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Discentes:
Daimone Jorge Daimone
Fernando Bande
Joalina Chutumia
Mayara de Brito
Nadia de Sousa
Docente:
Doutor Valdez Mapicha
Beira
2022
1. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
O conceito “qualidade” tem definições diferenciadas de grupos para grupos. O modo como as
pessoas compreendem a qualidade varia em relação aos produtos ou serviços, em função de
suas necessidades, experiências e expectativas.
A definição para Qualidade, segundo Moller (1999), é que há dois tipos de Qualidade:
Qualidade Técnica que significa satisfazer exigências e expectativas concretas: por ex., tempo,
qualidade, finanças, taxa de defeitos e Qualidade Humana que é satisfazer expectativas e
desejos emocionais: por ex., atitudes, comprometimento, comportamento, atenção,
credibilidade, consistência e lealdade.
O mesmo autor segue dizendo que presta-se muito pouca atenção à qualidade das pessoas,
cujos esforços são cruciais para a qualidade de produtos e de serviços. Moller (1999) propõe
que a Qualidade deve ser abrangente e focada em cinco pontos:
• Qualidade pessoal;
• Qualidade departamental;
• Qualidade de produtos e serviços;
• Qualidade da empresa;
• Clientes satisfeitos.
1.2. Qualidade Total
De acordo com Machado (2012), por qualidade total entende-se que a qualidade não deve estar
presente somente no produto, mas em toda a empresa: nas pessoas, nos departamentos, nos
sistemas, na venda, no atendimento e na assistência pós-venda.
Para a autora, o termo qualidade total tem inserido em seu conceito seis atributos ou dimensões
básicas que lhe conferem características de totalidade. Essas seis dimensões são: qualidade
intrínseca, custo, atendimento, moral, segurança e ética.
Em 1975, Armand Feigenbaum trouxe a primeira noção de gestão da qualidade total. Ele
definiu GQT como um sistema eficaz para integrar as forças de desenvolvimento, manutenção
e melhoria da qualidade dos vários grupos de uma organização, permitindo levar a produção e
o serviço aos níveis mais económicos da operação e que atendam plenamente a satisfação do
consumidor.
Gestão da qualidade total GQT, também conhecida pela sigla TQM (Total Quality
Management) em inglês, é uma abordagem estratégica que busca a eficiência total da empresa,
tornando-a mais competitiva no mercado.
A gestão da qualidade total é uma opção para a reorientação gerencial das organizações. Tem
como pontos básicos: foco no cliente, trabalho em equipe permeando toda a organização,
decisões baseadas em factos e dados, busca constante da solução de problemas e da diminuição
de erros.
A gestão da qualidade total (GQT) valoriza o ser humano no âmbito das organizações,
reconhecendo sua capacidade de resolver problemas no local e no momento em que ocorrem,
e buscando permanentemente a perfeição.
“Para uma organização ser realmente eficiente, cada parte dela deve trabalhar em sinergia,
visando as mesmas metas, reconhecendo que cada pessoa e cada actividade afecta os outros e,
por sua vez, é por ela afectada”, diz Oakland.
Na gestão da qualidade total (GQT), todas as pessoas e níveis hierárquicos na organização são
envolvidas no processo de melhoria: colaboradores, distribuidores, fornecedores, parceiros de
negócio.
No livro Gerenciamento da qualidade total (NBL Editora, 1994), John Oakland aponta que a
GQT é uma abordagem para melhorar a competitividade, a eficácia e a flexibilidade da
empresa. Trata-se, de acordo com ele, de uma maneira de planear, organizar e compreender
cada actividade.
a) Política da qualidade;
b) Objectivos para a qualidade;
c) Responsabilidade e análise crítica da alta administração;
d) Educação, treinamento e capacitação de pessoal;
e) Cotação e análise do pedido de desenvolvimento do produto do cliente;
f) Desenvolvimento de novos produtos/processos;
g) Controle de documentos do sistema da qualidade;
h) Controle de registos da qualidade;
i) Controle dos equipamentos de medição do produto e processo;
j) Reclamações de clientes;
k) Auditorias internas;
l) Compra de materiais e componentes para os produtos e contratação de prestadores
de serviços que tenham influência no produto e/ou serviços finais;
m) Recebimento, inspeção e armazenamento de materiais;
n) Identificação do produto, rastreabilidade e controle da situação em relação às
especificações;
o) Produção, inspeção do produto, embalagem, armazenamento e entrega;
p) Manutenção de máquinas, dispositivos e ferramentas;
q) Ações corretivas, preventivas e métodos de análise e solução de problemas.
De acordo com Martinelli (2009), a abordagem para a Gestão da Qualidade Total está
fundamentada em alguns aspectos de suma importância para o sucesso da implementação de
um programa de qualidade. Alguns desses aspectos, como a compreensão das necessidades dos
clientes internos e externos, o comprometimento de todos na organização com a qualidade, os
processos de melhoria contínua e, principalmente, os trabalhos em grupo são cruciais e
determinantes para o sucesso do projeto de qualidade, e consequentemente para a sobrevivência
da organização.
O autor defende que muitos paradigmas devem ser quebrados para a implantação de um
programa de Gestão da Qualidade Total, uma vez que esses programas tratam de abandonar
estilos de gerenciamento autocráticos como: regras formais, procedimentos hierárquicos e
estreitas limitações de trabalho. Os programas que visam à qualidade total devem ser efetivados
de forma prática, segura e de fácil acesso, para que apresentem reais benefícios a todos os
envolvidos. (MARTINELLI, 2009)
De acordo com Oakland (1994), existem basicamente duas abordagens para a implantação de
um sistema de Gestão da Qualidade Total, e a escolha correta do método é importante para
minimizar a resistência. As abordagens são:
A Gestão da Qualidade Total (GQT ou TQM) é uma opção para a reorientação gerencial das
organizações, que possui como pontos básicos: Foco no cliente; Trabalho em equipe
permeando toda a organização; Decisões baseadas em factos e dados; Busca constante da
solução de problemas e da diminuição de erros.
Segundo Campos (1998), a GQT segue um roteiro pré-estabelecido, que se apresenta por etapas
essenciais a serem cumpridas, basicamente são apresentadas quatro fases, entendidas como:
(1) entendimento do trabalho, (2) arrumando a casa, (3) ajustando a máquina e (4) caminhando
para o futuro.
Organizar o ambiente: é necessário preparar o ambiente para que tenha condições favoráveis
em termos de arrumação e organização, em função disto, Campos (1998, p.19) define o
significado de organizar o ambiente como: Tomar providências para que as pessoas, ao
exercerem as funções operacionais sejam as melhores do mundo naquilo que fazem.
Campos (1998) ainda afirma para cada problema deve-se definir um item de controle com
planeamento de metas em médio prazo (seis meses). Este ainda sugere ferramentas para superar
estes problemas que por consequência inicia o processo de arrumação do ambiente, conforme
segue: implantar o 5S, eliminar as Anomalias, padronizar todo o trabalho repetitivo, crítico ou
prioritário e, por fim, organizar seu gerenciamento (estabelecer itens de controlo e iniciar a
prática do PDCA).
Caminhar para o futuro: é o gerenciamento com uma meta arrojada. São actividades do
trabalho centradas em pessoas e visando sempre nas melhorias sucessivas e que provoquem
rupturas. É importante sempre ter os conceitos em mente, ter novas visões, pois o que ontem
era considerado bom trabalho, pode ser considerado uma perda amanhã.
1. Levantamento de Necessidades;
2. Projecto do Sistema;
3. Implantação;
4. Auditoria de Certificação;
1. Levantamento de Necessidades
2. Projecto do Sistema
É na segunda etapa que se inicia o projeto do sistema da qualidade de facto, sendo que essa
etapa de projeto subdivide-se em outras três, como segue:
4. Auditoria de Certificação