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DIREITO DO TRABALHO

NR 28 II
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NR 28 II
Decreto n. 4.552, de 27 de dezembro de 2002

Art. 18. Compete aos Auditores-Fiscais do Trabalho, em todo o território nacional:


I – verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive as
relacionadas à segurança e à saúde no trabalho, no âmbito das relações de trabalho
e de emprego, em especial:
a) os registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), visando à redu-
ção dos índices de informalidade;
b) o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), objetivando
maximizar os índices de arrecadação;
c) o cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho cele-
brados entre empregados e empregadores; e
d) o cumprimento dos acordos, tratados e convenções internacionais ratificados
pelo Brasil;

Obs.: o auditor fiscal do trabalho possui uma competência para além das relações de
emprego, ele também possui o poder de fiscalizar as relações de trabalho.

Além disso, o auditor fiscal do trabalho também tem competência para fiscalizar a
aplicação de uma convenção da OIT que tenha sido ratificada.

II – ministrar orientações e dar informações e conselhos técnicos aos trabalhadores


e às pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, atendidos os critérios administrativos
de oportunidade e conveniência;
III – interrogar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, seus prepostos ou re-
presentantes legais, bem como trabalhadores, sobre qualquer matéria relativa à
aplicação das disposições legais e exigir-lhes documento de identificação;
IV – expedir notificação para apresentação de documentos;
V – examinar e extrair dados e cópias de livros, arquivos e outros documentos, que
entenda necessários ao exercício de suas atribuições legais, inclusive quando man-
tidos em meio magnético ou eletrônico;
VI – proceder a levantamento e notificação de débitos;
VII – apreender, mediante termo, materiais, livros, papéis, arquivos e documentos,
inclusive quando mantidos em meio magnético ou eletrônico, que constituam pro-
va material de infração, ou, ainda, para exame ou instrução de processos;
VIII – inspecionar os locais de trabalho, o funcionamento de máquinas e a utilização
de equipamentos e instalações;
IX – averiguar e analisar situações com risco potencial de gerar doenças ocupacio-
nais e acidentes do trabalho, determinando as medidas preventivas necessárias;

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X – notificar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho para o cumprimento de


obrigações ou a correção de irregularidades e adoção de medidas que eliminem
os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, nas instalações ou métodos
de trabalho;

Obs.: lembre-se sempre dessas expressões: “grave e iminente risco para a segurança
dos trabalhadores” e “expedir a notificação a que se refere o inciso X deste artigo”.
5m

XI – quando constatado grave e iminente risco para a saúde ou segurança dos tra-
balhadores, expedir a notificação a que se refere o inciso X deste artigo, determi-
nando a adoção de medidas de imediata aplicação;
XII – coletar materiais e substâncias nos locais de trabalho para fins de análise, bem
como apreender equipamentos e outros itens relacionados com a segurança e saú-
de no trabalho, lavrando o respectivo termo de apreensão;
XIII – propor a interdição de estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equi-
pamento, ou o embargo de obra, total ou parcial, quando constatar situação de
grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador, por meio de
emissão de laudo técnico que indique a situação de risco verificada e especifique as
medidas corretivas que deverão ser adotadas pelas pessoas sujeitas à inspeção do
trabalho, comunicando o fato de imediato à autoridade competente;

Obs.: atente-se que embargo que se refere sempre à obra, interdição se refere a
estabelecimento, serviço, máquina ou equipamento.

XIV – analisar e investigar as causas dos acidentes do trabalho e das doenças ocu-
pacionais, bem como as situações com potencial para gerar tais eventos;
XV – realizar auditorias e perícias e emitir laudos, pareceres e relatórios; (Redação
dada pelo Decreto n. 4.870, de 30.10.2003)
XVI – solicitar, quando necessário ao desempenho de suas funções, o auxílio da au-
toridade policial;
XVII – lavrar termo de compromisso decorrente de procedimento especial
de inspeção;

Obs.: é muito comum o auxílio da autoridade policial quando o auditor do trabalho vai
realizar algum trabalho de resgate de trabalhadores reduzidos à condição análoga
à de escravidão.

XVIII – lavrar autos de infração por inobservância de disposições legais;


XIX – analisar processos administrativos de auto de infração, notificações de débi-
tos ou outros que lhes forem distribuídos;
XX – devolver, devidamente informados os processos e demais documentos que
lhes forem distribuídos, nos prazos e formas previstos em instruções expedidas
pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho;

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XXI – elaborar relatórios de suas atividades, nos prazos e formas previstos em ins-
truções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção
do trabalho;
XXII – levar ao conhecimento da autoridade competente, por escrito, as deficiências
ou abusos que não estejam especificamente compreendidos nas disposições legais;
XXIII – atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos planejamen-
tos nacional e regional, nas respectivas áreas de especialização;

Obs.: foi excluída do texto a ideia de especialização, pois o auditor trata fiscalização de
forma ampla e geral.

XXIII – atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos planejamen-


tos nacional e regional.

28.2 Embargo ou Interdição

Art. 161 da CLT e item 1.4.1 da NR 1 e da NR 3.

28.2.1 Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de grave e imi-


nente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em critérios técni-
cos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente a interdição do esta-
belecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo parcial ou total
da obra, determinando as medidas que deverão ser adotadas para a correção das situa-
ções de risco. (Alterado pela Portaria n. 7, de 05 de outubro de 1992) 28.2.2 A autoridade
regional competente, à vista de novo laudo técnico do agente da inspeção do trabalho,
procederá à suspensão ou não da interdição ou embargo. (Alterado pela Portaria n. 7, de
05 de outubro de 1992)

Obs.: a autoridade regional, que atualmente é a Superintendência Regional do Trabalho,


fará essa análise.

28.2.2 A autoridade regional competente, à vista de novo laudo técnico do agente da


inspeção do trabalho, procederá à suspensão ou não da interdição ou embargo. (Alte-
rado pela Portaria n. 7, de 05 de outubro de 1992)
10m

Descumprimento Reiterado

28.2.3 A autoridade regional competente, à vista de relatório circunstanciado, ela-


borado por agente da inspeção do trabalho que comprove o descumprimento reiterado
das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador,
poderá convocar representante legal da empresa para apurar o motivo da irregulari-
dade e propor solução para corrigir as situações que estejam em desacordo com exigên-
cias legais.

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Obs.: isso ocorrerá quando se vislumbrar um descumprimento generalizado, reiterado.


Nesse caso, pode-se convocar o representante da empresa para que se apure o
motivo de tais irregularidades e também propor uma solução.

28.2.3.1 Entende-se por descumprimento reiterado a lavratura do auto de infração


por 3 (três) vezes no tocante ao descumprimento do mesmo item de norma regulamen-
tadora ou a negligência do empregador em cumprir as disposições legais e/ou regula-
mentares sobre segurança e saúde do trabalhador, violando-as reiteradamente, dei-
xando de atender às advertências, intimações ou sanções e sob reiterada ação fiscal por
parte dos agentes da inspeção do trabalho.

28.3 PENALIDADES
Obs.: a Portaria n. 667/2011 é muito importante e deve ser estudada com atenção.

28.3.1 As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentadores sobre segurança e


saúde do trabalhador terão as penalidades aplicadas conforme o disposto no quadro de
gradação de multas (Anexo I), obedecendo às infrações previstas no quadro de classifi-
cação das infrações (Anexo II) desta Norma.

Obs.: o anexo I dispõe sobre a gradação das multas e é em BTN, determinado pelo
número de empregados, aqui será determinado se há uma infração de segurança
à saúde do trabalho ou se há uma infração sobre medicina do trabalho. Depois
do anexo I,que traz essa gradação de multas, o anexo II trará a natureza, o tipo,
a infração e o código.

28.3.1.1 Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de


artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada na forma do
art. 201, parágrafo único, da CLT, conforme os seguintes valores estabelecidos:

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https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria/mtp-n-667-de-8-de-novembro-
-de-2021-359094059

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• Portaria n. 667/2021 do MTP.

Obs.: essa portaria traz uma série de detalhes, os quais devem ser atentamente analisados
pelo estudante.
15m

Obs.: se o auditor do trabalho chegar a um estabelecimento que tenha 30 trabalhadores


que não tenham carteira assinada, ele aplicará multa no valor de R$ 3.000,00 por
trabalhador.

Portaria/mtp n. 667, de 8 de novembro de 2021


O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, resolve: Art. 1º São regidos
por esta Portaria:

I – a organização e a tramitação dos processos administrativos de auto de infração


e de notificação de débito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e da
Contribuição Social, na forma estabelecida pelo Título
VII – da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452,
de 1º de maio de 1943;
II – o Sistema Eletrônico de Processo Administrativo Trabalhista para o trâmite de
autos de infração e de notificações de débito do FGTS e da Contribuição Social e a
prática de atos processuais eletrônicos; III - a imposição de multas administrativas
previstas na legislação trabalhista;
IV – a emissão da Certidão de Débitos Trabalhistas;
V – o procedimento para autorização do saque de FGTS pelo empregador, quando
recolhido a empregados não optantes; e
VI – os procedimentos administrativos de oferta de vista e cópia e de verificação
anual dos processos físicos.

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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Fernanda Da Rocha Teixeira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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