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MODELOS DE INTRODUÇÂO

1) Por citação de filme

"No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal, Arthur Fleck, sofre de um


transtorno mental que o faz ter episódios de riso exagerado e descontrolado em
público, motivo pelo qual é frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a
realidade de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às
doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um desafio a ser sanado.
Isso ocorre, seja pela negligência governamental nesse âmbito, seja pela
discriminação desta classe por parcela da população verde-amarela. Dessa maneira,
é imperioso que essa chaga social seja resolvida, a fim de que o longa norte-
americano não mais reflita o contexto atual da nação.

Na obra “Quincas Borba”, de Machado de Assis, é mencionada a trajetória de Rubião


que, após receber grande herança e atrair vários amigos, é acometido por uma
enfermidade mental, fazendo com que seus conhecidos se afastassem e que fosse
abandonado em um hospital psiquiátrico. Fora da ficção, o estigma associado às
doenças mentais também é presente na sociedade brasileira, haja vista que muitos
indivíduos com transtornos dessa ordem são excluídos da sociedade e que muitas
pessoas com sintomas de desequilíbrio mental não buscam ajuda.

2) Por definição de conceito


Manoel de Barros, grande poeta pós-modernista, desenvolveu em suas obras uma
“teologia do traste”, cuja principal característica reside em dar valor às situações
frequentemente esquecidas ou ignoradas. Segundo a lógica barrosiana, faz-se
preciso, portanto, valorizar também a problemática das doenças mentais no Brasil,
ainda que elas sejam estigmatizadas por parte da sociedade. Nesse sentido, a fim de
mitigar os males relativos a essa temática, é importante analisar a negligência estatal
e a educação brasileira.

3) Por alusão histórica


"Ao longo do processo de formação da sociedade, o pensamento cinematográfico
consolidou-se em diversas comunidades. No início do século XX, com os regimes totalitários,
por exemplo, o cinema era utilizado como meio de dominação à adesão das massas ao
governo. Embora o cinema tenha se popularizado, posteriormente, como entretenimento,
nota-se, na contemporaneidade, a sua limitação social, em virtude do discurso elitizado que
o compõe e da falta de acesso por parte da população. Essa visão negativa pode ser
significativamente minimizada, desde que acompanhada da desconstrução coletiva, junto à
redução do custo do ingresso para a maior acessibilidade.
"A construção dos feudos, muros que delimitavam uma determinada área no período da
Idade Média, segregou milhares de pessoas e impossibilitou o acesso a bens que somente a
nobreza podia usufruir. Semelhante a essa época, no contexto brasileiro contemporâneo, o
cinema é um dos inúmeros meios de democratizar a cultura, mas ainda é "feudalizado", já
que grande parte da população continua alheia a esse serviço . Então, tanto a concentração
das salas de teledramaturgia em regiões mais desenvolvidas economicamente, quanto os
exorbitantes preços dos ingressos e alimentos, vendidos com exclusividade pela empresa
proprietária, mutilam a cidadania e consagram importantes simbologias de poder.

4) Por citação de lei

"Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o acesso à cultura como direito de todos
os cidadãos, percebe-se que, na atual realidade brasileira, não há o cumprimento dessa
garantia, principalmente no que diz respeito ao cinema. Isso acontece devido à concentração
de salas de cinema nos grandes centros urbanos e à condição cultural de que a arte é
direcionada aos mais favorecidos economicamente.

"A Constituição Federal de 1988 ― norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro
― garante o acesso ao lazer. No entanto, a população se mostra distante da realidade
prometida pela norma constitucional, haja vista que os cinemas brasileiros recebem um
público cada vez menor. Dessa forma, entende-se que a desigualdade regional, bem como a
elitização do acesso ao cinema apresentam-se como entraves para a inclusão na esfera
cinematográfica.

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