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ATIVIDADE AVALIATIVA

HISTÓRIA DA SAÚDE
2º PERÍODO PSICOLOGIA MANHÃ
PAULO RICARDO TEIXEIRA

1 – Levando em consideração o conteúdo da disciplina, cite e


comente três pontos que você considera terem sido mais relevantes para seu
crescimento acadêmico e pessoal (60 pontos).

Um dos pontos que me chamou atenção foi o Capítulo V - A CONSTITUIÇÃO


HISTÓRICA DA DOENÇA MENTAL no livro do Focault. O conceito de loucura
apresentado no texto aborda a evolução da percepção da loucura ao longo da
história. Antes do século XIX, a loucura era considerada um fenômeno global,
relacionado à imaginação, delírio, corpo e alma. Era vista como um problema que
envolvia tanto aspectos físicos quanto espirituais, e sua compreensão estava
inserida em um contexto mais amplo de significações religiosas e mágicas. No
entanto, a partir do século XIX, a loucura passou a ser percebida de forma diferente.
Ela deixou de ser considerada apenas como um fenômeno global e passou a ser
vista como um fato que concerne essencialmente à alma humana, sua culpa e
liberdade. Nesse novo contexto, a loucura adquiriu uma dimensão de interioridade e
passou a ser encarada como um problema psicológico, inserida no sistema dos
valores e das repressões morais.

Portanto, o conceito de loucura apresentado no texto reflete a transição da


compreensão da loucura como um fenômeno global, relacionado a aspectos físicos
e espirituais, para uma visão mais psicológica e moral, influenciada pela evolução
histórica das ideias e práticas médicas.

Neste ponto os médicos desempenharam um papel fundamental na mudança


da percepção da loucura como uma doença mental. Antes do século XIX, a
experiência da loucura no mundo ocidental era polimorfa, com práticas médicas
referentes à loucura, mas não exclusivamente médicas. No entanto, a partir do
século XIX, a definição da doença mental em estilo positivista foi alcançada, e a
loucura passou a ser considerada uma questão médica.

Nesse contexto, os médicos contribuíram para a redefinição do internamento


como uma medida de caráter médico, separando os loucos das demais categorias
de indivíduos excluídos e estabelecendo um enfoque médico no tratamento dos
pacientes. Além disso, os médicos assumiram o papel de agentes das sínteses
morais nos asilos, vigiando, contrariando e ridicularizando os pacientes, sob uma
direção mais voltada para o controle ético do que para a intervenção terapêutica.
Portanto, os médicos desempenharam um papel crucial na transição da percepção
da loucura como uma manifestação religiosa ou sobrenatural para a compreensão
da doença mental, contribuindo para a constituição histórica da doença mental como
a conhecemos hoje.

Outro conceito que me afetou foi quanto ao livro do Ailton Krenak - A não é
útil, na forma direta que ele apresenta a relação da humanidade com outras
espécies e a crítica ao antropocentrismo e a visão de superioridade humana em
relação às demais formas de vida. Ele enfatiza a importância de abandonar o
antropocentrismo e reconhecer a existência de uma vasta diversidade de vida para
além da humanidade. Krenak destaca que os seres humanos não são o centro do
mundo e que é essencial compreender e respeitar a biodiversidade, reconhecendo
que não somos indispensáveis e que a destruição do meio ambiente e de outras
espécies é prejudicial. Nos deixa um convite para uma reflexão sobre a forma como
a humanidade tem se relacionado com o meio ambiente e as demais formas de vida,
buscando promover uma visão mais integrada e respeitosa em relação à natureza.

O capítulo "A vida não é útil", que foi o primeiro que li e apresentei na primeira
atividade avaliativa traz uma crítica de Krenak ao paradigma ocidental que valoriza a
utilidade e a produtividade em detrimento da valorização da vida em si. Krenak
questiona a ideia de que a vida humana e a natureza devem ser avaliadas apenas
por sua utilidade econômica, destacando que essa visão reducionista tem levado à
destruição do meio ambiente e à exclusão de outras formas de vida. No capítulo,
Krenak ressalta a importância de reconhecer a vida como um dom maravilhoso, que
não pode ser reduzido a meros propósitos utilitários. Ele critica a pressão social para
que as pessoas sejam constantemente produtivas e úteis, enfatizando que essa
mentalidade tem gerado sofrimento e desequilíbrio, levando muitos indivíduos a
desistirem da vida. Além disso, o capítulo aborda a necessidade de repensar o
modelo de sociedade baseado na lógica do capitalismo, que muitas vezes coloca o
lucro acima da preservação da vida e do meio ambiente. Krenak convida os leitores
a questionarem a noção de progresso que tem sido associada à exploração
desenfreada dos recursos naturais e à degradação do planeta.

O último vídeo apresentado em sala também que não recordo o nome, mas
que remonta e conta a história da saúde no Brasil achei fantástico, traz a mista de
um documentário caricato, porém com grande acervo de material videográfico real.
Por mais que cansamos de ouvir sobre a história da saúde no curso, ainda, mas eu
já no décimo, com inúmeras disciplinas correlatas, fui a primeira vez que vi um filme
tão completo e de fácil entendimento.

2 – Levando em consideração o seu envolvimento com a disciplina


(como um todo), atribua-se uma nota de 0 a 10

Neste semestre me avaliaria em uma nota 6. Gostaria de ter participado mais


ativamente nas aulas, infelizmente perdi algumas. Porém, nas que participei procurei
buscar o melhor entendimento nos conteúdos e contribuir nas discussões. Fora das
aulas consegui fazer a leitura da maior parte dos textos indicados no cronograma
apresentado. A frase do semestre é “fiz o que deu para ser feito.” Agradeço super
sua companhia. Foi muito bom ter participado contigo neste ano.

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