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Dermatose

ocupacional

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Sumário
TEMA - PÁGINA

Introdução- 3
Dermatite fototóxica - 6
Melanodermia - 6
Vitiligo / Porfiria - 7
Dermatose por radiação ionizante /
Elaiconiose 8
Dermatite do cimento - 9
Cetose palmar e plantar / úlcera do
cimento 10
Dermatose da borracha 11
Fluxograma Prevenção de Dermatose
12
Dermatose geral fluxograma 13
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Introdução

• Dermatoses causadas por agentes físicos, químicos e biológicos decorrentes da exposição ocupacional e das
condições de trabalho são responsáveis por desconforto, dor, prurido, queimação, reações psicosomáticas e outras
que geram até a perda do posto de trabalho.
• Essas condições são inerentes à organização do trabalho que busca atingir os objetivos de alta produtividade e
qualidade do produto, com o dimensionamento de trabalhadores e recursos materiais estipulado pelas empresas,
sem que o critério de qualidade de vida no trabalho seja de fato levado em conta.
• A organização do trabalho, sem considerar o fator humano e seus limites, se estrutura nos diferentes níveis
hierárquicos, tendo como características a inflexibilidade e alta intensidade do ritmo de trabalho, pressão para
produtividade e impossibilidade de controle por parte dos trabalhadores.

Causas diretas
• Agentes biológicos, físicos e químicos.
• Podem causar dermatoses ocupacionais ou funcionar como fatores desencadeantes, concorrentes ou agravantes.
- Os agentes biológicos mais comuns são: bactérias, fungos, leveduras, vírus e insetos.
- Agentes físicos. Os principais são: radiações não-ionizantes, calor, frio, eletricidade.
- Agentes químicos. Os principais são:
1. Irritantes → cimento, solventes, óleos de corte, detergentes, ácidos e álcalis
2. Alérgenos → aditivos da borracha, níquel, cromo e cobalto como contaminantes do cimento, resinas, tópicos
usados no tratamento de dermatoses.

Diagnóstico: como identificar casos de dermatoses ocupacionais


• Para o diagnóstico e o estabelecimento das condutas adequadas das dermatoses ocupacionais, confirmadas ou
suspeitas, é importante considerar os seguintes aspectos:
- Quadro clínico; história de exposição ocupacional, observando-se concordância entre o início do quadro e o
início da exposição, bem como a localização das lesões em áreas de contato com os agentes suspeitos.
- Melhora com o afastamento e piora com o retorno ao trabalho.
- Teste epicutâneo positivo, nos casos de dermatites de contato por sensibilização.
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Dermatite
Melanodermia
fototoxica

Também chamada de: dermatite de berloque,


fotodermatose e dermatite por fotocontato.

• A substância se torna um irritante quando sua • Melanodermia ou melanose é a


estrutura se modifica pela ação da luz solar hiperpigmentação da pele por aumento da
• A DCF ocorre na interação entre energia absorvida melanina.
pelos cromóforos e a substância, levando a formação • Destacam-se as melanodermia adquiridas,
de radicais livres que dão início ao processo de dano causadas por exposição a agentes químicos de
celular da DCF.. origem ocupacional.
• Agentes físicos: trauma repetido, fricção,
queimaduras térmicas, luz ultravioleta,
exposição a luz solar
• Agentes químicos: alcatrão, hulha, asfalto,
betume, piche, óleos de corte, arsênio, cloro
benzeno, diclorobenzeno, bismuto, compostos
nitrogenados, quinino, sais de ouro e de prata.
• Quadro clínicos: hipercromia nas áreas de
contato com o agente em forma de máculas,
áreas mais comprometidas são face e pescoço
e a menos acometida é o tronco. Couro
cabeludo com eritema, prurido e descamação.
- A melhora do quadro ocorre com a
eliminação da exposição ao agente causador.

Ex: limão na pele + exposição ao sol = modificação da


estrutura limão -> queimadura na pele -> DCF.
• A DCF é causada por furocumarinas ou psonalênicos ->
frutas ácidas como LIMÃO, PLANTAS, PERFUMES,
FRAGRÂNCIAS, REFRIGERANTES E COSMÉTICOS.
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Vitiligo 7
Ocupacional
Porfiria cutânea
(leucodermia
tardia
ocupacional)

• Leucodemia ou leucoderma designa a


hipopigmentação da pele
• Provocada por agentes físicos e químicos
• Agentes físicos: queimaduras térmicas, radiação
ionizante e o trauma repetido sobre a pele
• Agentes químicos: alquifenóis (fenóis e catecois -
borracha sintética), que podem irritar ou
despigmentar as áreas de pele expostas
• Os agentes causadores de dermatite de contato
irritativa ou alérgica podem induzir a uma
leucodermia temporária ou de longa duração.
• Quadro clínico: =vitiligo. A etiologia ocupacional é
definida pela história ocupacional.

• Distúrbios do metabolismo das porfirinas


• Excesso da produção de porfirinas na medula óssea
(quase sempre ocupacional)
• Causas ocupacionais: exposição organoclorado,
benzeno, bifenilas policloradas (aborto - ascarel),
pentaclorofenol, madeiras, herbicidas.
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Dermatose
produzida por
radiação não
ionizante

• Alterações na pele devido a exposição crônica


a radiação não ionizante (radiação UV).
• Ex: ceratose actínia, dermatite solar, pele de
fazendeiro, pele de marinheiro.

• Quadro clínico: comedões e pápulas foliculares e


pústulas, localizadas nas mãos e antebraços,
podendo estender-se para região abdominal, coxas
Elaiconiose e outras áreas abertas. A presença de pontos
negros nos óstios foliculares sugere o diagnóstico.

• Acne/foliculite por óleos pesados do petróleo


ou de origem mineral
• São erupções acneiformes que se apresentam
como pápulas foliculares e pústulas que
ocorrem nas áreas de exposição em
trabalhadores suscetíveis, como os
antebraço;os e coxas.
• O mecanismo de ação, dos óleos de corte e de
outras gorduras, come;a pela irritação do
folículo, seguida da obstrução do mesmo. Os
mesmos agentes (óleos e gorduras minerais)
podem causar outros quadros clínicos como
dermatite de contato irritativa e alérgica.
• As descrições clássicas da acne por óleos e
graxas referem-se a trabalhadores de oficinas
mecânicas de reparação de automóveis e
outros veículos e da indústria metalúrgica, que
utilizam óleos de corte. Com a difusão e
adoção dos cuidados de higiene pessoal e
limpeza das roupas, a incidência da doença
tem diminuído.
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Dermatite do • Dermatite irritativa de contato: não requer
resposta do sistema imune. Não é necessária
cimento sensibilização prévia. Assim, pode aparecer em
todos os trabalhadores expostos ao contato
com substancias irritantes. A dermatite
irritativa crônicas é mais frequente que a
aguda ou acidental. Agressões repetidas, por
irritantes de baixo grau, ocorrem ao longo do
Cimento (cromo e cobalto) causa 2 tempo. Nestes casos, a secura da pele e o
tipos de dermatite: aparecimento de fissuras, são, os primeiros
1. Dermatite irritativa de contato: + sinais, que evoluem para eritema, descamação,
comum, tipo I, imediata pápulas, vesículas e espessamento gradual da
2. Dermatite alérgica de contato: _ pele. Tipo I - imediata.
comum, às vezes, com aparência de - Irritantes fortes: cimento, por ser abrasivo,
escabiose. alcalino e altamente higroscópico, produz, quando
em condições especiais de contato com a pele,
ulcerações rasas e profundas. O tempo de
contato da massa ou calda de cimento mais a
• Dermatite alérgica de contato: - comum. Se pressão e atrito exercido pelo calçado e/ou
manifesta como eczemas agudo ou crônico. Na vestuário contra o tegumento são fatores
base aguda, acompanhada por prurido, na crônicas importantes no aparecimento destas lesões. A
por espessamento da epiderme (liquenificação), alcalinidade e o poder oxidante do cimento são
com descamação e fissuras. fatores importantes na gênese dessas lesões
- Corresponde a uma reação imunológica do tipo úlceradas.
IV. A substância contactante é capaz de penetrar na
pele e estimular o sistema imunológico do indivíduo a
produzir linfócitos T que liberam várias citoquinas,
provocando uma reação inflamatória.
- Ao se afastar do contato com o alérgeno, pode
haver remissão total do quadro, mas a
hipersensibilidade latente permanece e reesposições
voltam a desencadeá-lo.
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Ceratose Úlcera crônica


palmar e pelo cromo do
plantar cimento

• Espessamento da pele por hipercetatose • O contato da pele com ácidos ou álcalis fortes
• Pode ocorrer por: arsênio, cimento, atrito pode provocar ulceração da pele a curto prazo
(cimento, descalço). (úlcera aguda) ou a longo prazo (úlcera crônica). O
cromo e seus compostos, como o ácido crômico, os
cromatos de sódio ou o potássio e os dicromatos
de amônio, entre outros, são substâncias químicas
irritantes capazes de produzir úlceras crônicas de
pele de origem ocupacional. Raramente é um
achado isolado, porém pode ser uma das primeiras
manifestações da exposição.
• O cromo também pode causar irritação e ulceração
da mucosa nasal, levando a perfuração do septo
nasal, principalmente em trabalhadores expostos a
névoas de ácido crômico, nas galvanoplastia.
• Quadro clínico: úlceras em áreas úmidas, dedos,
sensíveis e dolorosas, infecção bacteriana
secundária é comum. A continuidade da exposição
pode levar a formação de um halo necrótico em
torno da ulcera com aumento de suas dimensões.
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Dermatite
o
alérgica de
contato I
-
provocada pela
borrada da
sandália de dedo

o of

1. Dermatite alérgica de contato por reação es de


hipersensibilidade as proteínas do látex da
borracha
- lesões do tipo urticária com pápulas e
angioedemas
- reações do tipo I ou do tipo imediato
- podem ser acompanhadas por rinoconjuntivite e
asma.
2. Dermatite alérgica de contato por
hipersensibilidade aos aceleradores da borrracha
(tioram deixa borracha fina e resistente, mercapto
e carbamato)
- reação do tipo IV, tardia
3. Dermatite irritativa de contato pela borracha de
luvas associada aos bactericidas irritantes
- borracha + irritante de fora

↳Decorar ,
sai dodo ano !
I -
of
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