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NOTA FINAL

CURSO DE MEDICINA - AFYA

Aluno:

Componente Curricular: Integração Ensino Serviço Comunidade II

Professor (es):

Período: 202302 Turma: Data:

N1 ESPECÍFICA_IESC 2_26SET2023.2

RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA


PROVA 09359 - CADERNO 002
1ª QUESTÃO

Enunciado:

José, 48 anos, chega a Unidade Básica de Saúde (UBS) relatando dor no peito ao esforço físico, menciona
também que é hipertenso, mas que não faz uso regular do medicamento, pois gosta de beber cerveja aos finais
de semana. O médico da UBS realiza o atendimento e o encaminha para um ambulatório especializado para uma
avaliação com o cardiologista. Na ocasião, o médico também o orienta quanto aos seus hábitos e estilo de vida e
informa que na UBS existe um programa de saúde voltado para desenvolvimento de hábitos saudáveis.
Considerando o conceito da Rede de Atenção à Saúde (RAS), assinale a alternativa que apresenta os níveis de
densidades tecnológicas evidenciados no caso acima.

Alternativas:
(alternativa A)
A avaliação pelo médico realizada na UBS e a avaliação que será realizada pelo médico cardiologista no
ambulatório estão dentro da atenção secundária à saúde, ou seja, são ações consideradas pertencentes ao nível
de densidade tecnológica intermediária.

(alternativa B)
A orientação dada pelo médico da UBS quanto aos hábitos e estilo de vida são ações do nível de densidade
tecnológica intermediária e, o programa de saúde voltado para desenvolvimento de hábitos saudáveis está
dentro do menor nível de densidade tecnológica, oferecido pela UBS.

(alternativa C) (CORRETA)
O nível de menor densidade tecnológica é identificado quando José é atendido na UBS e recebe todas as
orientações. A avaliação que será realizada pelo cardiologista no ambulatório indica o nível de densidade
tecnológica intermediária, ou seja, atenção secundária.

(alternativa D)
A avaliação que será realizada pelo cardiologista no ambulatório indica o nível de atenção terciário ou seja, de
maior densidade tecnológica. E o atendimento ao paciente na UBS indica o nível de menor densidade,
caracterizado por serviços oferecidos na atenção primária.
Resposta comentada:

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O nível de menor densidade tecnológica é identificado quando José é atendido na UBS e recebe todas as
orientações. A avaliação que será realizada pelo cardiologista no ambulatório especializado indica o nível de
densidade tecnológica intermediária, ou seja, atenção secundária.
(CORRETA)

A avaliação que será realizada pelo cardiologista no ambulatório especializado indica o nível de maior densidade
tecnológica, pois se trata de um especialista. E o atendimento ao paciente na UBS indica o nível de menor
densidade, aquele caracterizado pelos serviços oferecidos pela atenção primária. (ERRADA). O atendimento no
ambulatório caracteriza nível intermediário).

A orientação dada pelo médico quanto aos hábitos e estilo de vida caracteriza como ações do nível de densidade
tecnológica intermediária e o programa de saúde voltado para desenvolvimento de hábitos saudáveis está
dentro do menor nível de densidade tecnológica, pois é oferecido pela UBS. (ERRADA) Todo o atendimento
realizado na UBS caracteriza nível de menor densidade tecnológica).

Tanto a avaliação do clínico geral realizado na UBS quanto a avaliação que será realizada pelo cardiologista no
ambulatório, estão dentro da atenção secundária à saúde, ou seja, são ações consideradas pertencentes ao nível
de densidade tecnológica intermediária. (ERRADA). Todo o atendimento realizado na UBS caracteriza nível de
menor densidade tecnológica) Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7508.htm https://aps.saude.gov.br/smp/smpras

2ª QUESTÃO

Enunciado:

João, um paciente de 45 anos, buscou atendimento de saúde devido a sintomas de febre, dor de garganta e
tosse. Ele foi inicialmente atendido na Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua comunidade, onde o médico
realizou uma avaliação clínica, diagnosticou uma infecção respiratória aguda e prescreveu medicamentos para
alívio dos sintomas. Entretanto, a condição de João se agravou nos dias seguintes, e ele desenvolveu dificuldade
respiratória. Diante dessa situação, foi encaminhado pelo médico da UBS para um ambulatório especializado em
doenças respiratórias da região, onde realizou exames de imagem. Posteriormente o quadro se agravou e João
precisou ser internado no hospital onde permaneceu por quinze dias.

Com base no caso hipotético apresentado identifique os serviços de saúde utilizados por João e os seus
respectivos níveis de atenção à saúde, justifique sua resposta com trechos do caso, evidenciando as RAS
utilizadas.

Alternativas:
--
Resposta comentada:

No caso de João, houve uma sequência de atendimentos nos três níveis de atenção à saúde da Rede.
Inicialmente, João buscou atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde foi realizada a avaliação clínica
inicial e diagnosticada uma infecção respiratória aguda. Conforme descrito no caso, "João foi inicialmente
atendido na Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua comunidade", indicando o uso do nível de atenção primária
(0,5).

Entretanto, devido ao agravamento de sua condição, João foi encaminhado para um ambulatório especializado
em doenças respiratórias da região, onde passou por exames, o que se refere ao nível de atenção secundária
(0,5).

Posteriormente João precisou ser internado no hospital onde permaneceu por sete dias (nível terciário) (0,5).

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Portanto, o paciente João utilizou os três níveis de atenção à saúde da Rede: primário (UBS), secundário (clinica
especializada de diagnóstico) e terciário (clínica de fisioterapia), refletindo a abordagem integrada e hierárquica
da Rede de Atenção à Saúde.

MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde: revisão bibliográfica, fundamentos, conceito e elementos
constitutivos. In:

MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Organização Pan-Americana da Saúde, 2011,


2010. Cap. 2 (Fundamentos e conceitos pag. 71 à 84)

CARVALHO, N. R. O. Redes de Atenção à Saúde: a atenção à saúde organizada em redes. Universidade Federal
do Maranhão. UNA-SUS/UFMA. São Luís, 2016.

3ª QUESTÃO

Enunciado:

Dona Maria Joana,76 anos, hipertensa e diabética, buscou a Unidade Básica de seu bairro, pois estava sentindo
dores no peito e de cabeça, tonturas, fraqueza e visão embaçada, relatando também que estava muito
estressada e nervosa. Dr. Leonardo a acolheu, questionando sobre o que poderia estar ocorrendo em seu
domicilio. Em seguida, o médico utilizou o esfigmomanômetro para aferir a pressão arterial da paciente e
também o glicosímetro para verificação da glicemia.

Considerando o trecho acima, assinale a alternativa que corresponde os tipos de tecnologias utilizados pelo
médico no atendimento a Dona Maria.

Alternativas:
(alternativa A)
Tecnologia leve quando realizou o processo de escuta e leve-dura quando aferiu a pressão arterial e glicemia.

(alternativa B) (CORRETA)
Tecnologia leve quando realizou o processo de escuta e dura quando aferiu a pressão arterial e glicemia.

(alternativa C)
Tecnologia dura quando realizou o processo de escuta e leve-dura quando aferiu a pressão arterial e glicemia.

(alternativa D)
Tecnologia leve-dura quando realizou o processo de escuta e dura quando aferiu a pressão arterial e glicemia.

Resposta comentada:

O médico utilizou tecnologia leve pela e acolhida e escuta aos pedidos, demandas, necessidades e
manifestações da usuária, bem como tecnologia dura quando utilizou equipamentos, como glicosímetro,
aparelho de pressão para avaliação da mesma.

FRANCO, T. B., & Elias MERHY, E. (2012). Cartografias do Trabalho e Cuidado em Saúde.
Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 6(2), Pág. 151-163. https://doi.org/10.18569/tempus.v6i2.1120

Leitura complementar:BADUY, R. S. O trabalho em saúde. In: ANDRADE, SM. et al. (Org.) Bases da saúde
coletiva. Londrina: Ed. UEL, 2001. Cap.9.

4ª QUESTÃO

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Enunciado:

O Programa Previne Brasil tem como objetivo fortalecer a atenção primária à saúde e melhorar indicadores
importantes de saúde. Para o ano de 2022, foram estabelecidas metas para diversos indicadores. Considere o
quadro abaixo que apresenta algumas metas:

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2979 de 12 de novembro de 2019. (Programa Previne Brasil).

Considerando essas metas, descreva três estratégias específicas que a equipe de saúde pode adotar para
alcançar as metas de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), de Exame Citológico entre mulheres de 25 a 64 anos,
e da cobertura atual da Vacinação pentavalente e poliomielite.
Indique uma estratégia para cada meta (1,5)

Alternativas:
--

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Resposta comentada:

Exemplos de estratégias para Alcançar a Meta de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)(0,5):

Realizar campanhas de conscientização sobre a importância da medição regular da pressão arterial em


unidades de saúde e comunidades.
Oferecer capacitação para os profissionais de saúde em relação ao diagnóstico e manejo adequado da
hipertensão.
Implementar protocolos de monitoramento e acompanhamento de pacientes hipertensos, incluindo
consultas regulares e orientações sobre mudanças de estilo de vida.

Exemplos de estratégias para Alcançar a Meta de Exame Citológico (0,5):

Realizar ações de educação em saúde direcionadas às mulheres sobre a importância do exame


citológico para a detecção precoce do câncer de colo de útero.
Realizar mutirões de saúde com oferta de exames citológicos em horários alternativos e locais de fácil
acesso.
Reforçar a capacitação dos profissionais de saúde para a realização do exame e interpretação dos
resultados.

Exemplos de estratégias para Alcançar a Meta de Vacinação pentavalente e poliomielite (0,5):

Realizar campanhas de vacinação periódicas em locais de grande circulação, como escolas e creches.
Identificar grupos populacionais com menor cobertura vacinal e realizar abordagens específicas para
aumentar a adesão.
Fortalecer a comunicação sobre os benefícios da vacinação por meio de material educativo e mídias
sociais.

Referência: Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2979 de 12 de novembro de 2019. (Programa Previne
Brasil).

5ª QUESTÃO

Enunciado:
Homem, 78 anos, aposentado, procurou a UBS para retirar ficha de consulta para sua esposa. Na fila de espera
começou a sentir mal-estar e tontura. Foi então para a triagem, na qual queixou que vem apresentando estes
sintomas com piora há cerca de três meses. A enfermeira verificou a pressão arterial (150/100 mmHg) e a
glicemia capilar (226 mg/dL) por hemoglicoteste (HGT) e, como os resultados estavam alterados o paciente foi
encaminhado para consulta com médico de sua área, recebendo tratamento adequado e posteriormente
acompanhado pela equipe no seu domicílio. Diante disso, assinale a alternativa que descreve as diretrizes da
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) contempladas no caso acima.

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Alternativas:
(alternativa A)
Equidade e Cuidado Centrado na Pessoa.

(alternativa B)
Resolutividade e Cuidado Centrado na Pessoa.

(alternativa C)
Integralidade e Longitudinalidade do Cuidado.

(alternativa D) (CORRETA)
Resolutividade e Longitudinalidade do Cuidado.

Resposta comentada:

Confome a PORTARIA Nº 2.436/2017:

Resolutividade: reforça a importância da Atenção Básica ser resolutiva, utilizando e articulando diferentes
tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos
positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na perspectiva de ampliação dos
graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos problemas
de saúde da população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, quando necessário.

Longitudinalidade do cuidado: pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com construção de vínculo e


responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente,
acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas, evitando a
perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia que são decorrentes do desconhecimento das
histórias de vida e da falta de coordenação do cuidado.

Portanto o caso englobou resolutividade no momento em que o problema o indivíduo foi resolvido e
longitudinaliade ao ser acompanhado pela equipe.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017. Brasília,
2017.

6ª QUESTÃO

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Enunciado:

Um novo gestor responsavel pelo departamento de atenção básica está em treinamento sobre a Política Nacional
de Atenção Básica (PNAB). Durante uma das sessões, o instrutor enfatiza a importância de compreender as
particularidades e características de cada equipe proposta pela PNAB e suas atualizações. Com base nisso, analise
as afirmativas abaixo:

I. A Política Nacional de Atenção Básica tem no Programa Mais Médicos sua estratégia prioritária para
expansão e consolidação da Atenção Básica.
II. O funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) deve ter carga horária mínima de 40 horas
semanais mínimo de 5 dias por semana durante os 12 meses do ano.
III. O Programa Saúde na Hora no âmbito, tem como objetivo de implementar o horário estendido de
funcionamento das Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), no SUS.
IV. A equipe de Atenção Primária (eAP) será composta minimamente por Médicos e enfermeiros,
preferencialmente especialistas em medicina de família e comunidade.

É correto o que se afirma em

Alternativas:
(alternativa A)
II, III e IV apenas

(alternativa B)
I,II e IV apenas.

(alternativa C) I e IV
apenas.

(alternativa D) (CORRETA)
II, III e IV apenas.

Resposta comentada:

A Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, é a que aprova a PNAB e estabelece a revisão de diretrizes para
a organização da Atenção Básica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta portaria detalha as
características e composições das equipes de saúde da família, e é um documento-chave para a estruturação e
organização dos serviços de saúde em nível primário. As outras alternativas não descrevem corretamente a
equipe de saúde da família, e sim outras modalidades ou especialidades que podem existir dentro do sistema de
saúde, mas que não se enquadram no que é estipulado pela PNAB para a atenção básica direcionada à família. É
essencial que os estudantes de medicina e outros profissionais da saúde tenham clareza sobre a composição e
funcionamento das equipes, para que possam atuar de forma eficiente e integrada dentro do sistema de saúde.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
110 p. : il. – (Série E. Legislação em Saúde)
ISBN 978-85-334-1939-1
1. Serviços Básicos de Saúde. 2. Política de Saúde. 3. Saúde Pública. I. Título. II. Série

7ª QUESTÃO

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Enunciado:
Uma paciente de 30 anos de idade, procura a Unidade Básica de Saúde com queixa de ansiedade e insônia. Ela
relata estar passando por um momento de estresse intenso devido a problemas no trabalho e conflitos
familiares. A paciente está se sentindo sobrecarregada emocionalmente e tem dificuldade em relaxar e dormir à
noite. O médico de família e comunidade precisam aplicar tecnologias leves para resolver o problema clínico da
paciente. Nesse sentido, assinale a alternativa que corresponde a tecnologias leves para o cuidado dessa
paciente.

Alternativas:
(alternativa A)
Prescrever medicamentos ansiolíticos para o controle imediato da ansiedade e auxílio no sono e encaminhar
para o psicólogo.

(alternativa B) (CORRETA)
Promover escuta empática para compreender as necessidades e preocupações da paciente, estabelecendo um
vínculo de confiança e apoio emocional.

(alternativa C)
Realizar exames laboratoriais para avaliar possíveis desequilíbrios hormonais relacionados à ansiedade e insônia.

(alternativa D)
Encaminhar a paciente para um psicólogo especializado em terapia cognitivo-comportamental, para que esse
possa definir o melhor plano de cuidado.

Resposta comentada:

Justificativa: A paciente está enfrentando uma situação de estresse intenso e conflitos emocionais, que são
problemas clínicos que podem ser melhor abordados por meio de tecnologias leves. O uso da escuta empática é
uma ferramenta essencial para compreender as preocupações da paciente, permitindo ao médico criar um
ambiente acolhedor e de confiança. Oferecer suporte emocional e estratégias de enfrentamento ajudará a
paciente a lidar com o estresse e a ansiedade de maneira mais saudável. As tecnologias de relações estão
incluídas no conceito de tecnologias leves e se referem especificamente às interações intersubjetivas e
transpessoais entre profissionais de saúde e pacientes. Essas interações ocorrem por meio do diálogo, conversa,
escuta ativa e empatia, sendo fundamentais para a identificação dos problemas e necessidades do paciente, bem
como para estabelecer um ambiente terapêutico e de confiança.

Referências

FRANCO, T. B., & Elias MERHY, E. (2012). Cartografias do Trabalho e Cuidado em Saúde. Tempus – Actas
De Saúde Coletiva, 6(2), Pág. 151-163. https://doi.org/10.18569/tempus.v6i2.1120

8ª QUESTÃO

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Enunciado:

Após as chuvas de verão, o número de casos de dengue aumentou consideravelmente na área de abrangência da
Unidade de Saúde da Família – USF Samambaia. Em especial, na microárea da Agente Comunitária de Saúde –
ACS Jucélia. Preocupada com a situação, ela sinaliza na reunião mensal de equipe que há alguns domicílios que
requerem uma abordagem mais específica, dado o contexto favorável ao vetor. Ao final da colocação, ela propõe
uma ação coletiva da equipe, numa estratégia de busca ativa de casos e de focos, articulado com os agentes de
endemias. O médico, Dr. Sensivaldo, clínico geral há mais de 20 anos, rebate a proposta afirmando que: - “Esse
tipo de ação é de responsabilidade dos agentes, minha função é só atender os casos que identificarem, estarei
no consultório caso precisem”.

Sobre o caso são feitas algumas afirmações:

I- A contribuição em ações coletivas e programadas de vigilância é de responsabilidade doenfermeiro e dos


agentes comunitários de saúde.

II- Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória, bem como outras doenças,
agravos, surtos, acidentes, violências é uma das atribuições comuns a todos os membros das Equipes

III- Como a incidência da doença cresceu, a realização da estratificação de risco de condiçõescrônicas passa a
ser de todos os membros da equipe.

IV- Dr. Sensivaldo estaria com a razão, caso levantasse a questão da indicação de internaçãohospitalar,
atribuição específica do médico.

Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA)
II e IV.

(alternativa B)
I e II.

(alternativa C)
I e III.

(alternativa D)
III e IV.

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Resposta comentada:

I. alternativa errada, pois se trata de uma atribuicao comum de todos os membros da equipe.

II. Correta.

III alternativa errada porque participar do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento humanizado,
realizando classificação de risco, identificando as necessidades de intervenções de cuidado, responsabilizando-se
pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo é uma atribuicao de toda a equipe,
independentemente de aumento de incidencia de uma enfermidade.

IV. Correta

Brasil, Ministério da Saúde. Gabinete Ministerial. Portaria 2436. Política Nacional de Atenção Básica 2022.

9ª QUESTÃO

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Enunciado:

Carlos, 21 anos, negro, não analfabetizado formalmente, mas sabe ler e escrever de forma funcional, atua como
profissional do sexo, nome social Léia procura a UBS de seu bairro. Com dificuldade e constrangimento, Léia
informa sobre uma rejeição do silicone que surgiu há alguns dias e que vem prejudicando seu trabalho. A
recepcionista diz que o médico não poderá atendêla porque aquele período é designado para atendimento às
pessoas com diabetes e hipertensão, que o horário da triagem já aconteceu. Na ocasião, a agente comunitária
da microarea de Léia estava próxima à recepção e solicitou para a Léia atualizar alguns dados no e-SUS como
orientação sexual e cirurgia de prótese de mama.

Considerando o processo de trabalho das Equipes que atuam na Atenção Básica, analise as assertivas abaixo:

I. A UBS como porta de entrada preferencial garantiu a atenção à saúde da usuária adscrita,preconizando o
atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância em saúde
conforme o planejamento da equipe.

II. A equipe garantiu o acolhimento da usuária, proporcionando atendimento humanizado,realizando


classificação de risco, identificando as necessidades de intervenções de cuidado, responsabilizando-se pela
continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo.

III. Foi atualizado o cadastramento e outros dados de saúde da usuária no sistema deinformação da Atenção
Básica, alimentando e garantindo a qualidade do registro no sistema de informação conforme normativa
vigente.

Sobre as proposições acima, é correto o que se afirma em:

Alternativas: (alternativa A)
I e II.

(alternativa B)
I.

(alternativa C)
II e III.

(alternativa D) (CORRETA)
III.

Resposta comentada:
Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema
de informação da Atenção Básica vigente, utilizando as informações sistematicamente para a análise da situação
de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do
território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local BRASIL. Ministério da
Saúde.Portaria 2436 de 21 de setembro de 2017

10ª QUESTÃO

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Enunciado:

Um médico da família, membro de uma equipe da Saúde da Família (eSF), está atendendo uma criança com
suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele percebe a necessidade de uma avaliação especializada para
diagnóstico e, consequente, estabelecer melhores estratégias de cuidado. Nesse contexto, o profissional da eSF
decide solicitar o matriciamento pelo eMULTI (equipes Multiprofissionais na Atenção Primária à Saúde).

Indique qual das alternativas representa corretamente o conceito de matriciamento e sua aplicação nesta
situação.

Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA)
O matriciamento é uma estratégia de apoio e suporte, em que a equipe eSF aciona a equipe de eMULTI com o
objetivo de aprimorar o atendimento e a resolubilidade dos casos, como no caso do TEA.

(alternativa B)
O matriciamento é um processo em que se solicita para os especialistas do eMULTI capacitação dos profissionais
da eSF sobre TEA, para estes poderem confirmar de maneira independente a suspeita clínica do caso.

(alternativa C)
O matriciamento é um processo em que o eMULTI assume integralmente o atendimento da criança,
realizando todas as consultas e procedimentos necessários para o diagnóstico e tratamento do TEA.

(alternativa D)
O matriciamento é uma estratégia em que a equipe da eSF transfere o atendimento para o eMULTI, que fica
encarregado de realizar as intervenções necessárias para o diagnóstico e tratamento do TEA.

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Resposta comentada:

Justificativa:

O matriciamento é uma estratégia de apoio e suporte entre diferentes equipes de saúde, onde o eMULTI atua
como um núcleo de apoio para a eSF. Nesse contexto, os profissionais do eMULTI compartilham seus
conhecimentos especializados com a equipe da ESF, contribuindo para a capacitação e aprimoramento dos
profissionais da atenção básica.

No caso da criança com suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA), a equipe da eSF percebe a
necessidade de uma avaliação mais especializada e, ao solicitar o matriciamento do eMULTI, busca o suporte e a
orientação dos profissionais especializados em saúde mental, por exemplo, para auxiliar no atendimento dessa
criança.

O matriciamento não significa que o eMULTI assume integralmente o atendimento, nem que a equipe da ESF
seja desvinculada do cuidado. Pelo contrário, a ideia é estabelecer uma parceria colaborativa entre as equipes,
em que o eMULTI oferece suporte e compartilha seus conhecimentos, permitindo que a equipe da eSF continue
a acompanhar e cuidar da criança, mas com maior capacitação e apoio para lidar com situações mais complexas,
como o diagnóstico e tratamento de um transtorno como o TEA. Dessa forma, o matriciamento é uma estratégia
que visa fortalecer a integralidade da atenção à saúde e aprimorar o cuidado oferecido à população.

Referências:

SARAIVA S. ZEPEDA J. Princípios do apoio matricial. In: GUSSO, G.; LOPES, J. M. C. (Org.).
Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2018. 2 V.
Cap. 43. Recurso eletrônico.

PORTARIA GM/MS Nº 635, DE 22 DE MAIO DE 2023

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