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Alvenaria Estrutural

Distribuição de Cargas Verticais

Disponível em http://www.chasqueweb.ufrgs.br/~jeanmarie/eng01208/ENG01208.html

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Funções das paredes de alvenaria

 Compressão axial
 Transmite as cargas de gravidade até a fundação;
 Peso de telhado e pavimentos;

 Peso próprio das paredes;

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Conceitos Básicos

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Aspectos da Uniformização

Objetivo: compatibilizar
• Nível de tensões podem em um mesmo pavimento
• Tipo das unidades (é desejável ter 1 único tipo por pavimento)

Sem uniformização:
• Parede mais solicitada define resistência dos blocos
• Folga de resistência para maioria das paredes
• Penalização da economia

Com uniformização:
• Menor resistência necessária para os blocos
• Maior economia
• Carregamento mais realista para estruturas de suporte

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Interação entre Paredes

Carga Distribuída Em aberturas Em cantos

NBR 10837 / NBR 15812-1


espalhamento de cargas à 45 °
Influência do Processo Construtivo
■ Tipo de amarrações
■ Presença de cintas
■ Tipo de laje
■ Presença de vergas e contra-vergas

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Distribuição de cargas nas paredes

Concentradas Distribuídas

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Cargas sobre vergas

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Cintas, vergas, contra-vergas

Viga baldrame Viga calha (cinta)

Verga e cintra-verga Dintel (ou Lintel)


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Interação entre paredes

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Amarração direta

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Amarração indireta

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Cargas Verticais

Cargas: “Ações produzidas pela força de gravidade”

Dependem:
 Tipo da edificação

 Utilização da edificação

Para edifícios residenciais


 Reações das lajes de pavimentos

 Peso próprio das paredes

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Transmissão de cargas em um edifício

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Carregamentos verticais

 Alvenaria (peso, revestimento, graute)


 Peso de parede (trecho sem abertura, trecho com
porta, trecho com janela)
 Laje
 Pavimento tipo (acidental e permanente)
 Cobertura (acidental e permanente)
 Escada (acidental e permanente)
 Ático
 casa de máquina (acidental e permanente)

 fundo caixa d´água (peso próprio, revestimento,

água)

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Cargas de Projeto (NBR 6120)

 Cobertura:  Pavimento Tipo


 Cargas permanentes  Carga permanentes
 Peso próprio  Peso próprio
 Contrapiso  piso
 Revestimento  Revestimento inferior
 Cargas variáveis  Carga Acidental
 Forro  Dormitório, sala, cozinha

 Paredes  Cintas
 Peso blocos  Blocos canaletas c/
 Juntas de enchimento de graute
assentamento
 Revestimento (esp)

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NBR 6120 Cargas para Cálculo de Estruturas de Edificações

Peso específico para materiais

Peso Específico
Material
kN/m3
Tijolos cerâmicos furados 28

Granito ou mármore 13

Tijolos cerâmicos maciços 18

Argamassa cimento e areia 21

Concreto simples 24

Concreto armado 25

Asfalto 13

Vidro plano 26

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NBR 6120 Cargas para Cálculo de Estruturas de Edificações

Valores mínimos de sobrecarga de utilização

Carga
local kN/m2

Ed. Residenciais: dormitórios, sala, cozinha e banheiro 1,5

Ed. Residenciais: despensa, área de serviço e lavanderia 2

Forros sem acesso a pessoas 0,5

Garagem para veículos de passageiros 3

Escadas sem acesso ao público 2

Varandas 2

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Cargas de lajes [NBR 6120]

 Reações de lajes armadas em duas direções


 45° entre dois apoios do mesmo tipo.
 60° a partir do lado engastado se o outro for apoiado
 90° a partir de qualquer apoio se a borda vizinha for livre.

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Procedimentos de Distribuição

 Paredes Isoladas
 “Cada parede é considerada independente das demais”

 Vantagens
• Simples e rápido para se executar
• É bastante seguro para a alvenaria
 Desvantagens
• Penaliza a economia com cargas pouco uniformes
• Podem ocorrer distorções nas cargas para os apoios

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Exemplo de Aplicação

Fonte: RAMALHO, M.A. ; CORRÊA, M.R.S. Projeto de edifícios de


Alvenaria Estrutural.
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Grupos de Paredes Isolados

Conjunto de paredes totalmente solidárias.

 Vantagens
• Ainda a determinação é simples e rápido
• É normalmente seguro
• É favorável à economia
• Resulta em cargas adequadas para estruturas de apoio

 Desvantagens
• Depende da correta definição dos grupos
• Depende da interação entre paredes

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Grupo de Paredes

Resistência
de prisma

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Dimensionamento por Norma

• Determinar a Resistência de bloco admissível. Por exemplo se for com


base no prisma:

NBR 10807 : Tensão admissível

• Comparar tensão atuante com tensão admissível


• Para a determinação de f b é necessária considerar a eficiência

NBR 15812-1 e NBR 15961-1: Estado límite último

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Grupos de Paredes com Interação

Cada grupo pode interagir com os demais

 Vantagens
• Seria muito favorável à economia
• Resultaria em cargas adequadas para estruturas de apoio

 Desvantagens
• Depende da definição dos grupos e taxas de interação
(parâmetro de dícifil determinação)
• Depende de forças de interação entre paredes e grupos

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Taxa de interação – Carga ponderada

t: taxa de interação

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Área de influencia das lajes (m2)

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Exemplo de Cálculo

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Estabilidade local dos elementos

Al : área liquida

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Carga na parede F

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Carga na parede F

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Distribuíção da carga da laje

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Distribuíção da carga da laje

. Também repete-se o mesmo procedimento para o pavimento tipo

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Distribuíção da carga da laje

Se repete o mesmo procedimento de distribuição para a laje 2. Também


repete-se a mesma coisa para o pavimento tipo

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Distribuíção da carga da laje

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Distribuíção da carga da laje

Agora deve-se somar as diversas contribuições que atuam sobre a


parede

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Resumo das cargas verticais na parede F


Carregamentos (kN/m) Cargas Acumuladas – nível piso (kN/m)
Pavimentos Permanentes (g) Acidentais (q) (g+q)

Permanentes
Lajes : 4,52+4,31
Parede: 2,53*2,60
Cobertura Cinta acabada: 0,9 16,32 1,30 17,62
Acidental:
Lajes: 0,67 + 0,63

Permanentes:
Lajes : 4,91+4,68
Parede: 2,53*2,60
Tipo 5 Cinta acabada: 0,9 33,40 5,20 38,60
Acidental:
Lajes: 2,00 + 1,90

Permanentes : 17,08
Tipo 4 Acidental: 3,90 50,48 9,10 59,58

Permanentes : 17,08
Tipo 3 Acidental: 3,90 67,56 13,00 80,56

Permanentes : 17,08
Tipo 2 Acidental: 3,90 84,64 16,12 100,76

Permanentes : 17,08
Tipo 1 Acidental: 3,90 101,72 18,46 120,18

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