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ZAZ 1329 – Produção Animal I

ORIGEM, CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA,


CARACTERÍSTICAS DOS SUÍNOS
E MITOS SOBRE A CARNE SUÍNA

Prof. Urbano dos Santos Ruiz


usruiz@usp.br
Origem dos suínos
§ Domesticação

– Chineses: 4900 aC

– Leste da Turquia: 10.000 anos atrás

– Vários centros de forma independente


Suínos na América do Sul e no Brasil
§ Cristóvão Colombo: 8 animais (São Domingos)

§ Posteriormente: Colômbia, Venezuela, Peru e Equador

§ Brasil
– Martin Afonso de Souza (1532)
– 1930 – 40: Chegada das raças melhoradas
– 1970: Animais “híbridos” (mestiços)
Classificação zoológica
§ Filo: Chordata
§ Classe: Mamíferos
§ Sobre ordem: Ungulados (proteção nas extremidades – “casco”)
§ Ordem: Artiodáctilos (casco bipartido)
§ Sub-ordem: Suina
§ Família: Suidae
§ Sub-família: Suinae
§ Gênero: Sus
§ Espécie: Sus scrofa, Sus scrofa domesticus, Sus
domesticus
(Warthog)
(Red river hog)

(Bushpig)
(Giant forest hog)

(Pygmy hog)

(Babirusa)
(Wild boar - Javali)

(Bearded pig)

(Indochina warty pig)


(Philippine pig)
(Chacoan peccari)

(Javan warty pig)


(Cateto)

(Sulawesi warty pig)


(Queixada)
(Visayan pig)
S.s.affinis S.s.algira S.s.attila
S.s.vittatus

S.s.taivanus

S.s.cristatus

S.s.meridionalis

S.s.riukiuanus
S.s.nigripes
SUS SCROFA

S.s.ussuricus
S.s.moupinensis

S.s.davidi S.s.sibiricus

S.s.libica S.s.scrofa S.s.leucomystax


Evoluções morfofisiológicas
§ Porca selvagem – javali

– 70% do peso no anterior e 30% no posterior

– Alimentava-se de pastos nativos, frutas e pequenos


animais
• Javali céltico
• Javali asiático
• Javali ibérico
Evoluções morfofisiológicas
§ Porco tipo banha

– 50% do peso no anterior e 50% no posterior

– Grande fornecedor de gordura (energia) e proteína


(carne)

– Sus scrofa scrofa


Evoluções morfofisiológicas
§ Suíno tipo carne – light ou moderno

– Óleos vegetais

– Gordura animal x saúde humana

– Estudos e avanços nas áreas de:

• melhoramento genético
• nutrição
• alimentação
Evoluções morfofisiológicas
§ Suíno tipo carne – light ou moderno

– “porco emagreceu”

– 30% do peso no anterior e 70% no posterior

– Sus scrofa domesticus


Linhagens modernas

§ Vigor híbrido
§ Alta produtividade
Linhagens modernas
Potencial genético dos reprodutores
MS 115

Características Valores

Idade para alcançar 115 kg


163 dias
de PV
Ganho de peso médio
diário do nascimento aos 696 g
115 kg de PV
Conversão alimentar dos
2,19
23 aos 115 kg de PV

Espessura de toucinho no
9,8 mm
lombo
Rendimento de carne
magra na carcaça aos 115 62,9%
kg de PV
Categorias de suínos e suas funções
§ Cachaço (macho reprodutor)
Porca, criadeira, matriz (Fêmea reprodutora)
§ Leitão, leitoa (machos e fêmeas jovens; nascimento aos 63-70 d; 1,5
aos 25-30 kg)
Suínos, porcos em crescimento (machos castrados e
fêmeas; 63-70 aos 112 d; 25-30 aos 70 kg)
Suínos, porcos em terminação (machos castrados e
fêmeas; 70 aos 125 kg; 112 aos 175 d)
Marrote, marrã ( 2 a 8 meses)
Características dos suínos
§ Longevidade e vida útil

– Animal de abate: 4 – 6 meses (100 – 125 kg)

– Reprodutores: aproximadamente 4 anos


Características dos suínos
§ Animais monogástricos, não ruminantes, onívoros, digestores
autoenzimáticos

– Digestão física/mecânica e química/enzimática


• Transformação de nutrientes
• ò capacidade de síntese de nutrientes no TGI

– Capacidade de armazenamento relativamente pequena

– Consumo não em excesso: animal lambiscador

– Fundamental:
• Alimentos concentrados
• Dietas balanceadas
Capacidade volumétrica de partes do trato digestivo de
algumas espécies animais (Argenzio, 1988).
Parte do trato Suíno Equino Bovino Ovino
digestivo
L % L % L % L %
Estômago 8,0 29,2 18,0 8,5 252,5 70,8 29,2 66,9
Intestino delgado 9,2 33,5 63,8 30,2 66 18,5 9,0 20,4
Ceco 1,6 5,6 33,5 15,9 9,9 2,8 1,0 2,3
Cólon e reto 8,7 31,7 96,0 45,4 28 7,9 4,6 10,4
Total 27,5 100 211,3 100 356,4 100 44,2 100
Características dos suínos
§ Fêmeas poliéstricas anuais

– Ciclos estrais regulares (21 dias) independentes da


época do ano

• Programação da produção
• Uso intensivo das instalações e equipamentos
• Minimiza problemas de sazonalidade de preços
• Favorece o melhoramento genético
Características dos suínos
§ Elevada prolificidade

– Javali: 3 a 5 javardos

– Fêmea suína moderna


• 12 - 14 leitões / parição
• 2,4 parições / ano
• Facilidade para ampliar criação
• Favorecimento do melhoramento genético

§ Curto intervalo entre gerações (± 350 dias)


Características dos suínos
§ Termo regulação: homeotérmicos
– Glândulas sudoríparas pouco desenvolvidas
– Dissipação de calor principalmente pela respiração
(ofegação)
– Temperatura corporal: 38,2 – 39,8º C
– Leitões vs suínos em crescimento, terminação e
adultos
Zonas de conforto térmico para suínos
Temperatura ideal Temperatura Umidade relativa
Categoria (º C) crítica (º C) (%)
Max. Min. Max. Min. Ótima Crítica
Porcas 18 12 30 0 50-70
Leitões Nasc. 32 30 35 15
1 semana 28 27 35 15
2 semanas 26 25 35 13
3 semanas 24 22 35 13 70 <40
4 semanas 22 21 31 10 50-70 >90
5 a 8 semanas 22 20 30 08 50-70
20 – 30 kg 20 18 27 08 50-70
30 – 60 kg 18 16 27 05 50-70
60 – 100 kg 18 12 27 05 50-70
Adaptado de ESMAY (1982), NÄÄS et al. (1995 e 1998) citados por SILVA (1999).
Características dos suínos
§ Rusticidade moderada a baixa

– Sensibilidade a doenças, parasitas, calor e


alimentação desbalanceada

– Fundamental

• Adequado manejo sanitário

• Boas instalações e alimentação


Características dos suínos
§ Mercado para comercialização dos animais em
qualquer idade

§ Elevado rendimento de carcaça: 80%


Suíno

Abate
(100 kg)

Sangria Sangue (3 kg)


(97 kg)

Cerdas (0,2 kg) Depilação


(96,8 kg)
Coração, língua,
fígado, baço,
Resíduos (5,38 kg) Evisceração intestinos, rins,
(83,65 kg) pulmão, banha,
traquéia
Espostejamento
Pés (2,2 kg) Cortes cárneos (61,95 kg)
Couro (3,0 kg) Toucinho (16,5 kg)
Mitos
§ Conhecimento sobre suinocultura no Brasil

§ Consumo de carne suína

– Carne suína é saborosa?

– Quem gosta de consumir carne suína?

– Qual a frequência de consumo de carne suína?

§ Por quê?

38
Mitos
§ Suinocultura
– Atividade “atrasada”, feita de forma extensiva, sem
critérios técnicos
– Suíno alimentado com “lavagem”
– Poluição ambiental

39
Mitos
§ Carne suína è Risco para saúde!!!
– Elevados teores de gordura e colesterol
– Risco de transmissão de doenças: cisticercose

40
Mitos
VALENTINI (2006) afirmou: “Quando os turcos
resolveram domesticar os suínos há 10.000 anos atrás,
não imaginavam que eles passariam por uma “saga”
gastronômica. De principal fonte de alimento das
comunidades fixas, de alimento preferido do deus
Júpiter e símbolo da gula, da volúpia e da luxúria na
Idade Média, os porcos foram marginalizados e
tornaram-se,injustamente, vilões e temidos pela
cisticercose, gordura e colesterol. Grande besteira”.
Mitos
§ Como surgiram

– Gregos: sacrifícios consagrados aos deuses Ceres, Martes e


Cibeles

– Ilha de Creta: animais divinos – alimento preferido do deus


Júpiter

– Império Romano: grandes criações – consumidos nas festas

– Carlos Magno: prescrevia o consumo da carne de suínos aos


soldados e seguidores
Mitos
§ Primeiros escritos dos judeus – 300 anos aC. proibiam o
consumo da carne

§ Aristothenes: quem primeiro descreveu a cisticercose na carne


de porco

§ Moisés – Leis Sálicas – código sanitário – proibição do


consumo – evitar parasitoses tão comuns

§ Árabes: influenciados pelos judeus e pela adoção da doutrina


de Maomé – consumo proibido pelo Alcorão
Religiões e o consumo de carne suína
Número Pessoas % População Consumo de
Religião
(bilhões) Mundial Carne Suína
Cristianismo 1,962 32,7 Sim

Islamismo 1,182 19,7 Não

Hinduísmo 0,798 13,3 Não

Budismo 0,360 6,0 Sim

Judaísmo 0,012 0,2 Não

Outras 1,686 28,1 Sim

Total Sim 4,008 66,8 -


Teníase e cisticercose
§ Mecanismos de transmissão

– Teníase: ingestão de carne bovina (T. saginata) ou suína (T.


solium) crua ou mal cozida contendo cisticercos

– Cisticercose: INGESTÃO DE OVOS de T. solium !!!!!!

• Heteroinfecção: ingestão de ovos de outro indivíduo


• Auto-infecção externa: proglotes → ovos → boca →
cisticerco
• Auto-infecção interna: proglotes → movimentos
antiperistálticos → estômago → ovos → cisticerco
Ciclos da Taenia solium e da Taenia saginata
O homem poderia estar no lugar do suíno, fazendo
o papel de hospedeiro intermediário - cisticercose
O homem adquire cisticercose através da ingestão de alimentos
contaminados (frutas e verduras) com ovos de tênia, através do
uso de água de irrigação contaminada com água de esgoto, ou
ainda pela utilização de fezes humanas como adubo. Também
pode ocorrer a ingestão de ovos através de água contaminada.
Uma outra fonte importante de contaminação são os
manipuladores de alimento, que contaminam os alimentos
através de maus hábitos higiênicos. O próprio portador de
teníase, através de maus hábitos de higiene, também pode se
autocontaminar (REIFF, 1994).
Há possibilidade de pessoas que residem em áreas urbanas
adquirirem teníase ao freqüentarem o meio rural, pela ingestão
de produtos de origem animal contaminados com cisticercos e
adquirirem cisticercose pelos alimentos preparados em
condições higiências inadequadas, contaminados com ovos de
tênia. A ingestão de alimentos artesanais favoreceria a infecção
(ORGANIZACION PANAMERICA DE LA SALUD, 1994).
Teníase e cisticercose
§ Patogenia e Sintomatologia

– Teníase
• Frequentemente assintomática
• Dor abdominal, náuseas e perda de peso
• Diarréia ou constipação
• Eosinofilia

– Cisticercose
• Convulsões
• Distúrbios do comportamento
• Distúrbios visuais
• Cefaléia e náuseas (hipertensão intracraniana)
Teníase e cisticercose
§ Medidas de Controle

– Tratamento da carne por cocção adequada;

– Programas educativos nas escolas, sindicatos e


cooperativas do meio rural – medidas de higiene
Inspeção e sequestro de carcaças contaminadas:
número de suínos abatidos vs. inspeção
Participação -
Abates 2004 (a) 2005 (b) Variação (b/a)
% em 2005

SIF 20.634.054 22.374.104 8,43 65,61

SIE e SIM 9.377.825 8.999.595 -4,20 26,40

Auto consumo 2.987.028 2.728.148 -8,67 8,00

TOTAL 33.189.203 34.101.847 2,75 100,00

Porkworld (2006)
Gordura, Colesterol e Calorias
§ Doenças cardiovasculares

§ Arterioesclerose

§ Coronária – ataque cardíaco, enfarte ou enfarto do


miocárdio

§ Gordura animal x óleos vegetais x margarina


Evolução dos teores de gordura e
calorias no lombo cozido dos suínos
Gordura Calorias
Ano
(%) (kcal/100g)
1963 34,8 413

1983 13,7 237

1990 8,1 194

% Redução 1963-1990 76,7 53,0

1994 6,2 187

% Redução 1963-1994 82,2 54,7

Adaptado de: 1963 a 1990 (USDA, Handbook 8-10, 1992); 1994 (Univ. Moncton, Canadá),
Citados por Roppa (2006).
Evolução da porcentagem média de carne nas carcaças
de suínos observado nos frigoríficos de Santa Catarina (1)

Ano Percentagem de carne


magra
Década de 80(2) 46,0 – 48,0
1990 – 95(2) 49,0 – 50,0
1996 50,0 – 52,5
1997 51,5 – 54,5
1998 52,0 – 56,0
1999 52,5 – 56,5
2000 53,0 – 57,0
(1) Observações do primeiro autor. Carcaças com peso médio de 75 kg. (2) Não
havia tipificação oficial de carcaças.
Fonte: Fávero e Bellaver (2001)
O suíno melhorado tem 35% menos gordura, 14% menos calorias e
taxas de colesterol 10% menor do que há 30 anos. Em 1960, a carne
continha por volta de 45 a 46% de carne magra, e 5 a 6 cm de
espessura de gordura. Hoje, a carne produzida tem por volta de 60%
de carne magra e 0,8 a 1,2 cm de espessura de gordura.
56
1979
1995
2003
2006
1979 1995

2003 2006 (suíno pesado)


A GORDURA DOS SUÍNOS É COMPOSTA POR:

35% DE GORDURAS SATURADAS


65% DE GORDURAS INSATURADAS
Colesterol
§ Vital ao organismo

– Hormônios sexuais

– Ácidos biliares

– Vitaminas (D3)

– Componente das membranas celulares


Colesterol
§ Colesterol dos alimentos x taxa no sangue

– 2/3 do colesterol: síntese orgânica

– 1/3: absorção da dieta

– Pessoas normais :até 210 mg/100 mL de sangue


Colesterol
§ Pessoas com taxas elevadas – alto risco

– Hereditariedade

– Hipertensão arterial

– Sedentarismo

– Consumo excessivo de álcool


Colesterol
§ Pessoas com taxas elevadas – alto risco
– Estresse
– Diabetes melitus
– Obesidade
– Sexo masculino
– Idade: acima de 40 anos
– Tabagismo

§ Colesterofobia epidêmica
Teores de colesterol de alguns alimentos (mg/100g)
160 Frango
139
140
124
120 Suínos
104
97
100 Bovinos
82 80
80 75
69 67
66
58 58
60 54 56 51 52
49 49 50 50

40

20

0
Bisteca Lombo Pernil Toucinho Carnes Carnes Pele Contra filé Coxão Coxão Músculo
brancas escuras duro mole

Cozido Cru

Braganolo (1995)
Energia, gorduras totais, e colesterol em porções de 85g de alimentos grelhados
(USDA, 2001)

Energia Colesterol
Porção de 85 g Gordura (g)
(calorias) (mg)
Peito de frango sem pele 140 3,1 73
Coxa de frango sem pele 162 7,1 80
Sobrecoxa de frango sem pele 178 9,3 81
Lombo suíno 139 4,1 67
Pernil desossado suíno 168 7,0 73
Costelas desossadas suínas 182 8,6 70
Lagarto bovino 141 4,0 59
Coxão mole bovino 149 5,0 69
Alcatra bovina 162 5,8 76
Filé mignon bovino 175 8,1 71
Bacalhau 89 0,7 40
Linguado 99 1,3 58
Salmão 175 11 54
Camarão 84 0,9 166
Alterações no suíno de 1963 a 2006
Item/Ano 1963 2006

Espessura de toucinho (mm) 60 – 70 15

Gordura marmorizada (%) 5,2 1,1 – 2,4

AG insaturados (%) 65 65

Carne magra (%) 40 - 45 62

Proteína (%) 16 26

• 70% da gordura – toucinho


• 20 a 22% - marmorizada ou entremeada
Composição nutricional*** de alguns cortes de suínos e da
sobrecoxa de frango e contra-filé bovino (USDA, 2001)
Sobrecoxa Contra-filé
Lombo Pernil Costela
de frango bovino

Calorias (Kcal) 136 222 282 211 243

Proteínas (g) 20 18,7 16,1 17,2 19,0

Lipídeos (g) 5,4 15,6 23,5 15,2 17,9

Ac. Graxos saturados (g) 1,87 5,44 8,73 4,38 7,29

Ac. Graxos monoinsaturados (g) 2,42 6,698 10,65 6,51 7,78

Ac. Graxos polinsaturados (g) 0,58 1,68 1,96 3,38 0,64

Colesterol (mg) 66 66 81 84 67

*** Valor nutricional da carne crua em 100g


Quantidade de calorias de alguns
alimentos
340
350

300
250 261
242
250 216
194
200
163
150

100

50

0
Lombo assado Pernil assado Frango a Picanha (100g) Filé mignon Presunto cozido Ovo frito (100g)
(100g) (100g) passarinho (130g) (100g)
(100g)
A IMPORTÂNCIA DOS SUÍNOS EM MEDICINA HUMANA

SANGUE
PELE
GL. PITUITÁRIA HEMOGLOBINA
(ACTH)
PÂNCREAS

TIREÓIDE

VÁLV. MUCOSA INTESTINAL


CARDÍACAS (HEPARINA)
Qualidades da carne suína
§ Nutritiva e saborosa
§ Fonte de vitaminas do complexo B: B1, B2, B6 e B12
§ Fonte de minerais: K, Ca, P, Zn e Fe
§ Fonte de aminoácidos essenciais: lisina, leucina e
valina
§ Destaques
– K : pressão arterial
– Fe : anemias
– Na : baixo teor
Qualidades da carne suína
§ Porque a carne suína é indicada para pessoas com
Hipertensão Arterial ?

– K ajuda a manter os níveis normais de Na no


organismo

– Excesso de Na ð retenção de líquidos no corpo ð


aumento da pressão arterial

– Pessoas com Hipertensão Arterial não podem


consumir alimentos com muito Sal (Na Cl)
Valores nutricionais de algumas carnes
cozidas (100g).
Minerais, Peito de
Lombo suíno Filé mignon
Vitaminas (mg) frango
Ferro 1,10 1,00 3,70
Fósforo 249 228 239
Potássio 425 256 391
Sódio 58 74 61
Tiamina 1,01 0,07 0,10
Vit. B6 0,55 0,29 0,60
USDA (2000)
Qualidades da carne suína
§ 100 g de carne suína suprem as seguintes
necessidades diárias:

– 39% da vitamina B1
– 22% da niacina
– 18% da vitamina B6
– 12% da vitamina B12
– 20% do Zinco
– 20% do Ferro
– 100% do Fósforo
Panorama da Suinocultura
§ Carne suína

– Importante fonte de nutrientes e energia

– Carne mais produzida no mundo

§ Suinocultura brasileira (ABPA, 2019)


– 2.039.356 matrizes alojadas em 2018
– 3,97 ton. produzidas (4º lugar mundial)
– 646 mil ton. exportadas (4º lugar mundial)
– 40 mil produtores intensivos
– 1 milhão de empregos diretos e indiretos
– 5º maior consumidor de carne suína
– Consumo: 15,9 kg/per capita/ano
Produção, consumo e exportação de
carnes
B CO S A
O B CO S A
O

B CO S A
O

B CO S A
O

B CO S A
O
Consumo (kg/per capita/ano) das carnes bovina (B), caprina e ovina (CO), suína (S),
de aves (A) e de outros animais (O) por continente em 2009 (Fonte: FAOSTAT, 2014)
83
Consumo Per Capita Mundial de Carnes em 2014
(kg/pessoa/ano*)
Países Carne Bovina Carne Suína Carne de Aves
Canadá 28,1 24,8 30,6
México 15,1 16,4 31,3
Estados Unidos 35,2 26,5 44,0
Brasil 39,3 13,7 45,5
União Européia (27) 15,0 39,7 19,0
Rússia 15,8 21,8 25,0
Ucrânia 9,9 18,9 19,0
China 5,1 42,1 9,4
Japão 9,7 20,1 17,4
Austrália 36,3 22,6 45,1
*Quilogramas de Equivalente carcaça
Fonte: FNP, USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, IBGE
zida é
e. A Figura 01. Produção mundial de carnes nos últimos 50 anos, a
gos, milhões de toneladas (USDA) de
tem 11
um ton
mais Lí
das pr
. na
esta 54
ou a ton
rne Es
dos um
sde 1,
ima a
de cim
Nos pr
os a au
Evolução das exportações mundiais de carnes em 1985,
1995 e 2005 (mil toneladas)
7043
7000 6680
Crescimento de 85 a 2005:
6000 Carne bovina - 95%
5453
Carne de frango - 379% 5013
5000 Carne suína – 169%
4276
4000 3614

3000
2360
1946
2000
1395

1000

0
1985 1995 2005

Suína Aves Bovina

Fonte: FNP (2005)


Rebanho, produção, exportação e
consumo mundial de carne suína
Mercado Mundial de Carne Suína
(mil ton)

Produção 2018 Total 113.292

RÚSSIA
3.155
UE-28
24.300
CHINA
EUA 54.040
11.942

BRASIL
3.974

OUTROS
15.881 Fonte: USDA/ABPA

54 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL - ABPA


Consumo Mundial de Carne Suína em 2018
(mil toneladas de equivalente carcaça)

55398

50000

40000

30000
21380
20000
9749
10000 7933
3197 3035 2786 2775 2331 2001 1887
0
Ch EU EU Rú Br Vie Ja Mé Co Fi l Re
i na ( 27 A ss as tn a p ão xic réi ipi st o
) ia il o a n as do
do
Su Mu
l nd
o

Fonte: USDA (2019)


Consumo per capita de carne suína no mundo
em 2010
(kg / habitante / ano )
69
70

60
51,1
50
42,7 41,8
40 37,1 35,7 35,6
33 32,9 31,3
29
30 27,2

20

10

0
Ho Ma Be EU Ch Se Ta Mo Su Co Ba EU
ng ca lar ( 2 i na r vi iw nt e iça rei ha A
Ko u us 7) a an ne a m
n gro do as
g Su
l

Fonte: USDA citado FNP (2011)


da
nte
Figura 04. Principais importadores de carne suína em 2018, mil
toneladas (USDA)
m
es
ais
ou
sa
ex-
no
os
as.
e
do.
1%
e
na
sto Figura 05. Principais países exportadores de carne suína, milhares
Principais países exportadores de carne suína em 1995, 2000 e 2005 (mil
toneladas).
País 1995 2000 2005(p) Crescimento (%)
Particip. Particip. Particip.
Volume Volume Volume 1995-05 2000-05
(%) (%) (%)
UE-25* 772 33 1.522 48 1.380 28 79 -9
EUA 357 15 584 18 1.207 24 238 107
Canadá 366 16 660 21 1.083 22 196 64
Brasil 36 2 128 4 625 12 1615 389
China 105 4 73 2 331 7 215 353
Outros 724 31 199 6 387 8 - 47 94
Total 2.360 100 3.166 100 5.013 100 112 58

Fonte: Abipecs, ABCS e Embrapa para Brasil, USDA para mundo e demais países, citados por Miele e
Waquil (2006). (p) Dados preliminares . * Em 1995 considera apenas a UE – 15.
Importância da suinocultura
§ Suinocultura Industrial: produção intensiva
– Suínos em confinamento
– Elevados índices de produtividade
– Produção de carne magra
– Menor custo possível
– Otimização do potencial genético dos animais
– Atendimento das demandas do consumidor final
– Suinocultura assemelhando-se ao processo de
produção industrial
Participação (%) dos diferentes tipos de exploração
comercial de suínos no Brasil na década de 90

32,8
32

30 29
27 27
26 25,5
25
25
21 21
20
17
15
15

10

5
0,5 1
0,2
0
1990 1995 2000
Confinada - Alta tecnologia Confinada tradicional Semiconfinada tradicional
Ar livre Extensiva

Fonte: Sesti e Sobestiansky (1998)


101
Produção Brasileira de carne suína – 2011 a
2017(e).
Tipo 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Cabeças (milhões)
Industrial 36,5 37,6 36,5 37,4 39,0 40,7 38,6
Subsistência 3,8 3,7 3,3 2,6 2,4 2,1 2,1
Total 40,3 41,3 39,7 40,0 41,3 42,8 40,7

Toneladas (milhões)
Industrial 3,1 3,2 3,2 3,3 3,4 3,6 3,4
Subsistência 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
Total 3,4 3,5 3,4 3,5 3,6 3,8 3,6

Fonte: ABPA (2016)


94,8 %
5,2 %
GENÉTICA

NUTRIÇÃO E
GESTÃO
ALIMENTAÇÃO

SUCESSO DA
SUINOCULTURA
INDUSTRIAL
AMBIÊNCIA MANEJO

REPRODUÇÃO SANIDADE
Mudanças na suinocultura

104
Mudanças na suinocultura
§ Porco tipo banha

– 50% do peso no anterior


e 50% no posterior

– Grande fornecedor de
gordura (energia) e
proteína (carne)

105
Mudanças na suinocultura
§ Suíno tipo carne – light ou
moderno
– Óleos vegetais
– Gordura animal x saúde
humana
– Estudos e avanços nas
áreas de:
• melhoramento
genético
• nutrição
• Alimentação
106
108
109
110
111
112
Granja de suínos
Dejetos

Reprodução Maternidade Creche Crescimento


Terminação

Laboratório

Fábrica
ração

Quaren
Entrada

Vestiário Escritório tena


Granja de suínos
Dejetos

Reprodução Maternidade Creche Crescimento


Terminação

Laboratório

Cobertura/IA
Gestação (114 d)
Fábrica
ração

Quaren
Entrada

Vestiário Escritório tena


Granja de suínos
Dejetos

Reprodução Maternidade Creche Crescimento


Terminação

Laboratório Pré-parição
(1 sem.)
Parição
Fábrica
ração Aleitamento/Lactação
(21 d.)

Quaren
Entrada

Vestiário Escritório tena


Granja de suínos
Dejetos

Reprodução Maternidade Creche Crescimento


Terminação

Laboratório

Leitões (21 – 63 d.)


6 – 26 kg
Fábrica
ração

Quaren
Entrada

Vestiário Escritório tena


Granja de suínos
Dejetos

Reprodução Maternidade Creche Crescimento


Terminação

Laboratório

Crescimento
Fábrica Animais (64 – 110 d.)
ração
26 – 64 kg

Quaren
Entrada

Vestiário Escritório tena


Granja de suínos
Dejetos

Reprodução Maternidade Creche Crescimento


Terminação

Laboratório
Terminação
Animais (111 - 150 d.)
Fábrica
ração
64 - 100 kg

Quaren
Entrada

Vestiário Escritório tena


119
Considerações finais
§ Produção de suínos e carne suína passaram por
sensíveis mudanças nos últimos 40-50 anos

– Suinocultura: grande importância econômica e


social para o Brasil

– Carne suína: excelente alimento, nutritivo e


saudável

120
abcs.org.br

maiscarnesuina.com.br

www.cnpsa.embrapa.br
121

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