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No centro da lição três, está a hipótese de Freud, o determinismo dos processos mentais expressos em

chistes, associações livres, lapsos de língua e sonhos.

Freud encontrou duas forças em seus pacientes. Esforços para lembrar e resistir forçam a pessoa

reprimida a um estado de inconsciência e isto a leva a uma deformação comparável a força da

resistência da pessoa.

Essa deformação pode ser vista nas piadas, por exemplo, nos chistes, porque, na verdade, é uma alusão

como um desabafo, em vez de uma intenção interior.

Freud também se refere à definição de complexidade da Escola de Zurique (Bleuler, Jung): "um conjunto

de elementos conceituais interdependentes, cheios de energia emocional". Em sua argumentação, é

possível revelar um complexo a partir das associações livres que o paciente apresenta ao analista.

Portanto, na análise, é necessário que o paciente abandone as críticas, fale sem escrúpulos e revele

tudo, mesmo que o processo revele acontecimentos desagradáveis. A livre associação torna-se então o

ponto principal de onde serão extraídas informações preciosas.

Além disso, os sonhos também são um material muito rico para a análise de desejos ocultos e

reprimidos, nas palavras do autor, “a interpretação dos sonhos é na realidade a estrada real para o

conhecimento do inconsciente, a base mais segura da psicanálise”

Os sonhos das crianças são simples e fáceis de interpretar e, ao contrário dos sonhos dos adultos, há uma

relação maior entre o conteúdo manifesto do sonho (isto é, o que é lembrado, muitas vezes um

substituto para a deformação) e os pensamentos subjacentes à espreita no inconsciente.

Também é importante considerar que através do estudo dos sonhos é fácil determinar a importância da

primeira infância para a constituição do adulto. Como afirma Freud “na vida onírica a criança prolonga,

por assim dizer, sua existência no homem”

Além de sonhar, falhas como esquecimento, erros de linguagem (escrita e leitura), distrações, itens

perdidos ou quebrados, de fato, “exprimem impulsos e intenções que devem ficar ocultos à própria

consciência ou emanam justamente dos desejos reprimidos e dos complexos que sabemos são criadores

dos sintomas e formadores dos sonhos”


A partir desses exemplos, o autor afirma que, “nossa técnica já é suficientemente capaz de realizar aquilo

que se propôs: conduzir à consciência o material psíquico patogênico, dando fim desse modo aos

padecimentos ocasionados pela produção dos sintomas de substituição”

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