controle Folicular
Palpação Retal
Controle Folicular
Palpação Retal

• Localização do útero
• porção caudal do abdômen
 posição transversal
 cranial a cavidade pélvica
• 4 a 7 cm de comprimento
• 2 a 5 cm de espessura
• Éguas idosas e multíparas
 útero mais ventral à cavidade pélvica
Controle Folicular
Palpação Retal

• Éguas nulíparas e jovens


Útero - dorsal a pélvis

• Deslocamento das mãos lateralmente até o ápice


do corno uterino para a localização do ovário

• Ovário: posição crânio-lateral e usualmente na


direção dorsal estando 5 a 10 cm da porção mais
lateral do corno uterino
Controle Folicular
Palpação Retal

• Forma de feijão – Fossa da Ovulação


Mudança de tamanho e consistência de acordo com a
fase do ciclo estral

Explorar toda superfície


 rotação do ovário através do
mesovário
Controle Folicular
Palpação Retal

• Estruturas palpáveis
 folículos (F), corpo hemorrágico (CH) e fossa de
ovulação
F

Folículo pré- ovulatório


Controle Folicular
Palpação Retal

 turgidez, flutuação, dimensões e aspecto da


parede dos folículos (dependentes da fase do
ciclo)

 progressão (folículo dominante à ovulação)


parede espessa para fina e flutuante
Controle Folicular
Palpação Retal

• Corpo Lúteo
 desenvolvimento para o interior do estroma
 Melhor identificado pelo ultra-som

CL


Controle Folicular
Palpação Retal

• Estro – relaxada, macia e curta sendo achatada


contra a pélvis  imperceptível próximo a
ovulação

 Diestro:  tônus, longa, tubular e bem delimitada

 Anestro flácida e não delimitada


Controle Folicular
Exame ultra-sonográfico

BEXIGA

ÚTERO OVÁRIO
Controle Folicular
Crescimento folicular

Mapeamento folicular ovariano


Controle Folicular

Ovulação

• A- Parede dupla, invaginação para a fossa de ovulação


• B- Rompimento da parede do folículo
• C,D - Perda do líquido folicular
• E- Pré-colabação da parede folicular
• F- Formação do corpo hemorrágico
Controle Folicular
Formação do corpo lúteo

A B C D
A- Recente ovulação caracterizado pelo desaparecimento do
folículo pré-ovulatório e formação de pequenas áreas irregulares
anaecoicas
B- 12h após a ovulação
C- 18h após a ovulação
D- 24h após a ovulação
Controle Folicular
Formação do corpo lúteo

E F G H

E- 26h após a ovulação

F- 36h após a ovulação

G- 48h após a ovulação

H- Corpo lúteo compacto (>48h)


Exame Uterino
Edema de útero

A B1 B2 C1 C2 D1 D2

A- Corte transversal do corno uterino C1- Folículo com 30 mm de diâmetro


na fase de diestro C2- Aumento do edema
B1- Folículo com 20 mm de diâmetro D1- Folículo com 37 mm de diâmetro
B2- Inicio do edema uterino D2- Edema em forma de “laranja”
Limitações

• Rápida transmissão de defeitos hereditários

• Mão de obra capacitada

• Associações dos criadores de cavalos


Particularidades da biotecnologia da
inseminação artificial em relação as associações
dos criadores de cavalos

• Sêmen a fresco - PSI

• Sêmen resfriado – PSI

• Sêmen congelado - PSI, ABCCC


Método de colheita do sêmen
• Método mecânico
* Vagina artificial:

- Temperatura (42 a 45oC)


- Pressão
Método de colheita do sêmen
• Método mecânico
* Vagina artificial:
Método de colheita do sêmen
Método mecânico

* Tipo Preservativo

* Massagem das glandulas anexas


* Eletro ejaculador
Cuidados para a colheita do
sêmen

• Higienização do prepúcio do garanhão


• Higienização do pênis do garanhão
Cuidados para a colheita do sêmen

 Colheita com égua em cio

- Preparo do animal (contenção)


Cuidados para a colheita do sêmen

 Colheita em manequim

- Condicionamento do animal
Método de colheita do sêmen
Colheita fechada ou aberta Método mecânico

FECHADA ABERTA
Cuidados para a colheita do sêmen

 Cuidados no momento da colheita

- Variação na temperatura

- Retirar a água da vagina logo após a colheita

- Exposição a luz solar


Avaliação do sêmen
Avaliação Imediata:Volume; Cor; Densidade; Odor; Motilidade;
Vigor.
Avaliação do sêmen
Avaliação Mediata: Concentração; Patologia; Viabilidade.
Avaliação do sêmen
 Concentração:

Fórmula
[ ]= n  [ ] = sptz/mm3
1 x 1x5 x 1
10mm 25mm2 20

DICA – DILUIÇÃO 1:20 FATOR DE MULTIPLICAÇÃO SEMPRE MILHÃO


Avaliação do sêmen
 Patologia:

• Esfregaço
•Corante Karras
•Varredura homogenea
• Contagem de 200
células
•Defeitos Maiores
•Defeitos Menores
Avaliação do sêmen
 Viabilidade:

Sondas
Fluorescentes

Choque
Osmótico Eosina Nigrosina
DILUIÇÃO

RAZÕES PARA DILUIR O SÊMEN

Proteger os SPTZ das condições desfavoráveis

Prolongar a viabilidade do sêmen

Fornecer energia aos SPTZ

Tratamento antibiótico
DILUIÇÃO

COMPONENTES DOS DILUIDORES:

- LEITE EM PÓ DESNATADO: PROTEÇÃO DE MEMBRANA


- AÇÚCARES: FONTE DE ENERGIA E CRIOPROTEÇÃO

(GLICOSE/ LACTOSE/ SACAROSE/ etc.)

- BICARBONATO: AJUSTE DE PH

- ANTIBIÓTICO: INIBE O CRESCIMENTO BACTERIANO

(PENICILINA/ GENTAMICINA/AMICACINA/ etc.)


DILUIDORES COMERCIAIS

BOTU-SÊMEN (Biotech Botucatu)

BOTU-TURBO (Biotech Botucatu)

MAX-SÊMEN (Agrofarma®)

MAX-SÊMEN PLUS (Agrofarma®)

EQUIMIX K (Nutricell®)
Estratégias para indução de ovulação

• HCG

•DESLORELINA

• Deslorelina (GnRH) + HCG- Eguas idosas

• EPE
Técnicas de I.A.
Monta Natural

 A Campo:
• Exame Andrológico
• Proporção máxima (estação de monta) - 01 garanhão/25 éguas
• Taxa de prenhes – 80%
• Éguas solteiras
• Sem controle reprodutivo
• Traumatismos

 Direcionada:
• Melhor aproveitamento do garanhão
• Maior proporção garanhão/égua
• Taxa de prenhes – 90%
• Manejo reprodutivo do garanhão
• Éguas paridas
Inseminação Artificial
 Definição– Depositar a dose inseminante diretamente no lúmen do
útero.
 Objetivo - Propagar a genética do garanhão.
Inseminação Artificial
 Vantagens:
• Propagação genética do macho (transporte do sêmen)
• Maximização do ejaculado - + 5 éguas
• Avaliação do ejaculado
• Redução na disseminação de DSTs
• Utilização de garanhões sub-férteis
• Menor reação inflamátoria uterina

 Limitações:
• Rapida transmissão de defeitos hereditários
• Mão de obra especializada
• Aumento dos custos da propriedade
• Proibido pela associação de criadores da raça Puro Sangue Inglês.
Inseminação Artificial
 Sêmen Fresco:
• Colheita do sêmen – avaliação - diluição 1:1 – I.A.
• Taxas de fertilidade similar a monta natural (90%)
• Inseminação a cada 48 horas (foliculo pré-ovulatório)
• Dose inseminante = 500 a 1000 x 106 SPTZ viáveis

 Sêmen Refrigerado:
• 15°C – 24 horas / 5°C – 48 horas
• Possibilidade de transportar por longos trajetos
• Diluição mínima 2:1
• Dose inseminante = 1000 x 106 SPTZ viáveis
• 2° maior país na sua utilização
• Taxa de fertilidade de 60% a 80% (variações)
• Evita deslocamento dos animais
Inseminação Artificial
 Sêmen Congelado:
• Reserva genética
• Importação
• Dose inseminante = 800 x 106 SPTZ totais (08 palhetas 0,5 mL)
• Momento da I.A.
• Taxa de fertilidade de 45% (variações)

 Baixo Volume (Junção útero-tubárica):


• Sêmen de baixa qualidade
• Econômia de doses (sêmen congelado)
• Endometrite
• Volume no máximo de 5 mL
• Histereoscópio ou pipeta flexível
Avaliação do sêmen

Sêmen a Fresco

Dose inseminante 500 a 1000x106


viáveis
Viabilidade espermática (48h)
Filtragem Diluição
Avaliação do sêmen

Sêmen Resfriado

Dose inseminante 1000x106 viáveis


Viabilidade espermática (24h)
Avaliação do sêmen
Sêmen Congelado
Descongelação

- Palhetas de 0,5 ml
Dose inseminante 800x106 viáveis
. 38oC / 40”
Viabilidade espermática (12h) . 46oC / 20”
. 65oC / 10”
. 75oC / 7”

- Mini palhetas de 0,25 ml

. 38oC / 30”
. 46oC / 15”
. 65oC / 07”

- Macrotubo

. 50oC / 45”
A ÉGUA
Processamento da técnica de
Inseminação Artificial

Qual o momento ideal para se realizar a


inseminação artificial?
• Sêmen a fresco
• Sêmen resfriado
• Sêmen congelado
Estratégias para o controle do ciclo estral

• SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO

- Prostaglandina F2
- Progesterona (P4) por 14 dias e PGF2 no
ultimo dia de P4
Estratégias para o controle do ciclo
estral

• INDUÇÃO DE OVULAÇÃO

- hCG
- Dose administrada: 1.750UI a 3.000UI (2.500UI) - IV
- Anticorpos x resposta
- Ovulação: 24 - 48 horas após a administração
- Deslorelina
- Dose administrada:750µg a 1mg – IM
- Concentração de LH
- Ovulação: 36 – 48 horas após administração
Estratégias para o controle do ciclo
estral

• INDUÇÃO DE OVULAÇÃO

- EPE
- Dose administrada: 8mg a 15mg - IV
- Dificuldade de obtenção
- Ovulação: 36 - 48 horas após a administração
Tipos de Pipeta
Processamento da técnica de Inseminação Artificial

• Higienização da região perianal e perivulvar


• Introduza a mão via vaginal
• Ao localizar a cérvix introduza a ponta do dedo
indicador, servindo como guia para a pipeta
Inovação na Biotecnologia da
Inseminação Artificial
Inseminação Histeroscópia
Inseminação Histeroscópia

Posicionamento do endoscópio
Inseminação Histeroscópia

CÉRVIX CÉRVIX
Inseminação Histeroscópia

Corpo do Útero

A B

A - Corpo do útero, sem a presença de ar


B - Corpo do útero, com a presença de ar
Inseminação Histeroscópia

Bifurcação Cornual

A B

A - Corno Esquerdo
B - Corno Direito
Inseminação Histeroscópia

Papila Tubárica

A B

A - Localização da papilas tubárica, com o útero inflado


B - Papila tubárica localizada e banhada com o sêmen
Diagnóstico de Gestação
Gestação de 9 dias Gestação de 11 dias
Estrutura anecóica no Vesícula embrionária
centro representando a (9mm de diâmetro)
vesícula embrionária apresentando típica
(4 a 5mm de diâmetro) reflexão especular
Gestação de 21 e 24 dias
Início da subida do embrião pela regressão do saco
vitelínico e expansão da vesícula alantóide
Gestação de 30 e 36 dias
Embrião encontra-se no centro da vesícula
embrionária
Gestação Gemelar
Gestação gemelar de 13 dias Gestação gemelar de 15 dias
Observação de 2 vesículas Observação de 2 vesículas
embrionárias bilateral, uma embrionárias unilateral, com
em cada corno uterino diferenças de diâmetro
OBSERVAÇÕES:

• Devemos nos lembrar que a colheita é o primeiro


passo nesta técnica e que a localização do embrião é
fundamental para que todo o trabalho valha a pena

• A receptora é o ponto chave para o sucesso da


tranferência de embriões

• Deve-se aplicar Prostaglandina F2 na doadora


recuperando ou não o embrião
O final de uma técnica bem
sucedida resulta no inicio da vida

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