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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

DE MINAS GERAIS

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-


GRADUAÇÃO DIRETORIA DE
EDUCAÇÃO CONTINUADA

LISTA DE EXERCÍCIO

CURSO: REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

DISCIPLINA: DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS

PROFESSOR: Ruan Raddi Mira Hilário


ALUNA: Luana Martinez Amaral DATA DE ENTREGA: 14/01/2024

ORIENTAÇÕES:
A lista de exercícios com suas respectivas respostas deverá ser encaminhada em PDF
para o professor até o dia 14/01 ao e-mail ruan@raddimirahilario.com. A elaboração das
respostas e envio do trabalho deverá ser individual. Trabalhos com respostas idênticas
serão desconsideradas para fins de atribuição de nota. As respostas deverão conter a
quantidade mínima de linhas indicadas no cabeçalho da pergunta, considerando tamanho
de letra 12.

Pergunta 1. (resposta mínima de 6 linhas)

No âmbito do Poder Judiciário, surgem situações em que a Usucapião é empregada como


meio para a obtenção da titularidade, mesmo quando o detentor possui contrato particular
preliminar e comprovante de quitação do preço. Nesses casos, é comum que os
magistrados deixem de apreciar o pedido, indeferindo a petição inicial ou até mesmo,
julgando improcedente o pedido formulado pela parte. Diante dessa realidade, discorra
sobre qual seria o instituto e meio adequado para pleitear o direito em questão (daquele
que detêm contrato particular e prova do pagamento) abordando as razões que podem
levar à sua não aceitação pelo Poder Judiciário, com foco especial aos aspectos
tributários, formais e documentais.

R:O meio adequado seria adjudicar compulsoriamente um imóvel prometido em contrato,


mesmo que o vendedor se recuse a cumprir o acordo, como uma forma de assegurar que
a pessoa receba o que foi prometido. O motivo pelo qual o Poder Judiciário não aceitar é
que não haja acordo entre as partes sobre o arrependimento da promessa e que a
promessa seja registrada em um registro de compromisso de compra e venda no cartório
de imóveis.

Pergunta 2. (resposta mínima de 3 linhas)

Apesar da crescente popularidade do tema 'holding', o ordenamento jurídico brasileiro já


prevê há muito tempo outro instituto amplamente utilizado para o planejamento sucessório.
Comente sobre qual seria esse instituto e como ele é empregado quando se busca realizar
tal planejamento.

R:O instituto “Holding familiar”, que tem como objetivo de organizar, gerenciar e preservar
bens familiares, como imóveis, garantindo que o patrimônio herdado por uma primeira
geração familiar não se perca e não se desgaste, a fim de que permaneça para as
próximas gerações.
Pergunta 3. (resposta mínima de 6 linhas)

Ao instaurar-se a figura do condomínio entre o(a) viúvo(a) e/ou herdeiros, estes se tornam
titulares de frações ideais sobre o mesmo imóvel. Em especial, quando apenas um deles
usufrui do imóvel, surge para os demais o direito de cobrar alugueres sobre suas
respectivas frações ideais. No entanto, essa situação pode ser afastada por meio de um
instituto jurídico clássico previsto no Código Civil brasileiro. Disserte sobre o referido
instituto, bem como, sobre as razões pelas quais ele exclui o direito aos alugueres dos
demais herdeiros. Ao final, formule ao menos uma possível crítica que os tribunais ou a
literatura jurídica costumam fazer sobre o instituto.

R:O instituto jurídico que pode afastar a cobrança de alugueres sobre frações ideais é a
comoriência, prevista no Código Civil brasileiro. Se um co-proprietário usar o imóvel
exclusivamente, não será obrigado a pagar aluguel aos demais, presumindo-se vantagem
do uso. Isso visa preservar a harmonia entre os co-proprietários e evitar enriquecimento
injusto. Contudo, críticas apontam que a comoriência pode gerar desequilíbrios e injustiças,
especialmente se o uso exclusivo for prolongado ou abusivo, e falta critérios objetivos para
determinar quando o uso é vantajoso o suficiente para afastar a cobrança de alugueres.

Pergunta 4. (resposta mínima de 6 linhas)

Diferencie o instituto da servidão de passagem do instituto da passagem forçada.

R:A diferença entre a servidão de passagem e a passagem forçada é o acordo entre as


partes. Enquanto servidão de passagem é direito real de gozo ou fruição, uma ação
confessória e facultativa, já a passagem forçada é direito de vizinhança, sendo uma ação
forçada e obrigatória.

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA • IEC PUC MINAS


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