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Os desafios para a importância de uma medicina humanizada no Brasil

Autor: Vince Wayne

Redação

No filme Nise: O Coração da Loucura, é denunciado a desumanização presente em tratamentos


clínicos, como: terapia, reabilitação e cuidados psicológicos, práticas, a exemplo: choque
elétrico e lobotomia eram frutos da precária realidade do sistema hospitalar brasileiro dos
anos 50, que era visto como palco de horror. Do enredo fictício à realidade, faz-se urgente a
necessidade do debate acerca dos desafios para a importância de uma medicina humanizada
no Brasil. Frente a isso, a exígua assistencialização do Estado e a execrável estrutura do sistema
hospitalar são partes complementares à construção desse óbice.

De modo precípuo, cabe explicitar como a escassez do convênio estatal atua sobre o
impasse. À vista disso, a hodierna realidade dos hospitais brasileiros é um total descaso aos
cidadãos, com corredores lotados, infraestrutura decadente e insalubridade sanitária, o
cuidado humanizado vai para segundo plano em um cenário tão caótico. Somado a isso, a
agravante omissão estatal evidencia o total descompromisso do governo aos problemas
emergenciais da sociedade, em um país signatário da Declaração Universal dos Direitos
Humanos documento maior que assegura o bem-estar do indivíduo na sociedade – como o
Brasil, tem a imagem manchada pela displicência politica de seus governantes. Em vista disso,
enquanto a lógica for a irresponsabilidade, a medicina humanizada será a exceção.

Além disso, é válido analisar a inadmissível realidade dos hospitais brasileiros como um pilar
à problemática. Consoante a isso, a inviabilidade de tratamentos e diagnósticos humanizados
está calcada na triste realidade vivenciada no Sistema Unificado de Saúde – SUS – que assiste
mais 190 milhões de pessoas, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. Sob sessa perspectiva,
torna-se muito difícil a humanização médica em um ambiente que falta desde remédios para
população a estrutura básica para os atendimentos, que sobrevive por meio de improvisos.
Consequentemente, em meio a um mar de variadas necessidades, o tratamento humano se
encontra esquecido. Em face disso, urge a dissolução desse problema.

Depreende-se, portanto, diligencias providenciais à causa. Logo, é dever do Estado –


principal administrador de causas sociais – promulgar um projeto de ampliação do sistema de
saúde público, como: programas de assistência e integração, que visem o acolhimento mais
humanizado de pacientes, por meio de criação de órgãos governamentais que possam mediar
as necessidades das casas de apoio à saúde, hospitais e clínicas especializadas, a exemplo:
APAE, UPA e Santa Casa de Misericórdia, com o fito de mitigar a dura realidade instaurada.
Assim sendo, a sociedade brasileira distanciar-se-á de períodos tão cruéis como apresentado
em Nise: O coração da Loucura, e a importância de uma medicina humanizada consolidar-se-á
uma realidade.

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