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1. (Uece 2023) Da mesma forma que a Filosofia, a História surgiu na época clássica da Grécia.
Seu mais antigo escrito que chegou aos nossos dias é a História, de Heródoto. No começo de
sua narrativa, esse autor diz:

“São apresentados aqui os resultados das investigações de Heródoto de Halicarnassos, para


que a memória dos acontecimentos não se apague entre os homens com o passar do tempo; e
para que os feitos maravilhosos e admiráveis dos gregos e dos bárbaros não deixem de ser
lembrados, inclusive as razões pelas quais eles guerrearam uns contra os outros”.

HERÓDOTO. História, I, 1. – 3ª ed. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1988, p. 20


(Texto adaptado).

Assim como a Filosofia, a narrativa de Heródoto testemunha a transição do mito ao logos


porque
a) pretende salvaguardar na memória os feitos e os acontecimentos.
b) escreve sobre os feitos humanos que são maravilhosos e admiráveis.
c) expõe investigações sobre as causas das ações e dos acontecimentos.
d) considera que as guerras de gregos e bárbaros não têm razão de ser.

2. (Uece 2023) “A relação que constatamos entre o nascimento do filósofo e o aparecimento


do cidadão não é para nos surpreender. A Cidade (pólis) realiza no plano das formas sociais
uma separação entre a sociedade e a natureza; e essa separação pressupõe, no plano das
formas mentais, o exercício de um pensamento racional. Com a Cidade, a ordem política se
separou da organização cósmica; a Cidade aparece como objeto de uma constante indagação
e reflexão, de uma discussão apaixonada e, ao mesmo tempo, argumentada”.

VERNANT, J.-P. A formação do pensamento positivo na Grécia arcaica. In: Mito e pensamento
entre os gregos. Tradução de Haiganuch Sarian. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 462-263.
(Texto adaptado)

Com base na citação anterior, é correto afirmar que a filosofia grega nasceu
a) do pensamento racional exercitado no debate e na argumentação na Cidade.
b) quando se abandonou a discussão sobre o Cosmo, voltando-se para a política.
c) do prolongamento da tradição mito-poética rural na nova realidade urbana.
d) do afastamento do cidadão da vida na Cidade e seu interesse pelo Cosmo.

3. (Uece 2023) O legislador, estratego e poeta Sólon (século VI a.C.) foi o primeiro grande
reformador democrático de Atenas. No fragmento a seguir, pode-se observar a cisão que Sólon
estabelece entre a pólis e a monarquia. Leia-o com atenção.

[...]
por homens potentes a cidade perece, e do monarca o povo, por ignorância, na escravidão
cai.Mui alçado, não é fácil depois trazê-lo ao chão [...]

(SÓLON, fr. 9, in: RAGUSA, Giuliana; BRUNHARA, Rafael. Elegia grega arcaica. Araçoiaba da
Serra: Editora Mnema, 2021).

Com base no texto, analise as assertivas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as
falsas.

( ) A pólis se sustenta na ignorância do povo.


( ) O poder de um só produz a ignorância.
( ) A ignorância causa a escravidão do povo.
( ) A pólis não pode apoiar-se na ignorância.

A sequência correta, de cima para baixo, é


a) F, F, V, V.

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b) V, F, F, V.
c) V, F, F, F.
d) F, V, V, V.

4. (Uece 2022) “Os grandes cientistas de Tales a Demócrito e Anaxágoras costumam ser
descritos nos livros de história ou de filosofia como ‘pré-socráticos’, como se sua principal
função fosse sustentar a fortaleza filosófica até o advento de Sócrates, Platão e Aristóteles, e
talvez influenciá-los um pouco. Na verdade, os antigos jônios representam uma tradição
diferente e bastante questionadora, muito mais compatível com a ciência moderna.”

SAGAN, Carl. A espinha dorsal da noite. In: Cosmos. Trad. bras. Paulo Seiger. São Paulo:
Companhia das Letras, 2017.

É implícita a essa passagem de Carl Sagan (1934-1996) acerca do surgimento e da história da


filosofia grega a visão de que
a) depois de Sócrates os filósofos não estudaram a natureza.
b) Sócrates rompeu com os métodos dos filósofos jônicos.
c) os pensadores anteriores a Sócrates não eram filósofos.
d) Platão e Aristóteles não conheceram teses pré-socráticas.

5. (Uece 2022) “Aquilo que conhecemos cientificamente não é sujeito a quaisquer variações.
Portanto, o objeto do conhecimento científico existe necessariamente. Ele é consequentemente
eterno, pois todas as coisas cuja existência é absolutamente necessária são eternas. Além
disso, toda ciência pode ser ensinada, e tudo que é cientificamente conhecido pode ser
aprendido. Então, o conhecimento científico pode também ser demonstrado. As coisas
variáveis são objeto da fabricação e das ações praticadas.”

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, 1139b. Trad. bras. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora
Universidade de Brasília, 2001. – Adaptado

Essa definição da ciência (epistéme) por Aristóteles revela bem a diferença entre a concepção
grega (antiga) de ciência e a nossa (moderna). A diferença está em que, para nós, modernos,
a) os objetos da ciência não são necessários, mas indeterminados.
b) os objetos da ciência não são invariáveis, pois são modificáveis.
c) o saber científico não pode ser aprendido, pois não é ensinável.
d) os conhecimentos científicos não podem ser demonstrados.

6. (Uece 2022) “Como as pessoas que infringem as leis parecem injustas e as cumpridoras da
lei parecem justas, evidentemente todos os atos conforme à lei são justos no sentido de as leis
visarem ao interesse comum a todas as pessoas, de tal forma que chamamos justos os atos
que tendem a produzir e preservar a felicidade para a comunidade política; e a lei determina
igualmente que ajamos como homens corajosos, como homens moderados, como homens
amáveis e assim por diante em relação às outras formas de virtudes, impondo a prática de
certos atos e proibindo outros.”

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, 1129b. Trad. bras. Mario da Gama Kury. – 4 ed. Brasília:
Editora da UnB, 2001 – Adaptado.

Segundo a citação acima, é correto concluir que


a) quaisquer leis existentes são justas e contribuem para a felicidade comum.
b) as leis justas são aquelas que obrigam aos atos justos e proíbem os injustos.
c) mesmo quando injustas, as leis obrigam às virtudes e proíbem os vícios.
d) as leis visam aos interesses comuns, não aos atos justos dos indivíduos.

7. (Uece 2022) “Como se sabe , a palavra mŷthos raramente foi empregada por Heródoto.
Caracterizar um logos (narrativa) como mŷthos era para ele um meio claro de rejeitá-lo como
duvidoso e inconvincente. [...] Situado em algum lugar além do que é visível, um mýthos não

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pode ser provado. [...] Não obstante, Heródoto sempre se refere à sua própria narrativa como
lógos ou lógoi. [...] Parte de um lógos podia ser circunscrito como mŷthos e, ao mesmo tempo,
o autor podia ser designado como logopoiós, ou seja, como alguém que expõe uma forma de
conhecimento sem fundamento apropriado ou de impossível verificação. ”

HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Trad. bras. Sonia Lacerda et al. Brasília,
Editora da UnB, 2003, p. 37-38.

Com base no que diz François Hartog, é correto afirmar que


a) mŷthos se refere a uma narrativa improvável, inverificável, e lógos a uma narrativa ou
argumento que pretende possuir fundamento.
b) a distinção entre mŷthos e lógos é arbitrária, pois não se fundamenta em nenhum uso culto
da língua grega no período clássico.
c) há um processo cultural em que mŷthos e logos se aproximam semanticamente na língua
grega, terminando por se identificarem.
d) a distinção entre mŷthos e lógos não tem importância para Heródoto, sendo-lhe bem relativa,
embora efetivamente existente.

8. (Uece 2022) Observe os seguintes versos do poeta grego Hesíodo:

“Tal é das Musas o sagrado dom para os homens.


Pois é pelas Musas e por Apolo, que atira longe,
Que nobres aedos (poetas) e citaristas há sobre a terra –
Como por Zeus há reis”.

HESÍODO. Teogonia, 93-103. Apud HARTOG, F. A história de Homero a Santo Agostinho


Trad. bras.Jacyntho Brandão. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.

Nos versos acima citados, o poeta nos informa de uma característica fundamental da tradição
mítica (narrativa ou poética) grega de que o poeta épico
a) narra com base em imaginação e criatividade próprias.
b) baseia-se no imaginário comunitário e suas divindades.
c) depende da inspiração nas mulheres, ou musas, que ama.
d) recusa a tradição dos homens, apelando aos deuses.

9. (Uece 2021) Segundo Diógenes Laércio, “convencido de que o estudo da natureza nada
tem a ver conosco, Sócrates passou a discutir questões éticas na praça do mercado, e
costumava dizer que o objeto de suas indagações era ‘como se age, se mal ou bem, em casa’”.
Laêrtios, D. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres, II, 21. Trad. bras. Mário da Gama Kury.
Brasília: Editora da UnB, p. 52 [Adaptado].

Considerando a teoria das virtudes de Sócrates, assinale a afirmação verdadeira.


a) A ética socrática trata dos assuntos da oikonomía (economia), por isso fazia discussões no
mercado.
b) Ao situar sua pesquisa sobre a ação humana, Sócrates se conduz da physiología (estudo
sobre a natureza) à ēthiké (ética).
c) A discussão das questões morais significa que elas não podem ser, de modo algum, objeto
de estudo, como o é a phýsis.
d) O método dos estudos dos physiólogoi, tendo fracassado em sua aplicação à natureza, deve
ser usado na Ética.

10. (Uece 2021) Observe a seguinte passagem do diálogo entre Sócrates e Glauco em A
República:

“Sócrates – Não afirmamos ser impossível à parte racional da alma ter opiniões contrárias, ao
mesmo tempo, sobre as mesmas coisas?
Glauco – Afirmamos, e com razão.

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Sócrates – Portanto, a parte da alma que formula uma opinião à margem da medida não
poderá ser a mesma que opina com medida.
Glauco – Com efeito, não.
Sócrates – Mas por certo que a parte que confia na medida e no cálculo é a melhor parte da
alma.
Glauco – Sem dúvida.”

Platão. A República, 602d-603a. Trad. port. Maria Helena da Rocha Pereira. – 9ª edição.
Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001. Adaptado.

No contexto do diálogo acima, o trecho “ser impossível à parte racional da alma ter opiniões
contrárias, ao mesmo tempo, sobre as mesmas coisas” expressa
a) a tese psicológica da alma unitária.
b) a exigência ética de não mentir.
c) o princípio lógico da identidade.
d) a impossibilidade do discurso falso.

11. (Uece 2021) Atente para a seguinte máxima de Epicuro: “A carne considera ilimitados os
limites do prazer e seria necessário um tempo também infinito para satisfazê-la. Mas a
inteligência que se tornou capaz de compreender qual é o fim e o limite da carne e nos liberou
do temor em relação à eternidade proporciona-nos uma vida perfeita e não sentimos mais
necessidade de uma duração infinita. Ela não foge do prazer, todavia, nem considera, diante
das circunstâncias anunciadoras de que deixaremos de viver, ter sido privada daquilo que
oferece a melhor vida”.

Epicuro. Máximas, XX. Trad. bras. João Quartim de Morais. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

Conforme a máxima acima, a “vida perfeita”, a “melhor vida” (a vida feliz), consiste
a) na recusa dos prazeres.
b) na duração infinita de vida.
c) em agir pela inteligência.
d) em espiritualizar os prazeres.

12. (Uece 2021) Considere o seguinte trecho da obra de John Burnet sobre o surgimento da
filosofia na Grécia: “Foi somente após se desarticularem a visão tradicional do mundo e as
normas costumeiras de vida que os gregos começaram a sentir as necessidades que a filosofia
da natureza e da conduta procuram satisfazer”.
Burnet, J. A aurora da filosofia grega. Trad. bras. Vera Ribeiro. Rio de janeiro: Editora PUC-Rio,
2006.

No que diz respeito ao surgimento da filosofia na Grécia, a tese de John Burnet defende que
a) a filosofia rearticula a visão tradicional do mundo e as formas de conduta.
b) há uma ruptura entre a filosofia da natureza e da conduta e a visão tradicional.
c) a filosofia mantém, transmutando-a numa nova forma dircursiva, a mitologia.
d) a filosofia, embora tenha mudado a visão da natureza, mantém a ética anterior.

13. (Uece 2020) Entre as principais estruturas de pensamento, no alvorecer da filosofia,


encontra-se o pensamento socrático-platônico. Considerando as referências históricas e as
características do pensar dos dois filósofos da antiguidade, atente para o que se afirma a
seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Como principal discípulo de Sócrates, Platão seguiu, inicialmente, os passos do mestre


até romper com ele, ao optar por um pensamento mais sistemático.
( ) Tanto Sócrates quanto Platão defendiam o poder do pensamento racional como principal
ferramenta de aproximação da verdade sobre o mundo real.
( ) Sócrates, como um dos principais pensadores sofistas foi o iniciador do pensamento
filosófico cosmológico, dedicado à especulação sobre a natureza, sobre o cosmo.

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( ) A Alegoria da caverna, escrita por Platão, é uma representação, uma metáfora sobre o
mundo, concebida por ele para explicitar o modelo de um mundo dual: um racional,
verdadeiro, e outro sensível, falso.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) V, F, V, F.
b) F, V, V, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, F, V.

14. (Uece 2020) Leia com atenção o trecho a seguir, composto por fragmentos das afirmações
de Platão sobre a democracia enquanto sistema de governo:

“Pois bem!, a meu ver, a democracia aparece quando os pobres, tendo conquistado a vitória
sobre os ricos, chacinam uns, banem outros e partilham igualmente, com os que sobram, o
governo e os cargos público; e frequentemente estes cargos são sorteados...É como vês, um
governo agradável, anárquico e variegado (diversificado, grifo meu) que confere uma espécie
de igualdade tanto ao que é desigual, como ao que é igual”.

Platão, A República, v. 2, p.162-172.

Considerando o trecho acima, e o pensamento político do filósofo da antiguidade, atente para o


que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Tendo sido um dos maiores defensores da democracia ateniense, Platão considerava a


democracia o melhor dos sistemas de governança.
( ) Fiel a sua origem aristocrática, Platão tinha uma visão elitista de poder na qual o seu
exercício deveria ser dos mais sábios e não do homem comum.
( ) Para Platão, o melhor sistema de governo seria a sofocracia, ou seja, um governo dos
homens que atingissem o grau máximo de sabedoria.
( ) Platão foi um grande defensor da tirania como forma de governo. Somente um tirano justo
e sábio evitaria as formas degeneradas de poder.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


a) V, F, V, F.
b) F, V, F, V.
c) V, F, F, V.
d) F, V, V, F.

15. (Uece 2020) O trecho a seguir expõe parte do pensamento de Sêneca, o mais importante
pensador estoico, no período romano do estoicismo:

“O fato é o seguinte: não recebemos uma vida breve, mas a fazemos; nem somos dela
carentes, mas esbanjadores. Por que nos queixamos da Natureza? Ela mostrou-se
benevolente: a vida, se souberes utilizá-la, é longa. Mas uma avareza insaciável apossa-se de
um e de outro, uma laboriosa dedicação a atividades inúteis, um embriaga-se de vinho, outro
entorpece-se na inatividade; alguns não definiram para onde dirigir sua vida, e o destino
surpreende os esgotados e bocejantes, de tal forma que não duvido ser verdadeiro o que disse,
à maneira de oráculo, o maior dos poetas: ‘Pequena é a parte da vida que vivemos’. Pois todo
o restante não é vida, mas tempo”.

Sêneca. Sobre a brevidade da vida. Coleção L&PM Pocket – Literatura clássica internacional.
Cap 1-2. Versículo 2-4. Adaptado.

Considere as seguintes afirmações a respeito da doutrina estoica:

I. Para o estoicismo, o homem é um microcosmo no macrocosmo; é parte do universo, do


cosmo. Uma conduta ética deve estar de acordo com os princípios da natureza para, assim,

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atingir-se a felicidade.
II. Para o estoicismo, a felicidade consiste no abandono de todo autocontrole e austeridade
com a negação de qualquer determinação natural. O comportamento ético impõe conquista
e não aceitação.
III. A ética estoica carrega um forte determinismo e um certo fatalismo: por esta razão, teve
imensa influência na ética cristã em sua aceitação dos acontecimentos.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e III.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I e II apenas.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[C]

A alternativa correta é a [C], pois, a narrativa de Heródoto testemunha a transição do mito ao


logos porque expõe investigações sobre as causas das ações e dos acontecimentos para que
não se apague com o passar do tempo. Dessa forma, a alternativa que aponta corretamente a
questão proposta pelo enunciado, é a alternativa [C].

Resposta da questão 2:
[A]

A alternativa correta é a [A], pois, com base na citação anterior, é possível identificar no
pensamento de Vernant, a relação que ele estabelece entre o nascimento da pólis e o
aparecimento do cidadão. Segundo Vernant, é com a aparição do pensamento racional
exercitado no debate e na argumentação da cidade, que a filosofia grega vai nascer. O
nascimento da filosofia, dessa forma, estaria intimamente ligado ao desenvolvimento da pólis e
do exercício da prática política de seus cidadãos. Dessa maneira, a alternativa que associa
corretamente a pólis e a filosofia, é a alternativa [A].

Resposta da questão 3:
[A]

A alternativa correta é a [A], pois, a sequência correta das afirmações é F, F, V, V. A primeira


afirmação é falsa, pois, na concepção que os gregos tinham da Pólis, não existia a ideia de
sustentá-la através da exploração da ignorância do povo, mas, através do diálogo e do
confronto racional das ideias. A segunda afirmação também é falsa, pois, a ignorância não
provém necessariamente do governo ou poder de um só. A terceira afirmação é verdadeira,
pois, segundo o texto, a ignorância causa a escravidão do povo. A quarta afirmação, por sua
vez, também está correta, pois, segundo o texto de Sólon, a polis não pode se apoiar na
ignorância.

Resposta da questão 4:
[B]

A alternativa correta é a [B], pois, a passagem dos pré-socráticos para a revolução socrática
representou uma mudança de postura e atitude em relação aos questionamentos filosóficos,
deslocando-os das questões da natureza para o homem. Mas, ao mesmo tempo que se efetiva
essa mudança, há um rompimento com a forma de pensar e raciocinar dos filósofos anteriores
a Sócrates, os chamados pré-socráticos. Por isso, a alternativa que responde corretamente a
questão é a [B].

Resposta da questão 5:
[B]

A alternativa correta é a [B], pois, o conceito de episteme apresentado por Aristóteles, em Ética
a Nicômaco, é atribuído a antiga concepção grega de ciência. Diferentemente, da concepção
moderna, que aponta para variabilidade dos objetos da ciência, por acreditar que estes são
passíveis de modificação. A episteme antiga defendia a invariabilidade dos objetos da ciência,
em contraste à essa noção, a episte moderna acredita na variabilidade e modificabilidade dos
objetos da ciência. Levando em conta esses elementos, a alternativa que aponta corretamente
a diferença entre essas duas concepções de ciência é a [B].

Resposta da questão 6:
[B]

A alternativa correta é a [B], pois, segundo Aristóteles, os atos que são praticados de acordo
com a lei são justos, pelo fato de atenderem ao bem comum e buscarem a preservação da

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felicidade da comunidade política. Desse modo, as leis devem ser consideradas justas quando
obrigam aos atos justos e estabelecem proibições para os atos injustos.

Resposta da questão 7:
[A]

A alternativa correta é a [A], pois, em se tratando da distinção entre mito e logos, o mito é
pensado como uma forma de explicação, uma narrativa imprecisa e de difícil precisão. Já o
logos, por sua vez, é pensado como uma narrativa ou argumento que procura ter
fundamentação e possibilidade de verificação. Desse modo, a alternativa correta é a [A].

Resposta da questão 8:
[B]

A alternativa correta é a [B], pois, os poetas épicos baseavam-se no imaginário comunitário, na


crença das divindades e na tradição oral. Registravam e elaboravam essas histórias a partir da
tradição mítica e religiosa, das histórias contadas pelos antepassados, assim como do contato
com outras culturas, como os egípcios. A alternativa que expressa corretamente essa
característica da narrativa mítica com o poeta épico é a [B].

Resposta da questão 9:
[B]

Os filósofos pré-socráticos, também denominados de filósofos da physis, utilizavam a reflexão


e a observação para tentar explicar o universo. Esses primeiros filósofos focavam na natureza
e ao buscar entender, por exemplo, de que matéria ou matérias eram constituídas todas as
coisas, buscava indiretamente conhecer as pessoas. Sócrates marca uma mudança no tipo de
reflexão executada, o foco deixa de estar na natureza e passa a estar nas relações humanas e
na virtude do comportamento humano: a justiça, o bem, a moral e a verdade, por exemplo,
passam a ser objeto da preocupação de Sócrates. Há, em outros termos, uma transição de
uma filosofia focada na physis para outra focada na ética.

Resposta da questão 10:


[C]

O princípio lógico da identidade define que “o que é verdadeiro é verdadeiro” e “o que é falso, é
falso”. Logo, a parte racional da alma que, tem como objetivo o conhecimento, a racionalidade,
não pode ter opiniões contrárias, ao mesmo tempo, sobre a mesma coisa. Isso não impede
que, ao aperfeiçoar o conhecimento sobre a coisa, não mude sua opinião, porém, essa
mudança só pode ocorrer, na parte racional da alma, em outro momento. É importante
compreender que, o conceito de Alma da Grécia Clássica não condiz com a concepção atual
de alma.

Resposta da questão 11:


[C]

O Epicurismo defende a busca pelo prazer de forma moderada na vida, com o objetivo de
alcançar a tranquilidade e nos libertarmos da dependência material. E, o uso da inteligência é o
caminho para não sermos dependentes de nossos prazeres e medos. Na máxima, Epicuro
atribui à inteligência o caminho para a vida perfeita e a felicidade, justamente por nos libertar de
nossos impulsos desmedidos.

Resposta da questão 12:


[B]

John Burnet apresenta o contexto histórico de rupturas do mundo grego e, a necessidade de


reorganização e explicação de mundo em qual surge a filosofia. Na transição do Mito para a
Filosofia, quando os primeiros filósofos começam a questionar as explicações de mundo e

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organização do cosmos baseada nas ações dos deuses e seres sobrenaturais e, buscam
explicações na observação da natureza.

Resposta da questão 13:


[C]

O pensamento de Platão se expande para além do pensamento socrático, mas não há um


rompimento entre as formas de pensar.

Sócrates, através da maiêutica, utilizava a razão para buscar conhecimentos verdadeiros e


para fugir das percepções limitadas. Em Platão, a racionalidade também é priorizada, uma vez
que só a partir dela é possível alcançar o mundo das ideias.

Sócrates não é um sofista e a essência do seu pensamento não se volta para a natureza, mas
para a investigação e o questionamento dos conceitos e crenças mais estimados. Sócrates é
considerado por muitos como um fundador da filosofia, pois ele se preocupava em estudar o
conhecimento sua relação com o ser humano.

No mito da caverna, Platão diferencial o mundo das ideias, ao qual se chega pela pensamento
racional, seguro, perfeito e imutável, do mundo sensível, marcado pelas sombras e pela
aparência falseada da realidade.

Resposta da questão 14:


[D]

Na teoria política platônica, tanto a democracia quanto a tirania são vistas de forma negativa
pois, para Platão, apenas os filósofos seriam aptos para gerir a coisa pública, por serem os
mais sábios e virtuosos entre os homens. Tal perspectiva tem um caráter elitista, haja vista que
a reflexão filosófica estava ligada ao ócio, atividade exclusiva dos aristocratas, que não
precisavam dispor de tempo para nenhuma atividade material relacionada à manutenção da
vida e das necessidades humanas, sendo, por isso, considerados moralmente superiores e
melhores.

Resposta da questão 15:


[B]

O estoicismo não compreende a vida humana como separada da natureza, mas como parte
dela, exposta a mesma lógica natural. A ética estoica compreende que o homem é impotente
para mudar a realidade e a natureza e que a felicidade está na aceitação do fluxo da vida, com
a sua justiça ou crueldade.

O estoicismo não nega a determinação natural, nem o comportamento ético impõe a conquista,
em oposição, a ética estoica orienta o indivíduo a se tornar indiferente ao que não pode ser
controlado, seja o incontrolável doloroso ou prazeroso.

A ética estoica, ao orientar a indiferença e a aceitação harmônica de forças superiores, tornou-


se uma base importante para a ética cristã, que igualmente reconhece a existência de forças
superiores aos indivíduos e orienta a vida para a aceitação harmônica do poder superior.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 30/05/2023 às 20:12


Nome do arquivo: Aula 01 - Filosofia Grega

Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1.............221960.....Média.............Filosofia.........Uece/2023............................Múltipla escolha

2.............218220.....Média.............Filosofia.........Uece/2023............................Múltipla escolha

3.............221959.....Média.............Filosofia.........Uece/2023............................Múltipla escolha

4.............205527.....Média.............Filosofia.........Uece/2022............................Múltipla escolha

5.............208913.....Elevada.........Filosofia.........Uece/2022............................Múltipla escolha

6.............206001.....Média.............Filosofia.........Uece/2022............................Múltipla escolha

7.............205997.....Média.............Filosofia.........Uece/2022............................Múltipla escolha

8.............208914.....Elevada.........Filosofia.........Uece/2022............................Múltipla escolha

9.............202578.....Média.............Filosofia.........Uece/2021............................Múltipla escolha

10...........202706.....Elevada.........Filosofia.........Uece/2021............................Múltipla escolha

11...........202717.....Média.............Filosofia.........Uece/2021............................Múltipla escolha

12...........202701.....Baixa.............Filosofia.........Uece/2021............................Múltipla escolha

13...........199433.....Elevada.........Filosofia.........Uece/2020............................Múltipla escolha

14...........199064.....Média.............Filosofia.........Uece/2020............................Múltipla escolha

15...........199436.....Média.............Filosofia.........Uece/2020............................Múltipla escolha

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