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Disciplina: Saúde Coletiva

Docente: Cleuton Machado


Discente: Thaline Viana de Araújo

RELATÓRIO FILME “UM ATO DE CORAGEM”

O filme “Um ato de coragem” retrata a vida de John e sua família, uma esposa e filho,
na qual John trabalha em uma fábrica e eles passam por dificuldades financeiras e buscam
resolver tais problemas. Um dia seu filho estava em um jogo de beisebol e desmaiou no
momento em que corria muito, assim, ele foi levado às pressas para um hospital e assim é
revelado de forma bem insensível e sem acolhimento para John e sua esposa que a criança
apresenta o coração três vezes maior que o normal e que não tem sangue suficiente sendo
bombeado, dessa forma, ele irá precisar de um transplante ou morrerá, mostrando a falta de
humanização diante da situação e até mesmo falando a possibilidade de deixar a criança
morrer.
Diante de tais circunstâncias, John está seguro de que seu seguro de emprego poderá
arcar com todas as despesas para o transplante do filho, porém, o dinheiro não é tanto como
ele imaginava e não vai ser possível pagar ao hospital para a cirurgia. Dessa forma, é
perceptível como o serviço de saúde municipal americano não pode prestar ajuda em casos
graves de saúde, como exemplo, transplante, no qual é necessário dinheiro para cuidar da
saúde e cada indivíduo deve se responsabilizar por seu seguro privado.
Dessa forma, pode-se analisar o serviço de saúde dos Estados Unidos e do Brasil, no
qual no Brasil é um dever do estado garantir saúde, redução de riscos e agravos, em que o
conjunto de ações e serviços de saúde constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). Tal serviço
é caracterizado por igualdade da assistência à saúde, em que essa assistência tem o intuito de
recuperar a saúde do indivíduo, em todos os níveis necessários de saúde que ele precisa. (LEI
ORGÂNICA N°8080, 1990).
Assim, nos Estados Unidos, há o serviço público e privado de saúde, no qual o serviço
privado está mais em número maior, e o sistema público não tem assistências necessárias
diante de situações de muita gravidade, dessa forma, o serviço por seguros privados são de
altos custos, sendo insuficientes os recursos financeiros dos sujeitos, não cobrindo grandes
despesas médicas, situação que foi retratada no filme, no qual a falta de dinheiro impede ter a
assistência médica (DUARTE; JUNIOR; SIQUEIRA, 2013).
Diante disso, a saúde perante o SUS é um direito do cidadão e um dever do estado, em
que os serviços privados de saúde são de relevância pública e controlados pelo SUS, assim,
esse serviço de saúde tem como objetivo impedir o adoecimento das pessoas, buscando
melhorar a qualidade de vida e saúde, atuando na política de saúde. Dessa forma, o SUS é
caracterizado por cuidar dos indivíduos doentes e analisar como evitar tais enfermidades,
promovendo proteção e prevenção (CARVALHO, 2013).
Á vista disso, a diferença entre os serviços de saúde nesses países é algo evidente,
apresentando dificuldades e esclarecimentos que tais populações estão inseridas, mostrando a
falta de humanização pelo serviço de saúde americano perante os indivíduos que precisam de
ajuda e que muitas vezes estão à mercê de um poder aquisitivo, em que a saúde é movida pelo
dinheiro, não pela prevenção ou auxilio dessas pessoas que não possuem recursos suficientes.
Logo, é notório como o serviço de saúde brasileiro, SUS, oferta melhores assistências
a saúde do indivíduo, buscando auxiliar todos que precisam de ajuda e prestando formas de
evitar que as pessoas precisem do serviço, melhorando as condições e promovendo mais
saúde para todos, diferente do contexto americano, no qual não se preocupam com essa
assistência de saúde para a população e de certa forma exclui sujeitos que não tem dinheiro
para pagar custos de saúde.
Diante dos acontecimentos do filme, John e sua esposa ficam desesperados pela
situação e não sabem como resolver, já que o seguro não dá a cobertura necessária, assim, eles
começam a vender muitos objetos, como também, recebem muitas ajudas, mas não é o
suficiente, levando John a prender o médico junto a algumas pessoas em um ala do hospital,
falando para a polícia que só irá parar se colocarem o nome dele na lista de transplante, já que
seu filho só apresenta pioras a cada dia.
Além disso, depois de momentos nessa situação de aflito, John percebe que isso não
irá resolver a situação que encontra seu filho, pedindo para o levarem para a ala que está e
querendo doar seu próprio coração para o filho, entretanto, em último momento surge um
coração para transplante, impedindo John do ato de suicídio e ocorrendo o transplante para
seu filho. Tal contexto apreensivo foi transmitido pela TV e em muitos lugares, no qual as
pessoas passam a entender o motivo de John e não concordando com a falta de humanização
do serviço com as pessoas.
Ademais, um fator que deve ser evidenciado no filme é o seguro que paga aos médicos
para não pedirem exames dos pacientes que chegam para buscar ajuda ou saber se tem algum
problema de saúde, mostrando a busca de manter os custos cada vez mais baixos e não prestar
prevenção de doenças que poderiam ser evitadas.
Em vista disso, é importante a mudança desse serviço de saúde para a população,
procurando promover mais saúde e disponibilidade para os indivíduos, levando em conta a
humanização necessária e buscando formas de auxiliar todos os sujeitos que precisam de
assistência, assim como o SUS, que é um exemplo de sistema humanizado e amplo de saúde
para todos os brasileiros.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, 1990.

UM ATO DE CORAGEM. Direção: Nick Cassavetes. Produção de Mark Burg. Estados


Unidos, 2001. Disponível em: https://youtu.be/nW3i2t7O2cE.

CARVALHO, Gilson. A saúde pública no Brasil. Estudos Avançados. 2013, v. 27, n. 78


Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000200002>. Acesso em: 08 de
Junho de 2021.

DUARTE, Norberto de Almeida; ESCRIVÃO JUNIOR, Álvaro; SIQUEIRA, Sueli. O acesso


aos serviços de saúde por emigrantes brasileiros nos Estados Unidos. São Paulo: Saúde e
sociedade, 2013. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-12902013000200009>.
Acesso em: 08 de Junho de 2021.

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