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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Tipos e razões das movimentações de


visitação do centro histórico de Olinda.

Docente: Rosa Maria de Aquino


Discente: Beatriz França Vasconcelos Nascimento,
Késia Laisa Alves de Souza
Rafaela Maria Gomes da Silva

Recife, 2024
Introdução

O centro histórico de Olinda foi reconhecido como Patrimônio Mundial Cultural

em 1982 e desde então carrega consigo muita cultura e história. Nele, há

diferentes estilos arquitetônicos: edifícios coloniais que remetem o tempo de em

que Olinda era uma capitania e uma arquitetura europeia, devido à forte

influência da época. Mas, que depois dos anos, hoje Olinda já tem sua própria

identidade cultural. O centro tem uma paisagem visivelmente carregada de

lembranças históricas do seu passado, como a presenças de conventos e

diferentes monumentos, o que gera interesse nas pessoas que sabem da

existência deste lugar e desejam se aprofundar na história desse sítio ao longo

do tempo. Ele foi crescendo e criando cada vez mais sua individualidade de

manifestações culturais, seu comercio e sua atual história. Hoje, o centro

histórico é apreciado de diversas formas, e com razões culturais e sociais

diferentes. Diante disso, foi feita uma análise antropológica do motivo das

pessoas ainda se envolveram com as narrativas da cidade, se sentirem

pertencentes e consumiram também as novas expressões desse centro. O que

levam elas a consumirem este local? Qual tipo de vistas elas estão dispostas a

fazer e a razão.

Descrição do que foi observado

Durante a visitação do centro histórico-cultural de Olinda, é perceptível a

variedade de pessoas que se agradam estar ali, por ser um cidade rica e diversa,

e então se ocupa de diferentes povos, diferentes culturas. Nesta visitação, no


mês de férias de janeiro, foi possível ver muitos estrangeiros no local, e também

os próprios brasileiros, porém de outras regiões e estados. Muitos já ali para

presenciar uma grande festa cultural super popular em Olinda, que é o carnaval,

composto por muitos maracatus, frevos e blocos de rua, que acontece em

fevereiro, porém que em janeiro já tem seus vestígios. Outros também ali

estavam por Olinda ser uma cidade carregada de história. Então, nesse período,

também havia muitos turistas ocupando espaços que falavam sobre a história da

cidade, como a Catedral da Sé, que por sinal, a religiosidade também é uma

parte importante da cultura olindense, e que durante a visita, vimos tanto nativos

aproveitando para saber um pouco mais da cultura que os pertencem quantos

não nativos. O Museu da Arte Sacra e o Museu do Mamulengo. Enquanto

estávamos no local, passavam vários guias turísticos contando a história de

Olinda. O comércio local também era algo evidente e, por se trata de um

comércio artesanal, chamava atenção dos não nativos. Muito desses produtos

comercializados que estavam sendo levados pelos turistas era algo que remetia

a beleza natural da cidade e que tinha sua história implícita, como um quadro ou

uma escultura da paisagem de Olinda. O comércio não só dos artesões locais

exibindo seus talentos nas ruas e galerias, além dos artistas locais exibindo seus

trabalhos e música ao vivo em vários pontos da cidade, mas dos comerciantes

de comida também era algo que chamava atenção. No alto da sé, as

barraquinhas de tapiocas estavam cheias de pessoas provando da comida típica

da cidade, a tapioca, fazendo com que os visitantes tivesse uma imersão cultural

completa daquele lugar.


Explicação da teoria escolhida para análise

A teoria estruturalista é uma corrente de pensamento que surgiu no século XX,

principalmente associada ao trabalho do antropólogo Claude Lévi-Strauss. A

abordagem procura entender as culturas e sociedades por meio da identificação

e análise das estruturas ocultas que sustentam as práticas culturais. Não se

opondo ao funcionalismo, o estruturalismo enfatiza a importância dos padrões

universais, da linguagem, dos mitos e dos sistemas de parentesco na

compreensão das sociedades humanas. O estruturalismo antropológico realça a

importância da compreensão das práticas culturais dentro de seus contextos

simbólicos e sociais mais amplos, desafiando visões preconcebidas e

etnocêntricas. Essa perspectiva mudou a antropologia ao propor uma análise

mais profunda e universal das culturas, contribuindo para a compreensão da

diversidade cultural e para a crítica aos estereótipos culturais. Assim como vale

ressaltar que o estruturalismo também foi alvo de críticas, especialmente devido

à suposta tendência à generalização excessiva e à falta de consideração pela

diversidade cultural.

Explicação de quem é o principal autor da teoria

O principal percussor da teoria estruturalista, na Antropologia, é o Claude Lévi

Strauss. Para o antropólogo, na teoria estruturalista, existe uma estrutura comum

que todas as culturas compartilham é essa estrutura não é visível ela é um

modelo inconsciente de uma representação mental, que pessoas de diferentes

culturas carregam consigo que para ele nós acabamos que compartilharmos

essa estrutura inconsciente com diversas culturas e por isso temos eventos
culturais parecidos, ele destacou a importância dos padrões e das relações entre

elementos culturais, buscando entender como que se organizam as práticas e

crenças humanas. E para ele o estudo dessas estruturas é feito por meio de

comparação culturais das sociedades pra encontrar padrões subjacentes que

possa existir, e apenas por esse estudo que encontraríamos resultado mais

precisos. Logo, Claude Lévi Strauss diz a estrutura cultural que era a base de

tudo seria a mente humana, e a formação da sociedade era dependente dessa

estrutura.

Análise e explicação do que observou a partir da teoria

escolhida

Usando o estruturalismo como método teórico do que se foi observado pode ser

aplicado como uma análise das estruturas subjacentes que influenciam o

comportamento dos turistas, os quais estão consumindo o centro histórico, como

sistemas econômicos, políticos e culturais. Em relação ao turismo em Olinda,

quando trazemos a teoria estruturalista a gente pode examinar como as

estruturas sociais, econômicas e culturais já são previamente concebidas e

moldam a experiência turística na cidade, pois as pessoas de diferentes cidade

já tem uma estrutura inconsciente existente sobre percepção de cultura e

apreciação e como possuíamos essa estrutura inconsciente em comum os

turistas acabam se interessando e se encantado mias por possivelmente se

identificar com algo em nossa cultura semelhante a deles, com um dança, um

lugar ou até uma história. Esses diferentes grupos sociais e culturais interpretam

e recontam sua história quando observam o centro histórico. Até o próprio


comercio do turismo que é existente em todas sociedades usa dessa estrutura

que temos em comum para se promover através da identificação inconsciente

que temos com a cultura do outro, por isso existe tanta movimentação turistas

em centros como esses. E aos nativos da cidades a explicação se dá devido a

tradição, também vítima de uma estrutura não consciente que temos na mente

humana, onde as pessoas daquela cidade cresceram com costumes e razoes

de ocupar aquele lugar, aquele centro histórico, daquela maneira, sendo

escutando artistas locais, curtindo um frevo no carnaval, consumindo comidas

típicas, entre outros mas com o mesmo interesse em comum, que é de se fazer

pertencer aquela cultura.

Conclusão

Ao unir nossas interpretações dos movimentos e das razões diversas ao

comparecimento de diversos povos ao centro histórico cultural de Olinda

Concluímos que ao observar este local sob uma visão antropológica e

estruturalista, somos capazes de entender de forma mais profunda os aspectos

culturais que moldam e dão significado a este patrimônio.

Bibliografia

MELLO, Luiz Gonzaga. Antropologia Cultural.

https://www.ipatrimonio.org/olinda-centro-historico/#!/map=38329

https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/11230/1/Tese%20Eliane%20Nascimento1.pdf

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