Neurociência e Educação Dito isso, como a neurociência e a educação se relacionam?
Como vimos na introdução, a neurociência,
junto com a pedagogia e a psicologia, tem a intenção de estudar como o aluno aprende e, assim, facilitar o processo. Ela não vem apresentar métodos milagrosos nem uma nova pedagogia; simplesmente pretende dar aos professores mais ferramentas para lidar com a diversidade de alunos em sala de aula (lembre-se de que falamos que cada cérebro, e logo cada aluno, é único), sejam eles neurotípicos ou neuroatípicos.
Estudar os mecanismos da atenção,
motivação e memória de curto e longo prazos para a aprendizagem pode ajudar o professor a fazer uma
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aula mais interessante e significativa para a
realidade daquela criança ou jovem, já que temos a tendência de aprender aquilo que é útil para nossa sobrevivência ou o que nos dá prazer. Assim, se o aluno considerar que a nota é o importante, ele estudará para a prova com o objetivo de tirar uma nota boa, e não de realmente aprender aquilo que estudou, visto que o conteúdo estudado precisa fazer sentido na realidade daquela criança ou adolescente. Quantos de nós já não ouvimos um aluno falar: “Mas pra que que eu tenho que aprender isso? Onde eu vou usar isso na minha vida?”.
Essa é uma discussão válida. Apesar de
sabermos que alguns conteúdos podem não ser usados nunca mais na vida daquela pessoa, precisamos seguir a orientação do MEC e ensiná-los mesmo assim. Então como fazer isso de forma prazerosa para o aluno?
O uso de elementos lúdicos, experimentos
e atividades grupais pode ajudar nessa difícil tarefa. Arte e esporte também são grandes aliados. Peças de teatro, músicas, desenho e massinha, por exemplo, podem ajudar a despertar o interesse do aluno por um assunto que antes ele achava chato.