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Universidade Federal do Ceará

Departamento de Zootecnia
Curso de Graduação em Zootecnia

AVES ALTERNATIVAS

Aula 3 – Medidas de biosseguridade

Profª. Drª. Francislene Silveira Sucupira


OBJETIVOS
• Compreender a importância do programa de biosseguridade;
• Conhecer as etapas do programa de biosseguridade;
• Descrever a relevância da biosseguridade para os sistemas de criação de aves;
• Elaborar um programa de biosseguridade para sistema de criação de galinhas caipiras.

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PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

Biossegurança:
Normas e procedimentos relacionados com Biosseguridade:
a saúde humana, as quais, são permanentes
e normalmente inflexíveis.
≠ Normas e procedimentos relacionados com a
saúde animal.

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PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

Definição:
“Estabelecimento de um nível de segurança de
seres vivos por intermédio da redução do risco de
ocorrência de enfermidades agudas e/ou crônicas Elaboração:
em uma determinada população”. Análise e definição dos riscos e dos desafios aos
quais o sistema de produção está sujeito.
Biosseguridade em avicultura:
Desenvolvimento e implementação de conjunto de
medidas e normas operacionais rígidas para proteger
as aves contra a introdução de qualquer tipo de
agente infeccioso. 4
PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

Criação de aves alternativas: Alguns sistemas de criação de aves


Também exigem um bom programa de alternativas usam práticas de manejo
biosseguridade, para garantir bons índices de que nem sempre contemplam
produção e segurança dos alimentos. aspectos produtivos, sanitários e
nutricionais.

Importância:
Adoção do programa de biosseguridade é
essencial para garantir a auto-sustentação do
sistema. 5
PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
• Benefícios de um bom programa de biosseguridade:
- Manutenção dos lotes livres de agentes de enfermidades;
- Redução do risco de infecções - Melhores resultados de produção:
- Desuniformidade no lote;
- Mortalidade das aves;
- Desempenho zootécnico (produção de ovos/ganho de peso, conversão alimentar);
- Rendimento de carcaça ou condenação no abatedouro;
- Custo de produção.
- Garantir a segurança alimentar – Redução de zoonoses (salmonelas, Campilobacter jejuni) 6
PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

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PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

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Fonte: Acervo Embrapa Suínos e Aves
PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
• Meios mais comuns para disseminação de doenças nas granjas:
- Via horizontal: Introdução de aves doentes ou aves sadias, mas que sofreram a doença e são
portadoras;
- Via vertical (pela reprodutora – via ovo),
- Carcaças de animais mortos,
- Água de má qualidade,
- Insetos, roedores e aves silvestres,
- Calçados e roupas de funcionários, visitantes e veículos. 9
PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

Proteção contra agentes infecciosos em geral:


- Vírus; - Bactérias; Medidas:
- Fungos; - Parasitas. - Aplicáveis a todos os sistemas de
criação avícolas;
Quebra do sistema: - Exceção para Ratitas (avestruzes,
- Reprogramado e adaptado à nova situação de saúde emas e emus) – Questões
das aves; estruturais;
- Normas de controle de multiplicação e disseminação - Base do sistema é a mesma.
dos agentes com mínimo de impacto na produtividade
do rebanho (possível a convivência). 10
PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
TODOS SÃO
SUSPEITOS ATÉ QUE
SE PROVE A ORIGEM
DA CONTAMINAÇÃO

Peliccione (2008)
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PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
• Princípios de um programa de Biosseguridade:
1) Controle de multiplicação de agentes endêmicos – crescimento descontrolado na população → redução
no desempenho e na produtividade dos rebanhos (crônico).
2) Prevenção da contaminação dos animais por organismos altamente contagiosos e letais - efeitos
devastadores no sistema de produção.
3) Controle e prevenção de agentes infecciosos de importância na saúde pública – nem sempre afetam a
produção mas precisam ser controlados.
4) Controle e prevenção de agentes infecciosos de transmissão vertical – afetam o desempenho do lote e
podem ser facilmente disseminados em uma grande área geográfica e afetar outros sistemas produtivos.
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PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
• Exposição dos plantéis das aves às doenças – inevitável;
• Bom planejamento:
- Atrasar e limitar a contaminação;
- Diminuir a disseminação em sistema produtivo de grande tamanho ou em sistema de integração.

Sesti (2018)
Ciclo de administração de manejo de um 13
programa de biosseguridade.
ELOS DO PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

• Garantia de prevenção de enfermidades → manutenção do menor fluxo possível de organismos


biológicos (vírus, bactérias, fungos, parasitas, roedores, animais silvestres, pessoas, entre outros).

Unidos de
Elos de firmemente
uma uns aos
corrente. outros.
Sesti (2005)
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ELOS DO PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

• Todos os elos são de igual importância;


• Temporariamente algum elo pode ser a porta de entrada de agentes etiológicos - + críticos;
• Redobrar atenção com todos os elos.
• Facilitar treinamento da equipe:
• Biosseguridade contínua;
• Biosseguridade terminal.

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PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE

Sesti (2018) 16
ISOLAMENTO
• Isolamento físico: distância segura de
- Outros sistemas de produção (fundo de quintal ou industriais);
- Incubatórios; - Fábricas de ração;
- Abatedouros/frigoríficos; - Estradas principais - fluxo de transporte de cargas vivas.
• Distâncias: Legislações
- ABNT NBR 16389:2015; - ABNT NBR 16437:2016;
- Norma AVAL – para frangos e ovos livres de antibióticos e ovos de galinhas livres de gaiolas;
- IN Nº 46/2011 - Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção;
- PNSA IN 04/1998;
- Normas para registro e fiscalização de estabelecimento avícolas. 17
ISOLAMENTO
• Ventos prevalecentes na área para diferentes estações do ano;
• Detalhes epidemiológicos das enfermidades de importância para o sistema de produção;
• Características endêmicas da região.

• Barreiras vegetais:
- Redução da contaminação do lote por aerossóis;
- Barreiras naturais para ventos que sopram em direção aos sistemas de produção.

• Separação por objetivo da criação;


• Criação all in - all out.
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ISOLAMENTO

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ISOLAMENTO

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ISOLAMENTO
• Para que seja efetiva:
- Espécies de crescimento rápido - não sejam atrativa para pássaros e outros animais silvestres;
- Altura máxima suficiente para agir como barreira ao vento;
- Espessura que garanta redução da velocidade das correntes de ar de latitudes mais baixas;
- Plantação das árvores próximas umas das outras mas nunca em linhas (desencontradas);
- Sistemas de produção com galpões abertos – barreira não deve prejudicar a ventilação dos galpões;
- Estrada de acesso às instalações por entre as barreiras não pode ser uma reta. Construção do lado oposto
a entrada dos ventos.

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CONTROLE DE TRÁFEGO
• Fluxos dos sistemas de produção:
- Visitantes;
- Técnicos e funcionários;
- Pessoal externo de manutenção;
- Veículos – transporte de ração/ovos/aves, ninhos, balanças, tesouras, pinças, roupas, produtos
químicos;
- Animais silvestres e domésticos.

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CONTROLE DE TRÁFEGO
• Áreas limpas / Áreas sujas:
Todas as pessoas, veículos, máquinas e equipamentos
devem entrar na granja pela área de apoio central.
A entrada só pode ocorrer após os procedimentos -
banho, troca de roupa, limpeza e desinfecção.
Devem seguir para os galpões pela área limpa.
Em seguida os veículos e pessoas devem retornar para o
apoio central pela área suja.
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HIGIENIZAÇÃO

• Eliminação / Redução significativa do nº de


organismos presentes no meio ambiente das aves;
• Ar, água e superfícies sólidas.

• Considerar:

- Microorganismos Alvos: Resistência a ação de


desinfetantes;
- Tipos de desinfetantes: Princípio ativo e espectros
de ação.
Sesti (2018)

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LIMPEZA
• Fase crítica para o sucesso de toda a operação;
• Se bem realizada – redução de até 90% da carga total de microorganismos;
• Dificuldade – Tipo de material.
Tabela 1. Facilidade de limpeza de diversos materiais utilizados em instalações de criação de animais e veículos.
Material Facilidade de limpeza
Compensado tratado com resina ou tinta Muito fácil
Chapa de madeira tratada com óleo
Fácil
Aglomerado de raspas de madeira tratado com silicone
Cerâmica
Difícil
Plástico lâminado
Madeira e produtos de madeira não tratados
Cimento
Muito difícil
Ferro
Aço galvanizado 25

Sesti (2018)
LIMPEZA
Tabela 2. Fluxo operacional básico para execução de procedimentos de limpeza de superfícies sólidas em
instalações de criações de aves.
1º Retirar toda a matéria orgânica visível – dentro e fora
do galpão;

2º Retirar todo o equipamento removível/desmontável.


3º Varrer e/ou raspar todas as superfícies a serem limpas.
4º Lavar as superfícies com água à alta pressão com
detergente (Seguir a sequência: Teto – parede – Cortinas
– Pisos – Áreas internas – Áreas externas de serviços);

5º Enxaguar novamente com água a média pressão sem


detergente.

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SENAR (2008)
LIMPEZA

SENAR (2008) 27
LIMPEZA

SENAR (2008)

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LIMPEZA
• Importante: Sempre analisar as considerações do fabricante na escolha do detergente;
• Cuidado na combinação entre detergentes.

• Considerações sobre os detergentes:


- Propriedades x composição;
- Tipos – carga catiônica.

• Critérios para a escolha:


- Adequado a superfície a ser limpa e não corrosivo;
• Capaz de remover o tipo de M. O. presente na superfície a ser limpa sem deixar resíduos;
• Compatível com o tipo de água existente no local. 29

Sesti (2018)
LIMPEZA

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DESINFECÇÃO
• Desinfetantes: Substâncias químicas usadas para desinfecção;
• Desinfecção: controle e eliminação de determinada população de qualquer meio (sól, líq ou gas);
• Etapa que garante a redução de patógenos.
Tabela 3. Fluxo operacional básico para execução de procedimentos de desinfecção de superfícies sólidas em
instalações de criações de aves.
1º Aplicar desinfetantes nos equipamentos e nas instalações interna e externamente;

2º Não misturar produtos. Atender as recomendações do fabricante;


3º O controle de microorganismos não pode ser feito com o uso periódico do mesmo desinfetante. MUDAR
PERIODICAMENTE.
4º Quando há uso de raspa de madeira → Substituir ou reutilizar após desinfecção

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Sesti (2018)
DESINFECÇÃO
Tabela 4. Características do princípio ativo desinfetante ideal.
1º Possuir amplo espectro (entre e intra tipos de microorganismos);
2º Eliminar o microorganismo rapidamente;
3º Não ser afetado por fatores ambientais, não poluir o meio ambiente e ser rapidamente biodegradado;
4º Ser efetivo em presença de matéria orgânica;
5º Não ser tóxico;
6º Não ser corrosivo a pele e materiais em geral;
7º Ter longo efeito residual em superfícies;
8º Ser de fácil manuseio;
9º Não exalar odor ou possuir odor agradável ao ser humano;
10º Ser facilmente solúvel em água;
11º Possuir forte estabilidade na forma original e diluído;
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12º Ser de custo aceitável de acordo com sua relação custo:benefício. Sesti (2018)
DESINFECÇÃO
Tabela 5. Características de funcionamento e efetividade de alguns princípios ativos desinfetantes
Princípio Efetividade pH ideal Tipo de água Corrosividade Ação residual Tratamento
ativo em M. O. para diluição de água
Fenóis Normal, não
Boa 5-9 Nula 7 dias Não
sintéticos dura
Compostos Normal, não
de Amônia Baixa a Média 6-10 dura Nula Nenhuma Sim
Quaternária
Compostos
Normal, não
liberadores Nula 5–7 Alta Nenhuma Sim
dura
de Cloro
Glutaraldeído Normal, não
Média >8 Média Nenhuma Não
dura
Sesti (2018)
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DESINFECÇÃO
Tabela 5. Características de funcionamento e efetividade de alguns princípios ativos desinfetantes
Princípio Efetividade em Tipo de água Tratamento de
pH ideal Corrosividade Ação residual
ativo M. O. para diluição água
Ácido
peracético e Normal, não
Baixa 4–6 Alta Nenhuma Não
peróxido de dura
hidrogênio
Álcoois Normal, não
Nula 7 – 7,5 Baixa Nenhuma Não
dura
Formol Normal, não
Boa 6–8 Média Nenhuma Não
dura
Iodóforos Normal, não
Nula 4–7 Alta Nenhuma Sim
dura
Clorexidina Normal, não
Muito baixa 5- 7 Nula Nenhuma Não
dura
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Sesti (2018)
DESINFECÇÃO
Tabela 5. Características de funcionamento e efetividade de alguns princípios ativos desinfetantes
Princípio Efetividade em Tipo de água Tratamento de
pH ideal Corrosividade Ação residual
ativo M. O. para diluição água
Ácido
peracético e Normal, não
Baixa 4–6 Alta Nenhuma Não
peróxido de dura
hidrogênio
Álcoois Normal, não
Nula 7 – 7,5 Baixa Nenhuma Não
dura
Formol Normal, não
Boa 6–8 Média Nenhuma Não
dura
Iodóforos Normal, não
Nula 4–7 Alta Nenhuma Sim
dura
Clorexidina Normal, não
Muito baixa 5- 7 Nula Nenhuma Não
dura
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Sesti (2018)
DESINFECÇÃO
Tabela 6. Características do espectro de ação e toxicidade de alguns princípios ativos desinfetantes

Sesti (2018)
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DESINFECÇÃO

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VACINAÇÃO
• Definição: “Processo pelo qual o indivíduo é exposto a agente que causa a doença para que seja
imunizado contra a mesma”.

• Vacina: “Contém uma quantidade determinada de um organismo conhecido para causar uma doença em
particular, usado para estimular a produção de anticorpos”.

• Tipos de imunidade:
- Imunidade ativa: Obtida a partir da vacinação do individuo - duração variável em relação ao agente
etiológico.
- Imunidade passiva: Imunidade passada pela reprodutora. Varia em função do programa de vacinação
utilizado no plantel e da enfermidade. 38
VACINAÇÃO
• Tipos de vacinas:
1) Vacinas vivas: Vírus vivo e completo;
2) Vivas atenuadas: Vírus vivo atenuado;
3) Vacinas inativadas: Vírus incompleto ou inativado.

• Diferenças:
- Meio de aplicação;
- Duração da imunidade;
- Ocorrência de reações;
- Custo.
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VACINAÇÃO
• Considerações gerais:
1. Não se vacina ave doente (prevenção ≠ tratamento);
2. Seguir corretamente as recomendações do fabricante;
3. Armazenar as vacinas em geladeira (2° a 8° C);
4. Vacinas vivas → 1000 doses → descartar ao final da vacinação;
5. USO da vacina deve ser em até 2 horas;
6. Garantir vacinação uniforme;
7. Vacinação no período correto;
8. Após a vacinação, frascos e equipamentos utilizados devem ser descartados.

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VACINAÇÃO
• Estabelecimento de um programa de vacinação:
- Desafio no local;
- Status sanitário dos lotes.

• Considerar:
- Aves: Idade / Condição de saúde;
- Vacinas: Diferentes tipos para uma mesma doença
Prazo de validade
Conservação
- Vias de administração: Vários métodos para uma mesma vacina
Vacinas que exigem vias específicas 41
VACINAÇÃO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Massais: Vários indivíduos ao mesmo tempo Individuais: Único indivíduo por vez
+ rápidos / econômicos / práticos + lento / - econômico / - prático
Menos estressantes para as aves Mais estressante para as aves
Menor eficiência Maior eficiência
Risco de desuniformidade na dosagem Dosagem uniforme

Via ocular/nasal Intramuscular


Via injetável Subcutânea
Via água ou spray Escarificação da pele
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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA ÁGUA
Procedimentos básicos:
- Limpeza prévia do sistema de abastecimento de água de bebida (caixas d’água, encanamento e

bebedouros) sem uso de desinfetantes;


- Ausência de qualquer desinfetante na água de bebida por pelo menos 48 horas antes da vacinação;

- Mensurar a taxa de consumo de água do lote 24 horas antes da vacinação;

- Retirar todos os filtros por onde a solução vacinal vai passar;

- Preparar água limpa e fria para reconstituição da vacina;

- Não armazenar solução vacinal em recipiente de metal;

- Solução vacinal deve ser utilizada o mais rápido possível (1 – 2 horas no máximo);

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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA ÁGUA
Procedimentos básicos:
- Levantar os bebedouros e submeter as aves a jejum hídrico;

- Fornecer a solução vacinal as aves (distribuição varia de acordo com equipamentos);

- Estimular as ave a consumir a solução vacinal;

- Garantir que a solução seja consumida entre 60 a 90 minutos;

- Fornecer água para as aves sem permitir novo jejum hídrico (distribuição depende dos equipamentos).

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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA ÁGUA

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Fort Dodge (2003)


VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA ÁGUA

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Fort Dodge (2003)


VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA ÁGUA

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Fort Dodge (2003)


VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA ÁGUA

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VACINAÇÃO
Tabela 7. Problemas e soluções do processo de vacinação via água.

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Sesti (2018)
VACINAÇÃO
Tabela 8. Fatores que afetam a vacinação via água.

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Sesti (2018)
VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA SPRAY
• Administração da solução vacinal em jato líquido de gotas minúsculas (sobre e/ou próximo às aves);
• Eficaz para vacinas vivas respiratórias – gotícula deve ser capaz de penetrar + profundamente (defesas
mecânicas);
• Tamanho ideal de gotícula – 50 μm.

• Dificuldades:
- Tamanho da gotícula de spray (muito pequenas – reações / muito grandes – subdosagens);
- Tamanho da gotícula x idade das aves;
- Distribuição desuniforme.
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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA SPRAY

Fort Dodge (2003)

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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA SPRAY

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Fort Dodge (2003)


VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO MASSAL: VIA SPRAY

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Fort Dodge (2003)


VACINAÇÃO
Tabela 8. Fatores que afetam a vacinação via água.

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Sesti (2018)
VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO INDIVIDUAL: VIA OCULAR
• Método de vacinação individual, no qual o vacinador pinga a gota vacinal no olho da aves;
• Fenda palatina e ducto nasolacrimal fazem a comunicação direta com a cavidade oral;
• A vacina é ingerida e segue para o trato gastro intestinal;
• Gota vacinal – 0,03 ml;
• Vacinador – segura a ave, pinga a gota vacinal e espera a ave piscar e a vacina desaparecer;
• Uso de corantes – melhor visualização do processo e avaliação da vacinação.

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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO INDIVIDUAL: VIA OCULAR

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Fort Dodge (2003)
VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO INDIVIDUAL: VIA OCULAR

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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO INDIVIDUAL: VIA INJETÁVEL
• Utilizada para vacinas inativadas;
• Injeção subcutânea (pescoço) ou intramuscular (peito ou músculo da perna);
• Equipe treinada – reduzir ocorrência de lesões;
• Reação vacinal normal – edema no local (4 a 7 dias).

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VACINAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO INDIVIDUAL: VIA INJETÁVEL

Subcutânea

Intramuscular

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Escarificação da pele Subcutânea
Fort Dodge (2003)
VACINAÇÃO
EXEMPLO DE ESQUEMA DE VACINAÇÃO:
Idade Doença Via de aplicação
10 a 15 dias Newcastle Ocular
15 dias Bouba aviária Membrana da asa
35 a 40 dias Newcastle Ocular
45 dias Bouba aviária Membrana da asa
80 a 85 dias Newcastle Ocular
3 em 3 meses Newcastle Ocular
4 em 4 meses Cólera aviária Intramuscular

Fonte: Albino et al. (2005)

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VACINAÇÃO
EXEMPLO DE ESQUEMA DE VACINAÇÃO:
Idade Doença Via de aplicação
07 a 10 dias Newcastle Ocular ou via água
07 a 10 dias Gumboro Ocular ou via água
21 dias Gumboro Ocular ou via água
35 dias Newcastle Ocular ou via água
35 dias Gumboro Ocular ou via água

Fonte: AVIFRAN

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VACINAÇÃO
EXEMPLO DE ESQUEMA DE VACINAÇÃO:
Idade Doença Via de aplicação
10 a 15 dias Newcastle Ocular
15 dias Bouba aviária Membrana da asa
35 a 40 dias Newcastle Ocular
45 dias Bouba aviária Membrana da asa
80 a 85 dias Newcastle Ocular
3 em 3 meses Newcastle Ocular
4 em 4 meses Cólera aviária Intramuscular

Fonte: Albino et al. (2005)

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CONTROLE DE ROEDORES

• Perdas causadas por roedores:


- Dano a estrutura das instalações e ao sistema de bebedouros;
- Consumo da ração das aves e problemas na palatabilidade da ração (urina e fezes);
- Contaminação microbiana das aves e do meio ambiente;
- Mutilação (ataque físico) a pintinhos recém alojados e aves jovens.

• Exemplo:
- Infestação leve (40 ratos) em galpão com 10 mil aves;
- Aumento em 0,1% no consumo de ração (400 a 500 kg ração/ano).
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CONTROLE DE ROEDORES

• Vetores e reservatórios de microrganismos patogênicos:


- Salmonella sp (S. Enteritidis e S. typhimurium) – salmoneloses;
- Pasteurela multocida – Cólera aviária;
- Leptospira sp – Leptospirose;
- Campylobacter jejuni – Diarreia;
- Influenza aviária (carreador mecânico);
- Doença de Gumboro (carreador mecânico);
- Doença se Newcastle (carreador mecânico).

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CONTROLE DE ROEDORES

Peliccione (2008)
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CONTROLE DE ROEDORES

• Métodos de controle: Especialistas da área • Medidas importantes


- Uso de armadilhas e ratoeiras; - Limpeza no interior e exterior das instalações;
- Placas colantes; - Descarte imediato do lixo e descartáveis;
- Iscas tóxicas de efeito lento e de efeito rápido; - Inspeção periódica para eliminar locais de ninho
- Pó tóxico e fumigação. e esconderijos;
- Descarte de aves mortas e ovos quebrados o
• Impossível manter sistema produtivo a prova quanto antes;
de roedores permanentemente. - Aproveitar vazio sanitário do galpão após a
saída do lote – momento ideal de eliminação.
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MONITORAMENTO

• Monitoramento da saúde do lote – constante;


• Atenção aos sintomas clínicos e não clínicos (desuniformidade, redução do ganho de peso/índice de
postura, entre outros);
• Registro de todas as ocorrências – principalmente sanitárias;
- Uso de medicamentos (no lote e entre lotes);
- Uso de detergentes e desinfetantes (no lote e entre lotes);
- Vacinações;
- Entre outros.
• Registro e acompanhamento é fundamental.
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EDUCAÇÃO CONTINUADA

• Treinamento permanente de todos os envolvidos com o programa;


• Investidores, diretores, corpo gerencial, todos os profissionais envolvidos com a produção;
• Atualização anual da equipe com profissionais experientes na área.

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PLANO DE CONTINGÊNCIA

• Conjunto de procedimentos e decisões emergenciais a serem tomadas no caso de ocorrência inesperada


(ou suspeita de ocorrência) de evento relacionado ao programa;

• Objetivos:
- Rápido diagnóstico; PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS (POP’S):
- Rápida contenção; - Objetivos – simples;
- Rápida solução. - Quem/Como o detalhado;
- Resultados – objetivos e direcionados.

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OBRIGADA

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